História Mais que irmãos - Nada pode nos separar

— Link? — Diz Phoebe surpresa. — O que faz aqui?

— Eu precisava muito falar com você. — Ele responde.

— Barbara iremos conversar no meu quarto. — Phoebe se dirige a mãe.

— Fiquem a vontade. — Barb responde. — Vou assar alguns biscoitos para vocês comerem depois.

— Agradeço senhora Barbara. — Link se vira para ela. — A senhora é extremamente gentil.

— Você que é gentil Link. — Barb sorri. — Um rapaz como você é raro, não é mesmo Phoebe?

Phoebe olha fuzilando para mãe após ela dizer a ultima frase de forma irônica.

— Vamos para meu quarto Link. — Phoebe tosse disfarçando.

Phoebe e Link sobem as escadas em direção ao quarto.

///

— Achei que tivesse deixado bem claro para nunca mais me procurar. — Phoebe fecha a porta do quarto.

— Eu sei. — Link responde tenso. — Mas eu não aguentei, precisava me desculpar.

— Você me magoou muito Link. — Phoebe se senta na cama.

— E eu peço perdão por isso. — Link a olha nos olhos. — Eu fui um idiota e babaca por tudo aquilo que falei. Eu não sou aquele Link do dia do jantar.

Phoebe o olha com dúvida: — Hum Link... Não sei...

Link se ajoelha

— Me perdooa Phoebe. — Ele implora. — Eu te amo e não posso deixar que fique com raiva de mim e que nunca mais fale comigo.

— Mas eu não te amo mais Link... — Phoebe se levanta.

— Eu sei disso. — Link também se levanta. — Não precisa me amar mesmo que eu te amo... Para mim ter sua amizade já é mais importante do que tudo.

Link pega nas mão dela e continua.

— Eu pensei muito em tudo aquilo que você me disse no jantar. — Ele suspira. — Você merece ser muito feliz com essa pessoa que está.

Phoebe fica surpresa com as palavras dele e acaba soltando um sorriso.

— Link eu te perdôo. — Phoebe o abraça emocionada. — Eu te peço desculpas pela forma como agi também.

— Que alívio. — Link suspira ao se separarem. — Amigos?

— Claro que sim. — Phoebe ri. — Sua amizade é importante pra mim.

Eles se abraçam novamente.

— E quero que você seja feliz e que esta pessoa que você está te faça muito feliz. — Link diz fingindo e pegando nas mãos dela.

Phoebe suspira e senta na cama: — Eu também espero... Eu amo muito essa pessoa, só que nosso relacionamento é errado perante a sociedade...

— Quer falar sobre isso? — pergunta Link se sentando ao lado dela.

— Ainda não. — Phoebe responde. — Um outro momento eu te conto.

— Só te digo uma coisa. — Link pega na mão dela. — O amor nunca será errado.

Phoebe sorri ao ouvir aquilo e se lembra da mesma frase saindo da boca de Max quando estavam enfrentando os pais.

— Link você é um cara incrível. — Ela o abraça emocionada.

Link dá um sorriso malicioso enquanto ocorre o abraço.

///

Barb anda devagar pelo covil de Max todo vazio, enquanto chora e passa mão pelas paredes.

— Mãe está ai. — Nora chega com Billy e Chloe. — Os biscoitos que você deixou no forno queimaram.

Os filhos percebem que Barb chora.

— Está chorando mamãe? — pergunta Chloe preocupada.

Barb tenta disfarçar.

— É saudade do Max? — Nora coloca sua mão no ombro da mãe.

— Ele faz muita falta. — Barb suspira. — Esse lugar não é o mesmo sem ele.

— Por que ele foi embora mãe? — Nora pergunta aflita. — Por que ele nem se despediu de nós três?

— Eu sinto falta dele mamãe. — Chloe olha triste para a mãe. — Ele era meu favorito.

— Sinto saudades de ser usado por ele. — diz Billy rindo.

Barb mais calma e com o choro contido fala: — Eu sei meus amores... Todos nós sentimos falta dele... Mas o Max quis morar sozinho, só que de vez em quando ele vai vir aqui visitar todos nós.

Barb pega Chloe no colo e fala: — Vamos lá tentar dar um jeito naqueles biscoitos.

