Eleonor estava na biblioteca da escola, procurando algo pra ler quando Archie se aproximou.
-O que pretende fazer com aquele garoto? Questionou o garoto de verde.
-Pretendo fazer o que?
-Foi isso que te perguntei. Por que você faria amizade com alguém tão pouco conhecido como o Santiago?
-Por que não gosta de mim?
-Você corrompeu o Leonardo.
-Ele queria estar comigo.
-Por que queira mais amigos.
-E porque você e aqueles outros não eram amigos dele.
-Como tem coragem de dizer isso na minha frente?
-Todos temos segredos, Archie. Você não é diferente.
-Não escondo nada de ninguém.
-Será? Você sabe que esconde e que isso pode acabar com seu relacionamento com o Leonardo.
-Você não presta.
-E quem foi que disse que eu prestava?
Archie saiu da biblioteca pisando forte e Eleonor voltou a procurar algo para ler.
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Enquanto se arrumava, Dorothy pensava no tapa que Yans deu em Pedro, qual seria o motivo. Ela precisava falar com Paloma sobre o que tinha visto, mas, a dançarina não havia acreditado, nem criado uma dúvida, sobre o rapaz quando levaram o cofre até ela.
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Vanya estava saindo de casa quando Ava correu atrás dele pra lhe entregar seu telefone.
-Você quase esqueceu. Tem alguém te ligando. Falava a garotinha ofegante enquanto entregava o aparelho.
-Obrigada, Ava. Tchau. Depois que sua irmã entrou em casa Vanya atendeu o telefone. -Alô?
-Bom dia. Eu sou do acampamento de artes, você conhece a Manuela?
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Suzi demorava um certo tempo para desce ou subir às escadas, mas, sempre chegava onde queira. Quando a garota chegou na cozinha de sua casa Nathan estava preparando o café da manhã.
-O que "tá" fazendo? Indagou a garota vendo a situação.
-Preparando panquecas para grávida mais linda do mundo.
-Não exagera, Nate. Disse Suzi se sentando no banco da ilha.
-Aqui. Tens que comer um pouco rápido pois já é 7:40.
-Você "tá" com o seu carro?
-Sim. Por que?
-Você me leva, simples. Assim vou estar lá quando o sinal bater às 8.
-Combinado. Eu nem te perguntei, como foi o baile sábado?
-Eu não gostei muito.
-O que te fez não gostar?
-A dona da festa.
-O Tahri?
-O Tahri agora é mulher?
-O Yans é.
-Yans? Como o conhece?
-Eleonor. Mas ele não me conhece como Nathan.
-Eleonor era a Lilith, Denver o Leonardo, e você é?
-Fletcher.
-Estranho.
-O que?
-Já ouvi esse nome em algum lugar.
-Talvez na história que Eleonor contou.
-É... Talvez.
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Daphne se beliscava de cinco em cinco minutos, pois estava com medo de ser um sonho e acabar vendo Rexie mais uma vez. Ela foi até a biblioteca para ver se encontrava algum livro sobre morto quando foi surpreendida por Lilith.
-Por que procura livros sobres mortos? Questionou a ruiva.
-Por que acha que procuro um livro sobre mortos? Perguntou a fã da CUT nervosa.
-Está na alá dos mortos. Tem um placa alí na frente.
-É. Eu estou procurando algo para aula do Pálmo.
-Eu agradeço por não estar na aula dele.
-Eu gosto dele.
-Ele parece carregar alguma coisa naquela careca.
-Textos sobre à vida.
-Não. Algo mais sombrio do que à vida.
-Você também não parece normal.
-Nenhum de nós. Passar bem.
-Espera! Exclamou Daphne chamando a atenção de Lilith que já estava saindo.
-Sim?
-Soube que o Manuel vai embora, é verdade?
-É. Selrá, a mulher da feira de botânica vai levá-lo para estudar sobre o assunto na França.
-Legal. E vocês? Como vão ficar?
-Parece interessada, não?
-Só perguntando.
