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História Mala Santa - II - Estoy pa' perder la cabeza...


Escrita por: klangdon

Notas do Autor


BOA LEITURA!

Capítulo 2 - II - Estoy pa' perder la cabeza...


Retornamos do almoço por volta das 2hrs da tarde. Enrolamos bastante no restaurante. Quando entramos na antessala do estúdio vimos Becky cantando através do vidro. Ela estava de olhos fechados, concentrada nos gritos que estava dando. Quer dizer, devo admitir que a voz dela é incrível, e ela só grita porque tem potência vocal pra isso. Ao abrir os olhos ela teve a grata, ou nem tanto, surpresa de nos ver a observando. Ela se desconcentrou e acabou não cantando junto com a música. O produtor que estava operando a mesa de som parou a música e a encarou.

– Desculpe. Vamos de novo. – Becky falou para o produtor e depois me fitou. Percebi a raiva dela e sorri de canto sarcasticamente. Me juntei aos meninos no canto da sala para esperarmos um pouco. Nós saímos pra almoçar, mas a “estrela” e Maluma também saíram, assim pouca coisa foi adiantada por eles. A mesma mocinha simpática que nos recebeu quando chegamos nos levou até outro estúdio onde começamos a gravar nossas partes na música com a supervisão de um assistente do produtor. Como sempre, quando estamos no estúdio costumamos brincar muito. Toda hora nosso empresário nos lançava um olhar desaprovador, mas é impossível ser totalmente sério e profissional quando se está entre amigos. Cada um de nós cantou partes na música, assim depois junto com o Maluma e o produtor nós decidiríamos qual voz se encaixou melhor em cada solo. Nos chamaram de volta para o outro estúdio. Becky estava sentada em um canto da sala, o canto contrário em que nós sentamos das outras duas vezes. Ela nos olhou atenta enquanto entravamos, porém quando nos acomodamos nas cadeiras a morena desviou os olhos expressivos para o outro lado. Ficar no mesmo ambiente que ela estava se tornando até... intrigante.

(...)

Becky saiu do estúdio e um tempo depois senti necessidade de fumar. Pedi licença aos meus colegas de trabalho e saí. Em todos os corredores, placas sinalizavam que fumar ali era proibido.

– Onde posso fumar? – Perguntei para a primeira pessoa que vi pela frente mostrando meu cigarro.

– Siga o corredor, no final tem uma porta. Lá você poderá fumar tranquilamente. – A mulher me indicou o caminho prontamente. Sorri em agradecimento e comecei a caminhar.

Assim que abri a tal porta tive por um segundo uma visão agradável. Eu vi a silhueta de uma mulher, de costas, o que fez com que meus olhos se prendessem maliciosamente na bunda da tal mulher. O desagradável foi perceber que a mulher gostosa era Becky. Fechei a porta fazendo barulho e ela olhou para mim rapidamente, surpreendida por não estar sozinha ali. O local era provavelmente os fundos do estúdio, com um jardim muito bonito. Ela desviou o olhar para frente, porém observando o rosto dela de lado, pude perceber que ela não parecia muito bem. Estava pálida e mantinha uma das mãos no peito. Suas feições demonstravam preocupação.

– Você está se sentindo mal? – A pergunta pulou dos meus lábios assim que retirei o cigarro já aceso do meio deles. Não que eu realmente me preocupasse. Foi mais curiosidade mesmo.

– Um pouco. – Ela respondeu seca sem ao menos me olhar.

– O que você tem? – Tentei entender melhor.

– Um mal estar, apenas. Deve ter sido alguma coisa que eu comi.

– Ou talvez você tenha comido mais do que devia. – Respondi com um ar de riso irônico e então ela me encarou furiosa. Sei o quanto as mulheres odeiam que comentem sobre seu peso.

– E com certeza você sempre fala mais do que devia. – A morena retrucou com puro ódio nos olhos. – Christopher, seu nome, não é? – Apenas assenti confirmando e soltei uma rajada de fumaça na direção dela. Talvez ela se engasgasse e morresse. Ok, não funcionou, ela nem se incomodou com isso. – Eu acho melhor você ficar quieto e controlar essa sua boca.

– Porque eu deveria? – Me aproximei mais dela. – Eu só dei uma sugestão para a causa do seu mal estar. – Usei a falsa inocência pra provocá-la um pouco.

Becky riu ligeiramente, mesmo que não tivesse graça. Era só sarcasmo.

– Quem é você garoto?! Você e a sua bandinha não são nada. Eu nem sei por que o Maluma trouxe vocês aqui. Sinceramente, até que vocês me surpreenderam um pouco, porque achei que o sucesso de vocês acabaria mais rápido, mas eu sei que isso vai acontecer, e não vai demorar.

Finalmente ela colocou as garras pra fora e nos insultou diretamente.

– Não. – Sorri no mesmo sarcasmo dela. – Quem é você?! Vive tentando alavancar a carreira nos Estados Unidos, mas nunca consegue.

– Garoto, você tem noção de quantos prêmios eu já ganhei?! – A voz dela se exaltou um pouco. – Você nem sabe o que a palavra sucesso quer dizer.

– O que adianta ganhar vários prêmios e não ter caráter?! Qual é a vantagem de bancar a famosa, mas na verdade não passar de uma vadia ridícula?! Me conta! – Provoquei ainda mais e os lábios dela se entreabriram. Ela estava chocada com minha atitude de enfrentá-la. – Você nos tratou muito mal...

