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História Maktub - Sakura


Escrita por: DebStr

Notas do Autor


Bueeeeenos, gente linda! Como estão hoje? :)

Em primeiro lugar queria agradecer aos 280 favoritos e aos incríveis comentários que eu recebi diariamente. Pra quem não sabe, eu entrei nesse mundo das fics há pouco tempo e ainda sou nova nesse ramo, porém, o apoio e feedback de vocês me deixam muito animada e eu tenho sempre vontade de trazer novas histórias para todos.

De verdade, vocês são incríveis! <3
Então, obrigada a todos, de coração, e boa leitura!

Capítulo 26 - Sakura


Acordei em um quarto provavelmente feito para uma princesa. O luxo e o requinte de cada móvel talhado à madeira ou os objetos decorativos que pareciam ter saído de séculos passados eram simplesmente inexplicáveis. Até mesmo o carpete e o papel de parede fino aparentavam ser algo extremamente caro.

Eu estava desnorteada e minha cabeça latejava, assim como as marcas roxas que observei em meus braços. Aqueles homens realmente não tiveram pena em me marcar enquanto me seguravam com uma força sobrenatural.

Me sentei na cama com alguma dificuldade. Meu corpo parecia cansado e eu estava levemente tonta, assim como uma leve ressaca após uma noitada. As janelas estavam fechadas, mas as cortinas abertas.

Percebi que a vista por trás delas era de um pasto enorme recebendo as primeiras luzes do sol e entendi que deveríamos estar em algum lugar bem distante de qualquer cidade, como em uma casa de veraneio o mais isolada possível.

Tentei imaginar quanto tempo eu havia dormido. O que provavelmente eram muitas horas, pois minha última memória havia sido na tarde do dia anterior e pelo que parecia o dia seguinte já estava amanhecendo em uma mistura de cores quentes no céu.

Analisei mais minuciosamente meu corpo procurando por qualquer machucado mais sério, mas além dos roxos não vi nada preocupante. Percebi que já não vestia o roupão de antes, e em seu lugar um vestido amarelo florido rodado.

Prendi o ar tensa pensando em quem teria colocado minhas roupas íntimas e por um segundo temi ter sido violentada. Mas não sentia nenhuma dor ou desconforto, então soltei o ar aliviada com a constatação, mas ainda assim vermelha por ter sido visto nua por sabe-se lá quem.

Me preparava para levantar e pensar em alguma maneira de sair pela porta do quarto em busca de respostas, mas como se alguém ouvisse meus pensamentos, logo vi a mesma se abrindo e uma senhora entrar com uma bandeja de café da manhã formada por sucos, pães e frutas.

- Ohayo, Srta.

- O-ohayo. – Eu disse com os olhos semicerrados e desconfiada. – Onde estou? O que fizeram comigo? – Perguntei tentando me levantar, mas meu corpo sem forças cedia provavelmente por conta da droga que ainda estava em meu sistema.

- Por favor, Srta. Não tente se levantar. O Sr. Kabuto irá vir visita-la em breve. Descanse enquanto isso.

 A calma na voz da senhora despertou em mim todo o tipo de desespero que possa existir no mundo.

- Ele me sequestrou, você está ciente disso? Se não me ajudar a sair daqui imediatamente, a senhora se tornará cúmplice disso tudo e pode até ir pra cadeia. – Disse enquanto tentava entender as verdadeiras intenções da mulher que aparentava ter uns 60 anos e cabelos quase totalmente grisalhos.

Ela então se aproximou sem pressa e apenas colocou a bandeja no criado mudo ao meu lado. Ajeitou os óculos que usava e sentou na cama enquanto tocava carinhosamente minha mão.

- Qual seu nome, Srta.?

- Sa-Sakura.

- Prazer, Srta. Sakura. Me chamo Chyo. E querida, entenda quando eu falo que adoraria te ajudar, mas eu estou tão presa nesta casa quanto você.

- Ele a sequestrou também?

- De certa forma... – Ela respondeu com a cabeça levemente abaixada e quando voltou o olhar a mim pude ver os olhos marejados.

Coloquei minha outra mão cima da sua e perguntei:

- O que aconteceu com você, Sra. Chyo? Como veio parar aqui?

- Minha história é longa, querida.

- Nós temos tempo. Por favor, conte.

Ela então suspirou e acatou meu pedido:

- Há muito tempo atrás, minha filha e seu marido, morreram em um acidente de carro, deixando minha neta Ume órfã. E como uma boa avó, eu assumi a criação da minha pequena. Mas.. eu não tinha dinheiro para sustentar nós duas apenas com a aposentadoria. Então precisei arranjar um novo emprego para colocar comida em nossa mesa.

