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História Malcriada - A aposta maldita


Escrita por: HQueenElla

Capítulo 2 - A aposta maldita


Fanfic / Fanfiction Malcriada - A aposta maldita

Escola Imperial Novo Mundo - Zoro POV'S ON

— O que você quer, Mulher Irritante? -perguntei já quase sem paciência-

— Deixa de ser arrogante, Zoro! -Kuina me deu um forte tapa no braço- Ela ainda está sendo educada com você!

— Tsc, não se mete, Kuina!

— Hey, me respeita, seu depravado! -senti um soco seu acertar a minha cara, droga, a minha irmã é forte.

Já íamos começar a brigar, mas alguém interveio quando tentei empurrar a Kuina do banco.

Fiquei sem palavras... Robin colocou seu braço à frente do meu e segurou meu pulso com um pouco de força, o problema era que eu não conseguia me mover.

— Já chega. -a presidente disse séria- Podem até ser irmãos, mas estão dentro da escola. E como alunos, devem respeitar as regras... Nada de brigas!

— Tsc, me solta! -gritei mais irritado ainda, eu não consigo acreditar que essa mulher me parou com apenas uma mão.

— Primeiro, vai se acalmar, e depois eu te solto.

— Senão me soltar, eu farei com que me solte! -bufei-

— Quer apostar? -seu sorriso cínico e irritante me deixara no limite! Aquilo foi a gota! Ainda que estivesse do outro lado da mesa, eu usei minha mão livre para fazê-la soltar-se de mim, Robin sorriu de novo e subiu na mesa, e com sua mão livre, agarrou meu pescoço sem nenhuma dificuldade.

Paralisei. Suas unhas eram relativamente grandes e com certeza devem causar um puta estrago. Todos olhavam a cena com espanto, foi a primeira vez na minha vida que tive que chegar a este ponto contra uma mulher.

— Sua... -eu juro que queria xingá-la-

— Pois bem, Roronoa, vamos fazer o seguinte: eu te livro de uma advertência se ganhar de mim em todas as competições do Festival Cultural, você tem um mês e meio para treinar e me superar, senão conseguir, além de receber a advertência, vai fazer o que eu quiser o resto do ano. Pode ser?

Eu me calei por um instante... Ela tá falando sério? Eu juro que a vi com um sorrisinho besta.

Cerrei mais ainda os punhos e cravei os dentes no lábio inferior.

— Apostado! -falei por fim- Mas se eu ganhar, você fará o que eu quiser o resto do ano e além disso, terá que me chamar de Mestre.

— Ok. Então, também deixarei que você me chame de Escrava... Se você ganhar, é claro.

Sorri diabólico, era com certeza uma bela aposta a se fazer.

Nos soltamos ao mesmo tempo e ela voltou a sentar-se direito à mesa, como se nada tivesse acontecido. Luffy e os outros ainda nos encaravam perplexos, mas admito que gostei de desafiar A Perfeitinha.

 

*

*

*

 

Mas nada foi melhor do que saber que no dia seguinte, eu ficaria o dia inteiro tendo aulas práticas.

O professor, ou melhor, a professora de Educação Física nos encarou com um sorriso do quinto dos infernos! Essa aí deve ser uma problemática em relação a esportes.

— Pois muito bem, Hina será a treinadora geral de vocês até o resto do ano, Hina quer notas altas e muita disposição para aguentarem as aulas práticas. Se você tiver problemas de saúde que o impeçam de fazer as atividades, informe na coordenação e será passado para Hina, se você é preguiçoso... É melhor começar a dar adeus a sua vida boa. Hina não quer saber de brigas e nem de competições idiotas entre si, se quiserem se bater, Hina só tolera no tatame, mais alguma pergunta? -além de ríspida é muito séria. Mas falar seu nome em terceira pessoa a deixa fofinha.

— Sensei... -alguém levantou a mão- Nossas aulas serão mistas ou separadas?

— Dependendo da atividade... Será separada, fora isso, a maioria delas serão juntas e além do mais, irão praticar com a turma seguinte.

— Como assim?

— Vocês são do primeiro ano, certo? Irão ter aulas com o segundo.

— EEEEEEEEEEEEEEEEHHH?! -gritamos desesperados-

Cara, ela pega pesado. O segundo ano é mais experiente, com certeza vão nos massacrar se tivermos torneios contra eles. Foi quando apareceu o pessoal do segundo ano, eles nos cumprimentaram com muita educação e fizemos o mesmo.

