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História Mais do que eu deveria - Eu tenho apenas metade de você.


Escrita por: romana_66

Capítulo 17 - Eu tenho apenas metade de você.


Fanfic / Fanfiction Mais do que eu deveria - Eu tenho apenas metade de você.

Hadassa ficou algum tempo olhando para a mensagem que recebeu de Renata. Acariciou levemente a tela do celular, admirando a foto da mulher que estava no contato. Levantou-se do sofá e caminhou até a vidraça olhou a escuridão que cobria o mar lá fora. Abriu uma pequena parte móvel do vidro para deixar o barulho das ondas ecoarem no silêncio do apartamento e fechou os olhos quando sentiu a brisa fria bater no seu rosto. Estava com medo de sofrer outra vez por causa de Renata, sabia que dessa vez teria que assumir as consequências sem parar sua vida, o que ela sentia pela mulher ficava cada vez mais forte não importava o quanto ela tentasse esconder e sufocar dentro de si, o sentimento sempre emergia de forma até mesmo cruel destruindo todo o seu esforço para esquecê-la. 

Depois de um tempo perdida em seus pensamentos, achou melhor relaxar um pouco. Subiu as escadas que a levaram até o segundo andar do apartamento onde ficava a banheira de hidromassagem. Observou a água do recipiente ir se aquecendo pouco a pouco enquanto ela tirava a roupa. Já nua, ela entrou na banheira e deu um leve gemido ao sentir a água aquecida abraçar seu corpo. Pensou novamente em Andréia e na cena que ela flagrou mais cedo. Hadassa achava que mesmo não conseguindo ver o rosto do homem, o reconhecia de algum lugar, mas na hora do nervosismo e da sua tradicional impaciência ela acabou ignorando o sujeito e só focando em Sadi. 

Hadassa tinha consciência de que sentia algo por Andréia, mas a intensidade do sentimento não chegava nem perto daquilo que sentia por Renata. Suspirou fundo, fechou os olhos, apoiou a cabeça no pequeno travesseiro de gel da hidro, sentiu cada músculo do seu corpo relaxar e as pálpebras pesarem de sono. Decidiu cochilar por alguns minutos e perdeu noção do tempo. Foi acordada pelo barulho do interfone tocando na sala. Saiu rapidamente da banheira, agarrou o primeiro roupão que encontrou e correu até as escadas. Por pouco não escorregou no último degrau, mas mesmo assim não parou de correr para atender a chamada.

— Oi! – disse ofegante ao atender o interfone.

— Senhorita Werneck, Renata está aqui para vê-la.

— Droga! Esqueci de avisar... – murmurou baixinho – Claro, por favor deixe que suba.

Amarrou o laço do roupão, prendeu os cabelos num coque e logo que ouviu a campainha tocar, sentiu seu coração começar a disparar no peito. Rodou a maçaneta devagar e abriu a porta. Encarou Renata por alguns segundos...  Parecia não ter forças para formar nenhuma frase audível. Deu um passo a frente, ficando mais próxima a mulher. Levou a mão até o rosto de Renata, tocando levemente, fazendo ela sorrir.

— Não vai me deixar entrar? – Renata perguntou em tom divertido.

— Sim, desculpe – Hadassa pediu enquanto se afastava.

— Como seu apartamento é lindo! – disse Renata, olhando ao redor.

— Obrigada –  Tinha um sorriso tímido no rosto.

Hadassa trancou a porta e caminhou em direção à mulher que agora observava o mar em frente à vidraça.

— Você gosta muito do mar não é mesmo?

— Sim, não gosto de morar longe dele.

— Já ouviu falar de Iemanjá? – Renata questionou, virando-se para encara-la.

— Apenas algumas coisas. – sussurrou.

— Pesquise mais, tenho certeza que você vai gostar. – afirmou baixinho, chegando mais perto dela.

Hadassa colocou a mão no rosto de Renata e fez um leve carinho com a ponta dos dedos. A mulher fechou os olhos e suspirou fundo, sussurrando em seguida:

— Por que você me deixou? – dessa vez, seu tom era de tristeza.

—Não deixei. – respondeu Hadassa, aproximando sua boca dos lábios dela. 

Renata levou sua mão até a nuca dela fazendo os lábios das duas se encontrarem. Hadassa sentiu seu corpo todo dar uma leve estremecida. Escorregou suas mãos até a cintura da mulher e a puxou até sentir o corpo preso ao dela. Mordiscou de leve a boca dela, que deu um leve gemido em resposta. A menina intensificou o beijo, mudando o ângulo, contornando com a língua o interior da boca de Renata, como uma sutil provocação. Sentiu a respiração dela oscilar.

