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História Maktub - Freedom. Maktub.


Escrita por: Miss_Byun

Notas do Autor


Demorei, mas cheguei! Hahha. Desculpem o atraso, passei o dia com meu irmão, minha cunhada e meu sobrinho em casa... Meu sábado foi a base de carrinhos, papéis, canetas e rabiscos com meu sobrinho <3 Quando entrei na net eu respondi os comentários e ia postar quando meu irmão voltou trazendo meu celular novo e aí fiquei a noite entre carrinhos e rabiscos com meu sobrinho. UHAUAHUA
Mas aqui está, último capítulo de Maktub, cheio de emoções! <3
Ele trará muitos acontecimentos e muitas passagens de tempo!
Espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 12 - Freedom. Maktub.


Fanfic / Fanfiction Maktub - Freedom. Maktub.

“Em algum momento você imaginou isso?” – Sehun perguntou se aconchegando na poltrona.

 

“Transar no avião? Já, eu tinha esse fetiche.” – Respondeu rindo.

 

“Não isso, Luhan!”

 

“Eu sei, eu sei.” – Riu mais uma vez. – “Não, Sehunnie... Nunca imaginei que um dia iríamos morar em Nova York...” – Respondeu com um sorriso admirado enquanto encostava sua cabeça no ombro do mais novo. Em sua cabeça os últimos fatos apareciam em sua mente como um filme: a volta de Chanyeol dos Estados Unidos; a contratação de Baekhyun por um estilista famoso, o mesmo estilista que era dono de uma grande agência de modelos e que convidou Oh Sehun para ser um de seus pupilos. – “O destino sempre me surpreendendo e me mandando para lugares mágicos.”

 

“Agradeça a mim.”

 

“Por quê?”

 

“Porque sou seu destino. Você foi para a Coréia para me encontrar e está indo para os EUA pra me acompanhar.”

 

“Convencido.” – Riu torto e levantou a cabeça, ficando bem próximo ao rosto do outro. – “Mas suspeito que esteja com razão nisso. Só nisso.” – Riu baixinho. – “Obrigado por ser o mesmo destino, Sehunnie.”

 

“Obrigado por ser o meu... Saiba que sempre andarei com você... Pra onde o destino quiser nos mandar.”

 

------------------爱情------------------

 

Os ponteiros do relógio de pulso de Luhan marcavam 11h20min quando saíram da área de desembarque. Todos estavam mortos de cansaço depois de ficarem 12 horas e 45 minutos em uma aeronave, e tudo que queriam eram: um bom banho e uma cama macia para esticar o corpo.

 

Dividiram-se em dois táxis, o primeiro levando Baekhyun, Chanyeol e Sehun e o segundo levando Kyungsoo, Jongin e Luhan. Seguiram ao sentido nordeste, passando pela rampa de saída do aeroporto e pegando a rodovia que os levariam até o destino do apartamento de Alex Valdi.

 

Nos primeiros minutos, só viam carros passando pela autoestrada enquanto deixavam o aeroporto para trás. Mas a expectativa encheu os olhos dos quatro rapazes quando começaram a ver os prédios da cidade assim que saíram da I-495 W. E quando o táxi virou à direita na Terceira Avenida, o coração de cada um dos coreanos saltou dentro do peito quando perceberam que passavam naqueles famosos cruzamentos, nos amontoados de carros e dos táxis amarelos.

 

O táxi ainda deu mais algumas voltas por entre os prédios marrons dos filmes que eles tanto assistiam, até que parou em frente a uma edificação que parecia um castelo de filmes europeus com balaustradas e varandas em estilo francês.

 

Quando saiu do carro, Luhan ficou com a boca aberta e os olhos não piscavam enquanto ele fitava o prédio à sua frente.

 

“Luhan? Você está bem?” – Chanyeol perguntou ao olhar o amigo que admirava estupefato o edifício à sua frente.

 

“Bem?! Você tem noção da onde a gente vai morar?!”

 

“Nesse... Prédio?” – Apontou para o local. – “Com vista para o Central Park. De muito bom gosto...”

 

“Seu mentecapto mor!” – Luhan virou-se rápido para o lado de Chanyeol, agarrando-o pela camisa. – “Esse é o Edifício Dakota! Várias celebridades já moraram nele, inclusive John Lennon que morou e foi assassinado aqui! O Dakota até entrou para a lista de Registro Nacional de Lugares Históricos!” – Suspirou, olhando com mais admiração ainda para o prédio. – “É uma grande atração para os turistas, além de custar todos os nossos órgãos juntos no mercado negro.”

 

 “Sério que ele é caro assim?”

 

“Estavam vendendo um apartamento aí por 14 milhões de dólares...” – Jongin se intrometeu na conversa enquanto deixava uma das malas de Luhan do lado do chinês.

 

“QUE? TUDO ISSO?”

 

 “EU TO FALANDO QUE ESSE PRÉDIO É IMPORTANTE E CHIQUE SEU DUMBO MORADOR DE RUA!”

 

“Hey!”

 

“Ok, ok, passamos 12 horas dentro do avião... Eu só quero discutir a importância do prédio depois de um bom banho...” – Sehun dizia passando no meio do namorado e do amigo, que bufaram.

 

Entraram no prédio e em todo o percurso até o sétimo andar, Luhan estava maravilhado e ficava contando histórias do local, como o fato de um mordomo ter herdado um apartamento lá em 2010. Quando a porta foi aberta e revelou o apartamento mobiliado, todos suspiraram e arregalaram os olhos o máximo que a genética coreana permitia.

 

 “Isso não é uma cobertura, por que ele disse que era?”

 

“Ah! É... Ele disse que a cobertura estará ocupada por uma amiga dele, então ele mandou vocês para cá. Eu me esqueci de avisar.” – Jongin respondeu. – “Ele disse que aqui é grande o suficiente e que vocês ficariam a vontade também, caso não fiquem satisfeitos é para falarem com ele e...”

 

“NÓS ESTAMOS SATISFEITOS!” – Luhan dizia eufórico enquanto caminhava para o sofá perolado que tinha em uma das salas e fitava o lustre de cristal. – “Sempre quis conhecer esse lugar, nem acredito que vou morar aqui por um tempo...”

 

“Luhan...” – Sehun sorriu e caminhou até o namorado, sentando-se ao lado dele.

 

------------------爱情------------------

 

“Luhan, avisou o Hyun Jae que já chegou? Porque eu avisei meus pais...”

 

“Avisei.” – Virou-se sorrindo para o maior. – “Hyun Jae não muda... Do outro lado do mundo e ficando preocupado como um pai ou como se eu fosse o mesmo menino de 18 anos que se mudou para a Coréia.”

 

“Ele é como da sua família, afinal.”

 

“Da nossa.” – Luhan comentou risonho. – “Venha cá, Sehunnie. Vem ver a lua bonita que está se formando na nossa primeira noite em Nova York.”

 

O maior parou de mexer em sua mala para ir até a varanda onde Luhan estava, abraçou-o por trás e depositou seu queixo no vão do pescoço do mesmo, ficando uns dois minutos em silêncio enquanto observava o céu.

 

“Estou ansioso para começar esse novo momento da nossa vida.” – Comentou sorridente e logo depois deixou um beijo no pescoço de Luhan.

 

“Eu também estou.”

 

------------------爱情------------------

 

Sehun estava em seu quarto naquela sexta-feira. Seu curso de modelo da Agência de Alex Valdi havia terminado cedo, e, aproveitando que Baekhyun também havia terminado cedo seus trabalhos, voltou com ele para casa.

 

Quando chegou viu que o apartamento estava vazio, indicando que Luhan não havia voltado ainda de sua caçada a serviço. Decidiu então tomar um banho e ir preparar o jantar, já que era a sua vez de cozinhar.

 

“Vou fazer o prato preferido do Luhan... Porque se não der certo a busca de novo, ele vai voltar novamente irritado.” – Murmurou antes de fechar as mãos em formato de concha e molhar o rosto com a água da pia.

 

Nesse momento ouviu o baque forte da porta do quarto e foi imediatamente para o mesmo, encontrando um Luhan irritado que andava de um lado para o outro enquanto desabotoava sua camisa social.

 

“Luhannie...”

 

“Oi, Sehun.” – Respondeu com tom impaciente.

 

“Não... Deu certo de novo?”

 

“O que acha?” – Falou sem olhar para o namorado. – “Não deu. Eu ainda tive que ouvir um ‘o que um chinês recém chegado pode saber sobre Nova York?’ Argh! Aposto que sei mais do que ela!”

 

“Tenho certeza que sabe, Luhannie.” – Falou calmo enquanto se aproximava do maior.

 

“Eu não imaginava que ia passar por mais dificuldade do que passei na Coréia, por ser chinês...” – Suspirou. – “Desculpe, Sehun... Mas não estou com vontade hoje.” – Falou ao ver o maior o abraçar.

 

“Mas eu não ia fazer nada... Só estava te abraçando.”

 

“Hm... Desculpe, de novo.” – Murmurou. – “Vou tomar um banho e tentar dormir para esse dia acabar logo.”

 

“Eu vou fazer o jantar hoje... Quer algo em especial?”

 

“Não, não estou com fome. Obrigado.”

 

“D-De nada... Luhannie.” – Falou magoado. – “Bem, descanse. Amanhã será um dia melhor, uh?”

 

“Estou escutando isso tem um mês.” – Suspirou e se levantou, indo até o banheiro.

 

Sehun engoliu em seco e respirou fundo, tentando buscar a calma necessária para viver aquela situação. Cada dia estava mais difícil lidar com Luhan que ficava cada vez mais desesperado por não arrumar emprego. Suspirando, o mais novo saiu do quarto e foi até a sala, vendo Baekhyun sentado no sofá com o controle remoto em mãos, passeando pelos canais.

 

“Hey, Sehunnie, que vai fazer de bom para o jantar?” – Implicou o mais velho.

 

“Não sei, Baekkie.” – Respondeu desanimado, sentando-se ao lado do outro e soltando o ar com lentidão por seu nariz.

 

“O que houve?”

 

“Luhan.”

 

“Discutiram de novo?”

 

“Não chega a ser uma discussão... Ele só... Está estressado demais. Não sei o que fazer.”

