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História Mágica Atração - Scorose - Rose Weasley


Escrita por: Smel

Notas do Autor


Vocês são incríveis!

Obrigada pelas palavras do capítulo anterior!
Aqui vai mais um!

Capítulo 32 - Rose Weasley


Rose Weasley

Dominique teve que me guiar pela mão até o escritório da diretora. Ainda não era muito tarde, então acabamos cruzando com alguns alunos, que me lançaram olhares curiosos. Eu provavelmente estava horrível. Sorte que não tinha ninguém além de Domi e Albus perto do banheiro dos monitores quando o ataque ocorreu, ou eu estaria encrencada.

Assim que chegamos, a porta se abriu, revelando a diretora, que estava sentada em sua mesa, lendo algo atentamente. 

— Diretora McGonagall! – Eu chamei, quase gritei e ela ergueu os olhos, assustada. 

— Rose, por Morgana, você está péssima! – Ela me avaliou atentamente. – O que houve? 

— Um ataque no banheiro dos monitores. – Eu comecei a tagarelar. – Um cara de capa entrou na escola, acho que ele queria à mim. O Malfoy foi me defender, foi atingido e desmaiou. O Al está levando-o para a enfermaria e… 

— Calma. – Ela ergueu as duas mãos em um sinal de “espera aí” e eu suspirei, impaciente. A diretora apontou para a cadeira em frente à sua mesa e eu me sentei ao lado de Domi, enquanto ela nos servia uma xícara de chá. – Tudo bem. Respire, sim? Me conte tudo o que aconteceu, com calma, eu não estou entendendo nada.

Eu contei tudo. Tudinho. Desde o momento em que o cara de capa explodiu a porta do banheiro e ela apenas assentia conforme eu falava, mostrando que estava prestando atenção. Quando eu terminei, ela tamborilou os dedos na mesa e pigarreou. 

— E o que a senhora estava fazendo no banheiro com o senhor Malfoy?

Droga! Engoli seco, pensando em alguma resposta rápida. 

— Ele estava saindo quando eu cheguei. Ele tinha acabado de tomar banho. Foi só o tempo de guardar os seus pertences, poucos segundos. Mas não acho que isso seja importante, Diretora. Scorpius está desmaiado! 

— Claro, claro! Eu sei… Só fiquei curiosa. – Ela sorriu e se levantou, colocando a varinha em sua própria garganta para ter sua voz amplificada. – Atenção, por favor! Os alunos devem retornar imediatamente aos seus salões principais. Professores, se encaminhem imediatamente para o banheiro dos monitores!

Quando ela acabou de falar, me encarou e, ao ver minha cara de pânico, suspirou. 

— Não se preocupe, querida. Esse é o procedimento padrão. Eu vou até lá averiguar. Me aguarde aqui e, enquanto espera, por favor, envie uma carta aos Sr. e Sra. Malfoy contando o que houve e convocando-os para uma reunião comigo ainda hoje. Diga que eu liberarei a lareira da enfermaria em alguns minutos. Pode usar a minha coruja. – Ela apontou para a ave e eu assenti, ansiosamente. – Tem pergaminho e pena na primeira gaveta. Pode ficar à vontade. 

— Certo. – Assenti e ela deu um mínimo sorriso antes de sair da sala e me deixar com Dominique. 

Peguei o material necessário e inspirei, pensando no que escrever e em como escrever. Eu estava escrevendo uma carta para o arqui inimigo do meu pai, afinal. Decidi que faria algo impessoal, que contaria tudo o que aconteceu de forma racional, sem fazer drama e sem mostrar todo o meu desespero e culpa em relação àquilo. Mas fazendo questão de deixar claro que eu sentia muito pelo ocorrido. Quando terminei de escrever, pedi para que a coruja a levasse para Draco Malfoy e ao vê-la sumir no horizonte, suspirei, me sentindo péssima. 

— Como você está? – Domi perguntou, hesitante e eu sacudi os ombros. 

— Um lixo. 

— Preocupada com o Malfoy? 

Respondi com um aceno de cabeça, desviando os olhos para o chão enquanto voltava a me sentar e abraçava os meus próprios joelhos. Dominique me avaliou por alguns segundos antes de falar: 

— O Scorpius é legal, não é? 

