??:— Eu não vou falar de novo, eu quero a senha! — Ele já fala levantando o machado pra cima.
Beverly:— Senha? A gente não precisa de senha, já estivemos aqui antes, já somos de casa, você quem é esquecido. — Fala e ele não se convence.
— Você nem sabe quem nos somos, não deveria perguntar nosso nome primeiro? — Começo a enrolar.
??:— O nome de vocês não importa, a única coisa que importa, é vocês saberem onde estão se metendo e parece que não sabem, vocês podem ser importantes e ser conhecidas lá fora, mas aqui vocês são como qualquer um e eu tenho uma ótima memória e não me lembro do rosto de vocês. — Ele fala sério e eu e Beverly damos passos para trás. Até quase esbarrar com o outro homem com o pedaço de madeira na mão.
Beverly:— Tinha me esquecido que eram dois. — Ela me olha preocupada e eu a olho de volta com uma cara querendo dizer que "estamos ferradas" e nisso concordamos. Realmente estávamos.
Katie:— Elas estão comigo! — Ouço a voz da mesma e me viro para trás a vendo se aproximar. Ela tinha chegado na hora certa.
??:— E você é? — Ele pergunta a olhando e ela se vira para ele mostrando a jaqueta de serpente. — Senha. — Ele pede mais uma vez.
Katie:— Escorpião 666. — Fala com certeza ficando do nosso lado.
??:— Se salvaram dessa loiras. — Ele fala nos olhando e abaixa o machado. — Passagem liberada. — Ele abre caminho, ficando no claro e vejo uma tatuagem de escorpião no seu pescoço.
Beverly:— Que tipo de senha é essa? Eu não conseguiria acertar no chute! 666 não é um número de Deus! — Ela fala indignada.
Katie:— E você acha que está em um tipo de civilização? Que lá dentro é tipo um céu? — Ela fala ironicamente.
— Como sabia que estávamos aqui? E qual o significado do escorpião? — Me viro olhando novamente para a tatuagem no pescoço do mesmo.
Katie:— Você fez perguntas pra Lodge e pra mim também, ela ficou um tempo no nosso apartamento, ficamos conversando sobre isso, você pediu o carro do Louis emprestado, foi só juntar as peças e também... Eu te conheço né! — Ela fala me olhando. — Uma gangue, lá em Riverdale são só os canibais e os serpentes, mas nessa cidade tem a gangue dos escorpiões e eles são da barra pesada, são traficantes também. Quando entrarem lá dentro, não façam muito contato visual e não fiquem muito longe, porque nem eu sei direito como as coisas funcionam nesse lugar. — Ela fala e eu e Beverly apenas confirmamos.
Ela abre a porta e entra, fomos logo atrás dela passando por um corredor escuro que nos levou para o subterrâneo. Assim que chegamos na entrada do lugar, vimos Manuel e Alessia bebendo.
Manuel:— Beverly? Aurora? O que vocês estão fazendo aqui? É só para apostadores e para as gangues e vocês não voltaram oficialmente pros serpentes e imagino que não fizeram nenhuma aposta na portaria. — Ele sussurra se aproximando da gente.
Katie:— Ninguém sabe disso, então é só ficar de boca fechada. — Ela fala olhando pro mesmo.
Manuel:— Isso é perigoso para pessoas que não se identificam, eu não sei o que pode acontecer, porque é a primeira noite que eu venho aqui, mas disfarcem bem então e fiquem por perto. — Ele fala sério enquanto Alessia sorria boba, com certeza já estava bêbada.
Alessia:— Eu amei esse lugar! — Ela diz sorrindo olhando pra gente.
— O que acontece nesse lugar? — Pergunto os olhando.
Alessia:— Brigas... Muitas brigas! É dividido também, os canibais ficam de um lado, os apostadores ficam nas arquibancadas de cima junto com os universitários, os escorpiões em outro com suas drogas e os serpentes ficam em outra parte. — Ela fala empolgada.
Eu e Beverly nos olhamos e logo voltamos a olhar para o casal.
— Falamos na portaria que estamos do lado dos vencedores, quem está vencendo?
Manuel:— A gente! — Ele diz sorrindo.
Alessia:— Inteligente é quem apostou nos serpentes, porque o Maddox e o Lincoln não perderam uma até agora! E eu fiquei sabendo que eles são bons desde sempre, desde que entraram no grupo do Archie e vieram para a universidade. — Ela conta sorrindo.
