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História (Maldito Seja) O Crush da Minha Irmã - Irene, e sua escova assassina.


Escrita por: woyifane

Notas do Autor


Olaaar
Bom, antes de tudo OBRIGADA MESMO, SEUS LINDO AMO VOCÊS
Sério, MS está recebendo muito amor e eu devolvo esse amor pra vocês em foma de capítulo, então quanto mais açucar e emoção tiver a culpa é de vocês que me mandam em forma de comentário, amo vocês <3
enfim, temos personagem nova, falem muito sobre ela e perdoem qualquer erro rs

Capítulo 6 - Irene, e sua escova assassina.


Fanfic / Fanfiction (Maldito Seja) O Crush da Minha Irmã - Irene, e sua escova assassina.

(Maldito Seja) O Crush da Minha Irmã

Capítulo Seis: Irene, e sua escova assassina.

 

– Nossa, que coisa – ele sentou-se e coçou a cabeça como se tivesse acabado de acordar. – Você está sonhando, Chanyeol?

Aquilo tinha soado mais como uma afirmação, ou talvez como uma ameaça, sei lá. Então não respondi e ele continuou me olhando de esguelha.

– É sério, isso é um sonho, volte a dormir.

Deve estar pensando que eu tenho alguma demência. Eu sei muito bem quando estou ou não sonhando! Bem, talvez não tenha sido tão errado beliscar meu próprio braço para ter certeza.

– Eu estou acordadíssimo – falei, com o braço ainda doendo após o beliscão.

– Não, você está sonhando – ele me olhava bem sério dessa vez, tanto que até me assustei. – É apenas um sonho... – assim que eu decidi me endireitar e sentar na cama ele balançou os dedos na frente do meu rosto. Ora, eu posso até parecer, mas não sou realmente tão idiota a esse ponto.

Seje menas, Byun.

– Eu sei que estou acordado, não seja idiota – revirei os olhos.

Eu pensei que ele ia me xingar e depois cuspir na minha cara e me mandar sair da casa dele por estar o chamando de idiota, mas ele pôs as mãos nos lados da minha cabeça, se aproximou e chacoalhou bastante como se a lembrança fosse simplesmente sumir.

– Esqueça tudo! É um sonho! – ok, confesso que ter minha cabeça chacoalhada daquele jeito me deixou bem mais tonto e sonolento, mas não funcionou como ele esperava, muito pelo contrário, aquilo me deixou com muito mais noção do que estava acontecendo.

– Não é – segurei fortemente no pulso de cada braço tentando fazer ele parar de balançar, mas ele não soltava de jeito nenhum!

Ele ofegava muito, continuava dizendo que eu estava sonhando e que tinha batido a cabeça com força durante o sonho, e que provavelmente teria que fazer um transplante porque minha memória estava ruim – wtf? –  quando finalmente parou de tentar me sacudir, nos encaramos novamente. Mas não ficamos nos olhando por meia hora como antes, ele apenar bateu o dedo com força na minha testa e eu fiquei muito ocupado tentando ver a profundidade do buraco que ele tinha feito pra notar que ele estava querendo morrer.

– Vá dormir, isso é um sonho! Um pesadelo! – ele disse, sentando apoiado na parede e abraçando os calcanhares, a sua voz estava fraca e ele baixava a cabeça para apoiá-la nos joelhos quando eu puxei seu pulso de novo. – Olha, não leve a mal, mas a sua boca cheia de açúcar estava me dando nos nervos!

– Pra que toda essa violência? – tentei sorrir, mas ele estava tremendo, ora. Aquilo tudo era raiva? – Eu não sei porque está estressado, eu sujei sua cama com açúcar? Cê sabe que eu poderia sujar de outra coisa...

Então o rosto dele incendiou. E segundos depois sentir o meu pegar fogo também.

QUE BOSTA EU TINHA FALADO? EU FALEI SOBRE VÔMITOS E A ÂNSIA QUE EU ESTAVA SENTINDO, TENHA MISERICÓRDIA!

