História Malfoys - O passar dos anos

Hera e Atena Malfoy eram as menininhas mais belas, meigas e inteligentes que qualquer um já vira, os cabelinhos loiros tão claros, a pele tão branquinha, as feições tão finas e os olhos tão cinzas, elas eram Malfoy´s escritas, mas a doçura pertencia todas de Hermione, não havia quem as duas não conquistassem, um simples sorriso nas boquinhas rosadas, uma tombadinha de cabeça ou uma doce gargalhada eram o suficiente para conquistarem até a pessoa mais séria do mundo e faze-la babar de amores pelas pequenas. Elas não demoraram a se tornar as coisas mais importantes do mundo para a castanha e fora por elas que sacrificou tantas coisas. Mas nem por um misero segundo havia se arrependido de tal feito, elas eram as melhores coisas que já lhe acontecera na vida, mesmo pela forma como foram concebidas.

Cinco meses depois da batalha final, cinco meses depois do nascimento das gêmeas Hermione casou-se com Draco Malfoy em uma cerimônia simples com somente os amigos mais íntimos. Fora muito difícil no começo, a ordem sabia que ela estava gravida, mas ela nunca havia dito quem era o pai, quando as bebês nasceram e com a à proximidade de Malfoy no momento de seu parto fora o suficiente para poupar qualquer palavra, Harry pareceu chocado por um tempo, mas Ronald teve de ser controlado ou ele mataria Malfoy, ela sentia tanto pelo amigo, sabia que ele tinha muitos sentimentos por ela e ela mesmo os tinha antes de tudo acontecer e agora havia quebrado o coração do amigo de uma maneira tão dolorosa, ainda mais quando anunciaram que se casariam.

As regras de Malfoy foram claras, ninguém saberia que foi um acordo, para todos eles eram um casal apaixonado que fora separado pela guerra, uma história tão bem contada por Draco que o colocava como inocente e o livrava de qualquer acusação que viesse a ser feita pela marca em seu braço. Ele dissera ao mundo que tornou-se um comensal da morte apenas para protege-la, a história coincidiu com o fato dela ter ficado gravida ainda no sexto ano, não fora atoa que no dia do casamento ouviam-se suspiros enquanto ambos falaram aceito, para o mundo bruxo eles eram um exemplo de superação e amor, ele sofrera nas mãos de Voldemort por ela, enquanto ela o esperava no fim das contas. Uma história tão convincente que até mesmo Hermione pareceu acreditar por um tempo, durante anos Hermione se pegava pensando no motivo por ter se entregado para Draco Malfoy de uma forma que não fizera com nenhum outro garoto, ela deixou de pensar que havia sido por desespero, por medo de não ter a oportunidade de fazer o que todas as outras garotas de seu dormitório diziam, também aceitou que era mais do que curiosidade, não era a Hermione sempre com sede de saber mais do que todos os outros que falava naquele momento, talvez tivesse sido o destino, o destino levou Draco Malfoy a aquela torre naquela noite, o mesmo destino que lhe trouxe as coisas mais preciosas de sua vida, suas filhas, não importava se havia amor entre ela e Draco ou não, o que importava eram suas filhas. 

No fim ambos aceitaram que aquilo seria o melhor, não só para eles, como também para as pequenas criaturinhas que fizeram juntos. Hera e Atena mereciam ter os melhores pais do mundo e eles aceitaram de bom grado serem aqueles pais, dividiam o mesmo quarto como qualquer casal normal fariam, mantinham as aparências em público como qualquer casal normal e até na frente das filhas quando elas passaram a entender o motivo de um casal se beijar. No fim eram um belo retrato de família.

