História Make me yours - Eu sempre quis ter uma menina

Jimin

Jungkook estava super confiante dizendo que não havia uma pessoa nessa vila que fosse capaz de desgostar de mim, já eu não estava tão certo sobre isso. Tudo bem que no pouco tempo que estamos andando, não houve uma pessoa que não fora gentil comigo, só que eu tinha um pressentimento de que algo ruim estava para acontecer.

- O que foi, pequeno? - seu suspiro passa por minha orelha, arrepiando-me. 

O alfa dá uma risadinha quando nota as minhas bochechas ganharam uma coloração avermelhada, e era tudo culpa dele.

- N-Nada. - ótima hora para gaguejar, Park Jimin. - Não é nada. - recomponho-me e dou um sorriso contido para o mesmo.

- Você sabe que não pode me enganar. - Jungkook afirma um pouco sério.

- Eu só estou um pouco cansado. - tento ser o mais convincente possível. - Não dormi muito bem na noite passada. - isso não era uma mentira.

Ele não pareceu acreditar de fato no que eu disse, mas esboçou um sorriso e me puxou para um abraço, o que eu aceitei de bom grado até lembrar que estávamos em público e buscando a aprovação dessas pessoas. Separei-nos num pulo e cocei a garganta, logo notei algumas pessoas apontando para nós e surpreendentemente a maioria começou a sorrir.

- Viu só? - abraçou-me por trás e apoiou a cabeça no meu ombro. - Eles te adoram.

Acabo deixando um sorriso escapar, Jungkook me solta e pega em minha mão correndo comigo pela vila, quando dou por mim estamos rindo e sendo aplaudidos pelos moradores locais. De algum modo, toda a minha insegurança começa a sumir e um sentimento confortável de "casa" me deixa ainda mais feliz.

- Povo de Lua Cheia! - o meu alfa para assim que chegamos em uma praça e grita para a multidão que nos seguiu, formando agora um círculo em volta de nós. - Hoje eu vim lhes apresentar o meu futuro esposo!

A gritaria em comemoração foi algo inesperado por mim, porém Jungkook parecia já estar esperando por isso, seu sorriso o denunciava. O meu alfa sobe em um banco e me estende a mão, logo colocando-me ao seu lado, trocamos um olhar apaixonado para que depois ele volta ao seu discurso.

- Meu povo! - as pessoas voltaram a se silenciar e a prestar atenção em nós dois. - Então o que me dizem... está Park Jimin aprovado?

A salva de palmas junto dos gritos quase me fez chorar de emoção, admito que eu estava  muito emotivo hoje. Viro-me para Jungkook e digo um baixo "obrigado", depois faço uma breve reverência para o povo. E isso pareceu agrada-los ainda mais, pois gritavam o meu nome e o de Jungkook.

- E você duvidou que eles fossem amar você. - ele sussurra no meu ouvido para depois beijar o meu pescoço.

E antes que eu pudesse responder, ganhei um beijo, não foi nada muito profundo, mas posso jurar que foi um dos nossos melhores beijos.

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- Preparem um banquete! - Jungkook não se aguentava de tanta alegria ao entrar na cozinha. - Opa... sinto muito.

Entrei logo atrás de si e pude entender o motivo do seu pedido de desculpas, Yoongi e Bin estavam se beijando, também deu para perceber que a noona desceu correndo da bancada. 

- Voltamos mais tarde. - começo a puxar o meu alfa para fora.

- Podem ficar! - a voz doce da Bin nos fez voltar, ainda que meio receosos. 

- Eu ouvi "banquete"? - Yoongi muda de assunto com a maior cara-de-pau do mundo. - O motivo?

- O povo o amou! - o moreno bate uma palma para cada palavra.

A cena seguinte foi cômica de fato, Bin e Jungkook se abraçando e pulando enquanto Yoongi os encarava de sobrancelha erguida e braços cruzados. Sem conseguir segurar, começo a rir e tomo um susto assim que sou erguido do chão pelo meu alfa.

