Quando seguimos nosso coração, quando escolhemos não resolver, é engraçado. Não é? Um peso vai embora, o sol brilha um pouco mais, e por um breve momento, encontramos um pouco de paz.
Meredith Grey - Grey's Anatomy
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Jongdae
O tempo estava igual ao meu humor: nublado. É realmente complicado expressar o que estou sentindo.. O chão parece instável e a qualquer momento pode desabar – minto, existem momentos em que eu me sinto nas nuvens – mas eu continuo a andar com passos largos e firme até finalmente estar dentro de uma zona de proteção, a minha sala no escritório.
Pode ser um pouco contraditório o que irei falar, mas aqui me sinto protegido também, deve ser o fato de eu poder controlar a entrada das pessoas. As pilhas de processos que estão correndo e ações a minha frente me deixam de certa forma angustiado, devo encaminhar a maioria aos outros advogados do escritório e cuidar pessoalmente dos que são considerados mais importantes – os que envolvem muito dinheiro.
A minha concentração era tão grande lendo um processo que não percebi quando o rapaz de feições infantis estava parado a minha frente. Luhan é um estagiário no escritório, apesar de não aparentar, ele é mais velho do que eu, estava sempre sorrindo, ele cursa direito e penso em efetiva-lo após a sua formatura.
“Dr. Kim, o que eu posso ajuda-lo?” disse o loiro com um pequeno sotaque carregado, Luhan é chinês.
“Luhan, você já levou para protocolar os processos?” ele balançou a cabeça positivamente “Você então pode começar a redigir o processo da Sra. Park, aquele contra a construtora”
Observei ele saindo da sala, ele é um garoto bom, muito tímido, mas competente. Levantei lentamente e abri a janela. É realmente bom olhar a cidade. Quando falo que adoro ver a cidade, as pessoas devem pensar que tenho algum problema, mas o fato é: tantas vidas correndo de um lado para o outro, tantos problemas, tantos sentimentos. Depois do acidente eu percebi que a vida passa rapidamente e um simples fato pode mudar o futuro. Começo a caminhar pelo meu escritório a procura de alguma coisa que parece estar faltando em mim, até me deparar a uma foto, onde o meu sorriso é sincero e ao meu lado está MyungHee.
Um sorriso tão sincero e feliz, chega até ser cômico olhar essa foto. Nunca imaginaria que isso estivesse acontecendo. Suho. Sinto falta do meu amigo, meu irmão. Por mais que eu quisesse odia-lo, eu não consigo, algo em mim diz para dar uma segunda chance a nossa amizade. Ele me daria apoio a me relacionar com outro homem, ele sempre me deu apoio em todas as minhas decisões. Minha relação com a MyungHee ficou em aberto, é necessário um ponto final.
Não precisei me esforçar para esboçar uma cara de poucos amigos, ao andar pelos corredores do escritório, desejando não falar com ninguém. Distribui alguns casos entre os advogados, que agradeceram e desejavam a minha recuperação, me lançando aquele terrível olhar de pena. Após terminar de direcionar e explicar os casos. Voltei a minha sala, me mantendo concentrado em um caso em especial, o da empresa dos pais de Joonmyeon. A empresa de sua família era uma grande exportadora alimentícia da Coreia, e o jovem herdeiro estava sendo preparado para comanda-la – apesar de contra o seu desejo. A iluminação natural que invadia a sala foi logo substituída pelo escuro da noite, não percebi quando Luhan entrou na sala e me deixou um café e várias bolachas recheadas. Quando percebi passava-se das 10 horas da noite, e olhando o meu celular que estava no silencioso, ignorei ao ver que MyungHee tinha ligado, coisa que eu não conseguiria fazer para sempre.
O caminho até a casa de Minseok foi tranquilo, as ruas da capital tinham poucos carros devido ao horário de pico ter acabado. O radio tocava alguma música de um grupo feminino cujo qual não conseguia diferenciar. Não me sinto a vontade de permanecer no apartamento do meu irmão, mas a pedidos da minha mãe continuo vivendo com o meu hyung, para deixa-la mais tranquila. Minseok está no Japão, resolvendo alguns problemas de um cliente, mas mesmo com o apartamento vazio me sinto desconfortável. Entro direto para o banheiro do apartamento, nada melhor que um banho para relaxar. Poderia permanecer no chuveiro por horas, os meus compromissos no trabalho no dia seguinte saio rapidamente.
