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História Máfia Dragon Cry - Capítulo 12


Escrita por: Faire-chan

Capítulo 12 - Capítulo 12


Havia raiva de vez em quando. Tão afiada e quente que a cortava. Como há alguns segundos atrás.

Mas na maioria das vezes havia silêncio.

Um silêncio ressonante. Lucy não encontrava nada havia anos. Tinha dias em que não sabia muito bem onde estava ou o que tinha feito. Suas memórias eram flashes. Elas passavam rapidamente, porém se estendiam. Assim como as horas, os dias e os meses.

Ela piscara, e Michelle tinha morrido. Piscara, e seu corpo tinha se tornado magro demais. Tão oco quanto ela se sentia.

E então, estava ali. Em uma máfia. Gritando com um torturador com uma arma na mão. O frio gélido impregnado nos seus dedos, arrancando outro tremor dela. Queria ir para o quarto de noite e estrelas, sentar na janela e observar o cachorro estranho embaixo dela. 

Seus pés mal tocavam o chão enquanto ela corria, se lançando tão rápido no corredor que as portas não passavam de borrões. Mas parou subitamente, como se tivesse se chocado contra uma parede invisível, seu cérebro demorando para registrar a cena. Mas sua visão estava embaçada, sua cabeça traiçoeira a levava para outro lugar, para gritos e escuridão, de repente as paredes do corredor pareciam ainda menores.

Xxx

 “Miss Ultear estava em frente a sua cela separada, Michele e as outras mulheres confinadas ao lado permaneciam na parede mais distante, amontoadas, como se pudessem se esconder. Os guardas carregavam uma garota inconsciente, o pulso e os pés amarrados por cordas, como se ela fosse um animal.


Eles destrancaram sua cela e jogaram a garota no chão, a cabeça bateu contra o piso frio, e ela não se mexeu.


- Essa veio de fora. – Miss Ultear disse em seu tom elegante, os saltos rosas começaram a se distanciar, quando ela falou por cima do ombro. – Já consegui toda informação que eu queria, e trouxe algo para você brincar.


O sorriso dela era diabólico, mas Lucy manteve seus pés grudados no chão, ombros para trás e nariz para cima, encarando um ponto acima da cabeça de todos eles. Os olhos frios e cheios de escuridão se focaram no rosto dela, porém a loira não demonstrou sentimentos, não se inclinou e nem se permitiu olhar para o corpo jogado no chão. Esperou até que Miss Ultear estralasse a língua e chamasse os guardas.

- Você está aprendendo. – ela comentou com um misto doentio de orgulho e auto reconhecimento .

Lucy ficou quieta como uma estátua. Miss Ultear deu um último sorriso maldoso e voltou a sua caminhada calculada e elegante, como se não quisesse ficar nas celas por mais do que o necessário.

Lucy contou os segundos até o corredor voltar aos sussurros baixos e choro de novo, levantou os olhos para as prisioneiras vendo o desespero em seus olhos quando a encaravam, o medo e ódio que ameaçava destruir suas almas. Lucy avançou sobre a mulher de cabelos negros, tirou sua blusa (o pano mais limpo que achou) e começou a comprimir um sangramento na barriga.

- Estou aqui com você. – ela sussurrou, mas já havia matado coisas demais para saber que era uma questão de tempo até que ela morresse em suas mãos.

A mão fria e pálida agarrou a sua, se sujando com o próprio sangue. Um soluço alto foi ouvido de um canto escuro. Ela acariciou os fios espessos e encharcados, com uma delicadeza. 

- O Doutor... – Ela balbuciou com uma tosse molhada e demorada, os olhos claros pregados em seu rosto, uma mancha de nascença vermelha sobre a sobrancelha, tão jovem e linda. Lucy apertou ainda mais sua mão pensando no que a mulher podia ter feito para receber aquilo, o Doutor não machucava seus pacientes daquela forma, assim como Miss Ultear, ele era um sádico cheio de jogos psicológicos – Balam. 

Lucy pensou que era um lugar para o qual a mulher gostaria de voltar. Balam. Uma casa talvez, ou uma pessoa. E seu cérebro a lembrou que havia um mundo além daquele inferno, um mundo em que suas irmãs estavam, e na vida simples e alegre que imaginou para elas, com um final mais feliz do que o dela.

