História Malfoys - A meados da felicidade

As coisas pareciam ter mudado consideravelmente só que dessa vez para muito melhor, tudo agora na grande família Malfoy vinha encaixando-se em perfeitos eixos repleto de amor e harmonia, não haviam mais brigas ou atrasos noturnos, não havia nada que não fosse a doce rotina que estabeleceram diante a relação. Hermione trabalhada duas vezes por semana no ministério e o resto da semana em casa onde fazia perfeitamente seu trabalho por meio de corujas e formulários, um olho no trabalho e o outro nas filhas como desejava, quando tinha de ir ao ministério e coincidia com o horário em que Draco estava no hospital as pequenas ficavam em uma das avós, um dia em Narcissa e o outro nos Granger´s para evitar maiores ciúmes, e quando uma das avós corujas não podia olhar as pequenas elas passavam o dia na Toca com a vovó Weasley. Draco pareceu demorar um tempo para aceitar e não esboçar caretas sempre que a via pronta para o dia de trabalho, mas até mesmo as gêmeas vinham gostando dessa rotina e por isso se contentaram com ela.

Conforme os dias se passavam mais a felicidade plena pela gravidez aumentava e com ela os enjoos inconformantes de Hermione, a castanha não se lembrava de sempre passar tão mal na primeira gravidez, era sempre o mesmo horário e quase sempre as mesmas comidas que a faziam vomitar até não poder mais, o bebê mal havia nascido e ela já não conseguia mais dormir o necessário já que sempre levantava no meio da madrugada para colocar pra fora tudo o que praticamente havia comido, eram caixas de poções para enjoou onde finalmente ela poderia seguir aliviada de todas aquelas náuseas, mas as poções para enjoou não controlavam os hormônios então quase sempre ela costumava chorar por motivos bobos e se irritar facilmente, quando não fazia os dois.

Apesar dos enjoos sempre incomodarem e pelo sempre cansaço que Hermione sentia ela não poderia estar mais feliz com a notícia, mas todos a sua volta estavam muito animados com a chegada de mais um bebezinho para a família Malfoy e apesar de ainda poucos saberem os poucos que sabiam continuavam a paparica-la como nunca, até mesmo o marido não lhe negava nada levando em conta que podia pirar a qualquer instante em mais uma oscilação de hormônios. 

Como Gina também estava gravida a aproximação ficara ainda maior, trocavam experiências horripilantes e se zangavam juntas com a maioria delas, mas acima de tudo passaram a sair mais juntas onde compravam tudo de infantil que viam pela frente como fizeram naquela tarde no Beco Diagonal, a castanha preferiu deixar as filhas com Narcissa para que pudesse tirar um tempo só para si quando o trabalho esgotou-a por completo então havia chamado a amiga para um passeio onde Gina cansada de ficar em casa havia aceitado de bom grado.

Depois de merecidas compras seguiram juntas para a sorveteria Florean Fortescue já que ambas estavam impossibilitadas de ingerir qualquer tipo de bebia alcoólica que existisse. E como Gina estava gravida a muito mais tempo Hermione conseguia comprar as coisas para seu próprio bebê sem causar maiores desconfianças.

As duas imensas taças de sorvete com tudo o que ambas tinham direito não podia estar mais satisfatória, esse era o melhor da gravidez, poder comer muito mais do que de costume sem que ninguém te olhe torto ou inconformado. Hermione podia afirmar que uma das maiores mudanças que teve fora em seu apetite, comia o dobro do que o que era acostumada e as vezes arrancava olhares assustados de Draco, nada que ele não disfarçasse com perfeição.

- Eu disse ao Harry que não tem problema, o medi-bruxo disse que não tem problema, mamãe que já teve seis gestações ressaltou que não tem problema e ele simplesmente não aceita por medo de machucar a mim ou aos bebês – Gina falava mais do que inconformada a bons minutos sobre a falta de atenção de Harry na cama onde Hermione mais ria do que se sentia constrangida em saber da vida sexual dos amigos – Meus libidos estão a mil e eu só quero transar, mas meu marido acha que vai machucar os bebês, isso é completamente irracional, Mione – queixou-se – Draco fez isso no começo?