– Sabe o que você faz, Chanyeol? Toma no seu cu – puxou o braço e, como eu segurava firme, quase bati com a cara na parede.

O que foi até bom, porque quando meu rosto ficou em chamas e eu desejei morrer, a expressão do anão Byun melhorou. Parece que ele gostava de ver o sofrimento alheio.

– Não vá se apaixonar por mim, Yeol... ah, espere, deve ser difícil já que eu faço seu tipo – ele brincou, fazendo uma expressão de superioridade. Ah é, eu lembro dele ter me falado que eu acabei falando isso enquanto o pedia em casamento. Nossa, que bosta, só falo merda.

Tá, não entenda mal, eu não estava bêbado, aquilo que eu fiz foi só impulsionado pela cafeína, mas provavelmente eram coisas que eu queria fazer. Tipo, se eu não quisesse não teria pulado em cima do Baekhyun.

Sou um péssimo irmão. Um péssimo amigo.

– Baek... – decidi não me aprofundar no assunto “apaixonar” porque me dava arrepios, só que decidi ser mais filho da puta quando falei sem querer querendo... – Como... sua mãe...

Ele tossiu, e afundou a cabeça nos joelhos, como pretendia.

– Vá dormir Chanyeol.

Eu senti que aquele “vá dormir” era muito mais significativo do que os anteriores. Ele realmente não gostava de falar sobre aquilo.

Mas eu queria saber.

Eu não sei por quê, geralmente não se deve insistir em assuntos como esse, se fosse comigo eu mandaria todo mundo que perguntasse isso ir pastar bem longe de mim, não é bom ficar lembrando disso.

É até cruel.

Então eu decidi calar a boca. Mas não dava pra não olhar pra ele.

Eu sempre admirei o Baekhyun desde a primeira vez que eu o vi, de certa forma porque eu tinha um pavor dele e do seu amigo encapetado, e de outra porque ele sempre parecia superior aos abalos da vida. Sempre sorria pras pessoas, e quando não o fazia sempre mantinha uma expressão correta, nunca parecia se magoar com nada. E mesmo com os tapas que eu o via ganhar do Kyungsoo ele sorria gentilmente como se pedisse desculpas por ter errado.

Vê-lo daquele jeito, encolhido, tremendo parecendo tão diferente do Baekhyun que eu aprendi a ter medo me deixou confuso e triste. Triste também porque ele sentia falta da mãe e nem por isso deixava transparecer no dia a dia. Eu me sentia um merdinha perto dele naquele momento.

“Eu tô aguentando já faz sete anos” ele disse. E eu sequer falei algo para confortá-lo. Tudo bem que não somos amigos de longa data, mas eu acho que não é todo mundo que sabe desse lado da vida dele.

Eu sou um idiota.

E como todo idiota, eu apenas assenti quando ele me mandou dormir, não fiz nada, eu só abaixei a cabeça e voltei pro meu canto para deitar, estava tarde e ele provavelmente estava com sono por ter cuidado de mim até agora. E o que eu fiz? Agi como um bêbado...

Mas ele tirou os cristais de açúcar da minha boca... e provavelmente aquela estranha pressão que senti nos lábios foi aquilo.

Ou talvez ele tenha me beijado... Ah, não. Amigos não fazem isso, fazem? Eu, por exemplo, nunca beijei o Jongdae... é até estranho de se imaginar.

Senti algo preso no capuz do moletom quando estava deitando e quando virei o Baekhyun estava me olhando com o rosto neutro, mas os olhos dele brilhavam muito e não demoraria tanto até que as lágrimas caíssem. A chuva lá fora caía mais silenciosamente, então ele sussurrou com a voz rouca, mas eu pude ouvir muito bem.

– Foi... minha culpa – ele mal conseguia falar, a voz estava rouca demais.

Meu coração apertou.

Eu sempre fui um chorão por natureza e sempre fiz drama – ChoRong foi uma das que me ensinou muito bem a fazer isso – eu me comovia muito fácil e até hoje acho isso um problema – do tipo, se comover com sua irmã estar sofrendo pelo paquerinha – mas aquela pontada que senti no peito foi pior do que tudo que já senti.