Após comer um lanche rápido, me vejo deitado enrolado nas cobertas com a televisão ligada passando a série medica que tanto assistia no hospital, passando mentalmente os compromissos do dia seguinte. A ansiedade toda conta do meu corto, formando um sorriso em meus lábios ao lembrar do ultimo compromisso. Jantar com Sehun.
Compromisso não. Encontro. Borboletas se formavam em meu estomago. Só lembrar do nome do mais novo, meu corpo reage involuntariamente me deixando leve. Sei que não deveria agradecer pela a desgraça que aconteceu comigo, mas ela me trouxe ele. Odeio escutar Após a tempestade surge o arco-íris, ele é o meu arco-íris, ele me salvou. Meu celular apitou indicando mensagem, rapidamente olho e sorrio contra o visor. E meu coração pulsa cada vez mais rápido, parecendo que ia sair do meu peito.
Sehun: “Amanhã está de pé? Mal posso esperar para você pagar o jantar, estou avisando que como muito, vá preparado. ^^”
Posso imaginar o sorriso do médico ao digitar a mensagem – como eu amava aquele sorriso. Um leve suspiro saiu de minha boca enquanto eu pensava o que responder.
Jongdae: “Está em pé sim. Então terei que leva-lo em uma barraquinha de cachorro quente :D Gosta de comida japonesa?”
Sehun: “Sim, você está fazendo o que?”
Jongdae: “Estou deitado assistindo aquela série de TV que assistíamos”
Sehun: “Eu também, na verdade, já assisti esse episódio, mas não me canso de ver. Está sentindo tanta falta de mim, que acabou assistindo a série? ;D”
Um calor repentino atingiu as minhas bochechas ao ler a mensagem. Assistir a série me lembrava das noites que ficamos juntos vendo, conversar despreocupadas, sem pensar no depois.
Jongdae: “Eu gostei muito da história, mas você não está de plantão?”
Sehun: “Estou, mas não tem nenhuma emergência hehehe”
Jongdae: “Tenho que ir dormir, boa noite, até amanhã”
Sehun: “Boa noite, durma bem. Sinto a sua falta aqui comigo”
Fechei os olhos lentamente após ler a mensagem e murmurei tão baixo “Eu também” como se estivesse revelando um grande segredo. O cansaço tomou conta do meu corpo aos poucos e me permiti cair no mundo dos sonhos.
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A escuridão da noite aos poucos foi substituída por raios de sol, iluminando uma pequena área do quarto azul. O jovem advogado abriu os olhos lentamente formando em seus lábios um pequeno sorriso ao perceber que céu estava totalmente azul.
Jongdae levantou-se lentamente, enguiçou-se e calçou seu chinelo indo em direção a cozinha, seguindo em piloto automático toda a sua rotina matinal.
O dia no escritório estava agitado, porém lucrativo, a sentença de um antigo caso foi positiva ao seu cliente que rendendo uma boa quantia em dinheiro. Quando o dia tornou-se noite, o castanho recebeu uma mensagem e um pouco de desapontamento surgiu em seu rosto.
Sehun: “Hyung, eu estou meio doente, tem problema se você viesse aqui no meu apartamento em vez de sairmos?”
Antes que o advogado seguisse para o ao apartamento do mais novo, fez uma pequena pausa em uma farmácia comprando remédios para gripe. Borboletas criaram vida em seu estomago quando entrou finalmente no elevador do apartamento. O coração pulsava tão fortemente quando o castanho apertou a campainha do apartamento 94. Quando finalmente a porta foi aberta, e Jongdae foi recebido com o sorriso mais lindo que já tinha visto, sentiu-se levemente tonto.
“Entre, por favor” O advogado suspeitou que seu coração a essa altura já tinha saído de seu peito após bater tão fortemente. Antes que pudesse respirar, o menor foi puxado pela nuca encontrando seus lábios ao do maior.
Após a separação, Jongdae entrou dentro do apartamento, percebendo várias velas acendidas por todo o local. O mais novo abraçou o castanho por trás e sussurrou contra o seu ouvido
“Você gostou?” mordiscando a orelha
“Sim” saiu tão fraco que desconfiou que o outro não tinha escutado “Mas você não estava doente?”
