Capítulo 26
— Eu... Meu Deus... - seus olhos marejavam - Sim, Jeon, sim!
Com um sorriso largo que não pude deixar de tirar do rosto e aquela famosa sensação de ter borboletas no estômago, peguei sua mão colocando um anel de prata com detalhes mínimos, tais como nossos nomes por dentro do anel e por fora uma pequena pedrinha brilhante que dava destaque no objeto. Ele fez o mesmo comigo em relação ao anel e, assim como eu, fazia questão de demonstrar felicidade por agora termos uma relação oficializada.
Depois de muita meiguice, distribuições de amores entre nós como carinho, beijos, cafuné... Resolvemos nos deitar e descansar para o dia seguinte. Como esperado, dormimos na mesma cama. Dividir o espaço com Jimin foi pra lá de maravilhoso. Além de exalar um cheiro viciante graças ao seus cremes corporais, shampoos de cabelo e perfume, Jimin parecia ter um cheiro único em seu corpo, tal que pude sentir durante toda uma noite, pois me agarrara a ele com cuidado a cada suspirada que dava.
Ele se tornou meu vício. Meu primeiro e único vício.
[...]
"Estávamos felizes correndo pelo parque. Brincando como crianças, namorando como jovens à flor da pele.
O peguei pela cintura e sorri vitorioso ao ver sua rendição, o disse:
— Nunca foi tão fácil pegar alguém! - o virei para olhar suas expressões faciais -.
— Eu deixei você me pegar, huh! - deu uma desculpa - E agora que me pegou, tenho que ser seu. Mas isso infelizmente não será possível.
Meu sorriso bobo se desmanchou com tais palavras vindas do hyung.
— Por que não? - era notável meu biquinho de tristeza -.
— Porque eu já sou seu há muito tempo, oras! - gargalhou por ter me feito entender outra coisa -.
Suspiro aliviado.
— Eu te amo.
— Eu te amo.
Me aproximei mais e lhe dei um beijo na testa em demonstração de carinho, em seguida lhe abracei distribuindo afeto e amor.
Mas quando fiz isso, avistei, de longe, uma figura alta nos observando. Focando mais com os olhos, essa tal pessoa segurava algo nas mãos. Tentei não me importar com isso, afinal estávamos em um parque público, mas quando o vi andando em nossa direção senti uma certa aflição. Agora não tão longe de nós, pude finalmente ver o que ele carregava, para meu espanto era uma grande arma, e o sujeito? Nada mais nada menos que Hyun Jung-soo.
— Vamos embora daqui, Jimin - sussurrei em seu ouvido - Vamos embora e não olhe para trás.
Ele não entendeu onde quis chegar com isso, mas não pensou que era uma brincadeira pelo meu tom de voz.
Corremos juntos de mãos dadas, corremos e não sabíamos onde chegaríamos. Apenas continuamos a correr.
— Se você não for meu, não será de ninguém!
Bang!!!"
Acordei no susto, suando frio e tremendo. Dentro de um sonho estava meu amor e meu ódio, o carinho entre duas pessoas e uma arma na mão de um louco.
Olhei em meu celular as horas e nem se passavam das quatro da matina. Olhei para o lado e apreciei a cabeleira ruiva e curvas belas, Jimin dormia como um anjo.
Me aproximei dele e o abracei por trás.
"Não te soltarei nunca mais", pensei.
[...]
Quando estávamos finalmente ambos acordados, convidei Jimin para tomarmos café em algum lugar diferente, já que era nosso último dia lá. Havíamos pesquisado e ido até uma cafeteria próxima. O local era bonito, feito principalmente com madeira, o que dava ao estabelecimento um ar aconchegante.
Nos sentamos em uma mesa próxima à janela, o garçom logo nos entregou os cardápios e diversas opções de tortas eram mostradas ali, aparentemente esse era o "forte" da cafeteria.
— Estou pensando nessa torta de limão, ela parece ser muito boa...
— Essa também me chamou a atenção, mas confesso que a de cereja simplesmente gritou pra mim assim que abri as opções - riu - Vamos pedi-las?
Assenti com a cabeça e chamei o garçom com um aceno de mão.
— Serão duas fatias de torta, uma de limão, a outra de cereja.