 

“Só tem uma coisa a fazer: ter paciência.”

 

“Mas é difícil, Baek. Estou começando a me sentir culpado...”

 

“Culpado?”

 

“Ele saiu da Coréia para vir me acompanhar... Lá ele tinha emprego fixo, já havia vencido as barreiras por não ser coreano... Tudo estava bem. Mas eu o tirei de lá para correr atrás dessa carreira de modelo que eu nem sei se vai dar certo.” – Suspirou novamente.

 

“Sehun... Claro que vai. Em um mês você já evoluiu tanto! Alex Valdi e o Jongin falaram sobre isso... Lembra?”

 

“S-Sim...”

 

“Então! Não duvide do seu potencial... E fique calmo. O Luhan vai encontrar um serviço!”

 

“Mas ele é teimoso e orgulhoso, Baek. Ele sempre foi independente...”

 

“Eu sei, mas ele precisa entender que as coisas não são, sempre, do jeito e na hora que a gente quer... Relaxe, Sehunnie.” – O menor sorriu e bagunçou os fios castanhos do outro.

 

------------------爱情------------------

 

“Luhan, quer sair um pouco? É sexta-feira... O Jongin convidou a gente para sair com ele e o Kyungsoo.”

 

“Acho que não vou, Sehun. Se quiser ir pode ir.”

 

“Luhan... Você tem que se animar. Eu sei que está estressado por não ter arrumado um serviço ainda... Em dois meses... Mas você vai arrumar!”

 

“Sehun, eu não gosto de ter que depender de alguém... Entende? Ainda mais alguém que nem conheço... Você é o investimento dele, e não eu!”

 

“Eu sei... Mas...”

 

“Mas nada, Sehun! Eu sempre me virei... Desde que cheguei aqui eu tenho que viver com uma “mesada” que o Alex Valdi nos dá!”

 

“Aish... Vou ficar quieto. Vou sair e se quiser algum lanche é só me ligar.” – Falou irritado e batendo os pés de maneira firme no chão. – “Boa noite.” – Disse antes de sair do quarto.

 

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“Que droga!” – Luhan murmurou se irritando e remexendo-se na cama. – “O que aconteceu para o Baekhyun e o Chanyeol serem tão escandalosos dessa vez!” – Falou irritado.

 

“Qual o problema, Luhan... Quando a gente faz... Também não é com pouco barulho. Se bem que estamos tanto tempo sem fazer... Você nunca está com vontade...”

 

“Argh, Sehun isso, esse não o ponto da questão! Eles dois estão barulhentos demais!”

 

“Luhan, você está reclamando tanto das coisas ultimamente.” – Bufou.

 

“Desculpe se eu quero dormir, mas os gemidos do Baekhyun e do Chanyeol não deixam?”

 

“Não me importo com isso... É só dormir! Isso se você conseguir, porque já vi você ficar acordado várias noites... Rolando pra lá e pra cá na cama...”

 

“Ah... Desculpa se eu atrapalho o sono do supermodelo.”

 

“O que?!” – Sehun falou indignado. Acendeu a luz do abajur e sentou na cama, olhando para Luhan de maneira incrédula. – “Luhan... Não é nada disso! Eu fico acordado preocupado com você.”

 

“Pois um só já basta preocupado... Você tem que se concentrar no seu curso. Afinal, você veio pra cá pra isso.”

 

“Acha que eu não sei? Acha que eu não penso nisso a cada vez que me ensinam alguma postura ou a cada ensaio fotográfico? Acha que eu não penso que preciso dar o meu melhor, para assim significar alguma coisa ter saído da Coréia?”

 

“O-O que?”

 

“Eu penso nisso o tempo todo, Luhan. Eu me concentro o máximo que posso para assim valer a pena tudo isso... Porque... Porque eu já começo a me sentir culpado!”

 

“Culpado de que?”

 

“Culpado desses três meses que você está sem emprego... De ter te tirado de um emprego fixo, de um lugar onde a gente tinha algo mais concreto na nossa vida e te trazer para o outro lado do mundo... Para passarmos esse aperto. Eu me sinto culpado toda vez que volta pra casa e ficar estressado por não ter arrumado nada! Então, Luhan... Não é porque você atrapalha meu sono de “beleza” que eu fico acordado, é porque eu estou tão preocupado quanto você!”

 

“Sehun...”

 

“Argh...” – O maior esbravejou, impedindo Luhan de falar. – “Vou dormir na sala.” – Pegou seu travesseiro, um cobertor e saiu a passos rápidos do quarto.

 

Luhan piscou algumas vezes para o vácuo que Sehun deixou na cama, sentindo um bolo de lágrimas se instalar em sua garganta. Respirou fundo algumas vezes, tentando controlar seus ânimos; lambeu os lábios e levou as mãos aos fios avermelhados bagunçando-os em sinal de nervosismo.

 

“Ótimo, Luhan... Briga com seu namorado mesmo...” – Esbravejou baixinho.

 

Ainda ficou alguns minutos no quarto, esperando Sehun voltar. Porém, ao ver que este não fez qualquer menção de retornar para a cama que dividiam, o chinês respirou fundo e se levantou, caminhou até a porta e a abriu com pressa. Com passos silenciosos foi até a sala e viu Sehun deitado no maior sofá, engoliu a vontade de chorar e voltou a caminhar; seus pés entrando em contado com o carpete fofinho e macio que quase fazia cócegas em sua pele.

 

“Se-Sehunnie...” – Falou baixinho, mantendo-se uns três passos de distância do sofá onde o mais novo estava.

 

“Sim?” – Falou com a voz rouca.

 

“Desculpe...”

 

“Tudo bem. Vá dormir, Luhan.”

 

“V-Vem dormir... Na cama. Vai ficar com dor no corpo.”

 

“Somente por isso?”

 

“S-Sehun...”

 

“Estou em um sofá que deve ter custado mais do que o nosso quarto mobiliado lá na Coréia. Acho que não sentirei tanta dor.”

 

“Sehun... Fica comigo.” – Falou com a voz arrastada, andando mais um pouco e se sentando no sofá. – “Me... Perdoe.”

 

“Luhan...” – O mais novo sussurrou, levando sua mão até o braço desnudo do menor e acariciando o local. – “Você tem que ficar mais calmo... Eu sei que é difícil, mas poderia ser bem pior. Você poderia estar como o Chanyeol ficou quando foi para Seul, sabe? Você poderia estar sem dinheiro pra nada, sem ter onde ficar... Mas as coisas não são assim! E o Alex Valdi entende isso, tanto que já veio conversar com você...”

 

“E-Eu sei... Me desculpe, Sehunnie. Me desculpe por ficar estressado, por descontar em cima de você e por fazer com que se sinta culpado. Você não tem culpa de nada, Sehunnie. Eu escolhi vir junto... É minha escolha te seguir aonde quer que o destino te mande. E não me arrependo disso.”

 

“Tem certeza?”

 

“Claro que eu tenho!” – Respondeu veemente.

 

“Eu te amo Luhan... Não gosto de te ver assim.”

 

“Eu sei, me perdoe. Eu vou tentar ficar mais calmo... Certo?”

 

“Lembra quando eu disse no ano novo que... Vivendo coisas boas ou ruins, se passarmos juntos tudo acaba bem?”

 

“L-Lembro.”

 

“Então...”

 

“Obrigado por estar comigo... Desculpe, Sehunnie. Desculpe mesmo.”

 

“Tudo bem. Vem cá.” – Abriu os braços e recuou um pouco no sofá. – “Aqui é grande, confortável e não vem muito dos gemidos dos dois pra cá.” – Riu.

 

“Sempre pensando em tudo pra me deixar bem.” – Sorriu envergonhado enquanto se deitava. – “Obrigado, Sehun... Eu te amo tanto!”

 

“Também te amo, Luhannie. Amo muito.” – Beijo os fios avermelhados do chinês.

 

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“SEHUN! SEHUN!” – Luhan chamava o coreano de maneira afoita e alegre, atravessando a sala e o longo corredor até o quarto onde o namorado se trocava. – “SEHUN!”

 

“Oi, Luhan? O que foi?” – Sehun perguntou; estava terminando de se vestir para ir a mais um ensaio fotográfico.

 

“EU CONSEGUI!” – O menor disse com o olhar iluminado enquanto se pendurava no pescoço do namorado e enchia o rosto dele de breves selares. – “Eu consegui! Uma agência que ficou com meu currículo e que, no dia não me deu muitas esperanças, me ligou hoje!”

 

“SÉRIO? Parabéns, Luhannie!” – Disse alegre, circundando o corpo do menor com seus braços grandes e o envolvendo em um abraço.

 

“Consegui com a ajuda do Jongin, tenho certeza.”

 

“Como tem certeza?”

 

“É da agência que ele conhece o dono e eu descobri que tive indicação. Vou até ligar pra ele para descobrir... Na verdade, confirmar.” – Sorriu, retirando o celular do bolso. Deixou no viva-voz enquanto esperava a ligação ser atendida, o que não demorou muito para acontecer. – “Jongin?”

 

“Oi bigodinho de chinês de pastelaria.” – Falou rindo.

 

“É taxista de filme chinês antigo.” – Sehun comentou. – “Ai, Luhan!” – Esbravejou depois ao levar um tapa forte do namorado.

 

“Enfim... Bigodinho de puberdade.” – Luhan começou. – “Obrigado.”

 

“De nada.” – Respondeu de jeito estranho, como se tivesse fazendo um bico ou comendo. – “Mas... Espera... Pelo que?”

 

“Por me indicar. Eu tive indicação na agência e só pode ter sido você!”

 

“Droga, pedi pra ele não dizer!” – Respondeu como uma criança contrariada e Luhan riu.

 

“Obrigado mesmo!”

 

“De nada!” – Respondeu e ao fundo Luhan ouviu barulho de água e o som característico de gilete de barbear batendo contra a pia.

 

“Está tirando o bigodinho de pré-adolescente, Jongin?” – Luhan perguntou rindo.

 

“Cale a boca, Luhan!”

 

“Faça como o Luhan vai fazer... Ele vai recorrer à depilação a laser!”