- Não – negou Hermione sentindo suas bochechas corarem um pouco, não pela vergonha de falar de sua vida sexual para amiga, agora existente como não era da última vez que falaram sobre aquilo, mas sim pelo fato de que sempre que pensava nisso as lembranças depravadas repassavam por sua mente – Na verdade acho que estamos fazendo mais sexo do que o comum, eu quase sempre o ataco e ele nunca negou, então....

- Quem me dera se Harry pensasse assim – resmungou a ruiva fazendo careta – Mas chega de falar de mim, sou uma amiga extremamente desnaturada, como vão as coisas com minha nova sobrinha ou sobrinho?

- Estamos bem, fomos ao medi-bruxo ontem, ele disse que tudo estava perfeitamente bem com o bebê e que se eu continuasse dessa forma terei uma gestação tranquila e agradável, nada que Draco tenha me dito, mas ele insistiu para que fossemos a um outro medi-bruxo especialista. Não deixei que fizessem o feitiço para detectar o sexo – contou dando de ombros arrancando de Gina um olhar confuso – Sei que na família Malfoy isso não era permitido e por mais que Draco mostrou-se não se importar em saber resolvi deixar como surpresa, Hera está decidida de que será uma menina e eu não quero que ela fique decepcionada com o resultado, pode ser tanto menina quanto menino e eu quero deixar pra saber na hora como deixei com as gêmeas, sabia fazer o feitiço para detectar o sexo, mas simplesmente não quis.... Talvez por medo – lembrou-se daquela noite na barraca, da forma com que tinha sua varinha em mãos, mas parecia tão apavorada em saber o resultado que temia tanto, ela não sabia qual seria a reação de Draco e isso a assustava – Quero manter assim.                                                                                                                                                                                                                                                  

- As meninas estão levando a notícia da gravidez bem? – Gina mudou drasticamente de assunto quando percebera que a amiga tornou-se pensativa demais diante sua última pergunta.

- Sim, todas as noites antes de dormir elas beijam minha barriga e desejam boa noite ao bebê, não param de falar nem mesmo um segundo sobre o novo irmãozinho ou irmãzinha, ficam fazendo planos de como brincaram quando nascer, me ajudando com o quartinho – comentou a castanha voltando a sorrir feito boba – Draco também está reagindo bem, ás vezes quando eu acordo de madrugada ele está com a mão sobre meu ventre, como se quem não quisesse perder nada. Me lembro de quando as gêmeas nasceram, ele costumava cobrar o fato de que não pode aproveitar minha gravidez, mas eu sei que tudo seria completamente diferente se fosse naquela época.

- Vocês parecem bem melhor – Gina pareceu concordar enquanto limpava apressada as mãos lotadas de sorvete – Quero dizer, se olham diferente agora e Draco parece muito mais animado do que de costume – deu de ombros – Mas eu não entendi por que ainda não contaram sobre a gravidez? Quero dizer, está com quase dois meses e como bem sabe não é algo que de para esconder por muito tempo.

- Eu e Draco chegamos a um consenso de que deixaremos as pessoas descobrirem com o tempo, anunciar isso ou torna-lo público causaria um reboliço desnecessário, se lembra do que aconteceu quando souberam que Atena e Hera eram filhas de Draco e herdeiras da fortuna Malfoy, foi uma loucura na época – Hermione esboçou uma careta com as antigas lembranças – E Draco acha melhor desta forma, protegendo o bebê por enquanto.

- Às vezes fico surpresa em ver como Malfoy é um bom pai – confessou Gina sorrindo de lado – Quero dizer, nós conhecíamos aquela maldita doninha egoísta e preconceituosa, aquele que sempre encrencava com você, Harry e Rony ou qualquer outro Grifinorio, o modo com o que ele humilhava você eu sempre soube que ele se importava demais com você, sempre tentando provoca-la para que suas atenções voltassem pra ele, eu achava que era apenas para deixar Harry e Rony com mais raiva, só que ele fazia isso mesmo quando eles não estavam por perto então.... É estranho olhar para aquele garoto mesquinho e ignorante e agora ver o homem que ele se tornou, um bom marido e visivelmente um bom pai, está na cara que Draco faria tudo pelos filhos de vocês. Meu Merlin, as gêmeas o amam e só falam dele todo o tempo, Harry costuma ficar irritado com isso é difícil pra ele aceitar que vocês dois são felizes, antigos inimigos, estão construindo uma família linda, Mione, e além de linda é especial.

