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História Mais do que eu deveria - Autocontrole.


Escrita por: romana_66

Capítulo 108 - Autocontrole.


Fanfic / Fanfiction Mais do que eu deveria - Autocontrole.

O final de semana em Arraial do Cabo estava chegando ao fim. Esses dias de paz serviram para estabilizar a saúde mental de todos. Se dependesse de Hadassa, ela buscava as filhas na capital e morava ali mesmo, a vida pacata lhe agradava, só de imaginar a agitação que era Copacabana, já se sentia triste e até mesmo com um certo pânico. Estava pensando seriamente em procurar um psicólogo, a ideia partiu de Renata, que estava muito preocupada sobre como os acontecimentos recentes iriam afetar a vida dela no futuro. Hadassa tinha consciência de que de nem todos os traumas da vida conseguimos superar sozinhos, e ajuda era sempre bem-vinda

No domingo Hadassa acordou cedo, ela e Renata haviam combinado de visitar uma praia de surfistas antes de irem embora. Ainda com o acontecimento da noite em mente, no qual ouviu Lanza e Andréia se amando, era impossível não ter crises de riso. Renata ainda ficava vermelha como um tomate ao se lembrar da situação. Hadassa estava imaginando como iria conseguir conversar com a cunhada sem lembrar dos barulhos, isso ela iria descobrir em poucos minutos, quando encontrasse as duas na mesa de café.

— Hadassa, por favor, não vá ter uma crise de riso na frente das duas. -Pediu Renata, enquanto ambas entravam no elevador.

Ao ouvir as palavras da noiva, o riso veio instantaneamente.

— Você não vai falar nada para ela? -Perguntou Hadassa.

— Sim, mas não na frente da Andréia.

— Amor, a Lanza até postou aquela minha foto com o Justin Bieber no story do Instagram dela, por que eu não posso zoar ela agora? -Hadassa parecia uma criança quando vê um doce.

— Por Deus, Hadassa, isso é muito constrangedor. -Renata disse indignada.

A menina cruzou os braços e fechou o riso, estava claramente brava com Renata, não iria perder aquela oportunidade de maneira alguma. Assim que as portas do elevador se abriram, Hadassa já avistou Lanza na mesa, ela estava sozinha, Andréia provavelmente estava dormindo. Renata de imediato lhe lançou um olhar repressivo, alertando para que a menina se comportasse.

— O que foi, Renata Fernandes? -Levantou as sobrancelhas.

— Nada, meu amor. -Disse gentilmente.

Hadassa deixou Renata ir na frente, pois estava testando a sua capacidade de autocontrole, se tivesse uma crise de risos, talvez desse tempo de voltar para trás. Assim que se sentou na mesa, enfiou o cardápio no rosto, fingia estar escolhendo algo.

— Onde está a Andréia? - Perguntou Renata.

— Dormindo. -Disse Lanza, também com os olhos fixos no cardápio.

— Noite cansativa, né? -Por mais que tentasse, Hadassa não conseguia controlar a língua.

Renata bateu o joelho na perna dela com veemência, a menina fez de conta que não sentiu nada. Lanza, na mesma hora, tirou os olhos do cardápio e olhou de Renata para Hadassa, e em seguida perguntou.

— O que foi? Vocês duas estão com a cara estranha.

— Nós? Imagina? -Disse Hadassa com ironia, pela primeira vez abaixou o cardápio e encarou a cunhada.

Renata, já sabendo que não teria opção, e muito menos conseguiria controlar Hadassa, resolveu falar de uma vez.

— Pelo amor de Deus, Lanza, na próxima viagem que nós fizermos juntas, faça menos barulho. É constrangedor ficar ouvindo você e a Andréia. - Disse Renata, com tom de indignação.

Lanza mordeu os lábios e em seguida começou a rir, não ficou nem um pouco constrangida. Hadassa prendeu os lábios, num ato desesperado para tentar segurar a risada, mas falhou miseravelmente.

— Então esse foi o problema, Tata?

— Uma dose de bom senso não faz mal a ninguém. -Renata fuzilou a irmã com o olhar.

— Como se eu não tivesse ouvido a Hadassinha pedindo para você não parar, na primeira noite. -Lanza colocou as mãos na cintura.

Renata não só ficou vermelha de vergonha, como de todas as cores que uma paleta pode ter. Hadassa a essa altura já tinha a barriga doendo de tanto rir.