– E por acaso você sabe se tive motivos para tratar seus amiguinhos e você com indiferença?! – Ela me interrompeu com a voz ainda exaltada. – Sabe?! Não sabe. Você não sabe nada sobre quem eu sou e sobre minha vida, criança. – Becky cuspiu as palavras como se me lançasse facas pontiagudas.

– Realmente eu não ligo nem um pouco pra porra da sua vida inútil. – Proferi as palavras com força e ela ficou ainda mais indignada, fazendo com que a raiva preenchesse totalmente o rosto levemente maquiado dela, porém antes que ela me respondesse algo a porta abriu fazendo barulho e nos tirando da atmosfera tensa. Só então mexi meu corpo e notei o quanto estávamos próximos. Zab nos encarou confuso e certamente notou que o clima entre nós não era muito saudável.

– Está tudo bem aqui? – Ele tirou os olhos cautelosos de Becky e os pousou em mim.

– Claro! Porque não estaria?! – Respondi leve e voltei a fumar meu cigarro.

– O Maluma está chamando vocês... – Ele ainda estava desconfiado, e tinha razão.

– Eu vou só terminar de fumar e já volto. – Olhei para o lado e Becky encarava o nada ignorando completamente a minha existência e a do garoto. – E você Becky? Vai continuar me fazendo companhia ou irá entrar? – Quando ela finalmente me olhou, sorri de canto sendo o mais imbecil possível.

– Vou entrar. – Ela revirou os olhos e passou pela porta quase bufando de raiva.

– O que você fez Chris? – Zab perguntou preocupado, quando ela já não poderia nos ouvir.

– Nada. Eu sinceramente não fiz nada. – Menti com a cara mais inocente que a parte artística em mim permite.

– Hum... – O garoto me fitou por alguns segundos. – Termine esse cigarro logo. – Ele falou antes de fechar a porta e me deixar sozinho repassando a conversa nada amigável que tive com Becky.

(...)

– Eu acho que nós já trabalhamos demais por hoje! – Maluma falou do nada. – Vamos voltar para o hotel em que estamos hospedados, descansar um pouco e mais tarde eu quero todos vocês se divertindo em um bar comigo. – Completou animado. Até então nós não sabíamos que estávamos no mesmo hotel que a famosinha. Ótimo.

– Seria legal, mas...

– Não aceito não como resposta Becky! – Ele interrompeu a vadia que já começava a arrumar alguma desculpa para não sair conosco. – Vamos aproveitar! Trabalhamos duro, então merecemos diversão! Não é, rapazes?!

Concordamos com ele partilhando da mesma empolgação, afinal sair pra beber e ter um momento de descontração são coisas que gostamos muito, até demais. Maluma encarou Becky esperando uma resposta positiva.

– Já que você insiste... – A morena sorriu reto. – Eu vou.

– Isso! Amanhã nós terminamos essas músicas!

Bebida deixa as pessoas mais soltas, verdadeiras e corajosas. Só eu acho que as coisas podem ficar muito interessantes a partir disso? Eu deveria estar me controlando e agindo com cautela, mas esse nunca foi meu estilo.

(...)

Me arrumei colocando uma calça preta básica, uma camiseta sem mangas branca com alguns escritos e meu all star que já não estava tão branco assim, estava mais para encardido. Rich me olhou atento enquanto eu me arrumava e continuou fazendo isso enquanto eu amarrava meu cadarço calmamente. Ele parecia incomodado com algo.

– O que foi Rich? – Perguntei enfim, já impaciente com a expressão dele.

– Nada... – Ele respondeu baixo.

– Fala logo!

– Zab nos falou sobre você e Becky conversando nos fundos do estúdio... Quer dizer, se é que vocês estavam realmente conversando e não brigando. Pelo que ele falou a cara dela não era das melhores e como conhecemos você... Quer me contar o que aconteceu? – O garoto enfim colocou pra fora o que estava o deixando pensativo.

O encarei ponderando se contava ou não o real conteúdo do nosso diálogo. Certamente eles começariam a me vigiar e controlar se soubessem que já discuti com ela. Resolvi que era melhor esconder pelo menos até que a noite acabasse.

– Ela estava passando mal. O Zabdiel não devia sair falando as coisas sem saber de tudo. E nem sabia que ela estava lá. Só vi quando abri a porta e achei que seria estranho se eu fosse embora e evitasse ficar perto dela. Eu estou dançando conforme a música, assim como nos pediram. – Mentir para Richard seria horrível. Omitir nem tanto.

– Você entende o quanto não arrumar confusão com essa mulher é importante, não é? – Os olhos urgentes dele se arregalaram um pouco.

– Claro que entendo! Eu quero que tudo corra bem tanto quanto vocês. – Minha voz demonstrou que eu fiquei até um pouco ofendido com as palavras de Rich. Porém ele tinha toda razão em me dizer essas coisas.

– Eu sei cara. Só estou falando... – Ele deu um tapinha no meu braço e foi continuar se arrumando para sairmos.

Ele realmente me conhece. Sabe que sou do tipo que começa um incêndio. Que gosta de ver no que as coisas vão dar...

(...)


Notas Finais


Se alguém estiver lendo, comente por favor! Beijokas.


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