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História Luz sobre Tormenta - A Casa na Cidadezinha


Escrita por: prudencia

Notas do Autor


notas finais ❤

Capítulo 39 - A Casa na Cidadezinha


Fanfic / Fanfiction Luz sobre Tormenta - A Casa na Cidadezinha

As crianças que habitavam uma das casas na cidadezinha de Tetbury tinham três regras sagradas. A primeira era de nunca entrar no ateliê de sua mãe com comida, a segunda não os permitia ir até a sala de poções se seu pai não estivesse, e a terceira e sem dúvida a que jamais poderia ser quebrada: não dormir sem antes abraçar seus pais.

Não havia um único habitante de Tetbury que não adorasse as cinco crianças do senhor e senhora Snape, embora alguns reprovassem a abundante quantidade de filhos, estando um deles fora do país, a mais velha, Gisele estava há dois anos no Brasil – seguindo os passos da mãe em magizoologia, coisa que os trouxas da pequena cidade desconheciam – o restante dos filhos seguiram para Hogwarts agora sob a diretoria de Minerva McGonagall. A jovem Naemi era uma das preferidas das senhoras que chefiavam a biblioteca, por vezes a menina de longos cabelos negros esbanjava um conhecimento avançado demais para sua idade, estava sempre acompanhada do seu irmão mais novo, Otis, cujo tinha uma personalidade totalmente oposta mas, que por uma peculiaridade os faziam agir em perfeita sintonia. Restavam os mais novos, Odette e Eric esses dedicavam-se inteiramente a explorar cada centímetro rural de Cotswolds, responsáveis pelas pegadas de terra no chão da sala, mas que preventivamente sempre tinha um buquê de rosas para oferecer a mãe.

Todas as crianças tinham uma adoração por seu pai, que era facilmente encontrado em uma poltrona em frente a lareira lendo um livro diferente a cada dia. E centímetros acima da tal lareira havia uma prateleira decorada com retratos dos filhos do casal em diferente fases da vida, a foto de Hagrid em um piquenique com a família estava ao lado de uma com um velho de barba prateada que já não estava mais entre os vivos, assim como a falecida madrinha de sua mãe, cuja as crianças visitaram nos dois últimos aniversários da finada Madalena Montenegro, tais imagens estavam registradas em um porta-retrato amarelo cujo a mãe, assim como os outros, nunca permitiu juntar poeira. Ali em cima também estava um cartão-postal de Remo Lupin, estavam ele, seu filho e sua então companheira Lea, da qual ele conheceu no Egito e decidiu por lá habitar, as cartas que ele enviara a Amuleto contando-a sobre ela, como o recebeu de braços abertos mesmo após ele contar-lhe sua natureza, e de como haviam juntado ingredientes para a fabricação da poção que o manteria sobre controle nas noites de lua cheia.

 

Em 31 de agosto, a casa virava de ponta a cabeça pois mesmo sobre os constantes avisos do pai para que aprontassem tudo com antecedência, as crianças deixavam para reunir seus pertences de última hora. Era comum ouvir o arrastar dos malões, o derrubar dos livros, e perguntas sobre aonde estavam suas meias e sapatos.

– Eric, eu sei que você pegou meu cachecol! – gritou Naemi.

– Por que eu iria querer aquela coisa feia? – implicou o menino.

– Ah! Seria ótimo que fosse para sonserina, eu ia encher sua cara de verrugas – Eric deu língua para a irmã que o perseguiu pelos corredores.

A presença do pai os fez parar, Snape estava a usar um chambre verde escuro e carregava consigo um tecido comprido, também verde porém com três tons mais claro.

– O cachecol estava na lavanderia – informou entregando a Naemi.

– Viu? Eu disse que não tinha pego – gritou Eric.

– Escondido atrás da máquina de lavar – falou de maneira lenta olhando para Eric que esbugalhou os olhos no mesmo instante – Há algo que queira dizer a sua irmã?

O menino bufou.

– Desculpa – resmungou, para em seguida ouvirem a mãe anunciar o café da manhã.