“Não queria ir em um restaurante..” Girou o corpo do menor, segurando firmemente a sua cintura “Pois nele eu não poderia fazer isso” seus lábios se encontraram novamente naquela noite, em um beijo mais caloroso que o anterior.
O menor envolveu seus braços no pescoço do loiro, enquanto o beijo era aprofundado. Após a separação, o contato visual entre ambos denunciavam a saudade que sentiam um do outro
“E além do mais, eu tenho comida aqui..” roçou a nuca de forma envergonhada “Bem.. Eu pedi comida japonesa.. já que você perguntou ontem.. Se você não gostar, podemos pedir outra ou ir a um restau..”
“Não importa a comida, importa é você estar junto” disse o mais velho enterrando seu rosto no pescoço alheio, depositando vários beijos no local.
Ambos se sentaram lado a lado no chão a frente da mesa de centro que ficava na frente do sofá, encostando-se ao mesmo. Durante a refeição, assuntos banais, beijos e alimentos foram trocados
“E eu fiquei preocupado com você, passei na farmácia e comprei remédios a toa” disse o menor formando um pequeno bico em seus lábios
“Me desculpa” fingiu-se de culpado
Os olhares novamente se cruzaram e permaneceram dessa norma por um tempo, sendo somente quebrado quando o mais velho aproximou-se do maior, até que sua respiração batesse no outro rosto, enquanto ambos estavam com os olhos fechados. Os lábios se tocaram de forma delicada, porém aos poucos o ritmo aumentava e os corpos se aproximavam cada vez mais. Em uma forma de aproximar ainda mais o contato, o castanho jogou uma de seus pernas pela cintura do mais novo, sentando-se em seu colo. As mãos do mais novo passeavam nas costas do advogado por dentro da camisa, o puxando mais para perto de si. O beijo foi cortado pelo loiro, que desceu seus lábios até o pescoço do menor, depositando beijos e mordiscando. Um pequeno gemido saiu pelos lábios do mais velho, abrindo um sorriso malicioso nos lábios do loiro.
Antes que Sehun pudesse fazer alguma coisa, o castanho puxou sua camisa para cima, que logo foi removida com a ajuda do maior. O tronco levemente definido do medico ficou exposto, as mãos do mais velho percorriam conhecendo cada parte do outro, enquanto seus lábios se selavam novamente. O mais velho deu leves mordidas nos ombros largos do loiro, deixando pequenas marquinhas, subindo as mordidas até o pescoço, onde sugou e beijos, causando gemidos baixos do mais novo. Seu corpo foi jogado contra o chão em um movimento tão rápido, que teve que piscar varias vezes ao para perceber que o mais novo estava deitado em cima dele e suas mãos seguravam os seus pulsos
“Hyung..” disse ao aproximar os rostos novamente, selando os lábios rapidamente varias vezes, a calça do loiro estava apertada e sua respiração ofegante “Você não acha melhor pararmos?”
O advogado sorriu ao ouvir e levantou a cabeça até chegar próximo ao ouvido do mais novo
“Eu quero Sehun..” sussurrou
Um sorriso malicioso surgiu no rosto do menor, que fez o outro sorrir também. Sehun soltou os pulsos do mais velho, retirando a sua camisa. Permitiu-se por alguns segundos observar o corpo.
“Você é tão lindo e será meu” aprofundou mais um beijo, enquanto levou as mãos a calça do mais velho, apertando o seu membro que estava levemente rígido.
O beijo foi interrompido quando o loiro começou a abaixar as calças do menor, fitou seu rosto e percebeu que ele estava levemente vermelho. Percebeu o volume formado dentro da boxer preta, assim começou dar leves mordidas na região da coxa do advogado. Pequenos gemidos escapavam da boca alheia, ao remover a boxer, um pequeno suspiro foi ouvido.
“Hyung.. Eu nunca fiz antes” os olhos do maior eram confusos e antes que o outro pudesse responder, a língua do loiro tocou a sua glande e um gemido ecoou.