 

“Sehun!” – Brigou e bateu no namorado.

 

“Ai, Luhan! Doeu!”

 

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“Você realmente... Não presta, Luhan.” – Jongin falava rindo.

 

“O que eu fiz?” – O chinês perguntava com falsa inocência na voz.

 

“Conseguiu ver o primeiro desfile do Sehun, aqui em Paris... Você é bom de lábia!”

 

“Foi golpe de sorte!”

 

“Sorte se chama dar a ideia para os donos da agência da viagem em Paris, se oferecer para ser o guia e pedir para o Alex os ingressos para entrar no desfile E na festa privada?”

 

“É, sorte.” – Riu torto. – “Olha como o casal está feliz!” – Dizia apontando para dois americanos que tiravam fotos com alguns modelos.

 

“É... Todo mundo feliz.” – Sehun comentou rindo e abraçando o namorado.

 

“Ela se animou pra tirar foto com você, sabia? O namorado dela não gostou muito disso não.” – Comentou um pouco irritado.

 

“E você parece que também não gostou... Não disse nada do tipo ‘tira o olho que ele é meu?’ para ela?” – Riu e fez Jongin e Alex Valdi rirem também.

 

“Não. Eu disse ‘pode olhar a vontade, olhar é tudo que você pode fazer, já que ele é meu.’, foi isso que eu disse.” – Respondeu debochado. – “Ela desistiu e foi olhar aquele modelo australiano que está tirando foto ela. Que é bem sem sal, não? Na passarela ele é muuuuito sem graça.”

 

“Luhan...”

 

“O que? Só falei a verdade.” – Disse olhando para o namorado e para Alex Valdi. – “Olha, me desculpa a sinceridade, mas ele é muito sem graça.”

 

“Não tem que pedir desculpas... Eu concordo com você.” – O estilista, e dono da agência de modelos de Jongin e Sehun, comentou. – “Eu pedi pra ele ter mais paixão no desfile de hoje... Mas parece que não funcionou.”

 

“Viiiiu? Eu acertei na opinião.”

 

“Você vem acertando muito, Luhan. Na verdade, já tem um tempo que eu venho reparando nisso. Quando participava das aulas do Sehun me deu dicas de roupas, fotógrafos e até mesmo opiniões muito importantes sobre modelos.”

 

“Oh! Sério? Fico feliz em ajudar.” – Comentou levemente envergonhado.

 

“É por isso que quero propor uma coisa...”

 

“Que coisa?” – Perguntou com a sobrancelha arqueada.

 

“Quer ser meu sócio na Al Model’s?”

 

“C-Como?” – Luhan, Sehun e Jongin perguntaram ao mesmo tempo, e o chinês ainda completou. – “Você está falindo ou algo assim para querer passar bens para os outros?”

 

“Não, não estou.”

 

“Está passando seu legado para o Baek e... Agora pra mim... Está tudo bem mesmo?”

 

“Está sim.” – Riu. – “Quer ver as finanças dos meus negócios?”

 

“N-Não...”

 

“Eu já disse que quero me aposentar... Ou pelo menos ficar nos bastidores. Para isso quero deixar pessoas competentes no meu lugar... E eu te acho competente para cuidar da Al Model’s... Assim como acho o Baekhyun competente para continuar meu legado de estilista.”

 

“E-Eu...”

 

“Sei que você gosta de turismo. Mas veja bem... Trabalhando comigo poderá continuar viajando... E a renda vinda da agência será maior do que seu trabalho como guia, o que adiantará você a ter o seu sonho: uma agência de turismo.”

 

“Você sabe persuadir, hein?” – Luhan comentou rindo.

 

“Faço o melhor que posso.”

 

“Hm...” – Murmurou. Levou seu indicador até os lábios rosados e ficou olhando tudo ao seu redor antes de seus olhos pousarem em Sehun, ao seu lado.

 

“Será meu chefe, Luhannie.” – Riu torto.

 

Luhan sorriu e ficou um tempinho com aquele sorrisinho indecifrável em seus lábios antes de responder: “Eu... Aceito.”

 

 

------------------爱情------------------

 

Três anos se passaram desde que Luhan e Sehun pisaram pela primeira vez na terra do Tio Sam. Naquela altura Sehun já tinha conquistado bastante espaço nas passarelas e Luhan ia mostrando para Alex Valdi que este estava certo ao convidar o chinês para uma sociedade. Os olhos perspicazes do rapaz davam bons rendimentos para a agência de modelos, e deixava Alex Valdi ainda mais satisfeito e orgulhoso.

 

Com as carreiras caminhando bem, em pouco tempo nos Estados Unidos os dois rapazes decidiram propor para Baekhyun e Chanyeol que dividissem uma casa e assim saíssem do apartamento de Alex Valdi. Como Chanyeol decidiu cortar o programa de estágio, ficando por conta de seu próprio sustento em Nova York para viver sob o mesmo teto que Baekhyun, concordou de primeira com a ideia.

 

A casa não era uma mansão e nem nada de muito luxo, sendo que a única ‘regalia’ realizada foi o pedido de Luhan em ter uma piscina – desejo esse que Chanyeol e Baekhyun entenderam muito bem quando viram Luhan e Sehun transando na piscina logo no primeiro dia naquela casa.

 

E assim ocorreu em vários outros dias, tendo até ‘plágio’ da ideia de Luhan por parte de Chanyeol e Baekhyun algumas vezes.

 

 

 

 

 

 

 

“Sehunnie...” – Luhan falou com a voz recheada de segundas intenções enquanto abraçava o maior por trás, que se encontrava enxugando seu corpo molhado do banho recém tomado.

 

“Sim... Lu?” – Sehun respondeu, fingindo-se de desentendido.

 

“Você não quer colocar o roupão e aproveitar que está uma noite quente hoje...”

 

“E...?”

 

“E ir tomar um banho de piscina?”

 

“Acabei de tomar uma ducha fria.”

 

“Ducha fria é o que eu estou tomando com você cortando minhas investidas... Continue assim e vou me lavar no banheiro, limpando seu sangue das minhas mãos.” – Falou nervoso.

 

“Você estressa tão rápido quando está excitado.” – Riu torto e virou-se para o menor, abraçando seu corpo e trazendo-o mais pra perto. – “Já estava com saudades desses nossos banhos na piscina.” – Sussurrou de jeito arrastado e rouco enquanto se aproximava do rosto de Luhan e roçava seus lábios junto aos dele.

 

“Então...” – Luhan comentou com um sorriso torto; levou sua mão até a nuca alheia e começou a dedilhar o local. – “Vamos matar essa saudade?” – Sussurrou com luxúria enquanto mordia de leve o lábio inferior do namorado.

 

“Só se for agora.” – Respondeu ao levar suas mãos à cintura do menor, unindo os corpos e lambendo a boca cheinha e convidativa de Luhan.

 

Em questão de segundos os dois já se encontravam em um beijo caloroso e excitante, com as línguas roçando uma à outra naquela dança erótica regida pelo som dos estalos provocados em meio ao ósculo. A toalha que Sehun usava para se secar já estava amarrada de qualquer jeito em sua cintura enquanto os dois andavam desengonçados pelo quarto à procura da porta.

 

Sem querer, Sehun fez o corpo de Luhan ir de encontro à parede, o que ocasionou um risinho abafado em meio ao beijo, sem de fato os dois pararem com aquela carícia. Tateando a parede, o chinês procurou pela maçaneta da porta, achando-a aproximadamente um minuto depois. Os lábios já se encontravam molhados e inchados, os pulmões já berravam por ar e aquele não era o primeiro e nem o último beijo que trocavam, mas ainda assim as bocas não queriam apartar a sequência de selinhos que Sehun depositava nos lábios cheios do mais velho.

 

Os lábios do coreano desceram ainda pelo queixo oval de Luhan, local onde Sehun aproveitou para sugar e morder, enquanto empurrava o corpo mais baixo para a parede do corredor e roçava os corpos.

 

“S-Sehunnie... Se continuar assim nós vamos fazer... A-Aqui...” – Luhan comentou ao sentir o mais velho começar a levantar sua blusa.

 

“Não é má ideia também.” – Comentou risonho e não parou com o que fazia, passando a blusa de Luhan por sua cabeça e lambendo os lábios em sinal de desejo ao ver o corpo definido do namorado. – “Eu nunca canso de admirar sua beleza.” – Segredou antes de atacar os lábios rosados do mais velho.

 

Voltaram a caminhar com passos trôpegos enquanto as línguas dançavam unidas mais uma vez. Se separam apenas para descerem as escadas, porém logo que saíram do último degrau voltaram com os abraços e os beijos apressados que marcavam as peles alheias.

 

As mãos de Sehun foram até o cós da bermuda que o chinês usava para ficar em casa em dias quentes, ameaçando tirá-la ali mesmo, no caminho para a cozinha, quando ouviu a voz rouca de Chanyeol falar.

 

“A piscina ainda está lá fora... Não façam no meio do caminho, por favor. Eu vivo aqui também.” – Comentou rindo, mas ficou irritado logo em seguida ao ver Luhan mostrar o dedo mediano enquanto voltava a caminhar a passos trôpegos para fora da casa.

 

Uns tropeços aqui e ali e uns risinhos divertidos em cumplicidade e ambos já se encontravam com o matinho do quintal acariciando seus pés. Sehun desceu com seus lábios até o pescoço do mais velho, fazendo um ritual antigo e muito querido: marcar diversas vezes aquela pele leitosa e macia.

 

Caminharam mais uns passos largos até que a textura onde pisavam era áspera, indicando que já estavam no piso de pedra perto da piscina. Os olhos antes fechados de Luhan se abriram, assim que ele se afastou de Sehun, e ficaram fitando a piscina iluminada pela luz da lua.

 

Lambendo os lábios, Sehun caminhou os dois passos que Luhan havia se afastado e levou suas mãos pela segunda vez na noite até o cós da bermuda creme usada pelo chinês. Adentrou com suas mãos, sentindo a pele de Luhan se arrepiar por baixo de cada toque enquanto descia a peça de roupa juntamente com a cueca que o menor usava.