— Eba! Biscoitos! — diz a pequena animada.

As duas saem do covil.

— Max não iria embora sem se despedir da gente. — diz Nora. — Tem coelho nesse mato...

— O que tem a ver coelho com essa história? — pergunta Billy confuso. — Ah já sei... O Colosso foi embora com ele, é isso que você quis dizer?

— É uma expressão Billy. — Nora revira os olhos. — Vamos lá pra sala.

Os dois saem do covil.

///

Billy e Nora chegam a sala enquanto Phoebe e Link descem as escadas.

— Link! — dizem animados eles indo o abraçar.

— E aí como vão? — Link pergunta sorrindo.

— Estamos ótimos. — responde Nora.

— Podemos brincar de puxar seu braço elástico? — Billy pergunta animado.

Nisso Chloe e Barb aparecem na sala.

— Link! — Chloe grita animada indo abraçá-lo.

— Como vai a garotinha mais linda desse mundo? — Link a pega no colo.

— Estava com saudades. — responde Chloe. — Vamos brincar!

— Então todo mundo quer brincar de puxar meu braço? — Link diz animado. — Então vamos brincar agora mesmo.

Os três se animam.

— Vão brincando aí que vou preparar outros biscoitos. — Barb mostra a forma com os biscoitos queimados. — Digamos que os que eu fiz não deram muito certo...

Barb sai da sala, enquanto as crianças brincam de cabo de guerra com os braços elásticos de Link.

Phoebe sorri de canto ao ver os irmãos alegres, mas algo faltava... Max... Ela queria tanto que o amado estivesse ali vendo tudo aquilo e morrendo de ciúmes de Link.

 

///

POV Max on

Um tiro, era assim que me sentia, como se tivesse levado um tiro. Não tenho forças nem para sair da cama, tanto que decidi nem ir à aula hoje e até liguei para o Evilman pedindo que só começasse amanhã.

Estar sozinho aqui na velha casa de Metroburg era fichinha perto de não estar com Phoebe... Aquilo doía e muito. Eu a amava tanto que não conseguiria nem explicar. Tê-la por longe era o maior castigo que eu poderia receber.

Queria tanto sentir sua boca, seu cheiro, sua pele. Olhar para aqueles lindos olhos e para aquelas belas curvas.

E não é só isso... Sinto falta de meu covil, do meu cantinho com os equipamentos, experiências... Sinto falta dos meus irmãos.

Cara como eu amo aquelas figuras. Só agora pude perceber isso. Nora com os laços, Billy fazendo perguntas idiotas e Chloe com o jeito bravo e ao mesmo tempo fofo.

Eu precisava voltar pra minha casa, mesmo que tivesse que dar de cara com Barbara e Hank que um dia eu os considerei como pais...

O que me resta agora é ficar nessa cama o dia inteiro comendo pizza, chorando e assistindo Discovery Science.

Não, pera. Eu sou Max Thunderman! Não posso me entregar desse jeito. Não posso desistir do meu amor por Phoebe. Nada pode nos separar.

Me levanto da cama decidido a lutar pela minha felicidade.

Eu precisava antes de tudo dar um jeito de ver Phoebe. Mas como se eu tinha essa droga de tornozeleira rastreadora?

Pera, o rastreamento do Hank não é páreo para os conhecimentos de hacker de Max Thunderman.

Sem pensar duas vezes consigo sento na minha mesa com o computador e começo a mexer nele.

POV Max off

///

— Link você devia ser ator. — Link dá risada enquanto dirige. — Enganou a Phoebe direitinho... Logo ela será sua.

Ao virar na avenida que havia o aterro sanitário de Hiddenville, Link repara em Colosso na frente do portão do lugar.

Ele imediatamente estaciona o carro e desce.

— Colosso! — Link diz surpreso. — O que faz aqui?

Colosso estava todo sujo com restos de lixo e comida por todo o corpo.

— Link? — Colosso responde surpreso. — Isso só pode ser uma miragem.

— Sou eu Colosso. — responde Link. — Me diga por que está aqui.

— O desgraçado do Max me jogou na lixeira de casa e eu vim parar aqui. — o coelho lembra com raiva.

— Por que ele fez isso? — Link arqueia a sobrancelha.