- Me coloque no chão, Jeon Jungkook! - tento parecer bravo, porém falho miseravelmente. - Kookie!

De repente, ele começa a nós girar e fecho os olhos com força, evitando a provável tontura. Foi quando tive a brilhante ideia de beija-lo e como o esperado, o meu alfa parou de nos girar, contudo ao invés de me colocar adequadamente no chão, Jungkook decidiu me colocar em cima da mesa e aprofundar o beijo.

E enquanto a minha mente tentava me alertar sobre os dois "telespectadores", meu corpo mandava ceder aos toques e ao sabor do meu alfa, tão logo já estamos na nossa própria bolha. O beijo era quente e intenso, todo o meu ser parecia estar sendo eletrizado e sem conseguir me segurar, acabo gemendo entre as bocas e meus dedos se enroscam nos seus fios castanhos.

- Sempre tão sensível. - ele rosna antes de beijar o meu pescoço, e ainda de olhos fechados jogo a cabeça para trás. - Meu pequeno ômega.

Jungkook tinha essa mania de ficar reafirmando o que todos já sabiam... que eu o pertencia. Sorrio maliciosamente e puxo o seu rosto para mim, mordendo o seu lábio inferior sem quebrar o nosso contato visual. Senti o meu coração martelar contra o peito e a minha marca esquentar, separei-nos devagar e notei que ambos estávamos ofegantes.

- Você sentiu isso, pequeno? - um sorriso começa a se formar em seu rosto.

Assinto ainda meio confuso e impedindo-me de criar grandes expectativas, até que Jungkook sorriu... e foi com toda a minha certeza, o sorriso mais lindo que eu já o vi esboçar. Mais uma vez a marca esquentou e tive a certeza de que ele estava de volta... o meu lobo estava de volta, talvez ainda não cem por cento, mas eu podia senti-lo e era só isso que importava.

E toda a emoção de mais cedo junto dessa descoberta foi demais para o meu emocional e desatei a chorar, Jungkook me abraçou apertado ainda encaixado no meio das minhas pernas. Afagava lentamente as minhas costas ao mesmo tempo em que depositava beijos no topo da minha cabeça, estava me sentindo tão amado e tão seguro que tudo aquilo parecia não caber no meu coração.

- Mais um motivo para aquele banquete. - murmurou me fazendo rir em meio as lágrimas. - Olhe para mim, meu amor.

Limpo as lágrimas e ergo a cabeça, sorrindo apenas com a visão do meu alfa todo orgulhoso.

- Não chore... apenas sorria para mim, meu pequeno ômega. - aquelas palavras por algum motivo me fizeram corar. - Tão lindinho com vergonha.

- Aigo! - empurro o seu peito, o que o faz rir. - Pare de me envergonhar. - faço um bico.

E aquela provocação teria continuado se o meu cérebro não fizesse questão de me lembrar que haviam duas pessoas há mais naquela cozinha, desespero-me e desço da bancada, tirando Jungkook da minha frente e olho em volta.

- Eles saíram faz um tempo, pequeno. - o alfa comenta e eu o encaro, vendo o seu sorriso convencido e os braços cruzados. 

- Que vergonha, Jeon Jungkook! - tapo os olhos e fico andando de um lado para o outro.

Então seus braços me param em frente a si, tão logo tiro as mãos do rosto e recebo um beijo na ponta do nariz.... meu alfa sabe como me amolecer.

- Eu te amo tanto, meu pequeno ômega. - sua mão tocou a minha bochecha, deixando seu polegar acaricia-la delicadamente. - Tanto que você não tem nem ideia.

- Kookie. - sorriu e falo com uma voz doce. - Eu amo você, meu grande alfa.