Primeiro, ‘o quê’ era culpa dele? Segundo, ‘por que‘ ele acha que é culpa dele. Terceiro, ‘como’ ele consegue ser tão bonito até estando numa situação em que muitas pessoas ficariam destruídas?

Deixando o terceiro ponto de lado, eu me importei apenas com os dois primeiros, mas não ia perguntava nada naquele momento, até porque eu estava paralisado ao notar que a ponta do seu dedo indicador estava preso no capuz e que ele me puxava pra perto instintivamente.

Então eu assimilei algumas coisas. “Como sua mãe morreu?” era o que eu iria perguntar antes que ele me mandasse dormir, sim, bem filho da puta de se falar, era apenas a curiosidade. E então ele fala que é culpa dele.

Ele poderia estar se culpando pela morte da mãe? Mas, pelos meus cálculos, ele deveria ter uns dez anos.

– Como pode ser culpa sua...? – sussurrei enquanto deixava-me ser puxado por ele, até ele pigarrear e tentar fazer com que as lágrimas ficassem em seu devido luga.

Eu sempre tive medo do Byun Baekhyun que encarava meio mundo com um sorriso e meio mundo com uma cara de cu evidente.

Mas aquele Baekhyun encolhido e com o coração quebrado eu ainda não conhecia.

Eu não sei se foi apenas pelo momento, mas quando eu o puxei ele não relutou, então eu o abracei, temendo pela minha falta de jeito pra consolar as pessoas. Ele apenas rodeou minha cintura fortemente e afundou a o rosto no meu peito, numa posição totalmente desconfortável, já que nós dois estávamos sentados um de frente pro outro.

– Eu... – tentei afagar sua cabeça e falar algo de bom, mas nada saia apropriadamente. – Não sei o que dizer pra te animar.

Em resposta eu me senti ainda mais sem ar por ele estar me apertando.

Nossa, que vergonha, ele provavelmente estava ouvindo meu coração bater rápido. Quero morrer, Deus.

– Não diz nada... só, fica assim.

xXx 

Acordei me sentindo sufocado, mas um sufocado de um jeito bom e confortável. Como é possível, não sei.

Lembrava vagamente da noite passada e que, quando Baekhyun parou de fungar, depois de finalmente deixar escapar uma ou duas lágrimas bem másculas – e então dormiu – eu não sabia como sair daquele abraço, então simplesmente coloquei um pouco e impulso para o lado e deitamos na cama, fiquei um bom tempo ouvindo suspiros de um Baekhyun com a cara inchada.

E então eu acordei por conta da claridade que me cegava e de algo que estava me apertando e me deixando sem ar.

Queria voltar a dormir, mas sentia meu tórax ser apertado muito forte e parei de respirar por um segundo. Torturante.

Então eu resolvi acordar antes que eu dormisse pra sempre, me mexi um pouco, mas a coisa não desgrudava, tentei muito me virar, mas era muito forte. Cocei os olhos com cuidado e tentei focar em algo, vendo apenas o rosto inchado do Byun roçar no moletom que ele havia me emprestado.

– Para de se mexer – ele murmurou enquanto me apertava mais, parecendo bem confortável.

Depois de me apertar mais um pouco e eu soltar um muxoxo do tipo “o que tá rolando?” ele abriu os olhos – não tanto, mas abriu – e então me largou e empurrou de repente. Nem pude pensar direito e já estava no chão como um pano velho.

– POR QUE FEZ ISSO?! – gritei, levantando como um idoso.

– Eu acordo meio alterado as vezes... foi mal – ele falou de boa, como se não tivesse tentado me matar.

– JURA, NEM PERCEBI – eu estava gritando sim, mas estava na casa dele então tive que parar antes que alguém chamasse a polícia. Ele parecia cansado, e seu rosto ainda dava sinais de ontem, as marcas das lágrimas ainda estavam nas bochechas, os olhos lacrimejavam e o nariz estava congestionado, até a voz estava diferente. Eu queria muito saber se ele estava bem. – Baek... sobre ontem...