Sehun levou suas mãos até a base do membro alheio, e lentamente começou a movimenta-las, enquanto sugava a ponta. O ritmo das mãos começou a aumentar, junto com os gemidos. O corpo do menor se contorcia sobre o chão frio. O mais novo retirou as mãos e recebeu um olhar decepcionado do outro, que logo mordeu os lábios fortemente ao perceber o que aconteceria. O membro de Jongdae entrou lentamente na boca do medico, que por sua vez fazia movimentos de vai e vem com a cabeça. Em alguns momentos, retirava a sua boca e sugava apenas a ponta e retornava a abocanhar o outro.
“S-Sehun.. C-chega..” um gemido saiu de seus lábios o surpreendido “E-eu quero v-você”
O loiro se levantou e ajudou o outro a se levantar, após o puxando para um beijo onde a luxuria era o principal componente.
“V-vamos para o meu quarto” disse entre o beijo, guiando a direção.
O quarto estava iluminado apenas com as velas. O corpo do menor foi empurrado para a cama, enquanto ele se ajeitava o outro retirava suas peças de roupas restante, e se sentiu ainda mais excitado ao visualizar o seu maior desejo deitado em sua cama. Engatinhou até o encontro do outro, levando uma mão ao membro alheio fazendo leves movimentos e enquanto a sua boca traçava uma trajetória do pescoço aos lábios de Jongdae. Sentia os dois membros se chocarem e parou por um momento o que fazia
“Você tem certeza disso?” olhou nos olhos do menor
“Sim” um leve sorriso surgiu em seus lábios
“E se eu te machucar? E se doer?”
“Não se preocupe..” disse ao tocando pela primeira vez ao membro alheio “Eu quero isso”
O maior deslizou-se pela cama até chegar a cabeceira, onde abriu uma gaveta e retirou um pequeno frasco branco. Ele agradecia mentalmente a conversa que teve com Lay, pois não queria machucar o outro. Derrabou uma boa quantidade em sua mão, lambuzando seus dedos.
“Vai doer um pouco..” inseriu um de seus dígitos na entrada no menor. Seu rosto mostrava o desconforto em relação a invasão. Após perceber que o outro estava mais tranquilo, inseriu o segundo dedo, que soltou logo um gemido de dor.
“Você não pense em tirar” Ele sabia que o mais novo se preocupava e achava que estava o torturando.
O maior começou os movimentos lentamente, retirando os dedos por completo e inserindo novamente, acarretando vários gemidos e palavras incompreensíveis. O ritmo foi aumentando e uma leve camada de suor estava presente no rosto do castanho.
“S-Se..hun..” a sua respiração era ofegante “Q-quero você..”
O mais novo retirou lentamente os dedos, pegou novamente o pote de lubrificante e jogou uma boa quantidade na entrada do mais velho e em seu próprio membro, o posicionando na entrada, lentamente foi preenchendo o corpo do outro, que gemia de dor. Ao terminar de preencher, levou suas mãos ao falo do menor, deslizando suas mão tentando distraí-lo da dor. O corpo do castanho tentava expulsar o invasor, e apesar da dor que sentia, ele tentava ao máximo não demonstrar ao mais novo, com medo dele negar toca-lo. O loiro beijava o mais novo enquanto o masturbava quando começou a mover-se lentamente, logo após separando os lábios, ele retirava seu membro por completo e novamente invadia lentamente. Aos poucos a dor que o advogado sentia diminuía e uma onda de prazer começava a tomar conta de seu corpo. O castanho tinha sua respiração desregular e ofegante enquanto o outro aumentava o ritmo das estocadas e tocava seu membro lentamente.
O som de respirações ofegantes, corpos se chocando e gemidos tomavam conta do apartamento. Os lábios se encontraram entre toda a agitação dos corpos, e um gemido fino e longo anunciou o jato de foi lançado entre os dois. O interior do mais velho espremeu o membro que continuou com os movimentos até que outro gemido rouco foi escutado preenchendo o interior com um liquido branco. O mais novo retirou-se do interior e deitou ao lado de Jongdae na cama, o puxando para deitar em seu braço. A respiração de ambos eram desreguladas e seus rostos estampavam um grande sorriso. Sehun depositou um beijo na testa do menor que o abraçou fortemente.
“Eu senti a sua falta” sussurrou o mais novo “Quero estar sempre junto de você”
“Nós estaremos..” depositou um beijo nos lábios do mais novo, permitindo o sono tomar conta de seu corpo.
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