Um lar. Algo que ela nunca teve, ou que não se lembrava, pelo menos.

- O Doutor... – ela disse com a respiração molhada, as palavras eram baixas e confusas. 

- Você vai sair daqui, nunca mais estará presa, o Doutor e ninguém mais vai poder machucá-la. – ela prometeu.

- Balam. Balam. Balam... – ela murmurava incansavelmente.

Xxx

Gray e Erza carregavam um homem que poderia muito bem ser aquela Garota na Cela, amarrado da mesma forma, com o mesmo olhar de desesperança. Luz como nenhuma outras, clareou sua visão, deixou sua mente limpa e afiada.

- O que vocês estão fazendo?! – ela rugiu os olhos carregando uma promessa de morte, a voz tinha um tom diferente daquele que Gray ouviu, mais forte e decidida.

Os quatro congelaram. As respirações irregulares pelo esforço e pela surpresa.

As garotas se encararam rapidamente, e o sentimento parecia mútuo entre elas. Haviam se esquecido da voz de Lucy. A cada ano que passava, elas sentiam que perdiam uma parte dela. E precisavam se agarrar a aqueles pormenores. O seu sorriso. Os olhos intensos e brilhantes. A voz... Mas a voz dela tinha mudado, ainda continuava doce e bonita, porém continha uma raiva e amargura cortante.

- O. Que. Estão. Fazendo? – ela repetiu com uma pausa mortal entra cada palavra.

Os quatro pararam, como se estivessem soldados no chão. Qualquer emoção fora lavada de seus rostos ao perceber a expressão assassina e calculista da loira.

- Lucy... – Juvia se aproximou com cuidado, sabendo que qualquer passo podia desencadear uma briga ainda pior.

Gray encarava sua nova amiga com olhos brilhantes, como se estivesse se lembrando de que ela não era tão calma e inofensiva quanto ele pensava, sabia que morango nenhum podia consertar o que havia se quebrado entre eles. Ele via a traição estampada em seu rosto, e toda aquela raiva era apenas uma defesa para esconder a vulnerabilidade que estava em seus arcos dourados.

Como se estivesse sendo puxada por uma corda, ela se afastou do toque de Juvia, e mostrou os dentes para ela, um som gutural e arrepiante surgiu em sua garganta, muito mais animal do que humano.

- Não encosta em mim! – ela rugiu descontrolada.

Levy estava tão pálida e tremula, que poderia desmaiar a qualquer momento. Erza permanecia com a expressão controlada.

Os olhos de Gray foram para a porta na sua direita, aquela que ele não ousou abrir em seu tour pelo local. Como quem estava no corredor da morte, Lucy andou lentamente até lá, sentindo como se algo fosse se romper dentro dela. Não sabia se era o clima ou seu corpo, mas sentia a pele fria, como se fosse feita de tempestade e fúria.

- Loirinha. – O VP chamou quase como uma suplica, mas ela parecia presa dentro da sua cabeça novamente. A mão agarrou a maçaneta com tanta força, que parecia preste a ceder, a porta se abriu com um rangido alto.

Uma câmara de tortura.

Lucy segurou a vontade de vomitar, sua garganta parecia fechada, o coração batia tão forte e rápido que parecia a ponto de explodir, suas mãos tremiam, seus grandes olhos castanhos poderiam ter marejado, se sua mente não estivesse de volta na Torre.

Uma risada louca e infeliz rompeu sua alma, como se fosse a única maneira de lidar com aquilo. Sabendo que se começasse a chorar, não pararia mais, Lucy secou os olhos. 

Havia tantos motivos, tantas coisas que teve que fazer e superar, estar fora da Torre era tão ruim quanto estar naquele inferno, pelo menos com Miss Ultear sabia o que esperar, como se preparar, mas aquilo... Esse tipo de dor era nova. Mais profunda. Afetando algo que ela havia escondido a muito tempo para sobreviver.

- Por que? Por que estão fazendo isso?! – ela gritou com as feições contorcidas.

