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História Mais que irmãos - Three


Escrita por: ddgiovana

Notas do Autor


Oi gente. Desulpa, mas o capítulo de hoje é meio curtinho! Mas prometo que o próximo vai ser maior e ainda vai ter uma mudança. Decidi mudar o "estilo narrativa" agora vai ser do ponto de vista dos personagens principais, por que assim fica vcs vão se sentir mais próximos deles.

Capítulo 3 - Three



  - O que aconteceu ? - Katherine perguntou desesperada quando viu Thomas entrando em casa machucado apoiado em um senhor. 


  - Eu caí... - ele mentiu.


  - desde quando cair deixa olho roxo? 


  - ele estava levando uma surra daquelas garotos do bairro - O senhor respondeu e Tom o aniquilou com os olhos. 


  - O QUE? - ela gritou- eu disse que eles não eram boa companhia! Por que não me escutou?


  - Kat agora não -ele gemeu de dor- não estou com disposiçã física e psicológica para escutar sermão.


  - Desculpa, tem razão - ela disse e o abraçou quando o homem de meia idade o deixou no sofá da sala, Tom urrou de dor quando ela fez isso- Desculpa novamente. 


  Ele não respondeu, apenas se ajeitou no móvel. 


  - Então eu acho que vou indo - o homem disse se levantando.
  -Obrigada por tudo senhor - Kathy foi até ele- se não fosse por você eu não sei o que seria do meu irmão. 


  - não tem de que - ele respondeu com um sorriso- se precisarem de qualquer coisa, é só me chamar. Moro uma rua atrás daqui, me chamo Henrique. 

  - Tudo bem seu Henrique, eu agradeço. 
  Eles se despediram e ela fechou a porta e encarou Thomas atentamente.


  - Onde está a Lili?- ele perguntou.


  - Tá dormindo. - respondeu se aproximando dele e sentando-se ao seu lado no sofá, tocou de leve o seu lábio inchado e ele estremeceu, ela moveu suas mãos delicadas até o queixo do irmão que respirou fundo- isso está mal, fique sentado aqui que eu vou buscar alguma coisa para limpar as feridas. 


  Ele assentiu e se ajeitou, alguns minutos depois Katherine voltou com um balde de água, panos e curativos.


  - fique parado enquanto eu faço isso - inclinou-se até o rosto de irmão que recoou- ei eu disse para ficar parado! 


  Ele riu de leve, o que fez a dor em sua barriga aumentar.


  - Você vai me dizer o que aconteceu com você? - ela perguntou dócil enquanto limpava as feridas do rosto do maior.


  - Eu não quero te preocupar com isso...


  - Thomas, eu não sou feita de vidro - falou o olhando nos olhos- você pode me contar tudo, eu não vou quebrar.


  Ele suspirou derrotado. 


  - foram Carlos e Trevor que fizeram isso comigo - ele disse, constrangido, a menina arregalou os olhos- mas eu também quebrei a cara do Trevor.


  - por que você fez isso? E por que eles fizeram isso também? 


  Ele se calou, não queria dizer o que acontecera, o que os garotos falaram a respeito dela. Mas não queria mentir ou guardar segredos, Katherine era a sua melhor amiga, e a única pessoa qual ele poderia confiar. Então decidiu contar a verdade. 


  - Eles começaram a falar absurdos sobre você - respondeu sem olhá-la nos olhos-. Eu não pude me contar Kat,  eu tinha que te defender e quando me dei conta já estava socando o Trevor e só fui interrompido por causa de Carlos que começou a me bater também


 Falou em um sopro só esperando receber uma bela lição de moral da irmã, mas não obteve resposta, porém percebeu que os toques de Katherine ficaram mais gentis. 


   - Você não vai responder, brigar comigo? Não vai falar nada? 


  Ela negou. 


  - Eu não sei o que falar sobre isso Tom, não posso te julgar ou falar o que é certo e errado, eu não estava lá, não sei o que você sentiu, pensou. 


  O maior ficou surpreso e um indício de sorriso se formou em seus lábios.


  - Isso é um grande avanço de "Você é um idiota Thomas Irving" - imitou a voz da menina, que começou a rir. 


  - me desculpe por isso - riu com humor - mas vamos combinar, você é mesmo um idiota Thomas. 


  O garoto gargalhou um pouco e  virou-se lentamente para olhar a face dela, ele sorriu ao ver o rosto da irmã postiça e  pensou o quanto ela era bonita: os olhos claros meio amarelados, os cabelos louros escuros, as pequenas sardas em seu nariz, e as belas covinhas que se formavam em seu queixo abaixo de seus lábios carnudos. Que por um segundo milésimo de segundo sentiu vontade de beijá-los.