— Eu quero você. – sussurrou Hadassa entre beijos.

— Você já me tem. – Renata respondeu, completamente entregue ao momento.

—Não, eu tenho apenas metade de você. – interrompeu o beijou devagar e encarou Renata.

— Eu preciso te dizer algo, Hadassa.

Renata suspirou fundo inclinou a cabeça para trás encarando o teto por alguns segundos, depois voltou o olhar para ela.

— Há muito tempo minha mãe me disse que eu deveria ter cuidado quando se tratava de amor e eu sempre tive, mas agora eu estou com medo de perder o controle da minha vida por causa de você e ao mesmo tempo tenho medo de deixar você ir. – disparou cautelosamente. 

Antes que Hadassa respondesse, a mulher deu as costas, caminhou até o sofá e sentou. Levou as mãos aos pés e tirou seus saltos na tentativa de relaxar um pouco. Hadassa caminhou até onde ela estava, sentou ao lado seu lado. Lhe observou por um tempo até que resolveu quebrar o silêncio.

— A indecisão está te fazendo sofrer Renata. – constatou.

Renata não respondeu continuou ali naquele estado de transe.

— E eu vou te fazer sofrer mais ainda, porque no meio dessa sua indecisão eu não vou desistir assim tão fácil e aceitar perder para ele.

Renata se virou para a menina a encarou com os olhos fulminantes, mas não eram de ódio. Hadassa não conseguia distinguir o que estava se passando na mente dela. 

— Por que eu? Com tantas outras pessoas que você poderia ter, Hadassa, você escolheu bagunçar a minha vida, o que foi que você viu em mim? – indagou de forma aflita.

— Você escolheu bagunçar a sua vida desde o momento que sentiu vontade de me beijar.

— Não seja assim tão egoísta. – disse Renata no seu habitual tom gentil que fez o coração de Hadassa apertar dentro do peito.

— Não foi minha intenção! Desculpa, eu gosto de você de uma maneira que eu jamais gostei de nenhuma outra pessoa. Eu sei isso pode parecer infantil e clichê por eu ter apenas 24 anos, mas é tão forte que eu não consigo superar por mais que eu dê tempo para minha mente, no final do dia você sempre está no meu pensamento.

— Hadassa... – suspirou – Se tudo fosse fácil, eu me entregaria de bandeja para você ou daria as costas para você nesse momento e te apagaria da minha mente.

— Tem que começar a me falar do que você tem medo Renata, guardar só vai fazê-la sofrer. Hadassa se aproximou da mulher, afundou a mão em seus cabelos, fazendo um breve carinho, aproximou sua boca até o ouvido de Renata — Se a acalme por favor, me deixa acalmar essa confusão que está dentro de você. - sussurrou. Renata suspirou profundamente, deu pequenos beijos no rosto dela.

— Estava tomando banho? – mudou completamente de assunto, passeando os olhos pela menina rapidamente.

— Estava na hidro acabei cochilando um pouco e perdi a hora, despertei quando o porteiro interfonou. Hadassa se levantou, estendeu a mão para Renata. — Vem vou trocar de roupa, depois se estiver com fome faço algo para você, mas já vou avisando tudo aqui é Kasher.

Renata agarrou a mão dela e se levantou do sofá. — O que é Kasher? – perguntou confusa.

— Significa que a comida segue as regras descritas no torá. 

Renata parou por alguns segundos nos degraus da escada e fintou curiosamente a menina.

— Sério? – sorriu.

— Sério, por que a surpresa?

— Não imaginava que você era tão religiosa assim. – esclareceu.

— Acredite... eu não sou. Esse é apenas o mínimo que eu posso fazer pelos meus costumes de berço, não existe apenas o judaísmo ortodoxo, há também outras correntes de crenças. – falou Hadassa um pouco ofegante ao chegar no último degrau da escada.

— E qual é a sua?

— Ficou curiosa? – riu Hadassa – Meus avós por parte de pai são ortodoxos e cumprem estritamente os preceitos, mas meu pai abandonou muito dessa corrente quando conheceu minha mãe e ela me educou como reformista, que é uma parte judaica que quer mudanças nas leis, adaptando-a às novas realidades do mundo.

— Que interessante. – respondeu Renata, sincera.

 Hadassa abriu a porta de seu quarto, caminhou em direção ao seu closet.

— Vou colocar um roupa, só um minuto.

— Não, espera.

Hadassa se virou e olhou Renata por alguns instantes, caminhou até a mulher.

