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História Make you Stay (short fic - malec) - . mustang and radiohead .


Escrita por: malefiscent

Notas do Autor


Espero que gostem.
Desde ontem trabalhando nisso...
Bye!

Capítulo 1 - . mustang and radiohead .


Fanfic / Fanfiction Make you Stay (short fic - malec) - . mustang and radiohead .

             "Me acorde por dentro,

          E me salve desse nada que eu me tornei."


                             .... ▪ ....


O mês era agosto, o sol estava raiando, o dia estava lindo. Mas mesmo assim, não estava feliz, de forma alguma. 

A cada momento que se lembrava da data, tinha mais vontade de morrer, e isso machucava cada vez mais. A cada vez que uma música de sua playlist tocava, ele tinha vontade de chorar, mas não o fazia.

Não adiantava se era uma música eletrônica, ou era uma música sobre alto confiança, Magnus tinha vontade de quebrar aquele som, parar o carro no acostamento e começar a chorar. Ele sabia que se fizesse isso, não continuaria a viagem, pois ele não conseguia viver no silêncio, mais pensamentos viriam a tona e ele ficaria pior.

Era verão, as pessoas iam a praia e se divertiam. Mas não Magnus, não. Ele estava indo para a praia por que já havia se tornado um ritual.

Todos os anos no dia cinco de agosto ele pegava seu carro, fazia uma mala e dirigia para o mesmo lugar, se hospedava no mesmo hotel e tinha os mesmos pensamentos. 

O dia cinco de agosto era o mais dolorido para Magnus, era o dia que mais acabava com seu coração. Era o dia em que ele faria sete anos de namoro com Alexander Lightwood, mas Magnus o deixou ir antes que completasse ao menos três anos juntos.

A pior parte, era que Magnus se lembrava de tudo, de cada momento, de cada palavra dita e de cada promessa de amor para sempre.

Se lembrava de quando se conheceram no ensino médio, antes que Magnus fizesse dezessete ele se apaixonou pelo garoto mais popular e rico da escola. Mas ele não queria o dinheiro de Alexander, ele queria seu amor. Ele o queria pelo simples fato dele o fazer se sentir bem, e não se sentir o "garoto que anda com o cara popular", ele o amava pelo simples fato de ele o amar de volta. Ele só queria o amor de Alexander, só aquilo e nada mais.

E por um tempo ele o teve. Mas o ciúme foi maior que a vontade de amar. Alec pediu para ir embora, e Magnus foi burro o suficiente para deixá-lo ir.

Como uma maçã pendurada numa árvore,  Magnus tinha pegado a mais madura, e ele ainda guardava a semente. E esperava que um dia, no futuro ele pudesse plantar aquela árvore mais uma vez.

Se lembrava do primeiro encontro deles, foram ao cinema e assistiram um filme de terror, e nos créditos Alexander disse que havia de apaixonado por Magnus.

Então Alec dirigiu para um lugar vazio, era um tipo de penhasco ou lugar abandonado, e era lindo. E se beijaram sobre o capô do Mustang preto de Alexander, enquanto ouviam Radiohead e encaravam as lindas estrelas daquela noite.

Então no aniversário de dezoito anos de Magnus, ele e Alexander fizeram uma tatuagem igual. Era o símbolo do infinito tatuado no peito, e Magnus queria que aquele amor fosse como a tatuagem. Mas em parte foi, pois Magnus não conseguia apagar de sua vida, memória ou coração por mais que tentasse. Com o tempo percebeu que era algo que ficaria para sempre.

Eram três da tarde de uma sexta-feira, e Magnus dirigia sua caminhonete e chorava enquanto ouvia Radiohead, era como um paralelo, a diferença era que não havia Alexander ali do seu lado fazendo piadas sem graça e lhe roubando beijos.

Estava indo para a praia para ter descanso da cidade, para parar de lembrar pelo menos um pouco de Alexander. Pois cada lugar de Nova York o lembrava, cada parque, cada boate, cada beco que se beijaram.

Mas esquecer de Alexander era como se esquecer de viver, era algo impossível e Magnus não conseguiria. 

Como descrever aquele garoto? Era algo quase impossível.

Alexander era como um verão indiano bem no meio do inverno, como um doce duro com uma surpresa no meio. Olhar em seus olhos era como observar o céu a noite, ou um lindo nascer do sol. Beijar ele era como tocar o paraíso com os lábios, tocar seu corpo era como pegar fogo e gostar da sensação.