— Bebida?
— Um café puro e... - olhei Jimin, esperando uma resposta do mesmo -.
— Um com leite, adoçado.
O garçom anotou nossos pedidos e logo os levou a cozinha.
— Está tudo bem Jeon? - disse aleatório -.
— Está sim - respondi de imediato, mas logo notei a estranheza na pergunta feita - Por quê?
Me olhando nos fundos dos olhos, levou seu polegar à minha mão que pousava encima da mesa, fazendo um carinho ali, e disse:
— Você estava inquieto de noite - soltou - Não estou reclamando, longe disso, pelo amor de Deus! - Jimin tirou precipitações de minha reação - Eu apenas estou preocupado... Sentia dores?
— Que lindo, ele ficou preocupado comigo! - sorri largo, esticando minha mão até sua cabeleira ruiva e deixando ali um breve carinho - Não sentia dores. - fui logo dizendo - Era apenas um sonho.
— Um sonho? - repetiu no tom de pergunta -.
— Um pesadelo pra ser mais sincero. - me corrigi - Você não conseguiu dormir durante a noite? Eu te impedi do sono? Me perdoa, hyung!
— Não, claro que não! Eu dormi sim, e muito bem por sinal. - isso me deixou mais aliviado - Ainda mais quando me abraçou na madrugada. Eu senti algo me segurando com cuidado, me senti protegido com isso, foi pra lá de bom!
— Licença rapazes - o mesmo homem que nos atendera viera nos trazer os pedidos -.
Colocou tudo na mesa e foi atender outros fregueses que haviam chegado.
— Mas me diga - Jimin continuava - como era seu sonho? Digo, seu pesadelo?
Pensei em lhe contar, mas avistei que poderia vir questionários da parte do ruivo, tais como querer saber o porquê de eu sonhar com Jong-soo segurando uma arma. Acontece que disso eu não duvido nada, mas Jimin nem imagina como Hyun é, então acho melhor guardar o pesadelo apenas para mim.
— Eu não me recordo como era - vi que sua animação havia sumido, e eu não queria isso - Só me lembro de partes - talvez assim ele mudasse esse rostinho desanimado - Nós dois estávamos em um... parque? É, acho que era um parque. Estávamos felizes e apaixonados quando algo ruim aconteceu.
Parei por ali.
— Você só se lembra disso..? - assenti - Não lembra nem um pouquinho de que coisa ruim aconteceu?
— Felizmente não - sorri, acariciando sua mão por cima da mesa - Mas o que importa é que estamos bem, não é? - ele concordou - Vamos comer então, porque eu estou com fome - rimos os dois -.
Quase que em sincronia, eu e Jimin soltamos suspiros ao provar o sabor das tortas. O sabor doce combinava com o leve ácido do limão, a adstringência era harmonizada com o adocicado do recheio; era uma mistura perfeita de sabores, uma explosão de sensações deleitosas.
— Só queria dizer que essa é a melhor coisa que eu já comi na vida - declarou - Sem mais nem menos, é simplesmente divino.
— Tá sujinho... - ouvi um "onde?" por parte do mesmo - Na sua boca - ele passava a língua, mas não limpava a calda de cereja em seu lábio - Aish, eu limpo.
Me inclinei para frente e estendi meu braço, deslizando suavemente o dedão na área lambuzada. Eu era suposto a limpar e somente isso, mas aquela boca havia capturado minha total atenção facilmente, e agora todos os meus pensamentos se resumiam a isso.
Vagarosamente fui me aproximando, puxando seu pescoço sem força alguma, ansiando por aquilo que vinha a seguir. Jimin entendeu e aproximou-se também, findando aquela distância e acoplando nossas bocas uma na outra.
Beijar Jimin era sempre algo ótimo, mas beijá-lo lentamente era magnífico. É tão bom, tão viciante... Libera borboletas em meu estômago e toda vez é uma experiência diferente.
— Jeongguk, estamos em "público"! - sussurrou com dificuldade entre o beijo -.
— Sinceramente, - mordi seu lábio inferior, sorrindo ao encarar seus olhos - eu não dou a mínima pra isso.
— Jeon... - me chamou mais uma vez - Vamos terminar de comer, okay?
