Pov's Alec
- você sabe que estou tentando dar um jeito nisso tudo, não sabe? - disse Jace enquanto desamarrava um de meus braços e me entregava uma bandeja de comida.
- já faz anos, se quisesse dar um jeito já teria dado, não é? - ele me encarou com pena.
- você sabe que me meti em problemas, sinto muito que isso tenha chegado até você. Eu vou dar um jeito nisso, pelo menos você vai sair daqui. - me entregou papel e caneta - escreva para ele, quem sabe dessa vez ele não te responda.
- ele não vai responder, como das outras vezes - rasguei a folha - ele já deve ter me esquecido... - meus olhos marejaram - nosso amor costumava ser tão forte, como ele pode ter me esquecido assim? Tão rápido? - bebi um gole do copo de água na minha bandeja.
- sinto muito que tenha que passar por isso - disse servindo mais água pra mim.
- e eu sinto muito por você ter feito merda e agora eu ter que sofrer as consequências - digo irritado, não era justo eu sofrer por algo que não tinha feito.
- e você acha que eu queria te ver assim? Alec, eu precisava dar um jeito de pagar o hospital, você viu quantos zeros tinham no valor total? Maryse quase teve o maior ataque da história - me olhou sério - coma, você precisa ficar forte enquanto ainda não pagamos nossa dívida - me levantei e joguei o copo na parede
- isso tudo é culpa sua, você nunca pensou na sua família em primeiro lugar. Agora quem sofre somos eu e o Magnus. - gritei.
- eu não te pedi pra vir comigo, ta legal? - disse irritadiço enquanto cerrava os punhos, seu maxilar enrijeceu.
- pois é, mas ao contrário de você eu penso na minha família primeiro - me sento no chão novamente e ele me olhou triste.
- não queria que nada disso tivesse acontecido - fechou a porta e Gritou do corredor - coma, temos mais um trabalho hoje à noite.
Soquei a parede.
" Quando esse pesadelo vai acabar? "
Me deitei e comecei a pensar na única pessoa que me fazia seguir em frente todos os dias. Magnus.
" Estou voltando, meu amor, falta pouco. Só mais três meses e estaremos juntos de novo ".
Fechei os olhos com força e, depois de comer, fui até a sala, onde Jace me esperava. Ele abriu a boca para falar, mas eu o interrompi.
- não fala comigo, só me dá a arma e vamos acabar logo com isso.
Ele me entregou a mesma e saímos do apartamento depois que a escondi na minha calça.
Pov's Magnus.
Acordei com o som do despertador xiando um barulho infernal no meu ouvido. Dei um tapa nele para que parasse de tocar e tomei banho.
Já fazia quase uma semana que estava em Paris e ainda não tinha ligado para Catarina. Eles deveriam estar tendo um ataque. Mas eu andava ocupado demais com tantas buscas pela cidade. Era a segunda cidade que eu visitava em menos de um mês, nunca pensei que seria tão difícil encontrar alguém como estava sendo até agora.
Suspirei ao me olhar no espelho e ver como eu estava cansado. Coloquei uma roupa e fui pra rua tomar café. Hoje seria outro longo dia e, provavelmente, não teria nenhuma pista da onde ele poderia estar.
Passei o dia todo andando pela cidade,observando mapas, perguntando às pessoas se não o teriam visto por aí... a mesma coisa de sempre. Era difícil ver uma loja de roupas tão maravilhosas e não poder entrar nelas, Alec teria que me recompensar depois. Sorri com tal pensamento.
Enquanto andava, meus pés já não aguentavam mais andar tanto, vi uma mulher entregando panfletos de uma balada e aquilo pareceu me interessar, de certo modo.
Peguei um papel e li que seria hoje à noite. Por que não ir? Eu precisava esfriar a cabeça um pouco, se não relaxasse, em pouco tempo, teria rugas.
Voltei para o apartamento e resolvi ligar pelo Skype para Catarina e contar as poucas novidades que tinha. Ela atendeu lá pelo terceiro toque.
- até que enfim resolveu dar o ar da graça - disse um pouco brava - combinamos que você ligaria de três em três dias.
- bom te ver também, Cat - olhei no fundo da câmera dela - cadê o Ragnor?
- nós ficamos preocupados com você então... - a olhei assustado
- não me diga que ele está vindo pra cá - ela pareceu rir, mas talvez tenha sido só impressão.
- é claro que não - respirei aliviado - mas uma amiga dele sim. Aliás, ela já deve estar chegando.
- o nome dela não é Camille não né? - a olhei suspeitando, se fosse ela eu mataria ele.
- como você sabe? - me olhou surpresa.
- droga, Ragnor - suspirei - bom, você tem alguma notícia dele?
- dele...? - revirei os olhos
- do Alec - disse como se fosse óbvio.
- ah, bom... não, mas você ficou sabendo de alguns ataques que andam tendo em Paris?
- Catarina, foco - estralei os dedos na frente da câmera.
- você precisa ficar sabendo dessas coisas, vai que acontece alguma coisa. - Bufei
- fala logo então - apoiei a cabeça na mão e a ouvi falar por longos trinta minutos sobre os ataques que andam ocorrendo há alguns meses por certas cidades.
- entendeu? - disse quando acabou de falar - você nem prestou atenção né?
- não - ri de leve e a mesma suspirou - mas relaxa que vou tomar cuidado - digo quando percebo que ela vai começar a falar TUDO de novo.
* Campainha *
- acho que sua parceira de viagem acabou de chegar - disse Catarina.
- como ela tem meu número? combinamos que...
- não olha pra mim - ergueu as mãos em forma de rendição - isso é coisa do Ragnor.
- deixa eu ir lá sofrer um pouco mais então - digo me levantando da cadeira.
- quanto drama - a olhei torto - vai lá então, tenho que voltar ao trabalho. Se precisar de algo me avisa.
Me levantei da cadeira e abri a porta, não era surpresa que quem estava lá era Camille. Eu nunca tinha conversado com ela, mas até que ela não era de se jogar fora. Afastei os pensamentos ao lembrar de Alec, ele era muito melhor que ela, em vários sentidos...
- pensei que não abriria nunca - disse entrando depois de me dar um beijo na bochecha, quando ela entrou limpei o local do beijo.
- eu até cogitei essa ideia - ela deu um sorriso irônico - o que quer aqui?
- primeiro, oi pra você também. E, segundo, vim aqui pra te levar pra curtir um pouco - disse indo até o meu quarto e pegou o panfleto em cima da minha cama - uma rave? Legal, nós vamos - sentou-se no sofá.
- não me lembro de dizer que ia - tentei pegar o papel da mão dela, mas, num movimento rápido, ela desviou.
- esteja pronto em 40 minutos - entrou no quarto de hóspedes levando a mala consigo - não se atrase - fechou a porta e escutei o barulho do chuveiro.
Bufei. Se meus próximos dias fossem como seria essa noite, eu estaria ferrado. Entrei no quarto e me troquei, não adianta taria nada discutir com ela, seria uma briga perdida.
Depois de uma hora e meia a cinderela saiu do quarto, digamos que ela estava muito bem arrumada. Saímos do apartamento e chegamos no local. Planejava esperar ela ficar suficientemente bêbada e, no minuto seguinte, ir embora daquele local. Em outras ocasiões poderia até ser divertido.
Foi então que, depois de algumas doses, vi um rapaz loiro saindo dos fundos do bar. Ele estava... ensanguentado. Olhei horrorizado para a cena logo a minha frente e pensei que tinha sido drogado. Foi então que vi a pessoa que menos esperava...
Jace.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.