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Hoje o dia parecia cheio de surpresas, mas o mais surpreendente foi a aprovação do rei Jeon, na verdade, Jungkook nem precisou contar a ele sobre o povo, pois o mesmo já sabia do ocorrido e estava muito orgulhoso de nós dois. Era uma pena que o Namjoon não estivesse mais aqui para presenciar a cara de "cu" que a rainha Jeon estava fazendo enquanto nós três estávamos comemorando.

Mas tudo que é bom dura pouco quando você está em companhia de Sohyun, e de repente aquela mulher bateu com tudo na mesa e começou a apontar o dedo para mim enquanto disparava aquelas mesmas palavras crueis de sempre. 

- Eu não irei permitir essa afronta! - grita já vermelha de nervoso. - Imagina quando o povo souber de onde veio esse projeto de ômega! - ela ri seco.

Respiro fundo e coloco a mão na coxa de Jungkook antes que ele cometa um homicídio, a verdade era que com a volta do meu lobo, eu já me sentia mais confiante e as suas palavras horríveis não estavam me ferindo como antigamente.

- Já chega, Sohyun! - o rei bufou ao perder a paciência. - Park Jimin será nosso genro e ponto final! 

- Só por cima do meu cadáver! - então ela se levantou e jogou um copo de vidro em minha direção, contudo Jungkook o segurou antes que o mesmo entrasse em contato com a minha cara. - EU TE ODEIO! - ela grita e começa a dar a volta na mesa.

Nós três nos levantamos e o meu alfa se coloca a minha frente, rosnando para a rainha que tinha os punhos cerrados... nem parecia uma ômega.

- Afaste-se deles agora, Sohyun! - o rei a puxou pelo braço. - O que você pensa que está fazendo?

- Estou tentanto exterminar uma peste! - ela rosna porém o seu alfa rosna mais alto, fazendo-a se encolher.


- O que está fazendo aqui, Sohyun? - ouço uma voz masculina chegar perto da minha cela.

- Vim verificar se estavam fazendo o trabalho correto. - essa voz... eu conheço.

Abro os olhos e deparo-me com a rainha Jeon abrindo a minha cela e vindo até mim, faço um esforço sentindo cada músculo reclamar e me sento no chão. Seus olhos brilham de me ver naquele estado e seu sorriso não poderia ser mais sádico.

- E o lobo dele? - indaga para o seu capanga sem tirar os olhos de mim.

- Está se mostrando mais resistente do que o esperado. - bufa.

- Aumentam a dose. - revirou os olhos e depois se aproximou mais. - Pedaço de lixo inútil. - e desferiu um tapa ardido em minha face, e devido ao meu corpo fraco acabei tombando no chão.

- Por que está fazendo isso? - minha voz sai rouca graças ao arder na minha garganta machucada de tanto gritar. 

- Porque meu filho nunca casará com um ômega macho. - rosnou e seus olhos se transformaram naqueles risquinhos. 

- Você é parte felina. - murmuro e ela começa a rir.

- Sohyun, o rei Ga requisita a sua presença. - o mesmo felino disse.

Enquanto aquela mulher se afastava, minha cabeça tentava entender como nunca havíamos desconfiado de que ela tinha uma parte felina. O barulho da cela se fechando me faz voltar ao presente, ergui a cabeça e ouvi a última parte da conversa.

- Façam o que for necessário para exterminar essa peste. - disse demonstrando todo o seu ódio por mim.


- Jimin?! - Jungkook estava me sacudindo, preocupado. - Meu amor?

- E-Estou aqui. -  minha cabeça doía, mas eu não podia deixar de compartilhar aquela informação. - Você... Sohyun, você é parte felina. - digo e seus olhos se arregalam.

- O que você disse? - os dois alfas indagam assustados.

- Cale essa maldita boca, seu...

- Como vai o rei Ga? - rosno e caminha até ela. - Anda fazendo muitas visitas para ele?

- Você deveria ter morrido! - ela vem para cima, mas antes que as suas garras de gato encostem em mim, eu desvio.