Não insisti mais, mas como garantia lhe roubei um último selinho. Terminamos de comer e passamos mais um tempo lá, conversando e decidindo o que fazer até o fim do dia, pensando também no horário que retornaríamos para casa.
Nossa manhã se passou rapidamente, ficamos caminhando na praia e perto do meio-dia almoçamos por lá mesmo.
— Eu nunca... - fingi pensar - andei de moto.
— Droga, eu já - riu, entregue, abaixando mais um dedo -.
— O quê? Park Jimin andando de moto? - minha surpresa era clara - Não consigo te imaginar em uma moto, desculpa.
— O Jun me obrigava a andar de moto, mas não era tão ruim quanto parecia.
— Jun? - tento me lembrar de tal nome que me parecia ser familiar - Quem é Ju- até que finalmente me lembro - Ah... Esqueça.
— Jungkook-ssi não faz essa cara!
— Que cara?
— Essa que está fazendo.
Ajudou muito.
— Estou nor-
Meu celular toca. Retiro do bolso e vejo a foto do indivíduo que me ligara, não só a foto mas o nome, a cidade... Como se eu já não soubesse.
— Já volto Jiminnie - digo me levantando e indo um pouco distante de Jimin -.
— Fala - atendo a ligação -.
— Jungkook, vou ser direto - disse afobado - Eu estava passeando na madrugada de ontem com alguns amigos e encontrei Hyun na rua.
— Tá, e daí?
— E daí que o jeito que o encontrei foi perturbador.
— Jeito? Que jeito?
— Ele usava uma camiseta e pouca parte dela estava da cor normal, que no caso seria branca.
— Yoongi eu não tô entendendo é nad-
— Hyun estava com grande parte da roupa suja com algo de cor vermelha, mas não era um vermelho normal. Era vermelho bem familiar ao sangue.
— Caralho - exclamo - Tem certeza disso?
— Absoluta.
— Obrigado por me alertar sobr-
— Err... Eu não acabei...
— Tem algo a mais nisso?
— Sim.
— O quê?
— Ele me parou no mesmo instante que me viu, era visível que estava alterado, tanto com drogas quanto com bebida.
— Ou ele teve um surto já que... Bem, você sabe, continue.
— Vou ser direto. Ele perguntou onde Jimin estava.
— COMO É? - grito, atraindo olhares - E o que você disse para ele?
— Relaxa, eu não disse onde ele está não...
Respiro aliviado.
— Mas então?
— Disse que estava em algum canto do mundo com você.
Puta que pariu.
— Bem, pelo menos ele não sabe onde estamos... - suspirei - Mas não ficaremos aqui pra sempre... Acha que ele pode fazer algo no colégio?
— Você mesmo já viu que ele consegue se controlar no colégio, mas fora dele... O cara pode ser um perigo real - disse - Sugiro que tomem cuidado.
— Obrigado, Yoongi.
— Jungkook, por acaso... Você percebeu alguma vez que ele seguiu vocês dois ou algo do tipo?
— Eu... Vi ele na Seul Tower alguns dias atrás - lembrei do ocorrido -.
— O que você fez quando o viu?
— Delimitei território.
— Cara, na boa... Te considero meu melhor amigo, mas às vezes me dá vontade de te meter o socão por ser tão criança.
— O que eu deveria ter feito então, mestre das pegadas?
— Porra, Jeon, você mesmo pesquisou sobre a síndrome! - praticamente gritou do outro lado da linha - O cara tem que estar num estágio muito avançado pra ficar só encarando vocês dois se pegando, nesse momento ele deve estar começando a sentir o rancor, o ódio pelo amor não retribuído.
Fiquei em silêncio, tudo o que ele dizia era real e eu mesmo lembrava de ter lido sobre as fases.
— Agora que você já tá ciente de todas as merdas que estão acontecendo, tenta cuidar do seu namorado - abaixou o tom de voz, agora falava com cautela - Sabe que se der alguma treta maior eu tô aqui, né?
— Quantas vezes mais eu vou ter que te agradecer por ser meu irmão de outra mãe?
— Muitas - riu - Vai lá com teu homem, vai.
Desliguei o celular e voltei para onde estava com Park. Caminhei devagar, pensava em cada fala do Min, relembrava do flagrante de Hyun e o pior de todos, o pesadelo que tive esta noite.