 

“Esse é um dos seus fetiches que eu mais gosto...” – Sehun comentou risonho e logo depois se curvou até o menor, roubando um selinho. – “Bem melhor que o de Peter Pan.” – Gargalhou.

 

Luhan apenas sorriu torto ao sentir os lábios de Sehun junto dos seus e revirou os olhos com a lembrança do coreano; a bermuda já se encontrava caída no chão, junto com sua roupa íntima; levantou uma perna por vez, ficando livre de tudo e deixando a luz forte da lua e a iluminação do quintal embelezarem ainda mais seu corpo alvo.

 

“Gosta dessa visão, Sehunnie?” – Luhan comentou com deboche ao ver o maior morder o lábio enquanto o fitava com um tesão quase palpável.

 

“Passei quase minha vida tendo essa visão... E parece sempre ser a primeira vez.” – Comentou enquanto via Luhan aproximar suas mãos até a toalha que misteriosamente ainda estava amarrada ao corpo do coreano.

 

O chinês foi empurrando o maior para a cadeira de piscina em fibras que havia ali, sentando-o e fitando-o com um sorrisinho sugestivo. Entendendo logo a mensagem, Sehun abriu as pernas, permitindo que o mais velho se ajoelhasse e se colocasse ali no meio.

 

“Lembra... Quando eu disse... Na primeira vez...” – Luhan começou a dizer no mesmo momento que envolvia o membro de Sehun. – “Que eu ensinava melhor que a internet?”

 

“L-Lembro...”

 

“Eu nunca perguntei...” – Sorriu torto. – “Gostou do que ensinei? Fui melhor que a internet?” – Perguntou com deboche, colocando a língua para fora e circundando a glande do mais novo, que não respondeu à pergunta, preocupando-se mais em sentir os arrepios intensos somente com aquele ato. Era sempre assim, Luhan sempre o enlouquecia. – “Não respondeu, Sehunnie...” – Falou e depois envolveu lentamente o falo do coreano com sua boca, enrijecendo os lábios no membro pulsante.

 

“A-Ah... Você... É melhor do que qualquer site e qualquer pessoa... Luhannie...” – Respondeu ofegante, jogando a cabeça para trás enquanto sentia o vai e vem lento que a boca de Luhan fazia em seu membro. – “Aaah! Luhan!” – Gemeu ao sentir o mais velho aumentar a velocidade e a pressão que seus lábios cheios faziam em seu sexo.

 

O chinês quis sorrir satisfeito ao ver o jeito entregue que Sehun sempre ficava quando compartilhavam esses momentos íntimos, mas apenas se focou em continuar dando prazer ao namorado, indo da base até a glande pulsante com movimentos rápidos; sugando com vontade quando chegava à cabeça do sexo de Sehun.

 

“Eu ainda adoro pirulito.” – Falou assim que soltou o membro do coreano, rindo de canto ao se lembrar de mais uma fala daquele tempo que ensinava mais do que matemática, biologia e física ao mais novo. Abocanhou novamente o falo de Sehun, deslizando sua boca como se chupasse um pirulito deliciosamente doce, sempre se demorando na glande pulsante.

 

“L-Luhan...” – Chamou o mais velho com a respiração entrecortada, levando suas mãos até os fios escuros do mesmo. – “M-Mais rápido...” – Falou em tom de súplica, fazendo com que Luhan novamente aumentasse a velocidade de seus movimentos.

 

Os suspiros de Sehun se misturavam com os sons das sucções que Luhan provocava no membro desperto, os arrepios pioravam, fazendo o mais novo sentir que seu baixo-ventre se contraía a cada movimento de vai e vem que a boca do chinês fazia em si, indicando que logo encontraria o ápice. Percebendo isso, Luhan parou com seus movimentos e sorriu ao ver a expressão descontente do mais novo.

 

“Não quer que a festa acabe logo no começo, não é?” – Sorriu de maneira provocante ao se colocar de pé. Estendeu a mão para Sehun que segurou prontamente, levantando-se também.

 

Sehun envolveu o corpo de Luhan por trás, abraçando-o enquanto caminhavam juntos até a beirada da piscina, aproveitando vez ou outra para dedicar algumas mordidas novas na pele de Luhan.

 

Pararam em frente ao aço do corrimão da escada da piscina e sorriram, trocando um selinho demorado antes que Luhan entrasse primeiro. O refrescante da água em contato com o calor que emanava do corpo do chinês já agiu em si, aumentando os calafrios que sentia. Viu tudo piorar ao ter o corpo de Sehun colado ao seu.

 

O coreano novamente circundava a cintura do namorado por trás, trazendo-o mais pra perto; deslizou suas mãos pelo corpo macio de Luhan, parando na região íntima, tocando sem pudor no membro do chinês, que suspirou profundamente ao sentir aqueles dedos longos e ágeis explorarem seu sexo.

 

Sehun ainda aproveitou para deixar rastros de selinhos e mordidas leves por toda a extensão do pescoço ao ombro do menor, às vezes abusando em um chupão mais intenso que fazia o outro gemer menos contido.

 

“S-Sehunnie...” – Gemeu entre os suspiros longos que soltava ao sentir os movimentos de Sehun aumentarem a intensidade.

 

Mas, para a infelicidade de Luhan, o coreano interrompeu o momento prazeroso para virá-lo de frente pra si; aproximou os rostos e começou a espalhar beijinhos pela face de Luhan, sempre evitando aqueles lábios convidativos que o chinês possuía.

 

Com a mão nos ombros do mais velho, Sehun o impulsionou para baixo fazendo-o mergulhar, e imitou o ato, ficando submerso junto com o chinês. As mãos se uniram embaixo d’água e Luhan logo puxou o maior para perto para poder abraçá-lo; envolveu o pescoço de Sehun com seus braços e a cintura do mesmo com suas pernas, enquanto os lábios acharam novamente aquele caminho tão desejado.

 

Foram trocando diversos selinhos enquanto Sehun impulsionava para os dois emergirem da água, os cabelos lisos e grandes quase tampando os rostos, escorrendo água que passava no meio do beijo trocado.

 

As línguas se roçavam com desejo e paixão uma à outra, brigando por dominância; as mãos de Luhan bagunçavam os fios úmidos de Sehun, e às vezes desciam até a nuca onde as curtas unhas arranhavam de leve e faziam o maior ter mais um motivo para se arrepiar. As mãos possessivas de Sehun, por sua vez, apertavam com vontade a pele da cintura do chinês, trazendo-o mais pra perto e fazendo os membros despertos se roçarem quase sempre, causando mais motivos que os levavam à loucura.

 

Uma nova sequência de selinhos deu lugar ao beijo, enquanto Luhan se impulsionava e se preparava para avançar com a intimidade. Contando com a ajuda de Sehun que segurava firmemente em sua cintura, Luhan se levantou firmando suas mãos nos ombros do mais novo e mantendo o contato visual que instalava a tensão entre eles naquele momento. O corpo molhado espalhou mais água ao se levantar, fazendo algumas gotículas escorrerem pelos traços definidos do abdômen de Luhan e causando em Sehun um desejo ainda maior.

 

Descendo lentamente, Luhan sentia o membro teso de Sehun ir invadindo seu interior, a dor inicial como sempre presente, mas o chinês sabia que logo passaria, cada vez passava mais rápido.

 

As unhas curtas do rapaz iam se cravando na pele molhada do coreano ao passo que o prazer ia aumentando.

 

“Luh-Luhan...” – Sehun gemeu ao sentir seu membro ser comprimido pelo interior de Luhan. As mãos grandes continuavam ajudando o menor, que ia subindo e descendo cada vez mais rápido pelo falo do coreano.

 

“Se-Sehun...” – Gemeu arrastado, levando suas mãos ao alto da cabeça do namorado, bagunçando os fios molhados antes de voltar a beijá-lo. Os corpos unidos faziam movimentos cadenciados enquanto Luhan ia invadido a boca de Sehun, preenchendo cada pedacinho com sua língua atrevida e afoita.

 

Ao terminar o beijo, Sehun mordeu de leve o lábio inchado de Luhan e começou a arrastá-lo entre seus dentes, sugando-o algumas vezes. Olhou profundamente para o menor e sorriu antes de fazê-lo sair de seu colo e ir com ele até a borda da piscina.

 

Virou o corpo do menor, deixando-o com o abdômen colado no azulejo frio da piscina enquanto passeava com seus lábios do pescoço até a nuca de Luhan. Foi trilhando um caminho imaginário com beijos, descendo por todo o corpo de Luhan, mergulhando para chegar ao final da coluna do mesmo, atrevendo-se ainda a deixar uma mordida na nádega direita do chinês que soltou um murmurinho excitado.

 

Emergindo, Sehun abraçou Luhan e novamente o penetrou, dessa vez indo com tudo dentro do chinês que arqueou suas costas para trás e gemeu alto.

 

“T-Te machuquei?” – Sussurrou próximo ao ouvido de Luhan.

 

“N-Não, estou bem.” – Falou se virando e puxando Sehun pela nuca, unindo os lábios novamente. Com uma mão na nuca de Sehun, Luhan levou a outra até a beirada da piscina, descontando as sensações ao apertar ali sempre que sentia o membro de Sehun ir mais e mais fundo.

 

Segurando firme na cintura do chinês, Sehun ia estocando cada vez mais rápido, o que aumentava consideravelmente os gemidos de ambos naquela piscina.

 

“A-Ah... Sehun...” – Tombou a cabeça pra trás, sentindo os espasmos crescerem ainda mais em seu corpo.

 

“Lu... Han...” – Gemeu arrastado, mordendo o ombro de Luhan com certa força e depois subindo com seus lábios até o lóbulo da orelha do mesmo, lambendo a cartilagem. – “S-Segundo round...” – Falou rouco, fazendo o menor se arrepiar ainda mais.

 

Luhan se virou para o maior quando o viu se afastar de si, nadando até a outra ponta da piscina e revirou os olhos. – “Vai querer brincar de pega-pega agora? Me deixa duro e corre, Oh Sehun?” – Riu enquanto ia até onde o maior estava.

 

“Duvido que me pega se eu quiser fugir de você.” – Riu travesso, vendo o menor se aproximar já que havia aprendido a nadar durante esses anos ao lado de Sehun.

