História Máfia Uchiha (Obito x leitora) - Toque

O resto da semana voltou a ser normal como antes, exerto pelo fato de Obito sempre pegar s/n de surpresa no escritório e fazerem coisas proibidas lá dentro e também pelas noites que a menor ficava se encontrando com Tobirama ou Minato para falar algo a respeito de seu chefe mas não havia nada que suspeitasse então mal se falava sobre esse assunto. No sábado, s/n resolveu ir às compras e proveitar para comprar algumas bebidas para a noite de domingo que marcaram de beber. Já era de noite quando s/n saiu de casa para ir ao mercado e usava um short jeans e um moletom azul por cima de uma regata. Começou a fazer suas compras tranquilamente mas sentia alguem a vigiando desde que saiu de seu apartamento, disse para si mesma que era apenas coisa de sua imaginação porém enquanto escolhia o vinho teve o máximo de certeza de quem alguém estaria a seguindo. 

S/n pov's on:

Eu respirei fundo e recomeçei a ler as marcas dos vinhos naquela estante em minha frente fingindo que nada estivesse acontecendo, foi quando eu ouvi passos se aproximando atrás de mim e para me defender do "ladrão" que iria me pegar virei rapidamente e dei um soco forte na cara dele... Eu achava que era um ladrão ATÉ que o olhei e me desesperei ainda mais.

–T-Tobirama! Me desculpa! Achei que era alguém que--...

–Que bom que sabe se defender. Bate forte mesmo em? 

Tobirama me olhava surpreso mas com um sorriso orgulhoso no rosto, não parecia que estava com raiva de mim enquanto me olhava dos pés a cabeça. Sorri sem jeito para ele e perguntei segurando a cesta de compras com firmeza:  

–Porque está me seguindo? Não estou correndo nenhum perigo até agora...

–Eu sei, é uma longa história mas quando eu vi você saindo de casa tive que te vigiar. E talvez sim, você está correndo perigo. 

–Como assim correndo perigo?!

Me espantei e dei um passo para trás. Será que Obito descobriu sobre eu está contando várias coisas sobre a vida dele a policia e mentindo para ele? 

–Não podemos conversar aqui sobre isso. Pegue logo aquele vinho da li de cima, é o melhor. 

Me virei de volta para a instante e peguei o tal bom que Tobirama me indicou colocando na cesta.

–Eu só vou passar isso ali no caixa e vamos resolver aquilo lá em casa. 

–Certo. 

Após passar e pagar as compras, fomos para minha casa e mandei que o albino sentasse na sala enquanto eu pegaria algo para a gente beber. Tirei o moletom e voltei para a sala com dois copos de whisky dando um para Tobirama enquanto eu sentava na poltrona em frente dele.

–Agora sim podemos conversar.

–A sua ajuda foi extremamente importante para o caso– ele deu um gole no whisky e em seguida lambeu os lábios olhando para mim de forma sexy– Nós descobrimos que o seu chefe Uchiha realmente tem algum envolvimento com a máfia e toda aquela empresa pode ser apenas uma faixada para a mesma máfia mas ainda não podemos prender aquele bastardo porque há chances dele fugir embaixo de nossos narizes.... Não podemos arriscar.

Eu arregalei os olhos porque eu realmente não havia falado nada de mais e meu propósito não era encriminar Obito, aquilo só poderia ser brincadeira mas o tom do albino não havia um pingo de graça. Olhei para ele firme e perguntei depois de virar mais da metade do copo em um único gole:

–Como eu ajudei se eu apenas falei os lugares que ele ia? Aeroporto... Restaurantes... Não tem nada de mais aí.

–Pense s/n. Ele estava te dando "meias" desculpas para se encontrar com outras pessoas.

–Explique essas "meias desculpas".

–No dia em que nós conhecemos, você disse que ele havia ido no aeroporto buscar um parente, certo? No mesmo dia em que um dos criminosos dessa máfia foi visto no mesmo aeroporto com mais outros dois homens. Um dele temos uma teoria que poderia ser alguém entre os chefes e o outro foi descrito por funcionarios que havia um homem com a mesma aparência que o tal chefe da Higanbana. 

–Poderia ser alguém apenas parecido com ele.

Tobirama tirou do bolso duas fotos e me entregou. Uma era de um homem de cabelo preto preso com um rabo de cavalo e ele estava segurando a cabeça decapitada de um homem enquanto sorria como se aquilo fosse uma premiação, confesso que foi uma imagem meio difícil de esquecer. A outra foto era do mesmo homem mas de um ângulo diferente e ele estava com malas e uma roupa de frio, ao lado dele havia um homem de costas com um cabelo grande e negro e no outro lado... Estava bem nítido o rosto calmo de Obito. Olhei para Tobirama perplexa tentando acreditar que aquilo só poderia ser um pesadelo. Eu já não poderia está apaixonada pelo meu próprio chefe e agora eu descubro que o mesmo pode sim ser um cúmplice de um criminoso.

–E-Esse é o meu Obito?

–Seu?... Não importa. É ele sim e sem você não descobririamos mais cobre o Uchiha.

–Só um momento...

Me levantei e fui ate a pequena mesa só lado do sofá, peguei a garrafa de whisky que ainda estaria pela metade e a virei tomando de uma vez. Fui parada por Tobirama que tirou a garrafa da minha boca e me segurando pra não cair.

–O que deu em você garota?! Por que fez isso?

–Tem certeza que ele é um criminoso mesmo?

–É claro. Só precisamos do queijo e da ratoeira para pegá-lo junto dos parceiros dele.

–Merda!