Agora eu entendia o porque Billy aparecia com machucados diferentes á cada semana. Ainda estávamos na entrada e em uma parte mais escura, eu estava pensativa, mas logo volta a mim quando sinto alguém passando a mão pela minha cintura, como se fosse me puxar, mas eu me recuso e me solto rapidamente do homem o empurrando.
— Está maluco!? — O olho.
??:— Acho que peguei a loira errada, perdão. — Logo ele olha pra Beverly.
Beverly:— E eu não sou a loira certa. — Ela fala se afastando.
??:— Vocês não são as novas garotas de programa? — Ele pergunta sorrindo e também parecia estar drogado.
Katie, Manuel e Alessia se aproximam do homem que começa a se afastar.
??:— Já entendi, elas estão com vocês, foi mau aí, mas também não dava para identificar que elas são gangster. — Ele fala recuando.
— Agora eu entendi o problema da identificação. — Suspiro.
Katie:— Prostituição? Sério? — Ela se vira pra gente.
Alessia:— É... Aqui tem de tudo, esses corredores levam para quartos, é a parte da prostituição mesmo, melhor descermos, para não perdermos o show. — Ela fala sorrindo e começa a descer uma escada.
Beverly:— Show... O James vai ver o show que eu vou dar com ele porque ele trouxe a minha mãe em um lugar desses. — Ela resmunga e dava para ver que a coisa estava séria por ela não ter o chamado de "Jayjay".
Manuel:— Vão na frente, a gente ajuda vocês a passarem pelo corredor principal. — Ele fala e eu e Beverly fomos logo atrás de Alessia.
Beverly:— Agora eu entendi o 666, que dizem ser o número do demônio, quanto mais eu desço essas escadas, parece que estou indo pro inferno. — Ela fala olhando envolta.
— Meu Deus! — Exclamo ao chegarmos no corredor principal, onde tinha homens armados com fuzis, olhando para todos que estavam passando ali. Olhei em volta vendo muitas pessoas, mas como Alessia falou, tinha uma divisão ali e no centro de tudo aquilo tinha um ringue.
Manuel deixou claro para eles que eu e Beverly estávamos com os serpentes e eles liberaram a nossa passagem, fomos para a arquibancada, onde estava os serpentes.
Beverly:— Cadê você mamãe... — Ela fica olhando envolta a procurando.
As outras gangues estavam estranhando a nossa presença e cochichando, só tinha a gente sem jaqueta ou sem alguma tatuagem a mostra naquele andar. Nosso lugar seria o andar de cima, mas as gangues não podiam ficar ali, eu e Beverly ficaríamos sozinhas.
Assim que chegamos na arquibancada, ficamos bem na frente, tendo a melhor visão do ringue.
Escuto algumas garotas que entraram na nossa frente falando dos serpentes, no caso do Billy e do James, o que me deixou incomodada.
— Elas estão mesmo fazendo isso na minha frente? — Acabo pensando alto.
Manuel:— Segura a sua onda, melhor não arrumar briga aqui. — Ele fala tarde demais.
Katie:— Essa é a parte dos serpentes, a parte da prostituição fica lá encima. — Expulsa as garotas dali.
Beverly:— Ah, obrigada Katie. — Sorri e logo suspira aliviada.
O ringue ainda estava vazio, mas logo todos começam a fazer barulho, eles vibraram na arquibancada.
Alessia:— Agora é com o Billy! — Logo ela também começa a gritar junto com Manuel e eu olho pro ringue já vendo o Billy e um outro garoto lutando.
Ele lutava muito bem, no mesmo tempo que torcia por ele, estava preocupada e brava... Onde ele estava se metendo!?
Assim que Billy golpeia o rival, ele olha pro lado dos serpentes sorrindo, até me ver. Ele me encara e acaba se distraindo e é derrubado no chão.
— Billy! — Corri pro ringue e segurei na grade. Eu escutei algumas pessoas gritando, falando que eu não poderia ir pra lá, mas acabei nem dando ouvidos.
Billy bate no chão, pedindo um tempo e o juiz apita. Ele saí do meio do ringue e vai até mim.
Billy:— O que você está fazendo aqui!?
— Eu te pergunto o mesmo! — Falei olhando em seu rosto. — Esse lugar... Isso que está fazendo, que loucura Billy!
Billy:— Depois conversamos sobre isso, não dá pra falar agora. Mas eu preciso que encontre o James, que pegue a minha jaqueta que está com ele e vista ela, pra sua própria segurança, vai! — Ele fala sério e logo o juiz apita novamente, ele tinha que voltar para a luta e eu me afastei do ringue, encontrando com Beverly e nos duas fomos atrás do James.
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