De certa forma Yoongi estava certo, devo rever minhas atitudes e agir com cautela, afinal, tem um louco atrás do meu namorado.
Por falar em ter alguém atrás do meu namorado... Que porra é aquela ali?
— Vem sempre aqui bebê? - um metido a besta se aproximava mais de Jimin - Posso te pagar um drink?
— Eu já não disse pra sair daqui? - Jimin totalmente desconfortável debateu - Tá vendo esse anel aqui? - praticamente esfregou a mão na cara do idiota, o que me fez querer soltar gargalhadas - Então, acho que entendeu.
— Ah, é mesmo? Não estou vendo ninguém aqui... - segurou a cintura de Jimin pela frente e afundou sua cabeça no pescoço do meu homem -.
— Foi aqui que pediram um soco? - falei, cutucando o cara que apelidei de idiota -.
No mesmo instante que o infeliz se virou desferi um soco forte em sua boca, o que o fez dar três passos para trás pela tontura.
— Espero que tenha entendido o recado - disse, direto, e seguirei Jimin pela cintura. O cara só saiu, sem falar mais nada -
— Obrigado - sussurrou -.
— Disponha - o apertei em meus braços, agora teria que cuidar de Park mais do que de mim mesmo - Quer voltar pra casa? Temos que arrumar as nossas malas ainda...
— Sim, sim. Vamos.
Entrelaçamos nossa mãos e saímos da praia rumo à casa que estavamos, Jimin ainda perto do mar só que de costas para ele, ficava a todo momento virando para trás, provavelmente queria registrar tudo aquilo. Tanto é que pegou uma concha branca que viu na areia enquanto andávamos. Ele colocou aquilo no bolso da bermuda e voltou a me dar a mão já que havia soltado para se abaixar.
Não muito diferente dele, eu também fiz questão de registrar tudo aquilo que nos acontecia, era mais que perfeito para mim. O som das ondas quebrando, os gritos que vinham de longe indicando que crianças estavam brincando, a areia se desfazendo nos pés a cada passo que eu dava, e os coqueiros que balançavam como nunca.
Não, calma aê... Coqueiro balançando?
Olhei para o céu e me espantei com o que via de longe em direção ao mar. Cutuquei Jimin e o mesmo me olhou sem entender nada. Apenas indiquei com o queixo o que ele precisava ver.
— Ah não! - exclamou - Acho melhor irmos depressa, ou caso contrário ficaremos um bom tempo na estrada por engarrafamento, e se pior, um alagamento!
— Você está certo, vamos rápido com isso.
[...]
— Roupas? - perguntou -.
— Estão todas aqui - respondi -.
— Cremes, perfumes e protetor solar?
— Esses estão ali.
Estávamos nada mais nada menos que conferindo nossas coisas, afinal, não queríamos deixar nada pra trás.
— Okay, pode levar isso para o carro por favor? Preciso checar se está tudo em ordem lá nos fundos - falou apressado -.
Descobri mais uma coisa: ver Jimin agindo como um perfeito adulto é uma das melhores coisas de se apreciar.
— Posso sim meu anjo - disse sorrindo de lado, me aproximando dele com cautela e o dando um beijo na testa -.
Peguei duas malas, uma em cada mão, e caminhei até a garagem, abrindo o porta-malas do carro e colocando as malas ali dentro.
— É melhor já ir arrumando, ou arruma depois que estiver todas as coisas aqui? - perguntei a mim mesmo -.
Deixei então as coisas ali sem arrumá-las e voltei para sala de estar, onde todas as nossas coisas estavam.
Fiz umas três viagens da sala até o carro, e na última Park me ajudou a carregar algumas coisas.
Juntos arrumamos as coisas dentro do carro: as malas embaixo; as cobertas e lençóis no meio, em cima das malas e umas sacolas com comidas ainda fechadas que havíamos comprado por aqui.
Jimin voltou para dentro da casa, mas antes me disse para dar partida no carro, só para o motor do veículo já ir esquentando. E assim fiz.
Dentro de dez minutos já estávamos nós dois no carro colocando o cinto de segurança e ajustando algumas coisas para nos sentirmos mais confortáveis durante toda a viagem de volta.
