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História Máfia Potter - Noivado


Escrita por: AnneCGB

Notas do Autor


Obrigada a todos os favoritos e comentários no capítulo anterior!!!
Beijos lindos!! :)

Capítulo 2 - Noivado


Fanfic / Fanfiction Máfia Potter - Noivado

Pov Harry Potter:

Olho meu reflexo no espelho e me sinto exausto, a noite de ontem foi bem proveitosa. Sorrio ao me lembrar da farra particular que fiz em uma das boates da minha família.
Estava travando uma batalha com o meu pai. De um lado ele com suas regras e tradições ridículas, eu não precisava me casar com Gina Weasley para ser respeitado, ou para me tornar um homem. Eu já era um homem respeitado desde que nasci, afinal, sou um Potter. Eu não tenho nada contra a Gina, mas eu não consigo sentir nada por ela, nem desejo e nem tesão. Entendo que a máfia está sofrendo ameaças e que é a minha obrigação proteger, mas eu não posso ficar infeliz para sempre. Tudo bem que o homem na Máfia poderia fazer o que quisesse, mas também não queria fazer Gina sofrer. Mas não teria outro jeito, sei que ela é apaixonada por mim, mas faria ela mudar de opinião. Esse casamento seria só aparência e continuaria vivendo tudo do jeito que eu sempre quis.
Termino de tentar arrumar meus cabelos, olho mais uma vez para a caixa de veludo na minha mão. Hoje será o jantar de noivado, e daqui a uma semana seria a minha morte.
Minha mãe entra no quarto e me olha por um momento para logo na sequência fechar a cara.
— Não acredito que está com um chupão nesse pescoço, no dia do seu noivado! — Ela falou com total reprovação.
— Mãe, esse casamento é uma farsa! Não sinto nada pela Gina.
— Mas ela sente por você — Minha mãe devolveu.
— Eu só lamento por isso. Mas logo ela se acostuma e qualquer sentimento que ela possa ter por mim, vai morrer.
— Ou você pode se apaixonar por ela, e a amar talvez mais do que ela um dia pudesse pensar em te amar.
— Não acredito que esteja ficando velha ao ponto de caducar.
— Tenha mais respeito. E aprenda, esse jogo pode ser jogado por dois. — minha mãe falou e saiu. Não demorou muito e meu pai entrou, com aquela expressão séria. Até que meu pai era carinhoso e amável, mas eu tenho que admitir, controlar uma máfia não é nada fácil. Ele tem responsabilidades e obrigações e todos colocam sempre tanta expectativa nele, casou cedo com a minha mãe. Vendo os dois hoje, fica impossível imaginar que eles casaram contra a vontade. E depois veio a obrigação e a terrível pressão sobre os dois, principalmente sobre a minha mãe, meu pai teria que ter um herdeiro, homem, e ele conseguiu. Eu vim ao mundo, um ano depois minha mãe teve a Hermione. Embora meus pais tenham casado por obrigação, nem eu nem a minha irmã nos sentimos em um ambiente sem amor, muito pelo contrário, e isso foi maravilhoso. É triste pensar que terei que ter um herdeiro que será concebido pela pura obrigação e não por amor.
— Não vou mais falar do seu comportamento vergonhoso, espero que se comporte nesse jantar pré casamento, e isso aqui é para você — Meu pai disse me entregando o que parecia ser um diário.
— Acho que estou um pouco velho para diários.
— Guarde ele, não abra. Quero sua palavra de homem, que só vai abrir esse diário, quando amar sua mulher incondicionalmente, quando sentir que seria capaz de fazer tudo por ela.
— Então nunca irei abrir.— Eu falei e meu pai riu saindo do quarto.
Não demorou muito e todos estavam no jantar onde seria oficializado a nossa união, menos a Gina, minha noiva atrasada. Bufei impaciente, até olhar para a grande porta da minha casa e ver minha futura esposa entrar. Ela trajava um belo e longo vestido vermelho que fazia um contraste perfeito com a sua pele branca e seus olhos, seu cabelo estava preso em um coque alto, um batom vermelho e uma maquiagem leve, nada a mais, pela primeira vez a vi como uma mulher interessante. Mas ainda não era o suficiente. Fiz o pedido formalmente, com toda má vontade que poderia demonstrar.
— Acho que Harry e Gina precisam ficar sozinhos. Vamos todos a sala de jogos.— Meu pai chamou e todos saíram.
Ficamos longos minutos em silêncio, silêncio esse que foi quebrado por mim.
— Vermelho para o nosso noivado? Na minha cabeça, viria de rosa ou até mesmo de branco — Falei em tom de deboche.
— Já terei que usar branco no casamento, e detesto rosa.
— Toda menininha gosta.
— Disse certo, toda menininha. E enxergue você ou não, eu já sou uma mulher.— Ela falou passando por mim.
— Não completamente.— Eu disse segurando seu queixo e colocando mais força do que eu gostaria. Ela puxou meu braço com força, e vi que seu rosto tinha ficado vermelho. Não ousei pedir desculpas.
— Isso é só um detalhe.
— Um detalhe que só poderá ser resolvido por mim.
— Outro detalhe — Ela falou com tanta petulância que já estava me irritando.
— Eu serei o primeiro e único a tocar em você.
— Único?— Ela falou debochada e eu fiquei com raiva.
— Traição é crime na Máfia.
— Quem falou em traição? Não é o primeiro homem que marca uma mulher e sim o melhor. E eu não preciso te trair, viúvas podem se casar de novo na Máfia.
— Está desejando minha morte? — Perguntei arrogante.
— Por que está fingindo que você não está feliz com isso? Quando eu sei que está.— Perguntei furioso.
— Feliz?— Ela perguntou com nojo.
— Você sempre me amou, sempre suspirou pelos cantos como um boba apaixonada.
— Não nego isso. Mas você achar que eu estou feliz. Me considera tão pequena a esse ponto? De ficar feliz por me casar com um homem que mal me suporta, que não me quer? Eu não sou tão pequena Potter. Queria me casar por amor, não por negócios. Mas tenho que encarar isso, e estou sendo mais mulher para levar do que você homem. Não espero que me ame ou me faça feliz, mas espero respeito. Suma com esse chupão do seu pescoço até o casamento.— Ela falou e saiu.
Posso dizer que a maturidade da Gina me surpreendeu, mas não encantou. Era bom que ela pensasse assim, só espero que ela saiba seu lugar.
Vi a empregada da casa se aproximando, Cho Chang, transei com ela algumas vezes.
— No meu quarto mais tarde. — Eu disse dando um tapa estalado em sua bunda. Se Gina Wealsey pensava que poderia ao menos me desestabilizar com sua petulância, estava enganada.
 