O rei Jeon a segura firme, colocando-a de frente para si, seus olhos se arregalam ao constatar o olhar que apenas um felino possui. O que aconteceu em seguida foi rápido e inacreditável, antes que Donghyun pudesse chamar os guardas ou tomar qualquer outra providência. Sohyun cuspiu em seus olhos e usou a sua flexibilidade felina para escapar de seus braços.

- Não pense que viverá feliz, lixo. - seu olhar parece ainda mais carregado de ódio.

- Guardas! - o rei grita e ela corre até a janela mais próxima.

- Ainda ouvirão falar de mim, seus cães sarnentos! - e pulou antes que os guardas chegassem até nós.

Yoongi e Jackson pareciam chocados e fizeram cara de nojo ao sentirem o cheiro forte de gato.

- Por isso ela usava aquele perfume. - comento e Jungkook me encara preocupado. - O que foi?

- Você está bem? - indaga.

Para mim foi em câmera lenta, meu corpo pesou, minhas pernas ficaram moles e os meus olhos ficaram escuros do nada, a última coisa de que me lembro foi dos braços de Jungkook me pegando no colo.

#

Eu acordei com muita dor de cabeça, parecia que os meus olhos iriam pular da cara e a minha testa latejava, Amaterasu do céu, o que havia acontecido? Sinto o cheiro do meu alfa e minha mente começa a relaxar, parecia que eu havia feito dez provas ao mesmo tempo.

- Kookie. - chamo-o e sem demora ele abre os olhos. - Me ajude a sentar, por favor.

Sem demora e sem me questionar, Jungkook se senta e me ajuda no processo, suspiro aliviado e depois respiro fundo deixando o seu cheiro de baunilha acalmar o meu lobo.

- Como está se sentindo? - indaga com um tom preocupado.

- Eu vou ficar bem. - digo sinceramente. - O que houve depois daquilo?

O meu alfa fica um tempo em silêncio, observando-me cuidadosamente como se procurasse por machucados externos.

- Ela fugiu... os guardas seguiram o cheiro repugnante dela, mas parece que ela tinha reforços e conseguiu sair de nosso território. - comenta nada feliz. - Eu quero tanto mata-la, Jimin.

- Não deixa ela atrapalhar as nossas vidas, Jungkook. - seguro o seu rosto e nossos olhos se encontram. - Ela está longe agora e vai pensar duas vezes antes de se meter conosco.

- Eu sei, Jimin, sei que a chance dos felinos conseguiram nos derrubar é nula. - comentou. - Mas eu tenho tanto medo que ela machuque você de novo... que te tire de mim mais uma vez. - era raro ver Jungkook tão inseguro.

- Isso não vai acontecer. - afirmo o mais convicto que consigo, pois tinha fé no meu alfa. - E sabe o porquê?

Ele nega com os olhos marejados e meu coração se aperta, e graças a ligação posso sentir toda a sua angústia.

- Porque eu tenho você... e eu sei que você vai nos proteger, meu grande alfa. - sorrio contido e ele parece um pouco menos tenso. - Vamos enfrentar isso juntos e não estamos sozinhos.

- Tem razão. - ele assente, agora bem mais confiante. - Eu nunca deixaria nada lhe acontecer... eu prometi, não é mesmo? - sorriu como um coelho. - Você é a minha vida, meu amor.

- Eu sei. - digo todo convencido e ele ri. - Mas eu também te amo. - continuo brincando afim de dispersar o clima ruim.

- Não me provoque, pequeno. - alerta com um tom de brincadeira. - Não mexa com o fogo.

- Mas eu adoro me queimar. - umedeço os lábios e um rosnado sexy escapa de sua boca. 

Passo a mão pelo seu peitoral, notando apenas agora que Jungkook veste apenas uma boxer preta, sorrio com a descoberta e beijo o seu pescoço. Tão logo já estou em seu colo, rebolando sem puder em cima do seu membro semi-ereto, Jungkook rosna mais uma vez e crava os dedos em minhas nádegas, forçando-me a rebolar mais forte.