Ela suspirou novamente e continuou enquanto sentia meus dedos apertarem as costas de sua mão.

- Para a nossa infelicidade, fui trabalhar como governante da mansão do Sr. Orochimaru. E Ume se mudou para um quarto dos fundos da casa comigo. O jovem Kabuto tinha 16 anos na época e minha neta acabava de completar 14. Assim que ele colocou seus olhos nela, nunca mais tirou.

Não temos mais nenhuma família no mundo e quando ela completou 17 anos, eles começaram a se relacionar. O namoro durou alguns anos e ambos pareciam extremamente apaixonados. Não demorou para que se casassem assim que Ume atingiu a maioridade.  

E então a senhora não conseguiu mais conter as lágrimas e suas últimas palavras saíram trêmulas pelo choro:

- Minha querida neta... não podia imaginar o quão problemático era seu recém-marido. Extremamente ciumento e possessivo, a ponto de trancá-la por semanas apenas por retribuir um “bom dia” para qualquer outro homem. Ela logo havia engravidado e pelo bem de seu filho não queria se separar, pois o Sr. Kabuto constantemente a ameaçava de que tiraria a criança dela caso tentasse algo. Sua gravidez era de risco por conta da depressão e nervosismo, e por isso fomos trazidas até esta casa, para que ela tivesse uma gestação mais tranquila e pudesse ter o herdeiro sem problemas ou estresse. Porém, infelizmente, Ume não resistiu ao parto e faleceu antes que pudessem salvar a ela e o bebê. E desde então eu estou presa aqui, sendo obrigada a trabalhar como governanta desta casa, onde ele traz as mais variadas mulheres tentando encontrar uma substituta para minha neta.

- Isso é insano! Ele não pode simplesmente sequestrar e ameaçar pessoas e sair impune quanto a isso. Por favor, me diga como posso fazer algo para nos tirar daqui.

- Não tem saída. A parte externa da casa é completamente rodeada por câmeras e seguranças. Também estamos há muitos quilômetros da cidade mais próxima. Já estou presa aqui há 5 anos. E você não é a primeira garota que ele traz. Esse local se tornou seu esconderijo para suprir seus desejos mais sórdidos. Todas as que tentaram alguma coisa acabaram torturadas e mortas. Não desejo que o mesmo destino daquelas pobres garotas se torne o seu. Então, aceite meu conselho e apenas abrace sua nova realidade. Se você tratá-lo bem e não der motivos de desconfiança, ele irá cuidar de você. Nada lhe faltará e ele não irá machucá-la.

- Eu.. não posso aceitar isso, Sra. Chyo. Me perdoe, mas eu tenho alguém para quem voltar e eu lutarei com todas as minhas forças por ele.

Ela a olhou e me ofereceu um sorriso triste. Provavelmente já esperava que eu dificilmente aceitaria aquela situação, assim como todas as outras que já passaram por aqui.

- Sabe... Srta. Sakura, você é a primeira que ele traz para o antigo quarto de Ume. Nenhuma outra pessoa fora permitida a entrada neste cômodo. Seus olhos.. são verdes esmeralda.. iguais aos dela. E seu nome, assim como o dela, são provenientes de uma bela flor. Talvez por isso ele a tenha achado tão valiosa.

- Mas o que ele pretende com isso? Ele tá achando que eu vou me casar com ele ou algo assim? Esse cara não bate bem da cabeça!

- Eu não sei o que ele pretende, querida. Apenas saiba que Sr. Kabuto realmente não é um homem comum, principalmente após parar com a terapia e a medicação imposta pelos médicos. Ele realmente não conseguiu superar a segunda e terceira maior perda de sua vida, que seria sua esposa e seu filho. E desde então ele busca uma mulher que possa de certa forma trazer sua família de volta.

- Bom, definitivamente precisamos fazer algo quanto a isso. E se não conseguirmos sair dessa casa, precisamos que alguém de fora nos resgaste. Provavelmente não tem nenhum telefone por aqui, não é?

Chyo balançou a cabeça negativamente enquanto eu levava minha mão ao meu queixo pensando em outra alternativa.

- Os seguranças.. eles têm celular?

- Apenas o chefe de segurança, Suigetsu. Mas é impossível chegar perto dele e dificilmente uma garota como você conseguiria tirar o aparelho daquele homem. Ele é um brutamontes!

- Você disse que eu devo ser valiosa para Kabuto, certo? Então eles dificilmente me machucariam de verdade, pois o chefe deles ficaria transtornado.. – Eu comecei e Chyo arregalou os olhos tentando entender onde eu queria chegar. – Eu tenho um plano! – Disse por fim e Chyo foi até a porta apenas para confirmar de que ninguém estaria nos ouvindo.