- Podemos conversar mais tarde, loiri...

- Não me chame assim! – ela rebateu com um olhar mortal que o fez se calar.

Seu olhar recaiu sobre Erza, como se ainda esperasse uma resposta.

- Ele ameaçou a máfia...

- Então isso é por dinheiro? Por poder? – ela cuspiu as palavras como se fossem toxicas. – O que esse homem fez de tão ruim para merecer isso? Vendeu drogas no lugar errado?

- Não fale de coisas que você não entende. – A voz dura de Natsu estava em suas costas, mas ela o ignorou totalmente. Não se importava com o Mestre da Dragon Cry, nem com o que ele pudesse fazer, nunca achou que a morte fosse algo ruim, por isso, nunca se permitiu ceder ou ter medo.

 - Ele não era a porra de um santo. – Juvia disse com raiva, não da irmã, mas de toda aquela situação. Da incapacidade de ajudar a pessoa que era mais importante para si, e quando ela percebia como Lucy estava fodida, como suas palavras não podiam alcançá-la, quando ela via seus olhos castanhos com aquela exasperação, aquele toque de escuridão, e aquela bondade enorme que sempre, sempre fariam Lucy uma pessoa melhor do que ela, se sentia morrer.

- Nenhum de nós é! – ela agarrou os cabelos e os puxou, como se aquilo pudesse mantê-la sã. Os olhos loucos ainda encaravam o teto, um sorriso estranho e contorcido emoldurava seus lábios roxos. Sua voz parecia uma mistura de riso e choro, uma insanidade palpável. – Esse tempo todo... A única coisa que não me fez desistir foi pensar que vocês tinham uma vida boa, uma vida digna, algo pelo qual valesse a pena lutar! Mas agora... 

O olhar de desgosto e nojo foi como uma facada nas costas.

- Lucy – Levy chamou em meio a um soluço – Nós... Eu nunca machuquei ninguém!

- Claro. – O sorriso dela era tão venenoso quanto suas palavras. – Só colocou um alvo em suas costas.  

- Já chega, Luce. – Natsu falou se aproximando dela, Lucy o olhou por cima do ombro, percebendo como estavam próximos.

O Mestre piscou ao ver o desespero dentro dela, aquele olhar forte e misterioso pelo qual ele estava tão interessado, parecia imóvel, tão frágil quanto papel. Ele levantou a mão como se fosse toca-la, mas Lucy se afastou  para o mais longe que podia.

Para ela era difícil definir o que doía. Os dentes doíam, o pulmão doía, os pés doíam. Toda sua alma, enfim. E o que não doía, latejava. Natsu manteve toda sua atenção nela, pronto para intervir

- Por que? – ela perguntou com os olhos focados no homem amarrado.

- Por você! Tudo isso foi por você! – Juvia gritou, sem conseguir conter as próprias lagrimas.

Levy escorregou para o chão, sentou-se, gemendo e praguejando. Puxou os joelhos para o peito, como se pudesse se proteger das palavras da loira ou daquele limite perigoso que elas estavam ultrapassando. Lucy riu pelo nariz, como se suas forças estivessem sido esgotadas, ou apenas estavam se concentrando para uma explosão maior.

- Então pretendem deixar a Dragon Cry agora? – ela perguntou voltando seu olhar para elas. A cor fugiu do rosto de Erza, Juvia apertou os lábios em uma linha fina e Levy apenas soluçou mais alto. Lucy soltou uma risada fria e curta, tirou o cabelo do rosto, enquanto olhava para o teto como se não suportasse vê-las. – Foi o que pensei.  

- Se você nós deixar explicar... – Erza tentou falar, apertando inconscientemente o braço do renegado com força. O olhar de Lucy estava sobre o hematoma formado.  

Lucy analisou cada rosto presente de forma devagar, como se alguma venda tivesse caído de seus olhos e ela pudesse ver tudo claramente. Sua feição se tornou neutra novamente, até mesmo sua postura voltou ao normal, como se ela vestisse uma armadura. 

- Vocês são tão ruins quanto Miss Ultear – ela declarou com frieza, havia tanta revolta e desprezo dentro de seus olhos castanhos, que teria sido mais gentil bater nelas.  