Pov Gina:
 
Saio da sala de jantar e vou direto para o banheiro, tenho certeza que mesmo leve minha maquiagem vai borrar com as lágrimas teimosas que insistem em cair. Eu sei, é fraqueza da minha parte chorar, mesmo que não tenha chorado na frente dele. Mas é assustador pensar que o homem que você ama desde sempre, te olha com tanto desprezo, é exatamente isso que ele sente por mim. Desprezo, e não importa o que minha mãe, Lilian e até mesmo Hermione digam, Harry nunca vai se apaixonar por mim, seus olhos são verdes mais dele emanam um frio devastador, acho que ele não é capaz de amar ninguém. Escuto alguém bater na porta.
 
— Gina, abre a porta por favor — Era Hermione, enxugo minhas lágrimas e abro a porta para a minha amiga.
— O que o ogro do meu irmão fez agora?
— Nada, exatamente isso nada. Não importa o quanto o Harry pareça um carrasco no papel do marido que não ama a esposa, ele não tem culpa, ele não tem culpa da minha paixão por ele, ele não tem culpa das regras da máfia, ele não tem culpa desse casamento, ele só está sendo ele. Mas pensa em como eu fico? Um dia Harry vai comandar tudo isso e eu sempre serei a esposa que é traída pelo marido, que o marido despreza, pense no meu lado Hermione. Como se sentiria se soubesse que seu marido só vai te tocar por pura obrigação e porque precisa de um herdeiro? Como se sentiria se soubesse que ele não te deseja? Como se sentiria se soubesse que ele te traí sempre que pode e não faz nenhuma questão de esconder?—  Eu disse e comecei a chorar, recebendo um abraço acolhedor da minha amiga.
— Eu gostaria de tomar toda a sua dor, mas não posso. Gostaria de mudar as regras e até mesmo o coração do meu irmão, mas isso eu também não posso. Mas posso te garantir, Gina, acredite você ou não, você ainda vai ser muito feliz.
— Como pode ter tanta certeza?
— Pessoas boas merecem ser feliz.
— A vida não é justa com todos, Hermione e pelo visto eu fui sorteada para ser uma dessas pessoas boas que não vão ser felizes — Eu disse secando minhas lágrimas.
— Mas se é assim que tem que ser, assim será. Eu não vou abaixar minha cabeça agora.— Eu disse e Hermione sorriu para mim.
— Amanhã você passará pelos exames — Hermione falou com uma leve careta.
— Minha última chance de sair dessa — Eu disse sonhadora, os exames eram tradicionais na máfia. Toda mulher tinha que fazer antes do casamento, para constar que essa não tinha nenhuma doença ou alguma impossibilidade de engravidar. Era triste quando a mulher não podia engravidar, normalmente era banida da Máfia. Mas pelo menos poderia levar uma vida normal, casar com alguém fora desse meio, adotar um filho e viver feliz.
— Você acha que existe alguma possibilidade de eu não poder ter filhos?
— Gina, eu sei que isso não é hereditário, mas sua mãe teve sete. Por que você haveria de ter algum problema?
Saímos do banheiro nos encaminhando para a sala de jogos, que agora era ocupada pelas mulheres já que os homens estavam em reunião com o Harry.
 