— Ele acha que fui eu que contei sobre o caso dele e Phoebe para os pais. — responde o coelho.

— Melhor que seja assim. — Link dá um sorriso malicioso. — Vamos, eu vou te tirar daqui.

— Graças a deus. Eu preciso de um banho. — diz Colosso. — Eu tenho lixo em todo lugar e quando digo todo lugar é todo lugar mesmo.

Link pega o coelho um pouco com nojo e o coloca no banco de trás do carro, sem antes forrá-lo com uma sacola que encontrará ali jogada.

Link entra no carro e dá a partida.

— Será que posso ficar na sua casa esses dias? — pergunta o coelho.

— Não sei Colosso... — responde Link um pouco incomodado.

— Qual é? Eu te ajudei a separar Max e Phoebe. — diz Colosso. — Eu só preciso de uns dias para estruturar um plano.

Link pensa um pouco.

— Tá bom. — responde Link. — Só por alguns dias e ficará no meu banheiro para que meu pai e o Harris não te vejam no quarto.

— Pra mim está ótimo. — o coelho pula de alegria. — Para quem passou a noite num aterro um banheiro é como uma mansão luxuosa.

— E eu posso saber que plano é esse? — pergunta Link curioso.

— Logo saberá... — Colosso dá sua risada maligna.

///

Já era noite e Barb e Hank estavam na cama. Ele lia uma revista e ela lixava as unhas.

— Meu amor você nem me perguntou como foi meu torneio de golfe hoje. — Hank puxa assunto.

— Desculpa meu amor. — Barb olha pra ele. — Eu estou muito abalada com tudo que aconteceu e com a saída de Max aqui de casa.

— Eu também estou Barb. — Hank pega na mão dela. — Dói muito tudo que aconteceu, mas tomamos a medida que era necessária.

Barb suspira: — Será que não pegamos pesado com eles?

— Claro que não meu amor. — Hank pega na mão dela. — Podem estar com raiva agora, mas um dia vão entender que foi o melhor que fizemos.

— Assim espero Hank. — ela responde. — Assim espero...

— E como foi o dia hoje? — Ele pergunta.

— Foi legal. — Barb sorri. — O Link veio aqui. Conversou com a Phoebe e depois brincou com as crianças.

— Link é um cara bom. — responde Hank. — É o tipo certo para Phoebe. Eles deveriam voltar.

— Eu torço para isso. — Barb boceja. — Vamos dormir meu amor?

Hank boceja: — Vamos sim. Estou exausto.

Os dois se beijam, apagam as luzes do abajur e se deitam.

///

No outro dia...

Phoebe e Cherry caminham pelo corredor do colégio na hora do intervalo.

— Eu preciso muito ir ao banheiro. — Cherry anda rápido e se contorcendo.

— Amiga o que aconteceu? — pergunta Phoebe.

— Eu estou com dor de barriga. — responde Cherry aflita.

— Você comeu alguma coisa hoje? — pergunta Phoebe preocupada.

— Não, nem tomei café. — Cherry responde. — Só tomei aquele iogurte da aula de biologia.

— Pera que iogurte? — pergunta Phoebe. — Não me diga que era o da mesa do professor.

— Esse mesmo. — responde Cherry. — Estava com fome, como havia terminado a aula e ele esqueceu lá acabei tomando. Por quê?

— Esse era o experimento da aula Cherry. — Phoebe ri. — O iogurte estava estragado e vencido... Íamos ver nele a ação das bactérias na próxima aula.

— Droga... Eu devia ter prestado atenção na aula. — responde Cherry. — Estava com tanta fome que nem senti que estava estragado.

Nisso elas chegam em frente ao banheiro.

— Finalmente. — grita Cherry entrando correndo nele.

Phoebe ri da situação quando é puxado com tudo para o banheiro dos deficientes.

Estava tudo apagado e logo ela sente alguém a agarrando e a beijando.

Ela consegue achar o interruptor. Quando acende a luz se depara com Max a beijando.

— Max! — Phoebe diz surpresa.

— Sentiu minha falta? — pergunta Max com um sorriso malicioso.

— Claro que sim. — Phoebe o beija. — Estava morrendo de saudades.