— Uhum. – Dei um sorrisinho. O Scor era legal. E a cada dia ele me surpreendia mais, o que o deixava ainda mais legal e agora ele tinha me protegido de uma maldição imperdoável e eu não sabia nem o que pensar a respeito, apenas desejava que ele ficasse bem para que eu não me sentisse tão mal, afinal, eu é quem deveria estar na enfermaria. 

— Você gosta dele, não gosta? – A voz de Domi interrompeu meu momento de autopiedade e eu suspirei, encolhendo os ombros. 

— Eu não estou apaixonada, mas eu gosto, sim. 

Ela estreitou os olhos em minha direção e eu franzi a testa. 

— Eu não entendo você. – Ela começou a falar. – Scorpius é tudo o que você sempre quis. Ele te ama e vive provando isso. Ele se atirou em uma maldição por você e você trata tudo isso como se fosse algo comum.

— Eu não estou…

— Está sim. – Ela me interrompeu, grosseiramente. – Qualquer garota em seu lugar estaria se atirando nos braços dele por muito menos. Olhe só a Alice… 

— Eu não sou a Alice. – Contestei e ela assentiu.

— Não, não é. Mas eu achei que você fosse um pouco mais inteligente do que ela. 

— O que quer dizer? – Levantei a voz e ela cruzou os braços.

— Quero dizer que você está sendo burra! – Ela gritou e eu franzi o rosto em uma careta. – Você está sendo fria de propósito. Você não se deixa levar, você não confia nele. E eu tenho certeza que se ele não fosse um Malfoy, você estaria lidando com isso de forma muito diferente. 

— Você está insinuando que eu sou preconceituosa? – Perguntei, ofendida e ela assentiu. 

— Estou. Você só não se entrega e não se deixa apaixonar porque ele é um Malfoy. Porque você morre de medo do que as pessoas vão pensar se vocês ficarem juntos. Porque você tem medo do seu pai, que é outro preconceituoso. 

— Eu não sou assim. 

— Ah, não? Então por que você não assume o Malfoy de uma vez? Será que ele só serve para saciar suas necessidades sexuais, suprir sua carência e massagear o seu ego? 

— Agora você está me ofendendo! – Disse, ultrajada e ela riu.

— Coitadinha de você! Não está acostumada a lidar com a verdade, não é? 

— Essa não é a verdade. – Retruquei e ela ergueu as sobrancelhas, em uma careta de escárnio. 

— Não? 

— Não.

— Então por que você não aceita namorar com ele? Por que não o assume de uma vez por todas? 

— Porque o meu foco é outro…

— Não me venha com essa palhaçada de “focar nos estudos”. Eu te conheço e sei que isso é a sua desculpa para todas as coisas. Me diga um motivo real. Por que você não se deixa apaixonar por Scorpius? 

— Porque eu não me sinto segura em relação a isso. – Disparei sem nem pensar e ela estreitou os olhos. 

— Segura? – Ela perguntou, em um misto de confusão e surpresa.

— Eu não o conheço o suficiente para confiar que ele realmente gosta de mim e que não vai me machucar. 

— Rose, caia na real! – Ela gritou, estalando os dedos em frente ao meu rosto. – Ele se jogou na frente de uma cruciatus para te defender! O que mais você quer que ele faça para você se sentir segura em relação à ele? Mude de sobrenome? 

Aquilo me acertou como um balde de água fria e, ao invés de responder, eu apenas encarei o chão, sentindo culpa, arrependimento, vergonha e frustração. 

Dominique tinha razão, afinal. Talvez eu estivesse sendo preconceituosa sem querer. Talvez eu devesse me abrir mais para o Scor e retribuir tudo o que ele fazia por mim.

Por sorte, antes que eu precisasse responder, a porta se abriu e a diretora passou por ela ao lado do tio Neville e do professor Slughorn. 

— E então? – Perguntei, me levantando imediatamente e a diretora suspirou. 

— Amanhã pela manhã os aurores virão até aqui para averiguar. Iremos encontrar o culpado, senhorita Weasley. Não quero que se preocupe com isso.

— E o Scorpius? – Indaguei preocupada e ela me ofereceu um meio sorriso. 

— Já acordou. Está consciente, mas com muitas dores. Ele irá ficar na enfermaria até que melhore. Os pais dele acabaram de chegar e estão com ele. 

