História Luz nas trevas - Solangelo - Deuses vivem com problemas de regras

Deixei Nico dormir um pouco, embora feliz, ele ainda estava desgastado. Ele continua murmurando em italiano, e eu ouvi "mio sole" e algo do tipo "amare", o que não fez muito sentido, mas depois que ele acordasse eu perguntaria a tradução. Acabei cochilando em cima dele e fui acordado uma hora depois.

- Will...

- Ahnn... sim?

- Chegamos em uma hora. - de repente reparei uma coisa - É normal o avião balançar assim? - ele disse no momento que senti a turbulência.

- Foi isso que te acordou?

- Sim.

- Isso acontece geralmente quando o tempo está fechado, e a massa de ar quente se choca na massa de ar fria e faz isso com o avião. Mas... o tempo não parece nublado.

- Solace... - Nico ficou sério. - eu vivi minha vida inteira num cassino, e nunca tive a oportunidade de estudar mitologia, então me diz... Zeus tem alguma coisa contra Hades?

- Não na história grega, mas na atualidade... - o avião tremeu fortemente - não posso te garantir. Zeus tem alguma coisa contra você?

Nesse momento uma menina de cabelo preto e olhos verdes se levantou gritando.

- É ELE! JÚPITER ESTÁ ATRÁS DE MIM! ELE QUER ME MATAR!

Algumas pessoas riram, mas a maioria só a encarou com medo. Olhei para Nico e ele assentiu.

- Oi, licença, você disse Z-Júpiter? - fui até ela.

- Sim! Ninguém acredita em mim, mas os deuses romanos existem! E Júpiter me quer morta! Eu não sei porque... - pensei em seus olhos e no seu claro jeito avoado(quem, a não ser uma cria do mar, grita no meio de um avião sobre Zeus?) e lembrei de Jackson.

- Eu acredito em você, e eu sei porque isso, vem comigo. - disse em seu ouvido e a levei até a poltrona desocupada perto do meu assento. - Nico, olha pra ela e me diz quem ela te lembra. - ele arregalou os olhos pra mim.

- Não é possível! Poseidon não faria isso duas vezes...

- Não Poseidon, Netuno.

- Vocês realmente acreditam em mim?? - acho que ela sabe um pouco de mitologia grega.

- Claro que sim. Eu sou Will Solace, filho de Apolo. E este é Nico Di Angelo, meu nam-amigo filho de Hades. E você é quem?

- Eu... sou Bela. Na verdade, meu nome é Belona, mas não acho que combine comigo, então sou só Bela.

- Reyna vai adorar conhecê-la... - Nico disse sorrindo.

- Pensei na mesma coisa... Então, Bela, você veio com alguém?

- Não, minha mãe morreu recentemente e me deixou uma carta e uma passagem de avião, na carta ela me disse para ter cuidado e me avisou sobre Júpiter. - o avião tremeu, como que em resposta - Ah, e também tinha um saco de moedas douradas dentro, mas não sei de que lugar que são.

- Di immortalis... são dracmas de ouro, são muito úteis, mas romanos não tem o costume de usá-los como os gregos.

- Gregos? Olha, eu ouvi você dizendo que seu namorado é filho de Hades, mas, os olimpianos não existem. Ele, provavelmente, é filho de Plutão. - um brilho nos seus olhos me fez lembrar do militarismo romano que eu tanto desprezo.

- Na verdade, minha meia-irmã, Hazel, é filha de Plutão. Eu sou de Hades, mesmo. - no final, ele deu um sorriso envergonhado. - Deuses gregos existem, Bela, assim como os romanos. E, na verdade, são os mesmos deuses, porém com o nome e a personalidade ligeiramente modificada, mas nem com todos é assim. Como por exemplo com Apolo. Agora mesmo, só estamos nesse avião para visitar meu pai, você pode ir com a gente se quiser. Embora eu desconfie que na carta de sua mãe ela tenha te mandado à São Francisco...

- Como você sabe? - nesse momento, um bipe musical de duas notas soou.

- Atenção, senhores passageiros, preparar para o pouso.