- Draco não queria muito o bebê no começo – confessou Hermione atraindo a total atenção da amiga – Não estávamos muito bem antes disso, ele trabalhava demais e.... As traições não paravam, brigávamos feito gato e rato, por isso eu passei mal na manhã em que descobrimos a gravidez. Depois daquele dia as coisas melhoraram tanto, ele não chega mais tarde em casa, ou vive de segredinhos por aí, está sendo um marido e um pai incrível.

- Fico feliz por você amiga, mas de uma coisa eu te digo – Gina fez suspense – Se Harry não me comer em uma semana eu faço outra cicatriz na testa dele – as risadas foram intensas e muito divertidas – Devia pedir ao Draco que fale com ele, eu não vou aguentar por muito tempo.

- Tenho certeza que o Harry vai acabar se tocando de que é impossível machucar os bebês – garantiu Hermione divertida.

- Se ele não transar comigo até o baile em Hogwarts da professora Minerva... – Gina calou-se novamente assim que viu a expressão da amiga mudar – Vocês não receberam o convite?

O baile dos ex-alunos aconteceria dentro de duas semanas e não havia outro assunto que não fosse aquele, as lojas de vestidos estavam abarrotados de mulheres e os comentários não cessavam um segundo por onde passassem. Gina sabia que todos os alunos de Hogwarts haviam sido convidados, só não imaginava que Minerva pudesse deixar a família Malfoy de lado mesmo depois de tudo o que havia acontecido.

- Claro que recebemos – concordou Hermione sobre um suspiro – Mas ao que parece Draco não quer ir e eu o entendo, sei que apesar de souberem sobre as gêmeas ou sobre o fato de que ele só se tornou um comensal por mim e pelas meninas – era uma mentira tão habitual que Hermione já passava a acreditar, mas ela sabia que tudo o que Draco fizera fora por Narcissa e que até mais do que ela, ele tinha lembranças que o faziam gritar em pesadelos durante a noite – Só que algumas pessoas ainda o olham torto e eu sei o quanto ele se incomoda com isso, não quero que ele vá a um lugar e não se sinta bem, ainda mais em Hogwarts.... Todos os ex-alunos e alguns deles não o veem como nós vemos, não veem que ele mudou e ainda acham que ele não mudou, que ainda é aquele mesmo garoto de antes e eu não quero que ele se sinta mal lá – explicou com os olhos lacrimejados – Mas as gêmeas querem tanto ir, elas querem ver o lugar no qual nasceram, querem conhecer Hogwarts e eu sei que ele vai aceitar ir por elas, mas eu só não quero ver as pessoas o olhando torto.

- Draco já se redimiu por tudo o que foi obrigado a fazer, Mione, ele se tornou um medi-bruxo incrível, salva vidas o tempo todo, doa fortunas para as causas que realmente precisam, ele já se redimiu por toda a família Malfoy e tudo para deixar o sobrenome mais agradável para os filhos de vocês – Gina tentou acalma-la – Não se vê mais o ódio no olhar de ninguém quando falam da família Malfoy, vocês são a melhor família Malfoy que já existiu na história e todos sabem disso – garantiu – Você é a primeira esposa Malfoy da história que não tem sangue-puro ou até mesmo que assumiu um cargo de elevada importância no ministério, Atena e Hera são as primeiras primogênitas mulheres da história da família Malfoy e quem fez todas essas mudanças foi o próprio Draco.

- É, eu sei.... 

Aquela noite parecia chuvosa demais para uma noite de verão, a chuva caia forte sobre as vidraças de vidro da mansão impedindo que as duas pequenas crianças que ali abitavam brincassem por mais tempo, logo após o jantar Atena e Hera foram para cama mais cedo, impossibilitadas de brincar por muito mais tempo já que Atena tinha tanto medo de trovoes que se escutasse um não dormiria durante toda a noite, coloca-las na cama mais sedo e silenciar completamente o quarto das filhas era o que eles sempre faziam em noites de tempestades.

