1. Spirit Fanfics >
  2. Maldição Doce >
  3. Dois

História Maldição Doce - Dois


Escrita por: DoctorCase

Capítulo 7 - Dois


Príncipe Chiclete puxou a mão bruscamente.

-O que pensa que está fazendo, Marshall? Como ousa me tocar dessa forma?

Lee se aproximou, se inclinando, enquanto Chiclete não via absolutamente nada no breu. A respiração quente tocou o rosto dele.

Chiclete ficou imóvel.

-Escuta Chicletinho, já sabe como vamos sair dessa redoma? Sem que a gente congele?

-Não sei.

O rosado colocou as duas mãos trêmulas atrás das costas, com um medo intenso, puxou o ar pela boca, fechando os olhos, dando dois passos para trás. Para a luz.

-Então é melhor pensar em alguma coisa. Porque não sei até quando vou sobreviver sem comida.

Chiclete ficou em silêncio.

Comida.

-Posso fazer sangue artificial até lá.

Marshall Lee sorriu nas sombras e as presas brancas reluziram na negridão.

Chiclete engoliu a seco.

-Acha que eu vou sobreviver com sangue artifical, Chicletinho?

-É o que temos até superar a crise.

-Você não sabe como me comporto sem sangue.

O rosado lembrou dos corpos sem vida que encontrou. Os rastros de Marshall há algum tempo.

-Eu acho que sei.

-Você se refere àqueles que matei? Os da vila do norte?

Chiclete continuou encarando a escuridão. Marshall sorriu mais largo, triste. 

-Chicletinho. Eu preciso me alimentar.

O rosado fechou os olhos, apertou os punhos, as palmas suadas. Virou-se simplesmente para ir embora, a presença de Marshall era extremamente desconfortável, assombrosa. Terrível, causando arrepios por todo o corpo.

Ele engoliu a saliva.

-Eu tenho uma ideia, Marshall.

-Sou todo ouvidos.

O rosado caminhou até a porta do próprio quarto, com o coração batendo forte, rápido, descompassado, suas mãos tremiam.

-Beba de mim, se for preciso. Mas não vá ao meu reino buscar por alimento.

Marshall sorriu radiante. 

-Chicletinho, chicletinho o que você tá fazendo?

O rosado abriu a porta e caminhou para longe, para o laboratório, ainda vacilante, perplexo pelo que tinha dito, fugindo de Marshall por um tempo. Tudo o que queria era proteger seu reino e a integridade dos habitantes do Reino Doce.



A rainha gelada encarava a imensidão de gelo, ainda entendiada.

-Príncipe, príncipe, Chiclete, Chiclete.

Ela sabia da redoma que cobria o Reino Doce. Onde ninguém poderia sair e entrar. Em sua mente, passavam inúmeros planos, não somente para destruir a bola que protegia o reino, O Príncipe Chiclete,  mas também para capturar o outro príncipe, o pior de todos, o das Sombras, Marshall Lee.

A rainha Gelada nunca conseguiu sequestra-lo e era uma vergonha admitir isso.

-Poc, poc. - disse, tristemente, enquanto seus pinguins andavam mancos, esbanjando suas gorduras para lá e para cá. Ela olhou para o pinguim que passou entre suas pernas.  - Poc, poc, pinguim gordo.

A insanidade da Rainha era notável.

Os príncipes sequestrados tinham suas próprias celas, decoradas de acordo com sua personalidade.

O príncipe caroço tinha pôsteres de bandas de rock e batatas chips. O príncipe fantasma havia um túmulo. Doutor Príncipe possuía uma própria clínica, mesmo não podendo usá-la. Príncipe músculos, uma academia. E assim por diante. Todos estavam congelados.

A Rainha agarrou um pinguim, que não lutou, nem se debateu. Ela andou lentamente pelo corredor das celas, observando dos dois lados, os quartos dos príncipes, preparados especialmente por ela. No fundo, nas duas celas, do lado direito, a de Marshall, e a de Chiclete, no esquerdo, Rainha Gelada parou, acariciando a cabeça lisa do pinguim, observando por onde tinha entrado, o caminho que tinha percorrido até ali.

-Faltam dois.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...