— Lanza, olha o respeito. -Renata fechou o cardápio com raiva.

— Amor, é brincadeira. - Hadassa tentou amenizar a situação.

— Não é brincadeira não, é por isso que a Renata anda emagrecendo. -Suspirou fundo.

— Lanza! -Hadassa repreendeu a cunhada, mas no fundo queria rir.

— A diferença é que eu não sabia que dava para ouvir, agora você, não está nem aí. -Disse Renata.

— Ai Tata, que mal humor. Desculpa, não foi nossa intenção. -Lanza revirou os olhos.

— Chega, vocês duas, eu hein? Parecem um casal de velhinhos ranzinza brigando.

— Eu falei numa boa. -Disse Renata, tentando manter o tom gentil na voz.

— Eu também, Tata. -Lanza provocou a irmã jogando um beijo.

Renata lhe respondeu com um olhar tortuoso e voltou a olhar o cardápio. O silêncio pairou sobre a mesa, Hadassa evitava ao máximo olhar para a cunhada, pois sabia que a mulher iria fazê-la rir. Quando estavam de saída para a praia, Andréia chegou na mesa.

Durante o trajeto Renata ficou em silêncio, não parecia estar de mal humor, talvez apenas frustrada, Hadassa sabia o quanto ela prezava pela privacidade.

— Meu amor, a Lanza é brincalhona assim mesmo. -Levou a mão até o rosto dela e fez um pequeno carinho em sua bochecha.

— Às vezes até demais.

— Relaxa, vai.

Renata deu uma breve olhada para ela.

— E você não consegue controlar essa língua, não é mesmo, neném?

— Desculpa, meu amor, mas foi hilário, não adianta negar. -Riu.

— Claro que foi. -Sorriu.

— Te amo, Re.

— Também te amo, meu bem.

— Às vezes eu te olho e quero ter mais filhos. -Hadassa lhe encarava com um riso nos lábios, já sabendo a reação da esposa.

— Está querendo abrir uma creche, amor? - Renata arqueou as sobrancelhas.

Hadassa começou a rir, abraçou a cintura da mulher e encostou sua cabeça no peito dela.

— Por mim eu teria mais uns três.

— Por Deus, Hadassa, as nossas tem apenas dois meses e já dão trabalho, espera só para ver os primeiros anos de vida.

— Amor, eu só vou deixar elas namorarem depois dos vinte anos.

Renata deixou escapar uma pequena gargalhada dos lábios.

— Não quero que você as prenda até essa idade, é só as educar corretamente, conversar, comunicação é tudo, elas precisam ser nossas amigas. -Deu um beijo na cabeça da menina.

— Tudo bem, com 18 anos elas podem namorar, talvez o primeiro beijo com 17 anos, mas tem que ser selinho.

— Ah é? E quando foi seu primeiro beijo, por acaso?- Disse Renata.

— Não estamos falando de mim aqui. -Disfarçou.

— Essa é a famosa desculpa de quando a gente não deu o exemplo, né, dona Hadassa? -Riu.

— Meu amor, eu não as imagino namorando, eu vou surtar de ciúmes, não estou preparada, eu vou chorar.

— Você pensa assim porque elas ainda são muitos novas, amor. Com o tempo você vai aprender que os filhos não são nossos, criamos eles para o mundo, por isso é tão importante saber ouvi-los e compreende-los.

— Meu pai sempre foi muito bom comigo, mas era rígido em tudo, principalmente nos estudos. Com oito anos ele me fazia praticar hebraico todos os dias, dizia que era necessário para eu não esquecer o meu país de origem. Me fazia praticar o aramaico também, era horrível, eu passava mais tempo com os livros do que brincando.

— Aramaico? Mas essa é uma língua morta. -Disse Renata, surpresa.

— É sim, mas é usada em Israel para algumas coisas.

— Teria sido muito melhor se ele tivesse te colocado em um curso de inglês.

— Pois é, inglês eu aprendi por conta própria, enquanto estava na faculdade.

— Seus pais falavam hebraico ou português dentro de casa?

— Depois que eu nasci, somente português, para não bagunçar minha mente e porque eu iria crescer na sociedade brasileira. Minha mãe não via sentido em me ensinar o hebraico primeiro.

— Corretíssima, teria sido um desastre.

— Minha mãe sempre foi mais coerente que meu pai- Disse Hadassa.