  - O que foi? - ela perguntou, quando Thomas olhava atentamente a sua boca- o meu dente está sujo?


  Ele balançou a cabeça saindo do transe. 


  - Não é nada não... - respondeu envergonhado- é só que... Nada. 


  - Você está estranho - disse estreitando os olhos - e não é de hoje. Por que me encara dessa forma? 


  - Que forma? - perguntou, nervoso. 


  - Eu não sei, de uma forma estranha. Como um homem olha para um mulher... 


  - Você está falando bobagens, eu não te olho assim! -falou alto demais- Você é só uma garotinha. 


   Ela deu de ombros. 


  - Se você diz.


  Katherine continuou cuidando do irmão, ambos ficaram sem falar por alguns minutos. 


  - Tire a sua camisa - falou algum tempo depois. 


  Thomas se engasgou com o próprio ar. 


  - Como assim? - gritou - o que você tá pedindo? 


  - Para você tirar a sua camisa, ela ta suja de sangue. Acho que você está machucado nas costas.

  Ele assentiu, se condenando mentalmente por seus pensamentos. Então levou as mãos até a barra de sua camiseta azul e levantou a mesma, mostrando a sua pele do corpo ferida. Estava cheia de cortes, vermelha e com cicatrizes.


  - essa aqui é antiga - Katherine apontou para uma cicatriz que ia de seus ombros até o começo das costas - foi naquele dia em que o seu pai quase...


  - ele estava bêbado -  a interrompeu tentando parecer forte, mas no fundo estava triste e rancoroso- Um dia normal para Robert. 


  - Eu sinto muito - disse sincera - sinto muito por tudo o que você passou e por eu não poder fazer nada para te ajudar. 


  - Você não teve culpa - levou suas mãos até o queixo da menina, forçando-a a encará-lo - meu pai sempre foi um imbecil. - falou e a puxou para mais perto- Mas você está errada, você me ajudou muito. Só de olhar para você, conversar com você, já me dava alegria - ela sorriu e ele fez carinho em seu rosto agora corado-  Você foi e continua sendo a luz dos meus dias mais escuros. 


  Depois que falou isso, Tom observou Kathy por um longo período, seus dedos antes estavam no queixo da menina,e  ele os levou até sua nuca. Katherine tentou se afastar, estava assutada. mas ela a impediu e  começou a movimentar a cabeça lentamente em sua direção.


  - O que você está fazendo? - ela sussurrou, ofegante. 


  Ele não teve tempo de responder ou agir, Lilian apareceu de repente na sala aos berros. Os dois de separaram rapidamente, assustados e constrangidos.


  - Eu quero a mamãe e o papai! - ela disse meio aos soluços - por que eles não voltaram ainda? 


  Os irmãos mais velhos de entreolharam, pensando no que responder. 


  - Eles estão de férias meu amor - Kat falou indo até ela e  puxando a irmã pelo braço e levando-a até o sofá.- eles vão ficar fora por um tempo.


  - Mas... Mas eu não entendo! Eu não vejo eles parece que faz séculos, por que eles foram embora? E por que eles não levaram a gente junto? 


  Katherine suspirou pesadamente. 


  - eu sei que você está triste Lili. Eu também estou - Thomas começou a falar, sendo escutando atentamente por ambas as irmãs - mas nós temos que ser fortes e nos apoiar uns nos outros -frizou- Você sempre, sempre poderá contar comigo e com a Kat para o que precisar. Se você quiser sair para tomar sorvete ir à praia ou até àquele show dos Macaquinhos sorridentes que você tanto gosta. Eu vou com você - as duas riram e ele sorriu de leve- o que eu quero dizer é... Que eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para te fazer feliz. 


  Quando terminou de falar, puxou Lilian para um abraço apertado que Katherine também compartilhou. Eles ficaram assim por um longo período, quando se afastaram Lili exclamou:


  - Então quer dizer você é o meu novo papai? - apontou para Tom, que a olhou sem reação- e você é a minha nova mamãe, não é? - virou-se para falar com Kathy, que também não soube o que dizer.


  Ambos queriam protestar, dizer que ela estava enganada, que eles não eram os seus pais, mas não conseguiram fazê-lo, afinal, até os dois estavam começando a acreditar nisso. Então eles apenas sorriram e continuaram escorados uns nos outros, até que adormeceram ali mesmo no sofá da sala.
  
 



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