 

---



- SR. SUIGETSU, SR. SUIGETSU!!!! ELA ESTÁ DESCONTROLADA! – Chyo gritava pela porta enquanto eu me preparava para o maior show de minha vida.

O segurança logo adentrou o quarto e quando vi que outros dois também estavam atrás do homem, joguei o copo de vidro que continha meu suco de café da manhã na porta, fazendo Chyo a fechar bruscamente avisando do perigo de que ela e os outros dois se cortassem com os cacos.

 

Pelo visto eles concordaram com a senhora, e esperaram Suigetsu cuidar de mim, que pela diferença de tamanho, obviamente ele não teria problemas em me aquietar de vez.

A xícara de café, ainda extremamente quente, estava em minhas mãos e apenas pude ouvir o homem me xingando enquanto vinha em minha direção raivoso e pronto para me segurar. Então em um movimento certeiro, joguei o líquido escuro em seus olhos, e o homem logo se jogou no chão enquanto levava as mãos nas áreas queimadas.

E ali, naquele segundo, eu pude ver seu celular escorregando de seu bolso diretamente para o chão. E aquela era a minha chance. Eu precisava ligar para Sasuke e avisar que estava bem e que Kabuto estava por trás de tudo. Tinha certeza que ele descobriria meu paradeiro e me buscaria em pouco tempo.

Peguei o aparelho com as mãos trêmulas e chutei o tal Suigetsu entre as pernas deixando-o ainda mais impotente e incapaz de se levantar. Antes que ele pudesse gritar algo, coloquei uma maçã em sua boca e em seguida, forcei um de seus dedos na área de reconhecimento digital do celular.

Disquei o número que sabia de cor e pra minha sorte Sasuke atendeu na primeira chamada. Mas antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, a porta já havia sido arrombada pelos outros dois seguranças que ouviram o murmúrio choroso de Suigetsu. Puxaram o celular bruscamente e o jogaram no chão pisoteando-o.

Vi que os homens já se aproximavam de mim quando uma voz saiu da porta do quarto e me trouxe arrepios.

- Minha flor. Você não pode sair agredindo meus seguranças assim. Eu sei que você estava com saudades, mas eu precisei resolver alguns assuntos antes que você acordasse.

- DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO, SEU PSICOPATA? – Eu gritei com raiva na voz e no olhar.

- Você a ajudou com isso, Sr.Chyo? – Kabuto ignorou meus gritos e se virou para a senhora com um tom de voz calmo, mas claramente ameaçador.

- NÃO, ESSA VELHA NÃO ME AJUDOU EM NADA! EU FIZ TUDO SOZINHA, SEU MALUCO! – Eu menti, já que graças a Sra. Chyo meu plano de ligar para Sasuke havia dado certo. - SE VOCÊ ACHA QUE ISSO VAI ACABAR BEM, ESTÁ MUITO ENGANADO! – Eu continuei, vendo-o se aproximar e passar pelos seguranças à minha frente.

Kabuto colocou o dedo indicador em minha boca, como que pedindo para que eu me calasse. Seu olhar era medonho e naquele segundo eu temi por minha vida.

- Bom, não sei para quem você ligou. Mas acho que o ideal é sairmos daqui, minha flor. Ainda não tive nem chance de tê-la só pra mim, oras. – Ele disse tocando minha bochecha enquanto eu sentia meu corpo paralisar de medo com aquelas palavras.

Mas conforme o ódio e o nojo foram se apoderando de mim, eu não pude evitar um tapa em seu rosto com toda a minha força, deixando a marca de meus dedos furiosos em sua bochecha esquerda.

Mas antes que eu pudesse fechar os punhos e machucá-lo ainda mais, apenas senti uma coronhada por trás da cabeça e apaguei mais uma vez, ouvindo os gritos desesperados de Chyo e apenas torcendo para que Sasuke nos encontrasse logo. E de preferência... vivas. 


Notas Finais


E aí, galera? O que acharam do capítulo?

Agora sabemos mais da história do Kabuto. Gostaram de como Sakura conseguiu entrar em contato com o Sasuke? Será que o Kabuto vai conseguir retira-la da casa antes que nosso Uchiha "homão da porra" chegue?

Ah, pra quem não sabe, o nome Ume significa Flor de Ameixeira. E Kabuto se interessou por Sakura dessa forma extremamente doentia por suas semelhanças com a ex-mulher. Espero que tenha feito sentido hehehe

Beijocas e até quinta!
#HappyBirthdayUchihaSakura <3


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