— Com toda certeza, que Deus o tenha, onde ele estiver nesse momento, mas ensinar uma criança a falar uma língua morta que ninguém mais usa foi cruel.

Hadassa não respondeu, mas apertou seus braços um pouco mais forte em torno da cintura de Renata.

— Me diz algo em aramaico. -Pediu Renata gentilmente, tentando descontrair.

— L' alam Almin. -Disse com a fonética arrastada.

— Parece que você está me amaldiçoando, amor. -Riu.

— Significa “para todo o sempre”. Sabia que em Harry Potter alguns feitiços são em aramaico? - Hadassa falava com empolgação.

— Não fazia a menor ideia, pode ter certeza.

— Avada Kedavra é uma frase em aramaico, que significa "Eu vou te destruir enquanto falo", na saga é o feitiço da morte.

— Meu bem, esses livros não eram apenas de magia adolescente?

— É sim. -Riu.

— Agora que você me falou, eu lembro que li essas palavras no livro para as meninas esses dias.

— Pode continuar lendo, não tem problema.

— Vou mudar para branca de neve. -Disse Renata.

Hadassa deu um beijo no rosto dela.

A praia de surfe também era paradisíaca, as ondas eram gigantes, os olhos de Hadassa brilharam quando viram a paisagem.

— Hadassa, não acho uma boa ideia, não tem um salva vidas aqui. -Disse Renata, observando-a vestir o macacão de surfe.

— Fica em paz, amor, eu sei nadar, eu sou acostumada com essas ondas.

— Com essas não. -Protestou.

Hadassa encarou a noiva, em seguida pegou a prancha.

— Estou falando sério. -Disse Renata.

— Mas Renata, que medo é esse? Tem gente na água, se acontecer algo, o que eu acho improvável, eles vão ver.

Quando Renata abriu a boca para responde-la, ela saiu correndo em direção à praia.


Tudo que era relacionado ao mar, Hadassa aprendia muito bem. Nas aulas de surfe, em três dias ela já não precisava de ajuda dos professores. Quando inventou de pescar aquele dia no mar, pegou alguns peixes com facilidade, mas os devolveu a água, por não ter como prepara-los. Em cima da prancha, ela cortava as ondas com facilidade, quanto maiores elas eram, mais confiante ela ficava. As vezes acontecia dela cair no mar, mas logo se recuperava, gostava da adrenalina, finalmente tinha encontrado um esporte que lhe agradasse, até porque nadar ela já não considerava um esporte.

— E aí, ficou com medinho? -Mordeu o pescoço de Renata carinhosamente.

— Meu bem, você não é peixe, tem suas limitações e precisa aprender isso. -Deu um beijo carinhoso no rosto dela.

— Mas vai dizer que eu não mando bem?

— É claro que sim. -Sorriu.

— Parece que vai chover muito. -Hadassa olhava para o céu.

— Sim, troca de roupa rápido e vamos embora.

Hadassa fez o que a noiva pediu, mas para ser sincera, queria ficar ali. Aquele céu escuro e aquele vento gelado soprando seu rosto fazia seu coração se encher de felicidade, tinha certeza que no mundo não havia lugar melhor. Já na estrada, alguns pingos de água molhavam o para-brisa do carro. Os trovões ficavam cada vez mais fortes, Renata olhava o céu o tempo todo, com preocupação, pois ainda faltava muito para chegarem ao hotel. Não demorou muito e uma forte chuva assolou, cobrindo quase toda visão que elas tinham da estrada. O vento não era forte, estava lá apenas para acompanhar, com serenidade.

— Acho melhor a gente esperar passar. -Disse Renata, virando o volante e colocando o carro fora da estrada.

Ela estacionou em um lugar com muitas arvores, Hadassa pensou que ali em dias de sol poderia ser um ótimo recanto para piqueniques.

— Será que vai demorar para parar? -Perguntou Hadassa.

— Tomara que não. - Renata observava o lado de fora.

— Você travou o carro?

— Com certeza, para entrar aqui só um míssil. -Riu.

Hadassa encarou o sorriso dela, observou cada traço de seu rosto. Levou seus dedos até a boca dela e tateou delicadamente com a ponta dos dedos.

— O que foi? -Renata sussurrou.

— Gosto do jeito que sua boca é perfeitamente desenhada.

Renata deu um pequeno beijo nos dedos dela.