— Promete que vai ter paciência com a nossa situação? – Renata perguntou baixinho.

A Hadassa se aproximou do rosto dela e deu um selinho demorado.

— Prometo, sussurrou.

Renata colocou sua mão no laço que prendia o roupão de Hadassa, começou a desfazê-lo lentamente e enquanto a encarava, colocou a mão dentro da peça entreaberta e passeou pelo corpo dela. Sentiu Hadassa se arrepiar, e então levou sua mão até o ombro  e o descobriu fazendo o roupão ir escorregando devagarinho até cair no chão, deixando-a nua em sua frente. Renata observou atentamente cada parte do corpo de Hadassa que estava ofegante em sua frente com o rosto corado.

— Perfeita, você parece ser feita de porcelana. – sussurrou admirada. 

Hadassa a beijou ferozmente de tal maneira que precisou interromper por alguns segundos para tomar fôlego novamente.

— Deita. – pediu Renata.

A menina não questionou, apenas obedeceu e se deitou na cama. Renata apagou a luz do quarto e acendeu o abajur que estava na mesa de canto ao lado da cama.

— Tire sua roupa. – pediu a menina.

Renata levou suas mãos aos botões de sua camisa e começou abri-los um por um. Jogou no chão a camisa, depois tirou a calça, deixando a mostra seu sutiã e sua calcinha, ambos da cor preta. Encarou Hadassa que a observava atentamente e abriu o fecho do sutiã, deixando seus seios à mostra e depois tirou a calcinha.

 O corpo de Renata era tudo aquilo que a menina tinha imaginado quando reparava a mulher nos corredores da redação, exceto os seios que eram mais fartos do que aparentavam, abdômen delicadamente definido e as coxas um pouco torneadas, nada exagerado. 

Renata se aproximou de Hadassa e abriu lentamente suas pernas, depois deitou seu corpo em cima dela, que gemeu levemente ao sentir o peso da mulher. Hadassa sentia seu corpo estremecer, estava tão quente que parecia febril. A boca de Renata começou a sugar levemente seu pescoço e foi descendo até seus seios, chupando delicadamente. Ao passar a língua neles, ela fazia questão de encarar Hadassa que se contorcia de prazer. Renata seguiu beijando o corpo dela até chegar em sua virilha, passou mais uma vez a língua levemente dando pequenos chupões e deixando a pele branca de Hadassa marcada facilmente, depois a chupou tão intensamente colocando a língua sem pudor algum dentro de seu sexo. Hadassa segurou a cabeça de Renata com as duas mãos fortemente, estava quase lá, mas a mulher parou de súbito fazendo-a quase enlouquecer. Viu ela dar um pequeno sorriso malicioso.

— Não faz assim Re. – suplicou ofegante.

Novamente Renata subiu até os lábios dala e a beijou intensamente, foi escorregando suas mãos até o sexo de Hadassa e começou a fazer movimentos circulares com a ponta dos dedos. A menina cravou as unhas em suas costas.

— Não faz isso, meu amor. – sussurrou a mulher em seu ouvido.

Renata colocou dois dedos dentro dela fazendo movimentos lentos e delicados enquanto lhe dava vários selinhos. Logo começou a intensificar as estocadas e Hadassa ignorando totalmente o pedido da mulher para não arranhar suas costas, cravou a unha novamente com total força enquanto gemia. Renata agarrou os dois pulsos dela e puxou suas mãos para trás prendendo-as com uma mão só. Toda vez que menina tentava se soltar ela apertava mais a sua mão contra os pulsos da garota que às vezes fazia de propósito só para sentir a força dela. 

Renata começou a estocar cada vez mais rápido, Hadassa sentia um tesão tão intenso que suas pernas tremiam. Sentiu uma corrente de prazer muito forte tomar conta de seu corpo e gemeu alto, contorcendo seu quadril. Renata apenas parou e observou a menina revirar os olhos. Hadassa agarrou os lençóis da cama e apertou com muita força na tentativa de recuperar o controle novamente. Renata se deitou ao lado, a menina se jogou em cima dela e deitou em seu peito sentia um sono irresistível tomar conta de si.

— Não quero que vá embora. – sussurrou

— Eu não vou – a mulher respondeu acariciando seus cabelos.

— Jura?

— Sim. – confirmou sorrindo.

— E seu marido?

— Está em São Paulo, só volta daqui a quatro dias. Vencida pelo sono, Hadassa murmurou algumas palavras para Renata que se assustou ao ouvi-las, mas depois sorriu.



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