Era um costume que Hermione nunca se cansaria de ter, antes quando ambos ainda não eram um casal costumava assisti-lo desesperado atrás de suas coisas de trabalho onde ela simplesmente apontava onde cada coisa estava esparramado por cada canto do quarto, agora eles já se trocavam um na frente do outro como um casal comum. E naquele momento ela o assistia aprontar-se para mais um plantão no hospital, nos últimos meses simplesmente detestava quando ele tinha que trabalhar a noite, gostava de tê-lo ao seu lado da cama.

Seus cabelos já estavam devidamente penteados a um bom tempo, mas Hermione ainda os alisou com a escova por alguns instantes antes de levantar-se e seguir-se para cama ainda usando o longo robe negro bem amarrado em sua cintura. Olhar para aquela cama e imaginar-se dormindo sozinha depois de tudo o que havia acontecido entre eles não era só incomodador como também desolador, mas ela sabia que esse sempre seria o emprego dele e sabia o quanto Draco amava ser um medi-bruxo.

- Nós vamos para o baile em Hogwarts? – Hermione perguntou de um modo sutil já sentada sobre o fim da cama onde o olhava atentamente terminar de abotoar a blusa social.

- Pensei que você e as gêmeas estivessem animadas com isso – ele comentou aparentemente confuso, Hermione tinha uma coragem Grifinoria imaculada, ela nunca antes enrolava tanto para buscar as palavras certas, como uma perfeita sabe-tudo ela falava exatamente o que pensava – Por que não iriamos?

- Sei que aquele lugar não te traz boas lembranças – tentou Hermione dando levemente de ombros – Sei que algumas pessoas ainda o olham de um jeito estranho....

Draco parou no lugar no mesmo instante, agora percebia com clareza qual era a preocupação da esposa. Sabia que ela tinha razão, sabia que muitas pessoas o olhariam de um jeito estranho, julgando-o por seus atos passados ou até mesmo por seu sangue, mas ele já não se importava mais com nenhum olhar contanto que o mesmo fosse direcionado a ele e nunca a esposa ou as filhas.

- Foi o lugar em que concebemos Atena e Hera, o lugar onde elas nasceram, onde eu tive o conhecimento de que seria pai e as peguei nos braços pela primeira vez.... Então, sim eu tenho boas lembranças daquele lugar, talvez mais boas lembranças do que lembranças ruins.

Os passos de Hermione eram leves e certeiros, o farfalhar do robe negro ao arrastar-se no chão era um som doce e sutil, o sorriso no rosto delicado só não era mais decidido do que a direção em que ela seguia. Não demorou para que enlaçasse o marido pelo pescoço, impedindo-o completamente de terminar de ajeitar a gravata, era algo que gostava de fazer, mas as mãozinhas sapecas não davam sinal algum de que iriam ajudá-lo a se vestir.

A diferença de tamanho era grandiosa e por isso Hermione sempre se colocava na ponta dos pés caso quisesse alcançar a boca ou o pescoço do marido, as mãos de Draco já lhe circundavam a cintura quando ela depositara o primeiro beijo sobre o pescoço pálido seguindo maliciosamente em direção a uma das orelhas.

- Está muito atrasado? – sussurrou maliciosa, deixando mais do que muito claro qual eram suas intenções diante aquela situação.

- Acho que estou até um tanto adiantado – Draco devolveu a proposta maliciosa agarrando-a com entusiasmo.

As mãos dela não paravam e por alguns instantes Draco pareceu ajuda-la na tarefa de desvestir a si mesmo, Draco passara bons minutos vestindo-se apropriadamente para mais um dia de trabalho, evitando a todo custo amaçar suas roupas já que devia de estar sempre muito bem apresentável diante o hospital, mas agora com metade de suas roupas jogada ao chão e com a esposa o beijando daquela forma não importavam mais as roupas o fato de que certamente chegaria um tanto atrasado.