 

“Eu sempre... Pego você.” – Falou com malícia, levando suas mãos até os corrimões laterais da escada e encurralando o maior ali.

 

“Em que sentido?” – Perguntou provocante enquanto lambia seus lábios.

 

“Em todos.” – Sorriu e viu o coreano fazer o mesmo.

 

Aproveitando-se das do fato dos corpos ficarem mais leves dentro d’água, Luhan puxou as pernas do coreano trazendo-o mais para si. Sehun abaixou mais seu corpo, ficando com o tronco meio deitado na escada para ter apoio, e levou suas mãos até a nuca de Luhan para aproximar os lábios mais uma vez.

 

As mãos despudoradas do mais velho desceram apalpando o corpo de Sehun, fazendo com que o mesmo suspirasse mais, pois parecia que as sensações embaixo d’água ficavam ainda mais arrepiantes. Apalpou com vontade a virilha de Sehun, sentindo-o gemer em meio ao beijo, e piorou seu estado quando começou a tocar diretamente a glande pulsante.

 

“L-Luhan... Anda... Logo.” – Falou entre suspiros, fazendo o menor sorrir de canto.

 

Segurando de maneira firme na cintura do outro com uma mão e com a outra segurando no corrimão de aço da escada, Luhan trouxe o corpo do outro ainda mais para si e lentamente começou a penetrá-lo.

 

O coreano jogou sua cabeça para trás, sentindo dor e prazer se unirem naquele ato a cada movimento fundo e lento que o chinês fazia. Mordeu o lábio ao perceber que todo o falo de Luhan estava dentro de si e depois de um curto momento de espera sentiu o namorado começar com o vai e vem.

 

Suspiros e gemidos de ambos se uniam criando uma trilha sonora única para aquele momento.

 

As pernas de Sehun estavam cruzadas na cintura do chinês e seus dedos cravados na pele úmida do mesmo enquanto este ia penetrando cada vez mais rápido; fazendo um movimento de vai e vem que ia excitando ainda mais o coreano.  Em certo momento, Sehun se segurou em cada lado do corrimão e Luhan levou suas mãos até a cintura fina do modelo, apertando com vontade o local e estocando ainda mais forte.

 

“M-Mais.... Luhan!” – Sehun gemia ao sentir os calafrios ficarem cada vez piores.

 

Luhan puxou o corpo de Sehun, tirando-o de perto da escada e colando as costas dele no azulejo ao lado do corrimão de aço; o coreano segurou firme com uma mão no corrimão enquanto a outra passeava pelas costas molhadas do namorado e este tratava de morder sem moderação a pele branquinha de Sehun.

 

Segurando com força nas coxas de Sehun, que estava com as pernas grandes abertas como se boiasse na piscina, Luhan foi se movimentando quase sem dar intervalos entre uma estocada e a outra, preenchendo o interior de Sehun completamente e se deliciando com os gemidos roucos de prazer.

 

A pele de Sehun já estava totalmente marcada dos beijos, chupões e mordidas que Luhan espalhava pelo local; os gemidos roucos não se importavam mais em serem discretos, principalmente com a intensidade das estocadas ou quando o chinês fazia movimentos circulares com a pélvis, refletindo em sensações ainda mais prazerosas para o coreano. Como reflexo disso tudo, Sehun não demorou a encontrar o ápice, jorrando gozo em meio à água da piscina.

 

Com os espasmos sofridos pelo corpo do coreano, seu interior se fechou ainda mais ao redor do membro de Luhan, causando um prazer inenarrável. Como consequência, o mais velho também não demorou a chegar ao seu limite com um gemido longo e alto de prazer.

 

Ainda ficaram naquela posição por um tempo, esperando as respirações se acalmarem; Luhan se retirou de dentro de Sehun e os dois se afastaram do local onde estavam, nadando até o outro lado da piscina. Luhan cruzou seus braços na borda da piscina e sorriu espontaneamente ao sentir o maior o abraçar por trás e deixar um singelo beijo em seu pescoço.

 

“Vamos ter que limpar a piscina amanhã, já vejo o chato do Chanyeol falando disso...” – Sehun comentou rindo.

 

“Sim, com certeza.” – Concordou também com tom divertido.

 

O mais velho deitou sua cabeça no corpo de Sehun e ficou olhando para a lua no céu, sorrindo discretamente, porém não imperceptível aos olhos do coreano.

 

“O que está pensando?” – Sehun perguntou acariciando a pele de Luhan embaixo d’água.

 

“Quando cheguei na Coréia, anos atrás, antes de dormir... Fui para a janela do meu quarto e fiquei olhando a lua... Secretamente dentro de mim eu pedia para não me arrepender daquela escolha... E pedia também para ser feliz...”

 

“Pedidos realizados?”

 

“De uma forma muito maior do que eu podia querer...” – Sorriu e virou a cabeça para o lado, sentindo os lábios de Sehun acariciarem os seus.

 

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“Olá! Os dois estão interessados em tatuar?”

 

“Sim.” – Responderam em uníssono.

 

“Certo, quem vai tatuar primeiro?” – Perguntou olhando os dois.

 

Luhan e Sehun se entreolharam e ficaram assim por aproximadamente um minuto. Como se tirassem a sorte mentalmente, Luhan sorriu vitorioso e Sehun fez uma careta antecipada de dor indo até o tatuador.

 

“O que você quer tatuar e aonde?” – Perguntou preparando o material, sem perceber Sehun olhando e sorrindo para Luhan.

 

“Já avisando...” – Luhan falou, antes que Sehun respondesse o rapaz. – “A tatuagem dele será a mesma que a minha... Mas a minha no pulso esquerdo.”

 

“Certo, certo. E a tatuagem escolhida pelos dois será qual?”

 

“Quero tatuar no pulso direito...” – Sorriu de jeito mais largo. – “A palavra Maktub.”

 

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O Ladies Pavilion contava com a presença de aproximadamente quinze pessoas naquela tarde de verão. A construção do Pavilhão de estilo antigo, feita de ferro fundido, ardósia, madeira e pedra, localizada na beira do lago no Central Park, era o cenário daquele momento importante para Luhan e Sehun.

 

A Sra. Oh fazia de tudo para segurar a emoção, mas quase sempre falhava nessa tentativa e era amparada pela senhoras Do e Park; Hyun Jae, Baekhyun, Chanyeol, Jongin e Kyungsoo mantinham uma conversa sobre a surpresa que haviam preparado para a festa (uma música que cantariam para os dois); Sr. Oh conversava com Sr. Park enquanto tentava disfarçar a ansiedade, Youjin e Alex trocavam alguns carinhos – já que não era mais segredo para ninguém que os dois se gostavam, e os outros convidados conversavam enquanto esperavam o momento mais importante do dia.

 

O silêncio se fez presente quando viram a autoridade celebrante entrar e se colocar atrás da mesa; uma música calma começou a tocar e em questão de minutos Luhan e Sehun apareceram, impecavelmente belos com seus ternos: Sehun trajava um terno cinza claro e Luhan havia escolhido o tradicional preto. Andavam lado a lado cumprimentando os convidados com sorrisos e acenos de cabeça, enquanto aceleravam o passo até a mesa central.

 

“Viu? Não peguei a roupa que usei para desfilar semana passada.”

 

“Ainda bem... Se aparecesse com aquele terno, eu te afogava no rio.” – Disse entre os sorrisos que distribuía.

 

“Você não muda.” – Sorriu e balançou a cabeça.

 

Ficaram de frente para a autoridade que começou seu discurso; seus dizeres não sendo muito observados por Luhan e Sehun que trocavam olhares perdidos um para o outro. Mesmo sem palavras um sabia o que o outro estava pensando; Luhan sabia que o que vinha na mente de Sehun era o mesmo que estava na sua: todos os momentos que compartilharam juntos desde o dia que os olhares se encontraram pela primeira vez.

 

A certeza naquela época de que queriam se conhecer foi evoluindo a cada dia que se conheciam mais; chegando à certeza que estavam naquele exato momento: queriam passar todos os dias assim, um ao lado do outro.

 

Convictos dessa escolha, ambos assinaram os documentos necessários que só mostrariam no papel o que estava certo para eles há muito tempo: um pertencia ao outro.

 

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Era estranho para Luhan estar naquele lugar. Os brancos das paredes, do chão e da roupa das pessoas o incomodavam, assim como o cheiro característico de hospital, que entrava por suas narinas e o enjoavam. Sua boca estava seca, tanto que sentia gastura ao abrir os lábios e sentir a pele grudada devido ao tempo sem falar ou até mesmo beber água.

 

Estava tão nervoso que durante todo o voo não sentiu vontade de nada.

 

Suas mãos suavam e seu coração batia tão forte contra o peito que a qualquer momento poderia arrebentar seu corpo; sua cabeça girava e pesava e às vezes ele se sentia tonto, como se estivesse com fraqueza.

 

“Tem certeza que quer ir sozinho?” – Ouviu a voz de Sehun se manifestar ao seu lado, trazendo-o para o mundo real. O mais velho apenas engoliu em seco e maneou a cabeça positivamente, porém não moveu um músculo sequer para sair do lugar que estava inerte. – “Vai dar tudo certo, ok? Eu estarei aqui.”

 

Respirando fundo algumas vezes, como se isso fosse um ritual de coragem, Luhan mandou mensagem para seu cérebro, pedindo que ele enviasse o comando para suas pernas caminharem.

 

O primeiro passo foi difícil, como se Luhan tivesse desaprendido a andar. Sentia seu corpo tremer e perder o equilíbrio, então achou melhor se aproximar da parede procurando um apoio enquanto andava de jeito duro e mecânico, como se fosse um robozinho.

 

A mulher que estava alguns passos à sua frente, e era seu ponto de encontro, ainda não havia percebido sua presença e Luhan agradecia mentalmente a esse fato. Caminhou demoradamente, parecendo que aqueles passos de distância fossem garantir que ele desse a volta ao mundo.

 

Quando estava chegando, viu a mulher levantar a cabeça escondida no meio das mãos e o olhar. Seu coração parou na hora que se encontrou com aqueles olhos amendoados e escuros que o fitavam com tantos sentimentos misturados.