Hadassa, aos poucos, foi chegando próximo ao rosto dela. Sem deixar de olhá-la nos olhos, como se a cena se passasse em câmera lenta, seus lábios tocaram os de Renata de uma maneira delicada, porém com urgência. Aos poucos, a menina começou a sentir uma inquietação, era a maneira que seu corpo pedia para sentir o da noiva.

Renata, ao perceber isso, deitou o banco do carro. Hadassa não conseguia desgrudar de sua boca nem por um segundo. Subiu em cima do quadril dela e deslizou sua mão pela cintura, levantando a blusa branca que Renata vestia. Suas mãos eram rápidas, e em poucos segundos tentava fechar em torno dos seios dela, ouviu Renata soltar alguns suspiros.

— Tira a roupa. - Renata sussurrou no ouvido dela.

Sentiu seu corpo todo arrepiar com o pedido, beijou os lábios dela com ainda mais intensidade. Aos poucos foi tirando a roupa, até ficar completamente nua. Renata passeava com os dedos por todo o corpo dela, segurava com firmeza seus seios. Hadassa gemia baixinho, fez Renata tirar toda a roupa também. Quando os corpos delas se encontraram, completamente nus, Hadassa arranhou o abdômen dela com vontade, sentia seu sexo inundar.

Renata sabia conduzir o corpo de Hadassa perfeitamente, e a cada toque fazia ela quase perder o controle. Deitou a cabeça dela em seu peito, aos poucos foi encontrando com as mãos o caminho até o sexo dela, nem precisou de muito contato e os dedos de Renata já estavam completamente molhados. A menina jogava o quadril contra sua mão, enquanto arranhava de leve os braços dela.

— Não arranha meu braço, neném, amanhã eu tenho que trabalhar. -Sussurrou.

Hadassa hoje falava menos e gemia baixinho sem parar no ouvido da noiva.

Renata colocou dois dedos dentro dela, começou devagar e depois foi aumentando a velocidade gradualmente. Hadassa sentia suas pernas tremerem, estava com tanto tesão, abria as pernas cada vez mais. Levou seus lábios novamente até os de Renata, passou a língua neles delicadamente, logo após mordeu tentando controlar o prazer enquanto encarava a mulher.

— Você faz tão gostoso, amor. -Disse Hadassa, em meio aos gemidos.

— É mesmo, meu amor? Então geme gostoso para mim.

Ela adorava ouvir a voz suave de Renata lhe fazer aquele tipo de pedido. Sentia seu corpo ir esquentando cada vez mais, revirava os olhos enquanto sentia os dedos dela entrarem e saírem. Aos poucos foi adquirindo coragem e tirou os dedos dela de dentro de si, aquilo foi torturante até mesmo para ela já, que estava tão bom.

— O que foi, amor? -Perguntou Renata.

Hadassa não respondeu, mas Renata logo entendeu o que ela queria. A menina se encaixou no meio das pernas dela, de modo que o sexo das duas se roçavam. Hadassa começou um lento vai e vem, enquanto encarava Renata de forma safada. A mulher agora não conseguia se controlar e gemia muito, suas mãos apertavam a cintura de Hadassa com força. Era tão bom senti-la daquela maneira, queria ver Renata se retorcer de prazer e tinha achado o caminho certo.

Sentia a respiração de Renata ficar cada vez mais ofegante, gostava de ver ela perdendo o controle daquela maneira. Hadassa se movimentava devagarinho e aos poucos foi aumentando. Observava seu corpo também estremecer com aquilo, até que sentiu Renata jogar a cabeça para trás e arranhar suas pernas com todas as forças que tinha no pulso. Hadassa conseguia sentir o sexo dela vibrar e isso lhe fez gozar. Em seguida ela deitou em seu peito para tentar se acalmar, lá fora a chuva já estava mais amena.

— Sempre quis fazer isso. -Hadassa quebrou o silêncio.

— É mesmo? E por que nunca me falou?

— Lanza me disse que as costas doíam.

Renata não respondeu, mas soltou um riso e beijou a testa da menina.

Depois que a chuva parou, elas se vestiram e foram para o hotel. Lanza e Andréia já esperavam de malas prontas, Hadassa e Renata tomaram um banho juntas e logo depois seguiram para o saguão do hotel.

Hadassa não via a hora de chegar em casa, estava com saudades das filhas e teria que aguentar Caleb por alguns dias, já que a mãe estava hospedada em sua casa.


Notas Finais


O que vem ai?? 🔥🔥😈😈😈


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