Hermione fora quem tirou o próprio robe sozinha arrancando do marido um olhar surpreso assim que ele quebrara o beijo para olha-la, nos últimos meses ela vinha usado roupas para dormir bem mais belas e provocantes do que antes usava, mas naquele momento avaliando-a com aquela diferente camisola verde Sonserina, Draco pensou por alguns instantes que aquilo certamente seria a imagem do paraíso, a transparência, a sensualidade e é claro a cor da peça a deixava muito mais do que perfeita, fizera uma rápida nota mental de que obrigaria Hermione a usar verde mais vezes, ela se dava melhor com as cores da casa dele do que as dela própria.

- Por que não usava essas coisas trouxas antes? – perguntou Draco enquanto a enlaçava pelas nádegas fazendo-a enrolar as pernas em sua cintura – Eu teria te induzido a dormir comigo muito antes.

- Pensei que não gostasse das coisas trouxas, não deixou que tivéssemos uma TV – explicou Hermione entre beijos provocantes sobre o pescoço dele enquanto deixava ser guiada em direção a cama, a última palavra saindo abafada diante o impacto de seu corpo sobre a cama e o do marido acima de si.

- Aquele treco me assusta e você sabe disso – ele olhou-a nos olhos por poucos instantes para responder – Mas isso, eu certamente adorei.

Hermione sorriu lasciva deixando-se ser beijada pelos lábios experientes e maravilhosos do marido, era algo que não confessaria nem a si mesma, mas nada a tirava tanto dos eixos quanto os beijos de Draco Malfoy, era um pensamento que lhe rondara a mente desde a primeira vez em que ele a beijara ainda em Hogwarts, mas era um pensamento que ainda lhe passava pela mente todas as vezes que os lábios frios dele chocavam-se contra os seus. Draco apertara uma das coxas delicadas com entusiasmo fazendo-a gemer alto e mover os quadris em direção a ele, poucas peças de roupa os separavam e a camisola de Hermione não seria contado como uma delas, Draco faria questão de transar com a esposa enquanto ela ainda usava aquela maldita camisola.

As fortes mãos desenhavam as curvas do corpo delicado da esposa enquanto os beijos de Draco não cediam, quando sua mão encontrou uma das confusas alças da camisola pode descer a taça do sutiã em entusiasmo, apertando sem muita delicadeza um dos seios da esposa só para ouvi-la gemer alto. Era fato que Hermione vinha estado muito mais sensível desde que descobriram a gravidez, cada simples toque ou um beijo intenso a fariam gozar sem mais delongas, mas também era fato que ela quisesse um bom sexo a cada instante, ela estava insaciável e isso agradava Draco imensamente. Quando sua boca fora de encontro ao mesmo seio que antes apertava, com uma ânsia de um bebê esfomeado fora barrado pelas mãos dela, Hermione lhe puxara fortemente pelos cabelos loiros impedindo-o de fazê-lo e obrigando-o a olha-la.

- Sem preliminares, por favor – ela praticamente implorava sobre um choramingo baixo, seus quadris não paravam nem por um instante buscando por mais contato – Por favor, Draco, eu preciso....

Não era um pedido que ele deixaria passar tirando as últimas peças de roupas apenas para possui-la sobre um único empurrão, Hermione estava molhada e quente, e ambos puderam gemer juntos assim que Draco encontrou seu fim. Os corpos unidos, uma confusão de braços e pernas onde tudo o que mais importava era a perfeita sincronia em que os corpos possuíam. 

Os movimentos dele não eram calmos, não havia delicadeza sobre as estocadas que ele diferia dentro dela, mas era daquela forma que Hermione gostava, ali podia ver novamente o garoto malvado que lhe arrancara tantos arrepios em sua primeira vez, Draco não era calmo na cama e aquilo era o que Hermione mais gostava na intimidade deles, o modo pelo qual o marido a possuía exalava luxuria e selvageria, os gemidos dela entravam em contraste com os urros ou os gemidos roucos que ele mesmo deixava escapar. Não havia medo de machucarem um ao outro, não haviam preocupações desnecessárias e impossíveis como o bebê que crescia dentro de ventre dela, não havia nada que não fossem os dois e o momento mais preciso entre eles, o sexo.