Alexander era um cara difícil de esquecer.

Focava os olhos na estrada, mas não conseguia prestar atenção. A cada minuto um filme passava em sua cabeça. Ele e Alexander se beijando, eles andando no meio fio bêbados, rindo alto de piadas sem graça. Era tudo tão bom naquela época, Magnus sequer cogitava a idéia de um dia perder seu amor.

Então desde o ano de dois mil e onze, Magnus não foi o mesmo. Pois ele só era ele quando tinha Alexander. Ele só sorria quando via o sorriso de Alexander. Ele só era feliz quando tinha Alexander por perto. 

Alguns podiam dizer que aquilo tudo não passava de uma paixão adolescente, mas por que Magnus já tinha vinte e quatro anos e ainda amava Alexander? Por que já era adulto e ainda se sentia um adolescente por dentro?

Por que todas as vezes que beijou alguém, sentiu o gosto de café e hortelã de Alec? Ou quando beijou outra pessoa, sentiu nojo de si mesmo?Por que nunca conseguiu ter um relacionamento sério, pois na hora do prazer só chamava o nome de Alexander?

Comparações eram feitas tão facilmente, uma vez que Magnus já havia provado da perfeição. E ele nunca mais achou algo tão perfeito quanto Alexander

Talvez "segundo melhor" fosse tudo o que ele ia encontrar, se encontrasse.

Esses eram mistérios que Magnus jamais descobriu. E pelo jeito não descobriria nunca.


                           .... ▪ ....


O cansaço lhe atingiu assim que entrou dentro do quarto.

Ao menos tirou suas roupas da mala, ao menos olhou que horas eram. Ele precisava dormir, precisava parar de pensar em Alexander. E o único lugar em que as lembranças não lhe incomodava era no seu sono.

Tirou os all stars, tirou a camisa branca e jogou de lado. Antes de se deitar, olhou no espelho e viu um símbolo do infinito tatuado em seu peito.

 Se jogou na cama, fechou os olhos e tentou pensar em nada. Sua mente ficou branca, seus pensamentos foram embora e ele finalmente pegou no sono.


- Você não me pega! - Alec gritava enquanto corria pelo jardim.

- Não brinque comigo, babe. - Magnus gritava enquanto corria atrás de Alec.

Era mês de agosto, era verão e estava calor, então os pais de Alexander decidiram viajar e deixar a casa só para o filho mais velho.

Então eles corriam pelo enorme jardim, entravam na piscina, se beijavam no quarto de Alexander.

Roubavam o licor dos pais dele, subiam no telhado e encaravam as estrelas. Falavam do futuro como se soubessem de alguma coisa.

Magnus perseguia Alec pela grama, e ele finalmente puxou sua camisa branca e o derrubou no chão.

- Viu, eu disse que te pegava. - Magnus disse.

Alec gargalhou.

- É, você é mais rápido que eu. - confessou.

Então Magnus o beijou. Devagar, calmamente e passou suas mãos pelo rosto dele.

- Me diga que isso é para sempre. - Magnus pediu.

- Nós somos para sempre. - Alec disse. 

- Eu te amo. - Magnus disse.

- Eu amo o dobro. - Alec sorriu e puxou Magnus para perto.


Acordou rápido, como se tivesse sido um pesadelo. Mas não era, era somente uma lembrança. E desejou que tivesse sido um pesadelo, pois doeria menos.

Se levantou, caminhou até o banheiro e olhou no espelho. Sentia que era o mesmo garoto do ensino médio, o mesmo garoto ingênuo. Mas não, ele já tinha vinte e quatro anos, mas ainda se sentia do mesmo jeito.

Sua expressão estava assustada, era como se tivesse visto um fantasma. E ele viu, um fantasma do passado, um dos piores.

Se despiu, ligou o chuveiro e entrou debaixo. E depois de um longo tempo, finalmente se permitiu chorar, o que não fazia a um bom tempo.

Deixou tudo aquilo que sentia, sair.

Um grito rouco e dolorido saiu de sua garganta, então ele se recompôs, engoliu o resto do choro e terminou seu banho.


Já estava a noite quando finalmente saiu do quarto. 

Caminhou descalço pela areia a procura de um bar, precisava beber. Beber sempre melhorava sua dor, temporariamente mas funcionava. Era como algum tipo de anestesia, ficava bem por um momento, mas quando o efeito passava, voltava a doer.