— Você devia ir lá. – Dominique propôs e eu a encarei, vendo-a encolher os ombros. – Se você estivesse no lugar dele, iria querer que ele fosse. 

Ela tinha razão. Além disso, eu precisava agradecer e me certificar de que ele estava bem. Encarei a diretora, que sorriu. 

— Eu posso? 

— Vá. – Ela assentiu. – Logo os pais dele terão de ir embora e creio que seja bom que ele tenha alguma companhia depois desse trauma. Vou enviar um bilhete à Madame Pomfrey, para que permita que você fique por lá até a hora que Scorpius quiser. 

— Tudo bem. Obrigada, diretora. 

— Dominique, vá com ela até lá, sim? Depois peça para o Albus te levar até a Grifinória. Esses corredores podem ser perigosos. 

— Sim, senhora. – Domi concordou.

— E varinha em riste o tempo todo, vocês duas.

— Pode deixar. – Respondemos juntas antes de pegar nossas coisas e sair da sala, rumo à enfermaria. 

 Ficamos em silêncio pela metade do caminho, mas Domi o quebrou, depois de um tempo. 

— Me desculpe se fui dura demais com você. Eu não quis te ofender e tem te deixar chateada. – Ela suspirou, segurando minha mão e entrelaçando nossos dedos. – Eu só senti que, como sua melhor amiga, não devia permitir que você fizesse a burrada que está fazendo, porque no futuro você pode estar casada com o maior idiota do mundo, com filhos e um trabalho e pode se pegar pensando em como teria sido se você tivesse realmente dado uma chance para Scorpius. 

— Eu sei. – Forcei um sorriso e ela sorriu de volta. 

— Assim, se der errado, você pelo menos tentou, certo? 

— É. – Assenti, minimamente. – Certo. 

— Você vai falar com ele? 

— Não acho que esse é o tipo de coisa que se fale para alguém. – Considerei, entortando os lábios. – Acho que é o tipo de coisa que se faz. 

— E o que pretende fazer? 

— Eu ainda não sei. – Encolhi os ombros. – Não vou conseguir pensar nisso enquanto não tiver certeza de que ele está bem. 

Paramos em frente à grande porta da enfermaria e Nick a abriu, me dando passagem.

— Bom, então é melhor você ir até lá. 

Eu ia responder, mas fui interrompida por um chiado de pedido de silêncio, que foi retrucado pela Domi, sussurrando efusivamente. 

— Shhh é o caralho! 

Entrei na enfermaria atrás dela e dei de cara com Albus, que mantinha o seu indicador em frente aos lábios pedindo para calarmos a boca. 

— Eu quero escutar a conversa! – Ele sussurrou apontando para os biombos e eu, fazendo uma careta, me aproximei da cortina azul, para escutar a mesma coisa que Albus. 

— Você podia ter sido um pouco menos inconsequente. – Uma voz feminina falou e eu escutei o típico suspiro de Scorpius. 

— Eu nem sequer pensei, mãe. Rose estava em perigo e eu quis protegê-la. Só isso! E eu faria de novo! 

— Mas foi uma maldição imperdoável, Scorpius! – A mulher discutiu, consternada. – E se fosse a maldição da morte? 

— Então eu estaria morto. – Ele respondeu simplesmente e eu engoli a seco, fazendo uma careta. Aquela perspectiva era ainda pior. Ele podia ter morrido por minha causa. 

— Por causa da filha da sangue ruim? – A mãe dele perguntou e eu arregalei os olhos. Outra voz soou. A de seu pai, 

— Querida, não fale assim. O Scorpius gosta da garota! 

— Valeu pai. – Scor respondeu. – E sim, eu a amo. E eu não suportaria se algo acontecesse a ela e eu não tivesse tentado evitar. Acho que não conseguiria conviver com isso por muito tempo. 

— Era o que me faltava! – A mãe dele reclamou. – Você se sacrificar por uma garota que não está nem aí para você. 

— Querida! – O pai dele interveio, mas a mãe dele era dura na queda. 

— É a verdade, Draco. Porque ela ficaria com alguém como o Scorpius? Ela sabe muito bem do passado da nossa família e dos ideais da família dela. Isso é ridículo! 