As crianças passaram como um vulto por Severus, ele escutou rápidos ‘’bom dia, pai’’ e emitiu uma risada. A mesa estava generosa, quando Cassandra descobriu sua primeira gravidez contratou uma cozinheira para ensinar-lhe alguns pratos, Severus não se ausentou durante tal período, fornecia conforto quando ela queimava a comida por ter calculado errado o tempo e resistiu a fazer careta na vez em que ela trocou sal por açúcar. Gisele tinha quatro anos quando sua mãe conseguiu servir um almoço feito inteiramente por si. Sem macarrão tostado, ou uma carne acidentalmente doce.

Gisele fora a que veio mais parecida com Cassandra, tinha a mesma energia de espírito, a mesma excentricidade e apaixonou-se cedo pela terra em que sua mãe nasceu, era explícito também os mesmos olhos de cigana pertencentes a sua avó, o que deixava claro que seguiria a mesma vida nômade e curiosa deles. Seu entretenimento desde jovem era fazer desenhos de seus pais, três vezes na semana pelo pôr do sol, eles ocupavam poltronas uma do lado da outra para lerem juntos livros diferentes, a mão direita de Cassandra unida a mão esquerda de Severus, e Gisele sentava-se no tapete em frente aos dois, para desenhá-los em seu caderno lilás.

Os poucos desenhos que ela os entregava eram emoldurados e postos orgulhosamente na sala.

– Entusiasmados para amanhã? – perguntou Cassandra a Odette e Eric.

– Eu com certeza serei selecionada para a casa do papai – falou Odette.

Snape sorriu triunfante.

– Mas, caso não for, não há problema algum, estarei orgulhoso de qualquer maneira.

– Mamãe, que casa escolheria? – perguntou Eric.

– Deixe-me ver... – ela fingiu pensar – Lufa-lufa, com toda a certeza.

– Como é? – Snape apertou os olhos.

– Meu amor, não acha realmente que seria mandada para sonserina, acha? – sorriu tomando um gole do eu café.

– Bom, pelo menos tenho uma irmã que pensa com sensatez – disse Naemi.

– Nos chamou de loucos? – falou Otis que até então estava concentrado nas batatas.

– Está bem, voltem a comer – ordenou Snape.

– Você que é doidinha – cochichou Otis para a irmã.

 

A sala de estar era preenchida por gatos, gaiolas com corujas, malões e livros. Cassandra penteava os cabelos rebeldes de Eric, enquanto Naemi lia em voz alta a carta de Gisele que desejava boa sorte aos irmãos no ano letivo, em especial a Odette e Eric que iniciavam seus primeiros dias em Hogwarts hoje.

– Sinto saudades da Gisele – falou Otis.

– Eu também, ela sempre me deixava comer os morangos da sobremesa dela – disse Odette.

– Ela nos visitará no natal – informou Cassandra – Agora, Naemi segure o Koda antes que ele arranhe toda a poltrona do seu pai, Odette e Eric verifiquem se as gaiolas estão trancadas, e Otis feche seu malão e veja se o Primavera não está aí dentro, o pobrezinho quase morreu da outra vez.

As crianças se espalharam e só tornaram a se reunir quando Snape adentrou a sala.

– Está tudo alinhado? – olhou para seus filhos que assentiram com fervor – Então está na hora.

E eles iriam com destino a King Cross, onde o expresso de Hogwarts conduziria seus filhos para o castelo, o início de tudo. E quando o chapéu seletor fosse colocado na cabeça de um dos caçulas, ele resmungaria: Aarg, outro Snape!


Notas Finais


encerra-se um ciclo, poxa gente, o que dizer além daquelas coisas que já são clichês?
a todas que estiveram comigo durante esses capítulos, que demonstraram paciência, amor, loucura (e teve bastante viu, mais da minha parte aliás kkk)
pessoas que não conheço, mas que me acolheram e me deram as palavras mais bonitas, que me incentivaram, e que por muitas vezes foram o meu conforto em dias não tão bons ❤
as palavras tem poder, e as que eu recebia de vocês me levavam aos céus
encerro Luz sobre Tormenta extremamente satisfeita, foi a fanfic que fez-me voltar ao hábito de escrever, coisa que a ansiedade engoliu com o passar do tempo.. os comentários, as mensagens, todo o carinho, vocês me fizeram muito feliz e eu espero ter retribuído isso ao longo desse tempo ❤


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