- Pensei que eu que fosse o sensível da relação. - provoco e posso ver os seus olhos brilharem.

Meu alfa decidiu tomar a minha boca num beijo passional ao invés de me responder, não que eu seja contra isso... longe de mim. Nossas línguas se encontram numa dança sensual, mas o beijo tem fim com Jungkook chupando os meus lábios para logo depois mordiscar o meu pescoço.

- Você está muito vestido. - reclama e me ajuda a tirar a roupa, segundos depois estamos ambos nus. 

Uma de suas mãos continua em minha bunda ao mesmo tempo em que a outra me masturba lentamente, apoio a cabeça em seu ombro até que decido morder o  mesmo, Jungkook arfa com a minha atitude e aumenta a velocidade da masturbação. Arranho o seu peito, descontando todo o prazer que meu corpo está recebendo, gemo arrastado quando um de seus dedos me penetra sem aviso nenhum.

Não havia doído de fato, mas o elemento da surpresa sempre dava um sentimento a mais, Jungkook ri enquanto me tem sob o seu poder. Novamente, não estou reclamando, apenas mostrando os fatos. Então um segundo dedo me alarga e decido castigar o seu pescoço branquinho, deixando várias marcas vermelhas, porém quando o mesmo parou de me provocar, acabei resmungando em protesto.

- Você quer o seu alfa, Jiminnie? - podia sentir a sua voz carregada de luxúria.

- Deixe-me cavalgar em você, meu alfa. - digo com um sorriso malicioso, completamente entregue.

Então Jungkook joga o corpo um pouco para trás e se apoia com os braços estendidos, rosna num pedido de "vá logo" e eu umedeço os lábios, provocando-o... quero tanto leva-lo até o limite, rio com o pensamento. E antes que ele me pergunta o motivo da risada, posiciono o seu membro em minha entrada e começo a descer, fechando os olhos e sem conseguir fechar a boca, deixando que o gemido arrastado e manhoso pudesse sair.

- Park do céu! - ele rosna mais alto assim que termino de me sentar. - Tão gostoso. - geme rouco, incentivando-me a começar a me movimentar.

Santo senhor Amaterasu, como eu pude ter esquecido o quão prazeroso essa posição poderia ser, parte de mim estava morrendo de vergonha dos gemidos escandalosos que estávamos deixando escapar, mas a outra parte... aquela que só vinha a tona com o meu alfa, dizia para cavalgar com força, e era exatamente isso que eu estava fazendo.

Jungkook começa a usar uma das mãos para apertar a minha bunda, provavelmente deixando as marcas de seus dedos, enquanto eu continuo cravando as unhas em seu ombro. O barulho dos corpos se chocando era tão excitante, soltei os seus ombros e comecei a arranhar cada gominho da sua barriga, deliciando-me com os sons carnais que estavam saindo de sua garganta.

E o meu jogo de provocação teria continuado se um certo Jeon Jungkook não tivesse acertado a minha próstata de modo tão rude e espetacularmente sensacional, dei um grito e enlacei as mãos atrás da sua nuca, puxando a sua boca para mim. O beijo foi quente e com direito a mordida de ambos os lados, mas Jungkook decidiu nos separar, ele queria ouvir os meus gemidos, ainda mais agora que estava movimentando o quadril no sentido contrário ao meu movimento.

Resultado: eu era uma mistura de choramingos com gemidos longos, com o corpo pegando fogo. E eu não precisava dizer que estava quase lá, meu alfa sabia disso e também eu tinha uma pequena ideia do que estava tramando, apenas de ver o seu sorriso malicioso direcionado ao meu pescoço. Sem resistir, joguei a cabeça para o lado num claro sinal de "venha, faça-me seu novamente".