– Eu... vou tomar um banho – levantou de repente e passou por mim, como se eu não valesse nada, mas eu não ia deixar esse fugir das minhas perguntas de novo, então segurei seu braço e ele se virou com facilidade.

– Você tá melhor...? – não sei de onde tirei força no coração pra falar isso, estava quase explodindo.

– Por que não estaria? – me olhou com expressão zero.

– Bom, você estava muito mal ontem... – falei por falar já que tinha certeza de que ele não era anta pra esquecer.

– Ah, só esqueça aquilo tudo – ele coçou a testa. – Não costuma acontecer muito.

– Sem problemas... – falei. Mas, ah tinha problema sim. E muitos. – Mas... por que...

Não terminei a pergunta, ele talvez soubesse o que eu iria perguntar, porque deu meia volta e sentou na beira da cama e baixou a cabeça.

– Eu não gosto de falar sobre isso – falou simplesmente.

– Ah, tudo bem – fiquei sem jeito. Quis morrer e tudo. – Não pergunto mais, juro.

– Obrigado – falou.

Aquela voz era igual a que disse “vá dormir”. Era uma maneira de me fazer calar a boca. E funcionava muito porque um nó se formava na minha garganta.

– Eu não... – ele voltou a falar, ainda com a cabeça baixa. – Eu não quero que pensem que eu sou um pobre coitado que não tem mãe. Eu não tenho problemas em falar sobre, não dá pra esquecer de repente, mas não coloco a culpa dos meus erros em cima disso. Então as vezes acontece que eu não aguento mais sentir a falta dela, e eu sei que tudo isso é minha culpa.  – ele soltou um riso soprado, mas eu não pude ver graça naquilo. Ele provavelmente também não. – Ela morreu por minha causa, e todos os dias eu lembro disso. Mas ela não me odeia, porque eu sou o filho dela. Ela me disse que não era minha culpa. Todo mundo disse. Eu não estou querendo parecer fraco e me fazendo de vítima, porque eu realmente sou culpado por isso... ela mesma já sabia.

Ele estava fazendo aquele discurso olhando para o chão, minha cabeça girava e eu estava com raiva daquilo. Como, apenas como, uma criança de dez anos seria o responsável pela morte da própria mãe? Se culpar assim é doentio. Ele passou sete anos se culpando? Isso me parece tão errado.

Minha cabeça estava cheia e o sangue fervendo, queria estapear Baekhyun para fazê-lo calar a boca, se eu falasse “vá dormir, Baekhyun” como ele falou pra mim, não teria o mesmo efeito? Pensei no que poderia fazer pra fazer ele calar a boca e parar de se enganar com aquele lance de culpa.

Então eu simplesmente me abaixei pra poder olhar na cara dele.

– ... Eu acho que eu sou meio idiota... – ele ria com sarcasmo, como se risse de si mesmo, então eu pude ver seus olhos pingando algumas lágrimas.

– Eu também acho – o puxei pela camisa bruscamente e a última coisa que vi antes de fechar os olhos foram os dele, completamente surpresos. Eu iria mesmo beijá-lo?

– Quê...? – mudei de curso no meio do caminho e acabei o abraçando com força, dava pra perceber o quão surpreso ele estava por não retribuir, ele permanecia estático. Meu coração estava batendo tão rápido que eu poderia ter uma taquicardia severa naquele momento. Aí eu refleti no quão estúpido eu sou.

Baekhyun tentou se desvencilhar do abraço, mas eu me mantive lá, o apoiando, talvez fosse um pouco demais, talvez eu deveria soltá-lo, e exatamente quando eu ia fazer isso, ele retribuiu. O choque foi tão grande que eu não consegui mais me equilibrar na beira da cama e nós caímos.

Senti minhas costas estalarem e choraminguei.