O albino ficou surpreso mas não sabia se foi por causa do meu xingamento ou por que eu apoiei a minha cabeça no peito dele cobrindo meu rosto e com os olhos marejados. Senti a mão dele acariciar minha cabeça e eu corei.

–Deve ser difícil descobrir que alguém que você gosta estava mentindo para você... Tenho certeza que vai encontrar outra pessoa. Você me lembra ela...

–E-Ela? 

–Uma amiga minha... Ela desapareceu a um mês atrás.

–Você gostava dela?– olhei para ele que já estava parecendo um tomate quando perguntei aquilo me fazendo rir – Realmente, você gostava.

Me separei dele por começar sentir um calor dentro de mim junto com o calor do corpo de Tobirama, talvez fosse a bebida que meu deixou daquele jeito. Maldito costume de beber demais quando eu fico triste... Eu só queria virar aquela e mais outras 5 garrafas de whisky até dormir. Convidei ele para jantar comigo ali, ele recusou mas eu insistir muito até ele ceder. 

–Eu aceito só que vai deixar eu ajudar a cozinhar, certo?

–Tudo bem, vem logo que eu tô com fome!

Comecei a pegar os ingredientes para fazer nossa lasanha enquanto Tobirama me olhava ali perto com os braços cruzados. Mesmo sendo um marrento ele parecia ser um bom conzinheiro e era! Fiquei observando ele mexer nas panelas tão sério e dedicado enquanto eu cortava alguns legumes na pia. 

–Droga! –xinguei por acabar de fazer um corte em meu dedo sem querer, deixei a faca de lado e dei um gemido. 

–Cuidado garota... – Tobirama tirou seu olhar das panelas e se aproximou de mim pegando minha mão com delicadeza e lambendo o lugar onde eu havia machucado. Fiquei corada ao ver aquela cena dele lambendo entre meus dedos e com um olhar sexy e penetrante para mim– quer que eu cuide do resto?

–N-Não precisa! Isso não é nada... 

Mesmo a gente se conhecendo há alguns dias, conversamos bastante quando não estamos falando sobre Obito e eu percebi que Tobirama sempre tentava me tocar de algum jeito, sendo colocando uma mecha de meu cabelo para trás ou até pegando na minha mão para atravessar a rua mas sempre mantendo aquela expressão séria. Continuei a cortar a cebola e a atenção dele voltou para a panela. Quando sentamos para comer, puxei assunto para tirar aquele silêncio entre nós:

–É desde criança isso?

–Isso o que?

–Você ser tão ranzinza assim?

–Talvez. E você? É de criança ser tão destraida?

–Talvez. Sei que não é da minha conta mas você namora? Sei que casado você não é.

–Q-QUE?!– O albino ruborizou tanto por ouvir aquela pergunta que estava na cor de um tomate– Não... até agora não...

Ele sussurrou algo para si, eu não havia escutado o que era então só dei ombros e comecei a comer. 

–Desde quando vocês fazem aquilo no escritório dele?

Agora era minha vez de ficar vermelha, meu coração acelerou se perguntando como ele sabia. Levantei a cabeça olhando surpresa para ele e o mesmo deu um sorriso de canto logo em seguida falando:

–Você se entregou fácil. Foi só um chute e parece que acertei.

–Idiota! Isso não é pergunta que se faça pra alguém!

–Não gosta do fato de que deita com um assassino? Tudo bem, te entendo.

–Obito não é um assassino!

–Ele é sim um assassino, assim como todos os Uchihas que existe.

–Não é não! – me levantei furiosa batendo as mãos na mesa– Ele é um bom homem que ajuda sem olhar a quem e sempre permanece alegre e em paz!

–Você é cega? Não viu aquelas fotos? É ele. Tenho certeza que nesse exato momento ele deve está traficando crianças e rindo das nossas caras em um cassino clandestino.

–Como se não existisse fotoshop hoje em dia... Não faço a mínima ideia do porque odeia tanto os Uchihas mas deveria fazer seu papel melhor, investigue melhor e só depois tem o direito de falar comigo!

Tobirama se levantou imediatamente e cerrou os punhos:

–Esse seu amor por ele só vai acabar te prejudicando. Como acha que ele vai reagir quando souber que a secretária iludida entregou ele de propósito e de bom gosto?

–Sai daqui... Por favor...

Tobirama me encarou sério querendo falar algo mas se calou e saiu de lá batendo a porta com força. Sentei novamente na cadeira colocando a mão na cabeça começando a chorar.

–E se for verdade...? Mas eu amo ele e sei que não teria coragem de machucar ninguém... Ninguém... 

Deixei tudo como estava e fui para meu quarto deitar na cama, abraçei meu travesseiro pensando em Obito e no que Tobirama havia me falado. Apenas fechei os olhos e acabei dormindo como uma pedra.

No dia seguinte, acordei com uma mensagem de minha mãe dizendo que próxima semana viria para casa junto do papai. Hora depois, enquanto eu lavava os pratos recebi uma mensagem de um número desconhecido:

"Olá s/n, apareça amanhã às 6:00 no endereço, ..., Vá sozinha e não conte a ninguém. É surpresa."

Talvez fosse Tobirama para pedir desculpas já que bloqueei ele. Visualizei e deixei para lá. Mais tarde comecei a me arrumar para ir a casa de Kakashi, vesti um vestido decotado entre os seios e um salto junto de uma maquiagem. Eu peguei o vinho e sai de casa indo em direção a porta de Kakashi, bati na porta do mesmo que em poucos segundos abriu. Olhamos nossos looks e em seguida nos encaramos falando em uníssono:

–Você está demais!

Continua...