 

“Lu... Han...” – Sussurrou com aquela voz melodiosa que por muito tempo o rapaz à sua frente não ouvia.

 

“O-Oi... Mãe.” – Respondeu baixinho enquanto encarava aquele rosto com traços que ele tanto havia herdado. Não dava para negar que Luhan era filho daquela mulher, de tão semelhantes que eram.

 

Um silêncio absoluto reinou por aproximadamente um minuto – que mais pareceu um século – antes que a mulher se levantasse e falasse.

 

“Como... Você mudou...”

 

“Tem um tempo... Que não nos vemos...” – Comentou ressentido. – “Como me achou? Como conseguiu meu número?” – Perguntou ao se lembrar da ligação que recebeu no início da semana.

 

“A-Ah... Isso...” – Respondeu parecendo envergonhada. – “A... Médica que está cuidando do seu pai... Ela tem sobrenome coreano.” – Falou desviando o olhar de Luhan e encarando a porta do quarto em frente a eles. – “O sobrenome dela é Lee.”

 

“E-Ela é esposa do Hyun Jae?”

 

“Sim... Coincidência não?” – Sorriu torto. – “E ela... Está grávida! Está tão lindinha a barriguinha dela.” – Comentou, fazendo Luhan perceber o quanto sua mãe estava nervosa. Ela sempre falava sobre mil coisas ao mesmo tempo quando estava aos nervos. – “Enfim...” – Suspirou. – “Um dia eu estava vindo para cá... Cuidar de seu pai... E ela estava conversando com o marido... Sabe, tirando o cabelo... Ele não mudou muito.”

 

“Você... Foi falar com ele?”

 

“Fui.” – Respondeu timidamente. – “Algo me dizia para perguntar se ele sabia de você... E... Bem... Ele sabia.”

 

“Sabe... Ele não me abandonou e nem me expulsou da vida dele.” – Juntou suas forças para falar sem parecer muito abalado.

 

“Luhan...” – Suspirou fundo. – “Eu... Sei que não vai adiantar muito agora... E você talvez nunca mais me perdoe... Ou perdoe seu pai... Mas você veio... Do outro lado do mundo... Quer dizer que se importa, pelo menos um pouco... Não é?”

 

“Ou talvez eu não queira carregar nenhuma culpa comigo.” – Respondeu, tentando parecer indiferente.

 

A mulher fechou os olhos com força e suspirou, tentando controlar suas lágrimas que se acumulavam em seus olhos. Abaixou o olhar e viu na mão do filho um anel dourado brilhante, subiu o olhar e viu também o pulso tatuado de Luhan.

 

“Você... Se casou?” – Perguntou com um sorriso indecifrável no rosto, mas que se fosse chutar, Luhan diria que era um sorriso triste.

 

“Casei. Mas não se anime... Eu me casei... Com ele.” – Virou o olhar na direção de Sehun que estava encostado na parede do corredor, com as mãos nos bolsos enquanto assistia tudo de longe.

 

“O-Oh... Isso é possível?”

 

“Lá nos Estados Unidos é.” – Comentou e logo levou a mão até a nuca coçando-a, estava visivelmente incomodado. – “Enfim, você me pediu para vir logo... Porque o meu pai estava morrendo e ele queria falar comigo para ir em paz...” – Apertou a pele de sua própria nuca em nervosismo ao pensar naquele momento que se encontrava.

 

Quando recebeu a ligação de sua mãe ficou perdido e sem saber o que fazer. Custou a acreditar que depois de tanto tempo ela estava ligando para ele desesperada e suplicando para que voltasse para a China, pois seu pai estava morrendo e queria seu perdão. Ficou dois dias em claro pensando no que fazer, sendo acompanhado por Sehun nessas noites sem sono, ambos conversando sobre o que seria melhor... E sobre o que Luhan queria fazer.

 

Por fim, Luhan decidiu que queria ir ver seu pai... Uma última vez.

 

“E-Ele... N-Nós... Sentimos tanto a sua falta... Luhan...”

 

“Não parece... Deixaram isso se arrastar por tantos anos.”

 

“Nós não tínhamos ideia de como te achar! Imaginávamos que estava com seu amigo Hyun Jae... Mas não sabíamos nada dele também...”

 

“Hm.” – Murmurou.

 

“Eu perdi tanto da sua vida...” – Falou com tom de voz perdido em tristeza. Pegou a mão do filho, deixando-a entre a sua e a acariciando; olhou por alguns minutos a aliança e depois se levantou para perguntar. – “Quanto tempo... Estão casados?”

 

“Um ano.”

 

“Oh, só?” – Deu um sorrisinho fraco. – “Estão juntos tem quantos anos?”

 

“Juntos, juntos mesmo... Oito anos. Mas tivemos... Um ano... Conturbado... antes de assumirmos um namoro...”

 

“N-Nossa... É muito tempo...”

 

“Sim.” – Respondeu desviando o olhar da figura de sua mãe para a de Sehun. Luhan não conseguia evitar se sentir incomodado com aquilo tudo. Pensava em sair correndo e voltar com Sehun para os Estados Unidos.

 

“E... Está feliz?”

 

“Mais do que feliz.” – Respondeu com veemência.

 

“Que bom... Isso... É bom...” – Outro sorriso triste e saudoso se formou nos lábios cheinhos da mulher que subiu com seus dedos até o pulso de Luhan. – “O que está escrito?”

 

“Maktub.”

 

“Que isso?”

 

“Provérbio árabe que significa está escrito.”

 

“Destino?”

 

“Sim...”

 

“É... Sobre ele...?”

 

“Sim, é.”

 

“Você... Deve amá-lo muito.”

 

“Muito.”

 

“Eu... Não pude estar presente quando você o conheceu... Ou quando sofreu com alguma briga que tiveram... Ou quando sentiu o friozinho na barriga quando se encontrou com ele e percebeu que era paixão... Não pude ver... Seu casamento... O que faz da vida, Luhan? E ele?”

 

“A gente tem que fazer isso mesmo?” – Perguntou olhando ao redor, ainda se sentindo incomodado com tudo aquilo. – “Não quer que eu só entre e fale com meu pai?”

 

“Por favor... Luhan...” – Suplicou e o rapaz suspirou profundamente.

 

“Sou sócio... Dono... De uma agência de modelos e o Sehun é modelo.”

 

“Desistiu do turismo?”

 

“Trabalhei com o turismo por muito tempo... E estou gostando de mexer com a moda... Mas não, não desisti. Meus planos são de abrir uma agência de turismo.”

 

“Você pensa alto...” – Sorriu soprado. – “Como seu pai.”

 

“Hm...”

 

“Fico feliz em saber que sua vida se ajeitou... Luhan...”

 

“Também fico.”

 

“Luhan...”

 

“Sim?”

 

“Eu posso... Te abraçar?” – Perguntou em tom choroso.

 

Luhan respirou fundo e ficou um tempo olhando a mulher antes de respondê-la. – “P-Pode me dar licença um minuto?” – Pediu e logo se afastou de sua mãe, caminhando a passos rápidos até Sehun.

 

“O que foi, Luhannie?”

 

“E-Eu não sei se consigo...” – Disse com a voz embargada. – “Eu não sei o que fazer... Ela pediu um abraço... E...”

 

“Só abrace-a, amor.”

 

“Eu... Não sei se quero...”

 

“Você cruzou o mundo para isso, Luhannie.” – Falou com um sorriso singelo enquanto acariciava o rosto do mais velho. – “Luhan... Eu sei que você sofreu... Eu sei que foram dez anos difíceis e ouviu coisas que não merecia ouvir... Mas... Guardar rancor não vai ser bom pra ninguém.”

 

“Hm...”

 

“Você me perdoou anos atrás...”

 

“Foi diferente.”

 

“Sim... Eles são seus pais, eu não era nada seu.”

 

“Eles eram meus pais, deviam me aceitar e me apoiar.”

 

“Mas falharam...”

 

“Por dez anos.” – Disse com ressentimento.

 

“Mas estão tentando arrumar isso.” – Afagou o cabelo do menor. – “Você quer perdoar... Você quer ter o amor de seus pais de volta. Eu sei que o tempo que perderam não vai voltar, mas podem ter um novo tempo... Melhor do que o último que tiveram.”

 

“Sehunnie...” – Falou com medo.

 

“Vai dar certo...”

 

“V-Vem comigo? Eu... Eu quero ver... Se aquele olhar de repulsa dela de anos atrás vai voltar quando... Te ver comigo...”

 

“Se fosse voltar, já teria voltado quando soube da gente.”

 

“Hm...”

 

“Mas eu vou com você.” – Sorriu e desceu sua mão até a de Luhan, entrelaçando-a a sua.  – “Vamos.” – Caminharam juntos, no ritmo de Luhan, que a cada passo ia respirando e acalmando seu coração desesperado.

 

“Mãe... Esse é meu companheiro. Oh Sehun.”

 

“O-Olá...” – Sorriu timidamente. – “Sinto muito conhecê-lo nessa situação.”

 

“Tudo bem... É um prazer, Sra. Lu.” – Se curvou para a mulher logo depois de se comunicar com seu chinês quase perfeito que ele foi aprendendo com o tempo ao lado de Luhan.

 

“O prazer é meu... E...” – Antes de terminar sua fala, a mulher de cabelos que começavam a ficar grisalhos abraçou Sehun, enterrando seu rosto no peitoral do mesmo e chorando. – “Obrigada... Por cuidar dele por todos esses anos.”

 

Sehun, pego de surpresa, ficou alguns segundos sem saber como agir, mas decidiu fazer o que era mais sensato. Envolveu a mulher em seu abraço, acariciando-a nas costas e olhando para Luhan, que segurava o choro.

 

“De... Nada. Cuido dele com o maior prazer.” – Afagou os fios em cima da cabeça daquela senhora que se mostrava tão frágil enquanto chorava no colo de um desconhecido, mas depois a afastou de si, sorrindo, enquanto a virava para Luhan. – “Acho que está precisando de outro abraço agora.” – Olhou firme dentro dos olhos do menor, que engoliu em seco.

 

“Luhan... Meu... Pequeno...” – Ela sussurrou entre soluços. – “Me... Perdoe... Por favor.” – Uniu as mãos em prece, colocando-as perto do peito e caminhando até o menor.