Havia um bar que ficava perto do mar, e depois de beber tentaria se aventurar a entrar na água.

Se sentou num banco, olhou no pequeno cardápio, e já sabia o que ia pedir.

- Um whisky duplo, por favor. - pediu ao garçom.

O homem ruivo acentiu, se virou e logo voltou com um copo de líquido escuro e entregou para Magnus.

Ele virou o conteúdo de uma vez, e depois pedido outro. Fez a mesma coisa, pediu outro.

No final ele não sentia mais o líquido amargo, ele o sentia doce.

Foram cinco copos virados, dois flertes com um cara que estava ao seu lado e um sorriso bobo, pelo menos foi tudo o que Magnus conseguiu contar.

Ele pagou as bebidas com uma nota de cem dólares, e mandou o bartender ficar com o troco. Ele não se importava, pois nem com todo o dinheiro do mundo ele não poderia comprar uma máquina do tempo, para voltar e não deixar Alec ir embora.

Andou pela praia observando cada coisa. A areia quente, o vento, as lindas estrelas naquela noite.

Desejou que ele estivesse olhando aqueles lindos olhos azuis, ao invés de estar olhando o céu e as pessoas ao seu redor.

A maioria das pessoas que estavam ali, estavam em casal. Pessoas se beijavam e Magnus jurava poder ouvir todos os "eu te amo" ali. E no fundo, ele invejava aquelas pessoas.

Ele invejava cada uma delas, por ter alguém. Por estar ao lado de alguém, e por existir alguém que lhe amasse.

- Qual seu problema Magnus Bane? - perguntou para si mesmo. - Foi um amor adolescente, por que você não consegue esquecer ele? Para de pensar nele, para. Por favor.

Mas ele não conseguia. 

Foi para a beirada da praia, onde não havia ninguém. Nem barulho e nem movimento.

Tirou sua camisa e jogou ao lado de uma pedra, juntamente com sua carteira.

E bêbado, ele entrou na água.

Estava gelada, e pediu que o gelo daquela água entrasse em seu coração, então ele não doeria tanto como doía. Queria que o gelo daquela água entrasse em sua cabeça e apagasse todas as memórias que teve ao lado de Alexander.

Logo saiu da água, se sentou na areia e ficou observando o movimento do mar. Era um vai e volta da água, ondas se chocando uma com a outra, se quebrando e fazendo Magnus se quebrar um pouco por dentro.

Estava decidido, iria embora de Nova York, iria para outro estado ou país. Conheceria alguém, se apaixonaria mais uma vez e se esqueceria de Alec. E todo dia cinco de agosto, ele iria para um bar encher a cara e esquecer do que aquele dia significava.

Não podia ficar a vida toda esperando alguém que não iria aparecer. Era como amar um fantasma. Você não vê, não sabe onde está, mas o sentimento ainda é forte.

- Posso me sentar aqui? - uma voz perguntou.

Magnus se assustou e jurou para si mesmo que era só uma brincadeira de sua mente, que não era a voz de Alexander bem ali.

Ele não olhou para responder, só chegou para o lado e olhou para baixo.

- Pode. - Magnus respondeu baixo.

Então ele se arriscou e olhou para o lado.

Foi como se seu coração tivesse ido parar em seus ouvidos, pois ele conseguia ouvir seus batimentos.

Olhos azuis encaravam o mar azul, e Magnus quis gritar ao ver Alexander Lightwood ao seu lado.

- Magnus? É você?- Alexander perguntou.

Magnus não podia fraquejar na voz, se não ele demonstraria tudo que esteve sentido nos últimos anos.

Suspirou e disse a si mesmo para se acalmar.

- Alexander. - ele disse.

A voz de Alexander ali fez Magnus esquecer todos os planos que tinha acabado de fazer. Por mais daquela voz, ele jogaria todos os seus planos no lixo se fosse preciso.

Não podia explicar o quanto sonhou por ouvir aquela voz, agora que tinha ouvido, ele não sabia se queria chorar ou sorrir.

Poderia se levantar dali e dar as costas para Alec e seu passado, mas suas pernas tinham virado água e seus ossos viraram pó.

Talvez ele devesse encarar aquilo e dar um ponto final, ou talvez ele devesse dizer tudo o que queria, sair dali e ir embora. Ele já estava bêbado, então no outro dia ele não se lembraria.


Notas Finais


Então...
O que acharam?
Amanhã tem mais 💜


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