Madeline ON
Quando entrei naquele bar, era indescritível o cheiro e a base que se encontrava. Fedia sexo, cigarro e bebida forte, era horrível. Sem falar nas pessoas que estavam ali, velhas e sem uma vida, conclui.
— Olá moça bonita. — Um deles se aproxima de mim.
Eu reviro os olhos e o procuro em volta dessa porcaria. Quando olho em direção ao balcão, eu o encontro. Ele estava vendo tv e comendo uns amendoins.
Quanto mais eu ficava naquele lugar, era mais uma vontade de vomitar, acho que as pessoas fediam mais que o lugar, mas já que sou convidada, acho que dá pra aguentar.
Sentei-me em uma cadeira no balcão e pedi uma bebida, ele se encontrava ao meu lado, mas me ignorou completamente na primeira troca de olhares.
— Está perdida? — Pergunta
— Por que estaria? — Retruco
— Mulheres não vem aqui, por isso esse é meu 2° lugar favorito. — Disse e jogou um sorriso tímido, tomando, logo em seguida, o que parecia ser refrigerante.
— Posso perguntar qual seria o primeiro? — Disse o encarando.
Ele sorriu e pediu mais refrigerante. Esse garoto está me zoando?
— A caçada foi bem sucedida? — Pergunto.
Ele me olha surpreso, mas disfarça. Acontece que, logo, ele tenta mudar o assunto saindo para jogar sinuca. Eu tomo minha bebida e o sigo.
— Não vai me responder? — Insisto
— Não sei do que está falando. Sou apenas um garoto. — Diz
— Sei que é caçador, também sou uma, mas vim aqui te chamar para algo maior. — Seguro o taco que jogou para mim.
Ele apenas organiza as bolas de bilhar na mesa e me encara.
— Não caço com ninguém. — Pega seu taco.
— Corta esse papo de "Lobo Solitário"... Caçadores são assim, mas agora é algo grande, como falei. — Digo
Ele joga a primeira vez, espalhando as bolas de bilhar em toda a mesa.
— Algo grande? — Pergunta.
Ele estava completamente curioso sobre tal assunto, talvez seja uma causa maior. Me posiciono e jogo.
— Tem que vir comigo pra descobrir. — Digo dando um sorriso nada inocente.
— Como vou saber que não é uma armação e que você não é uma delas? — ( Ele é bom )
— Bom, então fique com sua dúvida, seu refrigerante esquisito e com esse lugar que fede a carniça. — Jogo o taco no chão.
— HEY! — Os demais gritam.
Eu vou saindo pela porta quando ele me manda esperar, esse truque nunca fica velho e sempre funciona.
[...]
Chegando ao local, explico algumas coisas a ele.
— Espera, posso pelo menos saber seu nome? — Pergunta.
— Madeline, o seu é Killua Zoldyck. — Digo
Ele fica surpreso, mas não tímido, expliquei o porquê sabia disso e de todo o resto. Quando chegamos a sala que todos estavam, só faltava a gente.
Todos estavam ao redor da mesa, todos nos encaravam. Não tiravam aquele olhar de desconfiados de mim. Killua se sentou.
— Agora que todos chegaram, o que querem da gente? — Pergunta uma menina ruiva, Isabella se não me engano.
— Isabella... Posso te chamar de Isa? — Smith
— Não. — Ela diz num tom sério, mantendo o foco.
Eu dou um sorriso, mas abaixo a cabeça.
— Queremos de vocês a força de vontade. Sei que vocês partilham histórias esquisitas e melodramáticas, mas acreditem, eu não ligo. E sabe qual é o meu problema? É que eu não ligo mesmo. — Smith sorri.
Todos olham sem entender absolutamente nada do que o louco falava.
— Depois que destruíram os maiores caçadores, acredite, vão ter medos delas. Além disso, vocês são apenas adolescentes que viram Supernatural e acham que podem caçar algo poderoso tão facilmente. — Smith.
Smith exagera nas palavras, todos achavam que aquilo era uma pegadinha. Vai por mim, aquele discurso era sério.
— Está dizendo para nos juntarmos? Nem nos conhecemos. — Logan toma a fala.
— Por isso a graça. — Mark
— Deixa eu terminar figurante. — Smith continua. — Todos aqui sabemos que todo esse papo de família é mimimi das pessoas, aliás, se morrermos isso nem valerá.
Coloco a mão na minha testa e começo a balançar a cabeça dizendo não: "o que ele está falando?"
— Você é doido? — Anthea
— Eu topo. — Collin
Todos o olham surpresos.
— Eu topo. — Isabella suspira.
— Acho que todos topamos certo? — Logan. — Mas vamos nos apresentar primeiro.
Todos se olham e concordam, em seguida olham para mim.
— E-Eu começo? — Continuam me encarando. Suspiro. — Madeline, tenho 19 anos.
— Smith, 25 anos. — Smith
— Mark, 20 anos. — Mark
— Isabella, 15 anos. — Isabella
— Killua, 14 anos. — Killua
— Collin, 21 anos — Collin
— Logan, 16 anos — Logan
— Anthea Jasmine, mas me chamam de Jasmin, 18 anos. — Termina.
Todos se cumprimenta, o ar sério sumiu um pouco da sala.
— Vamos mostrar quem somos. Fiquem de olho até nos pequenos.... — Smith é interrompido.
— Gostam de doritos? — Mark
— Mark? Desde quando você ganhou fala? Senta ai. — Mark se senta timidamente. — A reunião acabou, pode se instalar em seus quartos. — Smith suspira profundamente.
[...]
Eu não entendia como isso funcionava, confiar. Todos pareciam estar bem confortáveis e acomodados, mas sei que bem lá no fundo há desconfiança. Quando eu os procurei, demoraram aceitar minha proposta, talvez por viver com medo, tendo que matar para sobreviver.
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