— Hoje vamos fazer aquecimento, corrida e vôlei. Os times são mistos, mas  Hina quer primeiro com primeiro e segundo com segundo. -apitou- Todos para trás da linha amarela do ginásio, vocês só saem daí quando Hina mandar!

O ginásio é enorme! Coberto com telhas especiais e tem todo o tipo de equipamento para cada tipo de esporte de quadra. Havia uma quadra oficial de vôlei desenhada no chão, mas além disso, também era usada como quadra de basquete. A quadra de futebol ficava separada por conta do salão de ginástica e o teatro.

O chão era de madeira envernizada e muito bem encerada, a rede de vôlei estava exposta na altura de um campo oficial. Estava bem no alto e de acordo com as marcações das pilastras.

Ficamos nos aquecendo até a professora dizer algo. — Para começar, Hina vai chamar alguns nomes e Hina quer que entrem no campo... Do primeiro ano, Roronoa Zoro. -ela já me marcava-

Eu fui, fazer o quê? E ela foi chamando mais algumas pessoas. Nami, Luffy, um cara que vive emburrado que eu não sei o nome, uma garota de cabelos azulados chamada Vivi e uma baixinha chamada Tashigi.

— Ne, Zoro -Luffy me olhou- Por que eu tô aqui? Eu sou péssimo com vôlei!

— Não é não. -retruquei- Para de preguiça, Luffy!

— Tsc, falou o preguiçoso em pessoa!

— Segundo ano... -a professora apitou- Nico Robin, Hina quer você na linha de fundo.

— Sim Senhora. -ouvi a voz da peste e...

. . .

O QUÊ?! ESSA IRRITANTE VAI JOGAR TAMBÉM?!

Ela me encarou com um sorriso malicioso, corei. Qual é o problema dela?

Hina-sensei chamou o resto do time do segundo ano e por fim, deu a bola para mim.

— Como você está na posição de levantador, Hina vai deixar que use todo o espaço da linha de fundo para sacar.

— Sim Senhora. -apenas concordei depois de analisar a curva de suas mãos. Podem apostar que o tapa dela é pesado demais!

— Comecem! -ela apitou de novo-

Eu saquei a bola e joguei para o outro lado da quadra, e para a minha infelicidade, Ela (a maldita Nico) estava na linha de fundo, recebendo e levantando de novo.

Um cara todo estranho de olhos azuis e tatuagens nas mãos e nos dedos, rebateu para o nosso lado da quadra.

Nami se jogou no chão e levantou a bola, Luffy jogou-a mais ainda para cima e eu rebati para o lado deles, até que... O bloqueio na rede, aquela maldita Presidente e mais uma garota parecida com ela rebateram e fizeram ponto.

Rangi os dentes. O sorriso provocante e cínico dela me atingira.

Após o rodízio deles, Hina apitou novamente e eles sacaram, ficamos quase vinte minutos jogando, foi difícil desempatar. Já tinha gente ralada e machucada de tanto cair no chão, esbarrar um no outro, se jogarem do outro lado da quadra só por uma bola.

— Vocês têm vontade, hein? -a professora riu de canto e apitou, era o último ponto e dos doze jogadores, eu e Robin éramos os mais arrebentados.

Saquei a bola, que foi na direção dela, Robin levantou com violência chegando a cair para trás, a garota ao lado correu em sua direção e jogou-se no chão como se sua vida dependesse disso, usou tanta força para rebater que a bola voltou muito alta para nós.

Luffy amenizou o impacto e passou pra mim, dei de graça para o outro lado, Robin rebateu para fazer ponto e eu bloqueei. Gastamos dez minutos tentando acabar o jogo e no fim das contas, não teve um ganhador.

É, não teve... Nami, quando recebeu, levantou alto demais, a bola ficou presa nas vigas do teto da quadra.

Hina-sensei apitou.

— Já chega! Vocês estão quebrados! -ela riu- Parabéns pelo esforço, realmente estão empolgados este ano.

— Eles precisam ir pra enfermaria. -a Vice-Presidente apareceu no ginásio e sorriu simpática.

— Sim. -a professora concordou- Os doze, já pra enfermaria, o resto de vocês irão formar equipes misturadas de primeiro com segundo, vamos correr e depois jogar queimada!

As salas gritaram alegres, eu sentia meus braços acabados de tanto levantar a bola.

Saímos do ginásio e fomos na direção da enfermaria... Ou quase todos...