– Ei, cê tá bem? – ele me olhou preocupado e eu senti uma pressão no baixo ventre. Baekhyun estava sentado em cima de mim.

– Não – respondi e ouvimos a porta abrir.

PORRA.

Baekhyun parece ter paralisado, porque ele não mexeu um músculo pra sair daquela posição.

– Joohyunie-ya – ele disse temeroso. – Bom dia.

xXx

Eu devo ter cuspido e dançado tango sozinho na cru do Jesus coreano, não havia outra explicação!

Quando eu menos esperava tinha uma menina minúscula me fazendo uma entrevista digna de um debate político. 

Joohyun era a irmã mais nova do Baekhyun, era pequena, mal tinha tamanho para ter oito anos. Mas ela tinha dez. O rosto era de anjinho, quase se podia ver asinhas e uma linda auréola na sua cabeça, a imagem combinava muito bem com as duas trancinhas que ela usava.

E eu fiquei iludido nessa até Baekhyun levantar e, todo constrangido, falar que precisava de um banho porque estava sentindo um fedor terrível de sovaco.

– Por que Hyunie-oppa estava em cima de você? – ela perguntou primeiro, toda educada, porém parecendo muito aborrecida.

– Eu... hmmm – eu não conseguia pronunciar uma palavra, crianças no geral me davam arrepios. – Por que não me chama de oppa, também? – tentei ser gentil e falar como se ela fosse uma criança normal de oito anos.

– Eu tenho dez anos não me trate como bebê – rapidamente vi a auréola imaginária sumir, dando lugar para chifres do tinhoso. – E você é muito alto e feio para ser um oppa, parece mais um tio. Quantos anos você tem? Quarenta?

– Dezessete... – resmunguei. Agora eu sou um tio? Tenho cara de velho ou ela está implicando comigo?

– Hyunie-oppa também! Mas ele realmente parece mais bonito que você – motivo um para odiar crianças, sinceridade extrema.

– Muito obrigado – falei, me encolhendo num canto visivelmente afetado.

– Me diga, tio, por que está usando as roupas do Hyunie-oppa? – ela me olhava como se fosse me matar. – E por que suas orelhas são tão grandes?

– Não sei... e não sei – resmunguei.

– Que tio esquisito – ela riu, provavelmente de mim.

– Ah, oppa – ela disse mais alto para Baekhyun, que gritou um “quê” de dentro do banheiro. – Appa falou que quer conversar com você.

Baekhyun apenas murmurou uma confirmação e eu gelei.

Merda.

Eu parei para refletir, e não estava rodeado apenas um Byun. Estava rodeado de QUATRO. Eu mal podia aguentar um, quatro então. Era pedir para morrer.

Byun Baekhyun, o fruto dos meus sonhos sem noção, da minha raiva contida e estupidez recém-demonstrada estava no banheiro, provavelmente fugindo da irmã por ela ter quase nos pegado aos beijos (como se estivéssemos mesmo nos beijando fervorosamente, o que é um equívoco). E também tinha Byun Joohyun, a mocinha aparentemente inofensiva de dez anos que é basicamente um demônio de calça jeans (porque ela não estava de saia e sim com um jeans surrado desfiado no joelho). Também tinha a doce vovó Byun, a única pessoa que valeu a pena conhecer e que não me xinga, ok, ela viu meu pinto, mas ela é gente boa. E então o senhor Byun que era como caviar para mim – nunca vi nem comi, só ouvi falar – eu duvidava que ele fosse tão malvado quanto os filhos, mas duvidava mais que ele fosse tão bondoso quanto a mãe.

Bom, mas o que isso tem a ver comigo? Eu sou um amigo do filho dele, então podemos nos sentar no sofá e falar sobre basquete. Bom, na verdade não, não podemos, porque eu não gosto de basquete (isso é mania de todo mundo achar que gente alta endeusa basquete, vôlei e afins, desculpa amigos, eu sou sedentário) e também, bom, não que eu vá realmente pedir o Baekhyun em casamento (apesar de ter sonhado com o casamento LITERALMENTE foi um sonho), mas... não acho que vou conseguir olhar no olho do pai do cara que eu quase beijei.