Pov Harry:
Estava no escritório vendo meu pai andar de um lado para o outro, senhor Weasley e Rony com as orelhas vermelhas.
— Qual é o assunto dessa vez? — Perguntei entediado.
— Você poderia ter mais modos? — Meu pai falou em um tom autoritário e eu refiz a minha postura.
— Vamos falar sobre algumas regras da Máfia que você precisa seguir depois de casado com a sua esposa.
— Achei que a única regra que fosse da minha obrigação, é a de ter um herdeiro homem.
— Essa é a principal, mas é importante que você saiba que nós homens da máfia não podemos fazer certas coisas com nossas esposas — Meu pai falou corado.
— Seja específico — Eu pedi.
— É terminantemente proibido que você faça sexo oral com a sua esposa, assim como a sua esposa ficar por cima.— Meu pai falou de uma vez, mas que inferno, que regras estúpidas, eu amava sentir o sabor da mulher, bem como ver ela cavalgando em cima de mim. Tudo bem que nas minhas maiores fantasias, Gina não se enquadra, ela não se enquadra nem no clássico mamãe e papai.
— Isso é uma regra que só se aplica a minha esposa certo? — Eu perguntei e todos me lançaram olhares reprovador.
— Pretende mesmo trair minha irmã? — Rony falou com decepção e eu fiquei mexido por meu melhor amigo estar decepcionado comigo.
— Rony, me desculpa. Mas você sabe que não amo sua irmã, nem sinto nada por ela, e eu sou homem tenho minhas necessidades.— Eu falei e o senhor Weasley me olhou com decepção.
— A regra só se aplica a sua mulher, Harry. Fazer qualquer uma dessas posições na cama é o mesmo que ser submisso a ela. E não podemos. Mas acho bom começar a sentir alguma coisa pela Gina, sabe que você deve ter herdeiros.
— E se ela não puder engravidar?— Eu perguntei em um fio de esperança.
— Amanhã ela fará os exames. Caso não possa engravidar, terá o destino de todas as outras.— Meu pai respondeu.
 
Saí da sala de reunião primeiro que todo mundo e peguei Cho ouvindo a conversa atrás da porta.
— Que feio, bisbilhotando a conversa dos seus patrões.— Eu disse de forma debochada.
— Sei que você não quer se casar.— Ela falou não ligando nem um pouco de ter sido pega naquela situação.
— Nossa, chegou a essa conclusão sozinha, gênio? Você e todos da Máfia.— Eu falei de forma irônica.
— Acho que posso te ajudar nisso — Ela falou colocando a mão envolta do meu pescoço, puxei ela comigo e nos tranquei no banheiro mais próximo.
— Como?
— Sem filhos o casamento será anulado.— Ela falou se sentindo uma gênia.
— Amanhã Gina vai passar pelos exames, se a mãe dela teve sete filhos, não vai ser ela que não poderá ter nenhum.— Eu falei a soltando de forma grosseira.
— Mulher na máfia não tem voz.— Ela continuou.
— Nossa, hoje você está tão inteligente — Eu disse mais uma vez com ironia.
— Da para você falar algo que eu não saiba, ou você esqueceu que a máfia é minha é da minha família?
— Se você não a tocar, ela não vai poder ter filhos. E quem vai acreditar na palavra dela? Quem vai poder dizer que você não a tocou? Mesmo que os exames dela mostrem que ela não tem problema algum para ter filhos, sem filho ela será banida.— Cho falou com um gosto de vitória bizarro na boca.
— Você não gosta mesmo dela?
— E você gosta?
— Não a odeio a ponto de querer que ela seja banida, mas prezo minha felicidade a ponto de fazer o possível para conseguir ela.
— Depois de casado, mesmo que fique divorciado por incompetência da sua mulher, ainda estará na Máfia. Não líder, claro. Sem herdeiro, sem liderança. Mas já poderá fazer parte do ciclo, e é isso que você quer— Cho falou me roubando um selinho.
—Talvez Gina seja mais feliz fora da Máfia e desse perigo.— Eu tentava me convencer que a minha atitude poderia fazer bem a Gina, talvez para não me sentir mais culpado do que já sentia.

Pov Voldermot:
Olhava mais uma vez a foto em minhas mãos. Era eu e minha mãe em um dia ensolarado em um parque, o único registro que temos. Eu tinha seis anos, um pouco antes da sua morte. Ela era uma boa mulher, talvez perdida, mas boa mulher. Eles destruíram a minha mãe, e eu iria destruir eles. Eu tinha sangue nos olhos, e os Potters vão pagar, vão pagar por tudo.


Notas Finais


Beijos e até o próximo!! Comentem!!


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