-Infelizmente eu não quero lhe responder, beijos. Disse a ruiva antes de sair da sala.
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Alba e Aren, os pais de Archie, e seu irmão, Pierre, estavam saindo do hospital quando o garoto esbarrou em Cosme.
-Desculpa! Pediu Cosme acompanhado da mãe.
-Tudo bem. Disse Pierre, com seu cabelo castanho claro assim como do irmão.
-Eleorá! Que bom ver você. Falou Alba abraçando a mãe do namorado do filho.
-É bom ver você também. Podíamos aproveitar que Archie e o Léo estão bem, pra vocês irem lá em casa. Convidou a ruiva.
-Não sei se é uma boa ideia, fica pra próxima. Falou Aren puxando a esposa pelo braço. -Vamos, Pierre!!
-Tchau, Píer. Disse Cosme vendo o amigo obedecer o pai e ir embora.
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Vanya ficou intrigada com a ligação, o homem do acampamento disse ter enviado a carta para Manuela e que ela havia sido entregue de certeza, mas, nenhuma carta chegou as mãos da garota e isso fez a violinista estranhar tudo. Mas a garota tinha outras coisas para ser preocupar nesse momento, tipo quem a drogou e porquê?
******
Leonardo pensava no que Hélio havia dito sobre o assassinato dos adolescentes. Mas ele não queria tomar uma atitude precipitada, então não faria nada.
O garoto tirava fotos da cidade antes de ir para o colégio quando sentiu alguém o observar, mas, ao virar ele não viu ninguém e isso o assustou, pois da última vez ele viu Lilith no banheiro do salão. Leonardo ao chegar na escola avistou Pálmo descer de seu carro, mas, o professor não estava sozinho e sim acompanhado de Gardener, seu irmão.
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Hélio descia às escadas rapidamente, pois já estava quase na hora do sinal do colégio, mas, ele ainda não havia saído de casa.
-Qual é o seu problema, Jean? Questionou o garoto de aparelho endo o irmão sentado no degrau da porta de entrada.
-O que eu fiz? Perguntou Jean muito animado.
-Por que não me chamou?
-Desculpa. Eu estava muito feliz pra me preocupar com você.
-O que foi? Consegui sua primeira ereção?
-Vai... Não. Eu tenho uma namorada.
-Quem é a doente?
-Você é muito recalcado.
-Recalcado? Sim, com certeza.
-Vamo logo que estamos atrasados. Disse Jean se levantando.
-Quem é? Diz. Indagava Hélio enquanto trancava à porta.
-Menova, a ex do morto, que você beijou.
-"Tá" brincando?
-Não, por que?
-Não pode fazer isso. Desde quando ela gosta de você e você dela?
-Eu não sei, mas, ela m(e pediu e eu aceitei.
-Você tem que terminar.
-Depois vem dizer que não "tá" com inveja.
-Eu não "tô" com inveja.
-Então me dá um motivo.
-Motivo?
-É. Por que eu não deveria ficar com ela?
-É... Por... Eu... Hélio não sabia como dizer ao irmão que ele suspeitava de Menova.
-Viu? É inveja. Te vejo na aula. Jean deixou Hélio na porta e foi em direção à escola.
-Não posso deixar que ela mate meu irmão. Leonardo vai ter que me escutar. Falou o garoto com a voz falha.
******
Eleonor e Dorothy conversavam sobre Pedro e as suspeitas delas.
-A Bárbara o conhece de algum lugar, mas, de onde? Dorothy estava com dúvidas sobre o rapaz alemão.
-E se eu falasse com o Yans?
-Talvez. Não seria muito arriscado pra você?
-Se for pra salvar todos vocês dessa bagunça que eu coloquei vocês, faço qualquer coisa.
-Parece que alguém mudou...
-Quem era aquele cara no baile? Questionou Santiago curioso.
-Que cara? Dorothy não entendeu a pergunta.
-É. Quem é Daniel? Perguntou novamente o rapaz.