— Ainda assim eu não me arrependo. – Scorpius respondeu, me surpreendendo. – Eu não me importo se ela me ama ou não. Se ela é minha ou de outra pessoa. Eu não ligo pra isso. Eu só sei que eu a amo e que eu me colocaria na frente de quantas maldições fosse preciso para mantê-la viva. Isso não é uma questão de reciprocidade, mãe. É uma questão de… sei lá. Eu a quero feliz e para ser feliz ela precisa estar viva. 

Isso fez com que os meus olhos se enchessem de lágrimas. Ver Scorpius desafiando sua família por minha causa e ouvir aquelas palavras saindo de sua boca, me faziam sentir um monstro horrível por ter qualquer tipo de trava ou dúvida em relação à ele. Ele estava pronto para me segurar se eu me jogasse, então porque é que eu simplesmente não confiava nele e me jogava de vez? Ele merecia isso, tudo de mim. E não que eu baseasse minhas opiniões no passado de sua família. Eu estava sendo uma tola preconceituosa, de fato. Ele continuou: 

— Antes que você possa falar qualquer outra besteira, eu já adianto que não há nada que vocês possam fazer contra isso. Mesmo se eu estiver em Azkaban e ela estiver casada com um jogador de quadribol mundialmente famoso eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para protegê-la. 

— Como eu pude criar um menino tão teimoso? – A mãe dele reclamou e o pai dele suspirou. 

— Ao menos ele aprendeu uma coisa conosco. – Draco Malfoy disse. 

— E o que foi, eu posso saber? – A mãe de Scorpius perguntou, em um tom arrogante.

— A cuidar da nossa família. – O pai dele respondeu. – Se é com ela que você quer ficar para o resto da sua vida, você está certo em protegê-la, mesmo que nós não estejamos tão confortáveis com essa relação. 

Albus sorriu para mim e eu sorri de volta, de repente, me sentindo a pessoa mais sortuda do mundo por ter Scorpius. Eu deveria carregá-lo ao meu lado orgulhosamente, como se ele fosse um troféu, depois disso. 

— Relação? – A mãe dele gritou, exasperada. – Por Merlin! Vocês enlouqueceram? A menina nem liga pra ele! Não existe relação nenhuma, ela...

— Já chega! – Sussurrei, indo para a entrada dos biombos sob os sussurros desesperados de Albus. 

— Ei! Volta! Onde é que você…

— Eu vou lá deixar a cara dessa mulher no chão. – Respondi irritada, abrindo a cortina azul clara que isolava sua família com um puxão e, de repente, recebendo atenção assustada das três pessoas presentes lá dentro. Astória estava lívida, Draco tinha uma careta em seu rosto e Scorpius abriu um sorriso confuso. 

— O que você…? Você devia estar no seu salão comunal! – Ele me deu a bronca, mas o sorriso não saiu do seu rosto. – É louca para sair a essa hora depois do que aconteceu?

— Eu não ligo pra essa bobeira! Jamais te deixaria sozinho aqui. – Me aproximei e beijei sua testa carinhosamente. – Eu vim assim que pude. Como você está? Eu fiquei tão preocupada! 

— Eu… É… Estou bem, eu acho… – Ele coçou a própria nuca, fazendo uma careta. – Estou com dor. Mas bem. Você ficou mesmo preocupada? 

— É lógico! – Respondi, sinceramente, acariciando o seu rosto. – Eu sinto muito pelo que aconteceu. Eu devia estar no seu lugar. 

— É claro que não devia. – Ele deu um sorriso doce e beijou o dorso da minha mão. – Eu faria de novo, se fosse preciso. 

— Obrigada, Scor. Você é demais. Mesmo.  – Sorri, mas nosso momento foi interrompido por um pigarro, chamando a minha atenção. – Me desculpe. Que grosseria a minha, estava tão ansiosa para vê-lo que nem sequer me apresentei. – Abri um sorriso falsamente doce, estendendo a mão para Astória Greengrass.. – Sou Rose Weasley, namorada do Scor. 

— Namorada? – Ela olhou de mim para ele, que estava com uma expressão hilária em seu rosto, me encarando com confusão. Ah, aquilo seria bem divertido! 

 


Notas Finais


E aíiiiiiii?
Não se esqueçam de comentar! Estou ansiosa!

Beijos e até a próxima!


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