Ok, peço perdão à minha irmã por estar sendo um futuro cunhado muito filho da puta. O que falar de Park Chorong que nem namora ainda e já está sendo traída? Ah, eu sou uma pessoa decepcionante.

Baekhyun então saiu do banheiro com uma toalha na cabeça, ele estava completamente vestido e eu até quis perguntar de onde vieram as roupas já que ele foi apenas coma toalha para o chuveiro, mas acabei decidindo ficar quieto.

Senti algo tremer e peguei o celular que estava jogado num canto. Olhei rapidamente e vi uma mensagem de Chorong. Eu realmente estou me sentindo muito mal agora.

Voltei a olhar pro Baekhyun e ele parecia bem melhor, o rosto estava mais iluminado e ele não parecia um pedaço de bosta como ontem.

– Que foi? – ele me olhou e eu virei o rosto voltando a olhar pro celular.

– Nada, nada – abri a mensagem e quis gritar. Eu não mereço.

Noona (09:08): “Vou deixar uma muda de roupas pra você, ainda não pode voltar pra casa, fique aí até eu mandar, beijos <3 te amo, Yeol :P” 

– Ah, eu mereço – como eu estava sentado no chão, apenas inclinei minha cabeça para trás, deitando-a no colchão, era desconfortável, mas naquele momento servia.

– O que aconteceu? – ele não olhava pra mim.

– Eu... eu não posso ir pra casa – soltei um muxoxo sentindo tudo entrar no modo “bad”.

– Sua irmã? – ele perguntou e eu confirmei.

Eu realmente não devia fazer o Baekhyun pensar que Chorong fosse uma louca como ela realmente era, mas até aquele ponto eu estava me fodendo pra todo aquele lance de “me ajuda com o senpai”. Chorong que fosse visitar a mula que deu à luz.

– Fique aqui o quanto quiser, não tem problema – ele falou virando pra mim, acho que estava tentando ser gentil, mas não deu um sorrisinho sequer e parecia tem ensaiado aquela frase.

Deve ser paranoia minha.

– Ah, não precisa, é sábado – ri sem graça. – Geralmente se fica com a família e tudo... – e seu pai faz parte da sua família, e eu não estou interessado em conhece-lo, então adiós.

– Ok, então – falou simplista.

Que insensível.

– Não seja insensível, Hyunie-ya – murmurei puxando a barra de sua calça e ele acabou por pisar nos meus dedos, escorregando. Teve que se equilibrar, mas acabou caindo sentado na cama.

Meus. Pobres. Dedos.

Então ele escorregou para sentar ao meu lado, em silêncio. Me olhou meio esquisito, e eu acabei passando a mão nos seus cabelos molhados, junto da toalha para secá-los, claro. E então Joohyun abriu a porta, sem educação nenhuma, e entrou. Ela segurava uma sacola qualquer e a jogou em mim, senti a aura demoníaca invadir o quarto e de repente senti um frio na espinha.

– O que tem aqui dentro? – Baekhyun sumiu “magicamente” do meu lado e já estava de pé, com a sacola na mão, fuçando lá dentro até pegar um pedaço de pano cinza. – Ah é uma... cueca...

– Uma moça acabou de vir aqui e disse que era para um tal de Park Chanlixo – rapidamente engoli em seco. Essa menina pode ser bem cruel.

– Ah, bom saber – o Byun ainda segurava a minha cueca então quando eu iria falar alguma coisa por ser xingado de desprezível por aquele projeto de gente ele jogou aquilo na minha cara.

– Ah, Hyunie-oppa, papai está te chamando – ela falou na maior cara de pau fazendo uma expressão fofa que quase fez meus olhos explodirem.

– Hm, tá, eu vou lá – ele bufou como se achasse grande coisa ela tê-lo chamado de oppa. Talvez esteja jogando na minha cara que ele me chama de tio sem motivo algum, só pelo fato de eu ser alto. E aparentemente feio...