 

“Mãe...” – O menor chamou, seus olhos brilhando ainda mais devido às lagrimas. – “Perdoo... Claro que perdoo...” – Falou ao abraçar a mulher, envolvendo-a com carinho junto a seu corpo. O abraço durou longos minutos, com ambos sussurrando palavras carinhosas e saudosas um para o outro enquanto Luhan afagava os cabelos de sua mãe.

 

“Eu fui horrível... Eu sinto muito... Eu nunca me perdoei por isso... Eu...”

 

“Shiii... Já foi.” – Luhan disse sorrindo em meio às lagrimas. – “Vamos superar esse momento... Vamos construir... Lembranças melhores.” – Olhou para Sehun sorrindo e este acenou positivamente com a cabeça, sorrindo orgulhoso para o namorado.

 

------------------爱情------------------

 

Depois dos abraços trocados com sua mãe, Luhan, Lu Fang e Sehun foram acalmar os ânimos na lanchonete do hospital, enquanto o Sr. Lu não acordava da sedação.

 

“Ele vive sedado, para não sentir dores.” – A Sra. Lu disse para o filho, que apertou com força a mão de Sehun entrelaçada à sua. – “O câncer tomou praticamente o corpo todo.” – Suspirou e ficou olhando para um ponto fixo.

 

Sehun suspirou e decidiu começar qualquer conversa para evitar aquele clima fúnebre antes da hora. Então fez a Sra. Lu sorrir ao contar sobre o dia da cerimônia de casamento dos dois.

 

Comentou sobre alguns outros momentos da vida dos dois, vendo o olhar de Lu Fang brilhar ao poder saber mais da vida do filho, mas o momento alegre deu uma esfriada assim que a enfermeira veio avisar que o paciente do quarto 205 estava acordado e chamando pela Sra. Lu.

 

Caminhar voltou a ser algo difícil para Luhan, pois a cada passo que dava, mais próximo da porta do quarto onde seu pai estava ele ficava. Percebendo o dilema do chinês, Sehun passou o braço ao redor dele, trazendo-o mais para perto de seu corpo e caminhando junto.

 

“Fique calmo.”

 

“Eu vim me despedir do meu pai, Sehunnie...”

 

“Seria pior se ele partisse sem você conseguir dar tchau...” – Apertou com força o ombro do menor e ficou acariciando o braço do mesmo enquanto via a Sra. Lu abrir a porta do quarto.

 

“Querido...” – A voz doce da mulher ressoou pelo local fazendo um senhor magro e abatido olhar para ela. – “Ele... Chegou.” – Sorriu largamente para o marido, não conseguindo conter as lágrimas.

 

“Lu... Han...” – O homem disse ainda meio afetado pela medicação da sedação.

 

“Sim, querido. Luhan...” – Respondeu ao pegar uma das mãos do marido que estava deitada em cima do lençol claro do hospital. – “Entrem, Luhan... Sehun.”

 

“Sehun?” – Perguntou confuso.

 

“É... O companheiro do Luhan.” – Sorriu e acariciou a mão do marido. – “Ele faz muito bem ao nosso filho... Você irá gostar dele.” – Respondeu e levantou a cabeça, vendo Luhan andar amparado pelo maior.

 

“Meu... Filho...” – O homem falou, ainda ignorando a outra pessoa que entrava com Luhan, focando-se somente no fato de poder ver o filho mais uma vez. – “V-Você veio... Mesmo...”

 

“V-Vim...” – Luhan comentou com a voz trêmula, sendo conduzido por Sehun para se aproximar ainda mais da maca daquele senhor.

 

“Eu... Eu...” – Forçava a falar algo, porém a dor e a emoção o impediam de formular algo muito elaborado.

 

“Pai...” – Luhan tomou coragem ao dizer. – “Não... Não se force demais...” – Falou com sua voz começando a ficar embargada. – “P-Por favor...”

 

O homem fechou os olhos e os forçou, como se quisesse que com esse ato se livrasse de uma vez da sensação causada pelos remédios. Levantou a mão, com cuidado por causa da agulha que estava em sua veia na direção de Luhan que entendeu prontamente o gesto. Com as mãos trêmulas, o rapaz segurou a mão de seu pai entre as suas... Sentindo uma mistura de sensações: saudade, tristeza, dor, medo...

 

“Eu...” – Engoliu em seco, e respirou fundo, tentando controlar as lágrimas que se formavam. – “Senti... Sua falta... Meu filho...” – Os olhos do mais velho começavam a brilhar com mais intensidade devido às lágrimas, e muitas delas não conseguiam mais se segurar e iam escorrendo pela face enrugada e marcada pelo tempo e pela dor. – “P-Per...” – Engasgava em suas palavras devido ao choro e à emoção.

 

“Pai... Está tudo bem...”

 

“N-Não... Eu... Eu preciso... Pedir.” – Respirou e continuou. – “Perdão... Perdão... Luhan. Eu... Eu fui idiota.... Eu...” – Suspirou e engoliu, tentando aliviar a dor. – “Eu percebi... Tarde... A burrice... E... Doente... Percebi... Percebi o quanto... O quanto existe tanta... Coisa... Pequena...” – Respirou mais uma vez. – “Se... Se a gente... Não se estressasse sem motivo com coisas... Pequenas... A vida seria... Mais simples. Existem coisas mais importantes... Eu aprendi com a dor... Mas... Eu aprendi. E uma dessas coisas... É o amor. Eu... Eu te amo... Independente com quem... Você esteja... Junto... Luhan... Meu filho... Desculpe... Eu... Aprendi... Tarde... Demais.”

 

“Não foi tarde demais... Pai...” – Respondeu, também já se desfazendo em lágrimas. – “Não foi... Eu estou aqui.”

 

“M-Mas... Eu... Perdi... Tanto... Da sua vida...”

 

“Shiii... Não pense nisso, pai. Eu estou aqui. Eu estou aqui com o senhor...” – Abraçou o mais velho como pôde, depositando sua cabeça no peito do mesmo, escutando o bater do coração de seu pai. – “Só... Vamos... Aproveitar isso enquanto ainda podemos...”

 

“Luhan... Eu te amo, meu... Filho...”

 

“Eu também... Eu também amo você, pai.”

 

“Me... Perdoe...”

 

“Perdoo.” – Luhan comentou ao levantar a cabeça e olhar no fundo dos olhos de seu pai. – “Eu te amo, pai...”

 

O Sr. Lu ainda aguentou mais algumas horas, conversando com Luhan, Sehun e sua esposa, sabendo algumas novidades e também descobrindo mais da vida de Luhan que não pôde participar. Antes de fechar seus olhos para sempre, chamou Sehun e Luhan para perto de sua maca e abençoou os dois, dizendo que estava feliz em deixar seu filho nas mãos de alguém tão especial, e ainda terminou dizendo:

 

“V-Vocês... Se parecem... Sabiam... Que dizem... Que almas gêmeas se parecem?” – Sorriu, um sorriso calmo e tranquilo, enquanto segurava tanto a mão de Sehun quanto a de Luhan junto à sua. Depois daquelas palavras que fizeram Luhan sorrir para Sehun, o Sr. Lu fechou os olhos... Para sempre.

 

------------------爱情------------------

 

“Você tem certeza que... Quer ficar aqui, mãe?” – Luhan perguntou assim terminou de fechar sua mala. Quatro dias desde o funeral de seu pai se passaram, mas ele e Sehun haviam decidido continuarem mais alguns dias ao lado da Sra. Lu, dando o apoio que precisava.

 

“Aqui é meu lugar, Luhan. Me levar para o ocidente? Sem entender nada? Não... Melhor não.” – Sorriu.

 

“Vai ficar bem aqui?”

 

“Vou querido... Vou.” – Sorriu. – “Virão me visitar, não é? Não vai visitar apenas... A sua... Omma na Coréia, né?” – Comentou com incômodo na voz.

 

“Senhora Lu Fang... Está com ciúme da minha sogra?” – Luhan comentou rindo.

 

“Não... Nem posso ter ciúme... Ela cuidou de você enquanto eu fiz o contrário...”

 

“Hey... Isso já passou, ok?” – Falou sorrindo e abraçando sua mãe. – “A vida é curta demais... Para vivermos remoendo mágoas.” – Beijou o alto da cabeça da mulher e sorriu. – “Eu te amo, mãe.”

 

“Também te amo... Querido.” – Se aconchegou no colo do filho, tendo o apoio que precisava.

 

------------------爱情------------------

 

“Vocês o que?”

 

“Vamos nos mudar para Miami.” – Luhan comentou risonho. – “Já conversei com o Alex e vamos transferir a sede da Al Models para lá. Deixaremos aqui a escola de modelos, mas todo o financeiro ficará lá comigo.”

 

“Uau, conquistou a confiança do Vivaldi.” – Chanyeol comentou brincalhão.

 

“É Valdi! Até hoje não sabe falar o nome dele, Chanyeol?” – Kyungsoo comentou irritado.

 

“Ele é idiota, Kyungsoo... Ele come capim porque gosta, sabe? Esse burrão. Ele sabe o nome do Alex, mas é tonto assim mesmo.” – Luhan comentou rindo e fugindo da almofada que Chanyeol tacava em si.

 

“Vocês estão certos de que querem se mudar?” – Jongin perguntou.

 

“Sim... Luhan se encantou com o lugar depois que fomos fazer um desfile lá. E ele já está negociando para abrir a agência de turismo lá.”

 

“Mas... São vinte horas de distância de Nova York a Miami de carro!” – Chanyeol choramingou. – “Muito mais do que quando eu fui morar em Seul!”

 

“Sabe Chanyeol, inventaram uma coisa incrível chamada avião... Pelo que dizem ele diminui bastante a duração da viagem.” – Luhan respondeu revirando os olhos.

 

“Idiota!” – O maior de todos murmurou com um biquinho infantil e foi consolado por Baekhyun.

 

“Mas é assim mesmo... Eles se casaram, cresceram, e vão nos abandonar.” – Baekhyun comentou fingindo tristeza.