- Não! – Erza gritou parecendo desesperada, a máscara de controle inabalável se partindo. – Nós também estivemos na Torre, Lucy! Fizemos o que precisamos para sobreviver, e a Dragon Cry foi nosso único lar de verdade! O único lugar em que pudemos fazer escolhas e ser respeitadas.

- E precisam torturar outro ser humano para isso? Esse é o preço pela sua liberdade? – ela estava muito calma agora, algo não natural emanava dela, como se estivesse analisando suas almas. – E quanto ao resto?

- O que? – Juvia perguntou confusa.

- Agora que eu estou aqui, o que vão fazer?

- Vamos recomeçar – Erza disse, enquanto Juvia dava um passo para frente, uma esperança dilacerante em seus olhos. – Ser livres.

A expressão dela não mudou.

- Nunca poderei ser livre enquanto outra pessoa estiver presa. Deveriam saber disso. Deveriam se importar com as centenas de pessoas que estão sofrendo por causa da Torre – o olhar dela passou por Natsu e pelo renegado – por causa dessa máfia. Estiveram na Torre, mas esqueceram o que ela faz com vocês... Não, não esqueceram, a diferença agora é que vocês seguram o chicote.

Lucy andou em passos rápidos e decididos por elas. E não se arrependeu das expressões devastadas. Havia um zumbido constante em seu ouvido, como se uma bomba estivesse estourado sobre seus pés, não conseguia ouvir as vozes a chamando, os olhos estavam desfocados, vendo a cela e a Sede de modo confuso e alternado, algo profundo dentro dela sendo quebrado novamente.

Xxx

Lucy não chorou quando a forasteira morreu, apenas fechou suas pálpebras com suavidade, enquanto depositava um beijo em cada olho. E com sua voz melodiosa cantou o refrão que sempre a acompanhava: 

Lugar nenhum me tem

Lugar nenhum me prende 

Lugar nenhum me toma

Eu sou muito mais do que quatro paredes podem suportar

Eu nasci no alvorecer para queimar o paraíso 

Xxx

Lucy não conseguia ouvir nada além do rugido constante em sua cabeça, precisava se salvar, precisava de um lugar seguro, mas não conhecia nenhum.

Quando chegou ao quarto bonito e luxuoso, teve que correr até o banheiro, vomitou tanto que se sentiu tonta. Os olhos se encheram de água, mas nenhuma lagrima caiu, como se sua alma estivesse tão cansada que não conseguisse fazer mais nada.

Ela olhou para aquele lugar estranho e se sentiu presa, uma cela sempre seria uma cela, não importa como eles a decorassem. 

Ela conseguia ver todas as pessoas que matou ou viu morrer espalhados pelo chão, sangue manchava o piso e escorria das pinturas da parede, toda aquela comodidade poderia abrigar todas as prisioneiras com mais conforto do que as celas.

Ela não merecia aquilo.

Não merecia nada.

De repente, não conseguia respirar.

Ela apertou a própria garganta, como se aquilo pudesse fazer o ar entrar em seus pulmões. Cambaleou até o armário, apoiando sua mão na madeira branca e esculpida com pequenas estrelas. Ela encarou a mancha de sangue no guarda roupa e ofegou, olhando para a própria palma e vendo o líquido vermelho ali.

Engasgou com o vazio.

Suas mãos estavam manchadas, estariam sempre manchadas.

Recolheu os braços para trás do corpo, apertando com tanta força que manchas roxas começavam a se espalhar. O movimento foi tão brusco que a porta se abriu, revelando todos os vestidos longos e maravilhosos que as garotas escolheram para ela. Todos possuíam tons de rosa e azul, cores claras e puras, que a lembravam de jardins e gentilezas.

Mas ela não era assim.

Não mais.

Não havia restado nada em sua casca escura e desocupada.

Aquilo era uma mentira. Todos aqueles vestidos contavam histórias horríveis, de um passado que ela não podia voltar. De uma pessoa que ela não conseguia ser (por mais que desejasse com todas suas forças).