Não demorou muito mais do que precisos movimentos para que Hermione explodisse em um glorioso orgasmo que a fez gritar o nome dele e arquear-se abaixo do corpo másculo, as pernas apertando-o ainda mais enquanto as unhas bem-feitas arranhavam cada pedaço de pele tão clara que encontrava. Bastou apenas o aperto dela para que Draco se permitisse libertar-se dentro da esposa bombeando uma última vez. Ele não gostava de coisas rápidas, gostava quando tinha a noite inteira para faze-la gemer diante dele, quando tinha todo o tempo que desejava para fazer o que bem quisesse, mas as circunstancias pedia rapidez e ele o fizera com precisão.

Hermione não incomodou-se em arrancar a camisola e dar a ela o mesmo destino que sua calcinha jogada no chão, mas ela também não incomodou-se em vesti-la enquanto o assistia arrumar-se novamente ainda deitada na cama. Queria que ele tivesse mudado de ideia, que inventasse qualquer desculpa sobre não poder trabalhar e que ficasse aquela noite com ela, mas ela entendia que ele não podia o que não a impedia de se sentir frustrada. 

- Voltou as seis em ponto, se acontecer alguma coisa me mande um patrono – pediu ele enquanto terminava de alcançar seu jaleco, a última coisa que lhe faltava pegar.

- Bom trabalho – desejou Hermione sorrindo carinhosa.

Uma coisa era realmente um fato era impossível para Draco se sentir mal-humorado depois de tudo que acontecera antes de sair de casa naquela noite, sentia-se mais liberto, mais calmo e muito mais relaxado do que o habitual. Seu corpo parecia revigorado, sua mente calma e anestesiada para uma noite toda em claro e sua animação aparente até demais enquanto cumprimentava cada pessoa que via no corredor com um sorriso educado e não só um aceno de cabeça, não precisava ler a mente de nenhuma dessas pessoas para saber que elas estavam surpresas por seus sorrisos, mas ele realmente não se importava naquele momento, nada mais lhe importava que não fossem as quentes lembranças de minutos atrás, era como se eles ainda estivessem na cama, como se ele ainda estivesse dentro dela, como se os gemidos dela ainda ecoassem por sua mente.

Hermione tinha a mania de surpreende-lo a cada instante que passavam juntos, ela o surpreendera desde o começo, desde a primeira noite em que estivera com ela e descobrira que a santinha Granger da Grifinoria não era tão santinha e nem tão inocente quanto se mostrava ser, no sexo ela não era a sabe-tudo que se mostrava ser a todo instante, a inocência dela e a falta de experiência passada o inebriava de um jeito que se sentisse bem melhor, lá havia uma coisa em que a sabe-tudo de Hogwarts não sabia por completo. Ela o surpreendera quando ele descobrira que por oito meses ela lhe escondera uma gravidez, que durante um ataque e uma tortura ela ainda estava de pé mesmo que com as filhas dele no ventre, lhe surpreendera quando ela começou a sentir as dores do parto no meio da batalha e do modo com o qual ela negava que as gêmeas eram filhas dele apenas para protege-las, lhe surpreendera quando tornou-se uma perfeita Sra. Malfoy e uma mãe incrível para suas filhas, mas lhe surpreendia ainda mais sobre quatro paredes desde a primeira noite em que estiveram juntos depois de tanto tempo.

Draco não pode se sentir mais incomodado quando o silencio de sua sala fora rompido pelo barulho da porta, já fazia bons minutos que estava sentado em sua cadeira esperando que algum paciente chegasse, o que era bem difícil aquelas horas da noite, o barulho dos sapatos de salto alto deixava bem evidente quem era, não mais evidente que o fato de que a pessoa que entrara havia fechado a porta consigo e girado a chave sobre o processo. O sorriso de Astória Greengrass vinha irritando Draco desde o momento em que descobrira que a loira lhe escondera um dos recados de Hermione, Astória vinha passando dos limites e ele constatou aquilo a muito tempo.