-Daniel? A garota com as mechas no cabelo estava perdida.
-Ele me procurou, mas, não é nada demais. Falou Eleonor tentando amenizar a situação.
-Nada demais? O cara que te deixou depois do que passou, volta, e não quer nada? Não me engana. Falou Dorothy.
-Esquece. Disse Eleonor se distanciando dos outros.
-Quem é Daniel? Perguntou Santiago para Dorothy.
-É o ex dela.
-E por que tudo isso?
-Ele sabia o que ela ía fazer, tudo, e deixou que ela se "matasse".
-E não tem nenhuma suposição do que ele veio fazer aqui? Por que a procurou?
-Eu não sei, Santiago. Acho que vai ter que perguntar pra ela. Disse Dorothy saindo da conversa e deixando o garoto curioso.
******
Manuela lia um livro no pátio exterior quando Lúcifer se aproximou.
-Precisamos conversar, Manuela. Disse o garoto.
-O que foi? Perguntou a desenhista fechando o livro.
-É sobre a Rebekah.
-O que tem ela?
-Ela está doente.
-Doente? Do quê?
-Aneurisma cerebral.
-Como assim? Ela parece tão bem.
-É. Ela sabe fingir muito bem, mas, não "tá". Ela precisa de nós, ela precisa ver que precisa de ajuda.
-E quer que eu fale com ela?
-É. Quem sabe ela te escuta.
-Eu acho difícil, pois ela não escutou você.
-Tenta, por nós, por ela.
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Leonardo andava devagar pela escola para não esbarrar com Gardener, pois o garoto tinha certeza que o bigodinho o procuraria. O corredor estava vazio, não tinha nenhuma alma, a sua frente havia uma curva, Leonardo sentia alguém do outro lado, ele não podia correr o risco então voltou e foi quando esbarrou em Archie.
-Archie!? O que " tá" fazendo atrás de mim? Estranhou o fotógrafo.
-Já... Acho que não tem problema eu ficar atrás de você de novo.
-Shshsh. Ninguém precisa saber o que fazemos a sós.
-Desculpa. Disse o garoto de verde apertando os lábios. -De quem "tá" fugindo?
-Do Gardener.
-Ele "tá" aqui? Onde? Vamo vê se ele tem coragem de me enfrentar.
-Agradeço seu cavalheirismo, mas, ele prendeu um cara no teto sozinho, então... Se controla.
-Eu empurrei a... Gata da escada.
-Essa frase foi tão arrepiante que eu podia te levar para uma dessas salas agora.
-Engraçado. Mas em relação ao Gardener, o que pretende fazer?
-Por enquanto? Nada.
-Então é melhor ir embora daqui.
-O que foi?
-Com certeza onde o professor Pálmo estiver ele vai estar, e lá vem ele.
Leonardo se virou e viu o professor se aproximando, então puxou Archie e entrou na sala mais próxima.
******
Vanya foi até o salão para perguntar para Lorenzo quem era a garota na noite do baile. Quando ela entrou o garoto limpava as mesas.
-Lorenzo. Bom dia. Disse a garota o cumprimentando.
-Não devia estar na aula?
-Você também, mas, não está.
-Certo. O que quer comigo?
-Você não lembra mesmo quem comprou aquela bebida pra mim?
-Não, desculpe. Por que?
-Alguém me drogou, por isso eu quero saber quem foi.
-Que coisa horrível. Sinto muito não ter percebido.
-Tudo bem, sei que não teria deixado isso acontecer.
-Você vai se apresentar no campeonato que vai acontecer aqui? Pois eu vou e queria que se apresentasse comigo.
-Claro, claro que vou. Obrigada, tchau. Vanya saía do salão quando Lorenzo a segurou.
-Eu acho que lembro quem foi.
-Quem?
-Não exatamente, mas, ela tinha o cabelo afro e ruivo e usava um leque, um leque bordô. Nunca a vi por aqui.
-Eu também. Obrigada.