Baekhyun saiu do quarto e eu peguei a sacola escondendo a cueca.

– Sabe, tio, aquela moça era sua irmã mais nova? Eu não achei parecida não, ela era realmente bonita – ela falou e eu senti ancinhos raspando o meu coração. Crianças são cruéis. – Bom, os mais novos geralmente são os mais bonitos, suponho.

– Acontece – bufei, reunindo a minha infantilidade. – que eu sou mais novo.

Pensei que ele fosse falar algo, ou rir, mas a expressão continuou zero.

– Toda regra tem exceções – ela falou, sem realmente se importar em me fazer cair num abismo (e na bad também).

– Muito obrigado – murmurei, acho que era a segunda vez que agradecia com sarcasmo.

– Não vai vestir suas roupas? – ela perguntou de repente, olhando a sacola. Pensei até que ela tivesse algum poder paranormal, mas refleti que ela era só uma criança, e é geralmente nessa idade que costumamos ter amigos imaginários que fazer alguns pactos com algum demônio. – Bom, se quer saber, as roupas do meu irmão ficam melhor nele do que em você.

Concordo, concordo bastante.

Mas não falei nada, não daria esse gostinho.

Resmunguei qualquer coisa que nem lembro e entrei no banheiro na esperança de que, quando eu saísse, ela tenha sumido.

Me vesti sem pressa, já que esperava que a mini-Byun cansasse de ficar sozinha no quarto. Na sacola – além da cueca – tinha uma calça surrada rasgada nos joelhos, uma camiseta branca e uma camisa larga escura de um tecido mais grosso. Fazia frio naquele dia, dava pra ver que o ar ainda estava úmido por conta da chuva, o sol não tinha aparecido por trás das nuvens então poderia chover de novo a qualquer momento.

Saí do banheiro feliz e iludido na esperança de que a menina encapetada não estivesse mais lá, mas ela estava, como os olhos acesos bem abertos olhando pra mim e segurando uma caixinha com estampa de zebra. Ela me olhava com um ódio gratuito bem familiar. Baekhyun me olhava daquele jeito.

– Seu cabelo está um cocô – ela falou de repente ainda com a cara de ódio gratuito, bom, talvez Baekhyun nem me odiasse, só achasse meu cabelo uma merda. – Meu pai fala pra nunca dizer “cocô” na frente dos convidados, mas também me fala pra nunca mentir. E você não é necessariamente um convidado.

Engoli em seco, parecia aquelas cenas onde a criança está possuída e pode te dar um coça até você morrer sangrando.

Não, isso não aconteceu, mas poderia.

– Bem... Baek me convidou... – tentei falar. Só tentei.

– Mentira, ninguém te convidou – ela me olhava como se fosse me fuzilar, mas então tirou algo da caixinha, pensei que fosse uma arma, uma flecha, uma metralhadora pra fazer vários furinhos na minha cara, mas era só uma escova de cabelos.

– Mas hein? – ela queria me matar com uma escova?

– Eu posso arrumar o seu cabelo? – perguntou, séria demais.

– Não, não, estou bem – me encolhi quietinho enviando uma mensagem pra ChoRong dizendo que iria matá-la logo por me fazer passar por isso.

– Oppa, me deixa arrumar seu cabelo? – vi aqueles olhinhos pidões e lembrei dos olhos de Baekhyun lacrimejando. Bufei e revirei os olhos.

O que sou e para quê vim nessa vida? Acho que fui construído pra sofrer.

Minha função em todos esses dezessete anos, era sofrer por Byuns. 

 


Notas Finais


A Irene só foi escolhida pro papel de irmã do Byun pelo nome, EU JURO, (tipo, BaekHYUN, JooHYUN né, tudo a ver... não?)
Ok rs/cry A Irene é perfeita, então deem amor para ela, tadinha

Bom, caso queiram dar palpite sobre a fanfic e me dar ideias (eu preciso muito disso mesmo ahsuahs) meu tt é @byulinee


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