Então ele o fez, fincou os caninos na marca ao mesmo tempo em que pressionou a minha próstata com uma estocada certeira e funda, fazendo ambos chegarem ao ápice. Não sei dizer quem gritou mais, porém eu sei que quando o nó se formou a primeira coisa que eu pensei foi "Amaterasu, que delícia", mas assim que o nó se desfez o pensamento se tornou bem diferente.

- Não usamos camisinha. - afirmo e meus olhos se arregalam, na verdade desde que voltamos a ficar juntos, nós nunca mais usamos a maldita da camisinha. - Por que você está rindo, Jeon Jungkook? - lhe dou um tapa leve no braço.

- Porque eu não me importo de ter um filhote agora com você, meu amor. - afirma com um sorriso lindo.

- Mas você não acha que é um pouco cedo... e também tem tudo que andou acontecendo e... - cala-me com um breve beijo.

- Tudo bem, não precisa se preocupar. - retira-se de dentro de mim e começa a me pegar no colo. - De agora em diante usaremos camisinha, tá bom, pequeno? - sua voz estava bem doce, parecia um anestésico para o meu cansaça e tão logo estávamos de baixo do chuveiro.

- Está bem. - e tudo parecia que ía ficar bem até eu me lembrar que passei o cio com ele e sem a infeliz da camisinha. - Cacete, Jungkook, o meu cio!

Concordo que eu estava desesperado, mas eu não conseguia nos imaginar como pais e também era óbvio que logo estaríamos enfrentando uma guerra com os felinos... e eu não queria o meu filhote nascendo numa época tão turbulenta.

- Calma, meu amor. - ele puxa o meu rosto e beija a minha testa. - Se você tiver engravidado, paciência, vamos cuidar desse filhote... não é o fim do mundo. - ele realmente pareceu triste com a minha reação.

- Eu sinto muito. - peço num suspiro. - Eu não queria parecer tão aflito com a ideia de ter um filhote com você... é só que eu não sei se estamos, ou melhor dizendo, se eu estou pronto para criar e cuidar de uma vida.

- Por que acha isso? - Jungkook respira fundo. - Você é um ômega atencioso, caprichoso e muito forte, pequeno.

Talvez ele estivesse certo, afinal eu fui o único ômega que conseguiu domar Jeon Jungkook como também aguentei semanas de tortura, sem contar também os meus anos vividos naquela casa horripilante.

- Jungkook. - chamo, fazendo o mesmo me olhar atentamente. - Eu sempre quis ter uma menina.

- Ohh, meu amor. - então ele me encheu de beijos dizendo o quanto adoraria ter um filhote comigo. - Então podemos esquecer das camisinhas?

- Não! - mordo a sua bochecha. - O que eu quis dizer é que ficaria feliz se viesse um filhote agora, mas acho mais adequado daqui uns anos.

- Uns meses, vai? - faz um bico, fazendo-me rir. - Por favorzinho, meu amor.

- Tudo bem, daqui uns meses, senhor Jungkook. - reviro os olhos e acabo corando com o seu olhar amoroso e o sorriso brilhante que lança para mim. - Aigo! Pare de me deixar com vergonha!

- Jamais! - começa a rir e não para nem mesmo com os tapas que desfiro em seus braços. - Tão bravinho, meu ômega.

- Você para de fazer essa vozinha comigo, Jeon Jungkook! - ameaço.

Só que ao invés de parar ou pedir desculpas, o safado do meu alfa me fez cócegas! Isso é uma afronta ao meu corpinho dolorido da recente foda, mas Jungkook não se importou e só parou quando eu lhe belisquei com força.

- Aish, pra que tudo isso? - resmunga.

- Para aprender a não mexer comigo. - faço um bico e empino o queixo.

Mas como sempre, Jungkook começou a rir para depois me encher de beijos dizendo o quanto eu era fofo e pequeno. E nunca, jamais que eu iria reclamar... é sempre tão bom ser mimado pelo meu alfa.