-Espera. Eu te dei uma informação, uma boa informação e é só um obrigado que me dá.
-É... O que queria?
-Algo melhor. Foi quando o rapaz colocou Vanya contra a porta e tocou seu peito.
-O que "tá" fazendo?
-Pegando o que eu mereço e que deveria ter me dado.
-Não, não de novo. A garota esperou terminar a frase pra dar um chute no meio das pernas do garoto e sair correndo salão a fora.
******
Eleonor chorava na sala do conselho quando Santiago entrou na sala.
-Por que "tá" chorando? Questionou o rapaz.
-Eu queria uma chance de recomeçar.
-O que aconteceu?
-Sabe quando você acha que "tá" tudo dando certo pois você fez por merecer, mas, não é verdade, te colocaram lá no alto só pra te ver cair e morrer na queda.
-Não, eu não sei. Mas do que "tá" falando?
-De tudo, Sam. Eu errei de mais, eu sei que errei, mas, faria qualquer coisa pra voltar e não criar grupo algum. Não aguento ver eles, meus amigos, se machucarem por minha causa, é minha culpa.
-Não, não é. Talvez, mas, não. Você aceitou que errou, é um grande passo.
-Estão matando todo mundo, e se for eu? Ou um deles o próximo cadáver?
-Quando meus pais morreram eu me culpei também, mas, eu sabia que eles tinham que partir pra me ver de verdade.
-Então foi bom seus pais morrerem?
-Por um lado sim. Sinto falta deles? Sim, claro, não tem como não sentir. Mas não estaríamos conversando agora, você não teria alguém pra te mostrar que não, não é sua culpa. Precisa confiar em você e fazer o que é necessário pra evoluir e voltar pro topo, bem lá no alto. Mas, saiba, serei eu lá na base da pirâmide, a sustentando, não deixando cair, pois você merece ser a primeira a ver sol brilhar.
-Devia escrever um livro.
-Talvez. Tem muitos como nós espalhados pelo mundo, as vezes até uma parte de nós que ainda não conhecemos precisa nos conhecer.
-Obrigada. Agradeceu a garota abraçando o amigo.
******
Denver, Leonardo e Suzi estavam sentados na sala de aula quando Dean entrou.
-Temos dois novos alunos essa manhã. Disse o diretor. -Se apresentem.
-Eu sou Gardener Nunes, tenho 18 e alguns de vocês já me conhecem de nome, mas, o Léo, por inteiro. Falou o garoto com o bigode sorrindo para o garoto de óculos.
-Eu sou Célia Desk, tenho 17, e curto fantasmas, mas, não conheço vocês. Falou a garota com o cabelo afro ruivo, a pele negra e um leque bordô.
******
Archie voltou para casa mais cedo pois Alba ligou para escola pedindo para que o garoto voltasse mais cedo.
-O que foi, mãe? Questionou o garoto de verde nervoso e ofegante.
-Quando ía nos contar sobre seu NAMORO com o Leonardo?
-Quem te falou isso?
-Eleorá comentou e uma garota confirmou.
-Somos amigos. Que garota disse isso?
-Foi uma de óculos vermelho, mas, isso não vem ao caso. Sabe o que seu pai pensa sobre isso.
-Eu não me ímpeto.
-Então estão mesmo namorando?
-Estamos. E eu não contei porque sabia que ficaria do lado do pai.
-Archie, meu filho, eu sempre estarei do seu lado, mas, seu pai é autoridade aqui.
-Porque tem medo dele?
-Não tenho medo, apenas o respeito e sei que ele tem um pensamento antigo e antiquado.
-Não vou me separar do Léo de jeito nenhum, nem agora e nem nunca. Dizia Archie saindo de casa nervoso e revoltado.
******
Nathan estava em casa assistindo TV e esperando o tempo passar quando ouviu um barulho vindo dos fundos, o garoto se levantou, pegou a madeira que tranca a janela e se direcionou à porta dos fundos e foi quando um tiro varou o vidro da janela acertando o galão que jorrava água.
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