 

“Vocês sabem que avião existe? Nós sempre estaremos visitando vocês e vocês também terão que nos visitar!” – Sehun disse rindo. – “Eu terei muitos trabalhos por aqui e o Luhan também.”

 

“E parem de drama, logo vocês mesmos estarão casados depois daquele pedido via rede mundial no desfile.” – Luhan comentou com um sorrisinho torto. – “Assim como o Jongin e o Kyungsoo logo deixarão esse noivado de séculos e também ficarão juntos. Ou queriam viver os três casados embaixo do mesmo teto?”

 

“Não, mas pelo menos perto...” – Chanyeol murmurou infantilmente.

 

“Awwwn, meu dumbo foi muito mimado.” – Luhan comentou acariciando as orelhas de Chanyeol como se o mesmo fosse um cachorrinho.

 

“Ok, acho que não vou sentir mais tanta falta como pensei...”

 

------------------爱情------------------

 

Sehun acordou com alguns raios solares burlando a cortina meio fechada de seu quarto; remexeu-se e com muita relutância abriu os olhos, agradecendo mentalmente por não ter que trabalhar naquele dia. Virou-se para o lado, vendo Luhan dormir confortavelmente com a cabeça enterrada no vão do seu pescoço e o braço em cima de seu tórax. Sorriu de forma singela, sentindo cócegas nas vezes que a respiração calma de Luhan se chocava com sua pele.

 

Levou sua mão até a do mais velho, segurando-a com carinho e prendendo sua atenção na aliança dourada que repousava naquele dedo anelar da mão esquerda. Subiu o olhar fitando a tatuagem compartilhada consigo e sorriu mais largamente ao dizer mentalmente o significado daquela palavra, mais uma vez. De repente, como em um filme, Sehun viu todos os momentos de sua vida com Luhan passarem em sua cabeça.

 

Lembrou-se da sensação de encontrar Luhan pela primeira vez naquela biblioteca, o frio na barriga e o coração acelerado (emoções que continuavam em seu corpo depois de todos esses anos, principalmente quando estava louco de saudades do companheiro e queria voltar logo para seus braços); lembrou-se das primeiras aulas, sentindo um arrepio percorrer sua espinha; da primeira vez transando com Luhan, que ele achava que ia explodir com tantos sentimentos dentro de si; da dor da burrice que cometeu e da felicidade ao ver Luhan o perdoando e voltando para si. Cada momentinho ali, guardando em sua mente, tatuado em sua vida.

 

Sorriu mais uma vez, segurando a mão de Luhan com a sua esquerda e levando a sua direita de encontro com a de Luhan, brincando com os dedos do menor antes de entrelaçá-los.

 

“Bom dia.” – Foi surpreendido com a voz melodiosa do mais velho. Virou seu rosto para o lado e viu aquelas ruguinhas de expressão que tanto amava se formarem enquanto Luhan sorria para si, com aqueles dentes superiores tão perfeitinhos, brilhantes e branquinhos, entrando em contraste com seus lábios cheinhos e rosados.

 

“Bom dia...” – Respondeu sorridente, fazendo suas presinhas aparecerem e seus olhos se fecharem em meias luas. Aproximou-se do menor e roubou um selinho, que logo evoluiu para um beijo mais intenso.

 

“Pensando em mim?” – Luhan comentou se ajeitando na cama, deitando sua cabeça no ombro do mais novo.

 

“Sim... Como sabe?”

 

“Você sempre está pensando em mim.” – Luhan riu e foi acompanhado por Sehun.

 

“Convencido!” – Respondeu implicando, novamente brincando com os dedos alheios até que outra vez uniu as mãos. – “Vê?”

 

“As nossas tatuagens se encontrando ao ficar uma de frente para a outra?”

 

“Sim... São nossos destinos se encontrando, a cada momento que passa.”

 

“E a cada dia que passa, você me fazendo te amar ainda mais.” – Luhan comentou sorridente, depositando um beijo na bochecha do mais novo. – “Nossos destinos sempre se encontram...”

 

“Sim...” – Sehun comentou alegre.

 

“Lembra-se do seu desfile em Dubai?”

 

“Lembro... Foi o primeiro com você sócio do Alex.”

 

“Eu estava conversando com uma menina da produção... Ela é árabe...”

 

“Hm, acho que eu me lembro desse momento. Eu ia falar com você, mas o Jongin me chamou para nos prepararmos...”

 

“Eu perguntei para ela se ela acreditava nesse provérbio... Maktub...”

 

“É? Por que nunca me contou?”

 

“Não sei...” – Sorriu sem jeito. – “Acho que eu queria entender o significado por mim mesmo antes de contar.”

 

“E o que ela falou?”

 

“Ela disse que muitos acreditam mesmo que Alá escreveu o destino da gente em um mármore... E prende esse mármore em nós, para que assim, possamos seguir nosso destino... Mas ela disse também que muita gente não gosta de pensar assim, porque se sente... Presa... Sem livre arbítrio.”

 

“Hm...” – Sehun murmurou, como se estivesse ponderando os dois pensamentos.

 

“Mas aí ela falou... Que acha que não perdemos nosso livre arbítrio, nós o temos quando decidimos se vamos ou não... Viver o destino que nos foi escolhido.”

 

“Como assim?”

 

“Eu também não entendi na época... Por isso não te falei nada.” – Riu. – “Mas eu entendi depois de um tempo... Bem, pelo menos foi o que eu interpretei.”

 

“E o que interpretou?”

 

“Estava escrito... Na linha da minha vida... Te encontrar. Estava escrito que você seria o amor da minha vida... Mas sabe... Muitas vezes as pessoas não ficam com o amor da vida delas...”

 

“Não. Às vezes a vida sacaneia e separa... Às vezes as pessoas ficam sozinhas, outras vezes encontraram outros amores... Que nunca vão se comparar ao amor da sua vida.”

 

“Isso. É aí que nosso livre arbítrio entre... E entrou na nossa história. Eu poderia te conhecer fora de Gyeongju mesmo se eu não fosse para lá, mas... EU escolhi seguir o destino e aceitar a indicação do Hyun Jae... Fui para Gyeongju, te encontrei e... Quando a gente se separou e você veio pedir desculpas, eu fui livre de novo para te perdoar. Eu poderia ter ignorado e ficado com  Hyun Ho... Mas eu não o fiz. Eu escolhi você.”

 

“Entendi... Nós somos livres para escolhermos viver ou não nosso destino...”

 

“Exatamente. E a cada dia que renovamos a nossa escolha de ficarmos juntos... Estamos sendo livres para vivermos o nosso destino... O que estava escrito.”

 

“Livres... Para viver... O nosso... Maktub.” – Sehun sorriu e beijou o pulso de Luhan. – “Acho que devíamos tatuar Freedom no outro pulso. O que acha?”

 

“Gostei!” – Luhan respondeu rindo. – “Sehun...”

 

“Sim?” – Se ajeitou na cama, deixando Luhan a vontade para colocar o queixo em cima de suas mãos que estavam espalmadas no peitoral de Sehun.

 

“Eu serei livre para escolher você... Por todos os dias que ainda tenho de vida.” – Comentou envergonhado, mas foi recepcionado por um sorriso largo e contente do maior.

 

“Eu também... Eu também.” – Fez sinal com a mão para Luhan ir até ele, unindo os rostos. Beijou rapidamente os lábios cheinhos do mais velho e sussurrou. – “Freedom e Maktub.”

 

“Freedom e Maktub!”

 

 

 

Teimei com o destino várias vezes, querendo mostrar para ele que eu me controlava. Ele riu de mim, mas não discordou. Sorrindo me disse “você tem todo poder de escolha em suas mãos”; me achei vitorioso... Até o momento que percebi o que ele queria dizer. Não havia um vencedor, mas sim uma vitória: a nossa. Eu tinha o poder de escolher... E ele o poder de ser escolhido. Nessa minha louca guerrinha com o destino, acabei percebendo que estar com você foi escrito pela vida... E aceito por mim.

 

MAKTUB – FIM.


Notas Finais


Ladies Pavilion http://static.centralpark.com/updata/Image/attractions/ladies-pavilion.jpg e http://acentralparkwedding.com/wp-content/uploads/2012/05/ladies-pavilion-central-park-the-lake.jpg


Beeeem, chegamos ao final de mais uma fic! ;__; isso dói, não importa quantas vezes eu faça ;;; Sempre sinto falta ;;;
Maktub é uma filha não planejada (?) uahuahau. Quando eu escrevia A.V e coloquei as partes de Hunhan nela eu pensava "bem, eu não vou escrever uma side, não vou sofrer por causa da separação deles" uahuahua eu realmente não pensava em ter uma versão Hunhan de AV, mas aí fui vendo as pessoas se apaixonarem por esse casal e pelo Luhan zoero e ficava "meldels, será?" mas sempre desistia, até a dona Dessa pedir falando que eu a fiz shippar Hunhan e ela merecia essa side... Então veio! No começo eu não tinha ideia de como escrever e realmente fiquei com medo de sair aqueeeela merda D: Mas fico feliz em saber que muita gente se encantou com essa história do destino! Espero que tenham gostado e se divertido como eu!
Falando em diversão, se alguém sentiu falta do Luhan zoero, eu quero explicar que.... Maktub tem um enfoque neles, é diferente das participações que eles faziam em AV. Aqui a gente acompanha os dramas, principalmente da vida do Luhan... E bem, nem sempre a gente consegue ficar rindo a toa, não é? Ainda mais em momentos de tristezas. Foi isso que eu quis mostrar, mostrar que o Luhan tinha seus momentos tristes, mas era forte para passar por eles. Que ele é aquele amigo que está brincando o tempo todo, mas está ali para o que der e vier; porque ele é forte. E força foi o que ele mostrou em toda a fic, não? Venceu todo o preconceito e encontrou o Sehunzinho para lhe dar amor, família e tudo que há de bom (?) XD
Muitos acontecimentos nesse último capítulo para fechar Maktub mostrando que os dois venceram os obstáculos e ficaram juntinhos, porque além de estarem destinados a isso.... Eles escolheram isso.
Obrigada a todos que me acompanharam em mais um projeto! Vocês são meus amorecos <3
Espero poder vê-los em breve, se minha faculdade deixar D:
Beijos!


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