— K-Kaichou! -alguém gritou em desespero no portão do ginásio, me virei e vi Robin desmaiada no chão;

Corremos até ela.

— O que houve? -Nami perguntou preocupada.

— Eu não sei... Ela simplesmente... -Baby disse quase chorando- isso nunca aconteceu antes.

— Deixa, eu levo ela pra enfermaria. -peguei Robin e lhe carreguei.

 

*

*

*

 

Tia Ella POV'S ON

Ela abriu os olhos devagar, sua cabeça doía, havia muita gente a sua volta.

— Hm... -resmungou- minha cabeça...

— Ah, você acordou! -Baby 5 sorriu e uma jovem extremamente parecida com Robin, Boa Hancock, lhe abraçara com cuidado.

— Ainda bem... Eu me sentiria péssima se você não acordasse! -disse a prima da Presidente-

— O quê?... -Robin falou meio tonta- O que aconteceu?

— Você desmaiou no ginásio, Robin, parecia muito pálida.

— Ara, ara, por favor, me deem espaço para poder examiná-la... -Uma senhora com uma careta meio emburrada disse com bastante seriedade, todos se afastaram.

— Kureha-sensei... -sorriu fraca a Presidente- desculpe te causar problemas...

— Ah, você está realmente fraca, por acaso se alimentou direito hoje?

— Sim.

— Hm... Isso não é normal, você está muito pálida... -Kureha pensou surpresa- Será que... A sua pressão caiu de novo?

— E-eu não sei... -a Nico tremeu-

— Bom, de qualquer jeito, fique deitada até se sentir melhor.

— Sim Senhora... -suspirou a menina, os outros foram obrigados a voltarem para suas salas depois de serem tratados com curativos e ataduras.

Todos menos Zoro. Que por um acaso, estava na maca ao lado da maca da morena.

Robin virou-se, olhando para o rapaz: ele parecia distante... — Hey, você tá bem?

— O quê? -finalmente o Roronoa a olhou.

— Você tá bem?

— Eu quem deveria perguntar. Você desmaiou no ginásio ainda pouco.

— Isso aconteceu uma vez, faz um bom tempo. -bufou a jovem.

— Por que desmaiou?

— Acho que... Pode ser a minha deficiência alimentar.

— Não foi o que pareceu ontem... -ele resmungou lembrando do tamanho da quase montanha de comida na bandeja dela-

— Pois é, eu tenho que ser exatamente o que as pessoas querem.

Robin fez uma cara séria e virou-se novamente, cobrindo seu corpo com uma manta branca bem levinha. Zoro ficou pensando no que havia escutado, ele não entende de verdade essas coisas.

Kureha voltara trazendo um copo com suco e uma taça cheia de doces para a menor.

— É chocolate, o açúcar vai ajudar um pouco a subir sua pressão, vou tentar pegar algo salgado para melhorar de vez. -a médica deixou os utensílios ao lado do criado mudo da maca de Robin.

— Obrigada, sensei.

— Não agradeça.

— E como está o Chopper? -desta vez a Presidente sorrira-

— Vai bem, ele está ansioso para te ver! -ela sorriu junto.

— Também quero vê-lo!

— E você, Roronoa... -a médica encarou o moreno sentando na maca com certa dificuldade- Não se esforce tanto, seu braço estava deslocado.

— Normal... -ele riu de canto-

— Não sei como você não gritou de dor quando chegou aqui, ainda mais carregando a Robin toda desmaiada.

— Nada se compara a minha irmã deslocando o meu ombro. -riu irônico.

— Fique quieto aí, seu braço precisa de repouso, sugiro que não venha pra escola amanhã. -a médica disse séria e bufou por fim-

— Tsc...

A Senhora de uns 50 anos, médica geral e responsável pela saúde de todos os alunos da escola, retirou-se para fazer um relatório sobre a situação médica dos alunos que se machucaram na aula, afinal, isso tudo é relatado aos pais durante as reuniões.

— V-você me trouxe até aqui?... -Robin ainda estava de costas para Zoro, enquanto comia devagar uma barra de chocolate a mando de Kureha.

— Sim. Os outros meninos também estavam muito machucados e como eu estava mais perto, te carreguei até a enfermaria.

— O-obrigada... -corou a jovem- por me ajudar...

— Não agradeça.

— Até que... -Robin o encarou lentamente, com um sorriso simples- Você tem um lado gentil...

 

 

 



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