— Eu também meu amor. — ele responde sorrindo. — Não consigo ficar sem você.

— Nem eu. — Phoebe dá um selinho nele. — Mas pera... Estamos juntos... O rastreador.

— Não se preocupe que o Hacker aqui deu um jeito. — Max ri. — Modifiquei o sistema do GPS do meu rastreador. Quando eu estiver com você o computador do Hank estará mostrando outro lugar pra ele.

— É por isso que te amo. — Phoebo beija.

— Eu também te amo. — Max a beija. — Queria tanto ficar mais com você... Ver meus irmãos...

— Você pode ir lá em casa a tarde depois da escola. — reponde Phoebe animada. — Hank e Barbara foram a Metroburg hoje resolver não sei o que.

— Ótimo meu amor. — Max dá um beijo nela. — Só que ficarei bem pouco, pois entro no serviço às 17h.

— Tudo bem então. — Phoebe retribui com outro beijo. — Nos vemos na saída.

Max não se controla e eles voltam a se beijar intensamente.

Phoebe se separa sem ar: — Max precisamos sair daqui... Algum deficiente pode querer usar.

— Max ri: — Nem tem deficiente na escola, e que eu saiba as pessoas usam esse banheiro quando querem cagar.

Phoebe ri: — Ai Max só você mesmo. Lembrarei a Cherry da próxima vez.

Quando Phoebe ia abrir a porta Max fala: — Eu não te disse Phoebe...

— Disse o que Max? — pergunta ela confusa.

— Que nada pode nos separar. — Ele sorri.

Os dois voltam a se beijar intensamente.

Depois se afastam sem ar e saem do banheiro.

///

Phoebe chega da escola e abre a porta de casa.

— Tenho uma surpresa pra vocês irmãos. — ela anuncia para Billy, Nora e Chloe que estavam assistindo TV na sala.

Max então entra na casa.

— Max! — gritam os irmãos muito alegres.

Todos o abraçam.

— Estava morrendo de saudade de vocês. — Max fala emocionado. — Eu amo tanto vocês!

— Também estávamos Max — diz a pequena Chloe.

— Por que foi embora Max? — pergunta Nora. — Por que não se despediu?

Max se senta no sofá e fala:

— É uma longa história. Estava corrido pra mim esses dias por isso não consegui me despedir. — Ele finge. — Mas não precisam de despedida minha. Eu sempre vou visitar vocês... Nada mudou... Eu continuo estudando com a Phoebe... A única coisa é que agora eu estou morando sozinho e trabalhando.

— E o Colosso, Max? — pergunta Billy.

— Está bem. — Max olha disfarçando para Phoebe.

Ele então olha no relógio.

— Meu amores eu preciso ir pro trabalho agora. — ele anuncia triste.

— Ah! — Os irmãos ficam tristes.

— Queremos que você fique mais! — diz Chloe.

Max pega ela no colo e fala: — Quando der eu venho aqui ou vocês vão lá na velha casa de Metroburg me visitar. Tudo bem?

Os irmãos consentem.

— Eu vou sair pelo jardim pra pegar o ônibus na rua de baixo. — diz Max.

— Eu te acompanho. — diz Phoebe.

Os dois se olham um sorrindo para o outro.

Max se despede dos irmãos e depois Phoebe o leva até o jardim.

— Te amo viu. — Phoebe dá um beijo nele. — Bom trabalho.

— Obrigado meu amor, também te amo. — Max da outro beijo nela. — Nos vemos amanhã na escola.

Phoebe entra na casa.

Ao caminhar para sair do jardim Max percebe uma caixa de presentes jogada perto da lixeira.

— O que será isso? — Ele se abaixa para pegar.

Ao abrir vê uma chave e um papel dentro.

— “Vá até a antiga casa de vocês em Metroburg. Uma surpresa os espera. Assinado Phoebe e Max” — Max lê o papel.

Ele relê o papel várias vezes.

— Isso só pode ser brincadeira. — Ele pensa aflito. — Só pode ser com isso que meus pais descobriram nosso caso...

— Então não foi o Colosso que os contou. — Max diz convicto. — Alguém que sabe escrever e tenha dedos fez isso.

— Mas quem será? — pensa Max. — Eu vou descobrir!