Ele me deu um beijo molhado no canto da boca - o que achei muita covardia para comigo - indicando que já poderíamos ir, e o quanto mais rápido melhor.
Mas para nossa sorte - lê-se na ironia -, uma garoa fina começara a cair, deixando o vidro do carro um pouco embaçado.
Teremos sim uma longa viagem...
[...]
— Isso está piorando! - Jimin falava incrédulo -.
A garoa que caía antes havia virado uma grande chuva, ou melhor dizendo, uma tempestade.
De dentro do carro mesmo com o parabrisa ligado não se era possível enxergar os carros ao redor com muita precisão, apenas os faróis ligados, o que ajudava a ver os carros e não cometer nenhum acidente de trânsito.
Nós só não imaginávamos que era possível aquilo ficar pior, a chuva que antes estava forte, agora caía com mais força. Raios e trovões eram mais que visíveis; um perigo.
— Jimin, está muito pior! - falei um pouco mais alto que o costume -.
A chuva atrapalhava qualquer som que vinha de dentro do carro, abafando tudo. E mesmo falando um pouco alto Jimin ainda não entendera o que eu havia falado.
— Eu disse que - estava ao ponto de gritar, mas seria pra lá de exagero - essa chuva está muito densa, um perigo para nós.
Agora entendendo o que falei, perguntou:
— O que devemos fazer então? Parar em algum escostamento?
Olhei pela vidraça embaçada e vi que já havia muitos carros lá, e seria mais perigoso ainda.
— Não dá, está lotada de carros! - respondi de imediato - Nossa saída vai ser parar no primeiro comércio que acharmos pela estrada, ou se não alguma pousada disponível.
Jimin aprovou a ideia e enquanto o trânsito não andava aproveitamos pra avisar nossos pais do engarrafamento. Aparentemente até os mesmos aprovavam a ideia de ficarmos em algum lugar até a situação melhorar, o problema era achar o tal local.
— Jeon... - se pronunciou após um longo tempo - eu estou vendo um letreiro distante.
— Ah, que bom! - já estava aos suspiros, aliviado por termos algum lugar onde ficar - É um hotel?
— É um motel.
Um motel é melhor do que nada, não é mesmo?
— Você topa? - perguntei, receoso -.
— Topo.
[...]
— O quarto intermediário está disponível?
— Só um instante... - verificou algo - Está sim, vão querer por quantas horas?
Olhei para Jimin, pedindo ajuda silenciosamente... Quantas horas ficaríamos ali?
— Doze - já era noite, e não tínhamos outro lugar pra ficar -.
A atendente me disse para onde ir e estacionei o carro em uma garagem tal como ela havia dito, subindo poucas escadas e então chegando na tal suíte.
Não tinha como negar, o quarto era bonito e praticamente gritava para ser usado.
Jimin não perdeu tempo e se jogou na cama grande, fazendo um barulho alto e engraçado ao se chocar no colchão com força , soava até erótico.
— Meu Deus, que errado - riu -.
— O quê? - me fingi de desentendido, me aproximando cada vez mais da cama -.
— Esse barulho, tipo... - suas bochechas coravam - Aish, você sabe!
Subi na cama e me apoiei em meus joelhos, ficando de frente ao Park.
— Você fica tão lindo assim... - passei minha destra por seus fios alaranjados - Eu te acho tão lindo, Jimin... - suspirei - Tão único.
Meus olhos apaixonados encontraram os seus que geralmente eram confusos, mas que agora pareciam estar focados e determinados, em algum ponto ali meus olhos caíram pra sua boca, e posso dizer que o mesmo aconteceu consigo. Foi apenas uma questão de tempo para que toda aquela distância se quebrasse e nossas linguas dançassem juntas em um ritmo lento.
Ao mesmo tempo que aquilo nos saciava, também nos deixava mais sedentos... Sedentos por mais daquilo, por algo além disso.
Pacientemente deitei Park na cama, ficando por cima, apreciando toda aquela vista. Beijando seus lábios e logo descendo para seu pescoço.
— Posso te fazer meu essa noite? - perguntei, parando os beijos para encará-lo -.
— Não acha que está esperando tempo demais pra isso?
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