Ela puxou os tecidos finos e macios do armário, alguns se romperam dos cabides, e jogou no chão. Depois com as próprias mãos os rasgou em tiras, puxando com tanta raiva e desespero que machucou os dedos. Cortou, dilacerou e partiu como se estivesse lutando para sair da própria pele, como se aqueles vestidos estivessem roubando seu ar.

Ela ouviu a porta ser aberta em um estrondo ensurdecedor, Lucy rolou em um movimento ágil e se pós de pé, mostrando os dentes para o invasor.

Natsu encarava as peças de roupa com raiva. Analisando desde o quarto bagunçado e destruído até a figura animalesca de Lucy. O Mestres sentiu seu corpo tremer, com a intensidade de seu ódio, e sentiu como se as palavras estivessem fugindo de sua boca. Como se falar ou se mexer fossem desencadear uma onda de matança - com alvo exclusivo para a mulher em sua frente.

O Dragneel ainda podia se lembrar da animação das garotas ao escolher os vestidos, como Levy fez cálculos complicados para tentar definir o tamanho de Lucy conforme os anos passavam. De ver Erza, que era sempre tão rígida e prática, escolher sapatos e bolsas como uma colegial. 

Os olhos da ruiva pareciam sempre mais leves quando ela estava no quarto ou falava de Lucy. E Juvia... Juvia ainda não sabia lidar com nada daquilo, e Natsu sabia que a mulher nunca havia superado o fato da irmã ter ficado para trás. Sabia que ela se culpava, e observou por todos aqueles anos ela se destruir, Juvia ficou cada vez mais agitada e dispersa, como se não aguentasse o peso da realidade.

Natsu caminhou em passos lentos e mortais em direção a Lucy. A ladra se obrigou a sorrir de leve, deixando a insanidade bilhar em seus olhos, uma visão perturbadora.

 – Faça seu pior. – a loira ronronou para ele, quase como se quisesse começar uma guerra.

Uma da qual ela sabia que não podia ganhar.

Natsu a olhou de cima a baixo: os cabelos bagunçados como se ela tentasse arranca-los da cabeça, os nós dos dedos esfolados, a posição dos pés, o rosto controlado...

 – Tire essa expressão falsa e mentirosa do rosto. – A voz dele tinha um tom afiado como uma lâmina.

Lucy se manteve extremamente imóvel, apenas piscando para ele. Natsu sentiu um arrepio ruim subir pelas suas costas, ela era como um bomba, instável e perigosa. E o Mestre sabia que não podia lidar com ela como fazia com os outros. Já havia matado pessoas por irrita-lo bem menos, porém nenhuma delas tinha vínculos com sua família, sua máfia.

- Pare de merda! – ele avisou, e com um suspiro tentou colocar o temperamento no lugar. - Não tenho paciência e nem vontade de lidar com você, e provavelmente sou o único que não dá a mínima para o quanto você é má e cruel por dentro.

- Acho que você não pode nem imaginar o quão má e cruel eu posso ser. - Lucy deu um passo na direção dele.

Eles se encaravam em desafio, com tanta intensidade que podiam sentir o ar zunindo em seus ouvidos. Natsu soltou uma risada nasalada, que fez os cabelos loiros dela se agitarem, e negou com a cabeça, seu nariz quase encostando no dela.

Um sorriso lento e debochado surgiu em seu rosto moreno. O Dragneel era bom em ler pessoas, e ali estava aquela revolta dentro dela, aquela determinação implacável que o instigava. 

Ele tinha razão com Gajeel, podia aguenta-la, podia usar raiva e ódio para mantê-la viva. Não podia deixar aquela garota quebrar, porque isso levaria seu Círculo junto. Então, manteria o vazio longe dela, aquela vulnerabilidade e loucura sobre controle.

Lucy deu um passo para trás,. Seu corpo estava tenso e sentia o coração acelerado, sabendo que estava em perigo. 

- Acho que estou prestes a descobrir, anjo.

Seu sorriso brilhava na escuridão o deixando extremamente assustador.

- Mira tinha razão. Somos mais parecidos do que eu imaginava.



Notas Finais


Então entidades perdidas e vagantes quase 2 meses sem atualizar, mas ta ai!
Espero que gostem!
O que acharam?


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