A loira vinha em sua direção, a saia colada e a blusa com dois botões abertos quase revelando seu sutiã, os rebolados se seguiam provocantes e exagerados, mas não tão exagerados quanto o sorriso que ela exibia sobre os lábios excitados. Astória não exalava inocência, sobre seus olhos tudo era sempre bem claro o que ela queria e naquele momento Draco pode contestar que não era só mais uma trepada, ele sabia que Astória começaria a tomar medidas drásticas agora que ele pouco a procurava.

- Pedi para o Kevin te cobrir, pensei em nos divertirmos um pouco – ela disse colocando as mãos em sua mesa apenas para se dobrar e demostrar a ele os seios quase expostos pelo sutiã pequeno demais para ela.

- Saía Astória – Draco nem se quer olhou-a para dize-lo, não que temesse uma recaída, apenas tinha muito mais o que fazer para ter de lidar com o que viria – Tenho trabalho a fazer.

- Vim apenas falar sobre o casamento da minha irmã – a loira revirou os olhos endireitando-se diante dele apenas para sentar em sua mesa, as pernas provocantemente dobradas – Minha irmã quer a cor lilás e eu deixei bem claro a ela que não gosto dessa cor, então meu vestido será perola, veja se consegue uma roupa que combine, não quero que fiquemos estranhos.

Eram conversas fúteis que Draco não tinha mais paciência de presenciar, tudo para Astória sempre seria a imagem, ela presava a perfeita imagem como ele prezava nos tempos de Hogwarts.

- Não serei mais padrinho de casamento ao seu lado – disse Draco ainda sem olha-la, buscando entreter-se com as fichas em sua mão das últimas pessoas que havia internado e definitivamente precisava fazer uma visita, mas Astória não parecia disposta a permitir ainda mais com a cara que esboçara assim que ele lhe dissera aqui – Falei com Theodoro a algumas semanas atrás, pedi desculpas por negar assim um pedido como esse, mas, não serei padrinho ao lado de uma mulher que não é minha esposa e como visivelmente nem você e muito menos sua irmã gostam da minha esposa, irei como um convidado, receio que terá de encontrar um novo par então peça para ele combinar as roupas com você.

- O que deu em você Draco? – ela quase berrou fazendo com que ele a olhasse pela primeira vez, não era pelo fato de que estavam em um hospital e que não era permitido falar-se alto, era apenas pelo fato de ela ter a audácia de gritar com ele daquela forma como se tivesse algum direito sobre ele – Está caindo de amores pela Granger, ela te enfeitiçou?

- Acho que está um pouco confusa, Astória, caso não se lembre você é a amante não Hermione, Hermione é minha esposa você foi apenas mais uma das que eu mantive na minha cama quando estava entediado, mas agora eu não estou mais então eu agradeço pelos seus serviços, mesmo que tenham sido de graça – ele a tratou como a verdadeira prostituta que Astória lhe mostrava ser, sabia que havia cometido um erro mantendo-se com Astória por tanto tempo era como se tivesse iludido-a de que ela era a melhor, mas a única coisa que ele lhe proporcionava era a sensação de anos atrás quando era apenas um sangue-puro mesquinho que agradava o pai com suas atitudes, Astória era um pedaço de seu passado e por isso a mantivera por completo, apenas para reviver momentos que havia julgado como bons – Agora saía da minha sala, por favor.

- Como você ousa, Draco? Não pode me chutar desse jeito! – ela já beirava a histeria e se não estivesse tão calmo Draco teria chutado a loira de lá a força – Eu sou muito melhor do que Hermione Granger e você sabe disso, eu posso lhe dar muito mais do que aquela sangue-ruim nojenta....

- Quer perder seu emprego Astória? – perguntou levantando-se sem paciência enquanto batia as mãos na mesa com demasiada força, os olhos assustados da moça voltaram-se para si ainda irados - Então saía da minha sala.

- Vai se arrepender, Draco! – ela pareceu sentenciar – Você ainda vai ser meu.

Quando a porta de sua sala bateu-se com força Draco deixou-se descansar sobre sua cadeira mais uma vez, teria problemas com Astória Greengrass e sabia disso...