Ele ao menos havia mudado, elas o mudou, mas elas mudavam qualquer um. Draco Malfoy não era mais um garoto mesquinho e preconceituoso, agora ele era um homem feito mesmo que a responsabilidade lhe batesse a porta quando tinha apenas dezoito anos, ele era um pai amoroso e cuidadoso, tudo que seu pai nunca fora para si, ele cuidava daquelas meninas como se elas fossem preciosos diamantes, mas com uma delicadeza absurda como se fossem cristais a se quebrar com um  misero toque, ele odiava vê-las chorar e fazia de tudo para que aquilo não acontecesse, nem que sacrificasse suas noites de sono ajudando a mulher a nina-las. Ele se sairá um pai muito mais cuidado e coruja que Hermione pensou que ele fosse.

Eles não se tocavam de um jeito mais íntimo, dividiam a cama, mas não a intimidade. Ele não era um bom marido, ou um bom companheiro, mas era um pai excepcional, um pai tão maravilhoso que as filhas o amavam imensamente. Hermione gostava do modo como ele velava o sono delas, desde os primeiros dias de vida ele costumava passar horas observando-as como se certifica-se de que elas ainda respiravam, o modo cuidadoso no qual ele lhes dava banho ou até mesmo lhes trocava as fraudas, mas sempre depois de bons meses já que no começo ele parecia receoso e temeroso em machuca-las achando melhor que as mãos delicadas de Hermione o fizessem já que elas pareciam tão pequenas e indefesas, a mania de querer sempre faze-las dormir também persistia desde o início, ele passava horas ninando-as e conversando com elas.

Juntos as criaram, as ensinaram a andar, a falar, a correrem sozinhas... Draco atualmente trabalhava como medi-bruxo no hospital St. Mungus onde fora bem aceito depois da história muito bem contada, ele costumava trabalhar muito, mas todo o tempo restante era direcionado para as filhas. A fortuna dos Malfoy´s permanecera intacta após a guerra, Lucius Malfoy fora condenado ao beijo do dementador enquanto sua esposa e seu filho saiam impunes do julgamento assim como toda a fortuna, mas fora uma clausula absoluta do ministério que todos os objetos de magia negra recebessem um fim e assim fora feito, apesar de toda a fortuna e a mansão pertencer a Draco depois que Narcisa contentou-se com uma pequena casinha em um lugar tranquilo, o loiro não quis mudar-se para lá o que fez Hermione a muito agradecer, eram lembranças ruins para ambos e apesar de não sentir nem um pouco de pena de Draco, Hermione sabia que a vida do mesmo não havia sido tão fácil quando ela e os amigos imaginaram, Narcisa havia sido como uma mãe para si desde o momento em que soube sobre as netas e fora ela que muito lhe contara sobre sua vida e do filho durante a guerra, no fim eles haviam sido tão usados quanto qualquer outro.

Hermione não pode voltar e realizar seu sétimo ano como fora seu desejo desde o dia em que sairá de Hogwarts, mas ela nem se quer mais queria faze-lo assim que suas filhas nasceram. Ela também não trabalhou em seu emprego dos sonhos, já que de acordo com os costumes Malfoy´s uma mulher Malfoy não trabalhava, só que não fora por isso que ela cedera e sim para cuidar das filhas, não queria que suas filhas fossem criadas por elfos domésticos ou outras pessoas que não fossem os pais delas e então desde o nascimento das mesmas todo o tempo de Hermione era direcionado a elas.

Hera e Atena cresciam mais a cada dia, tão parecidas, mas ao mesmo tempo tão diferentes. Atena era a mais velha por míseros quinze minutos e também era a mais doce e delicada, a menininha parecia uma bonequinha de porcelana com seus cachinhos loiros e seus vestidinhos clarinhos, o sorriso doce era o mesmo sorriso que derretia Draco ou qualquer outra pessoa que o visse, a menininha era o xodó do pai sem pestanejar. Hera não ficava para traz no quesito ser idolatrada pelo pai bobão, só que diferente de Atena no qual Draco temia que ela se quer caísse ou chorasse ele sabia que Hera era sua garotinha forte e astuta, e realmente era, a menininha tão loira quanto a irmã era um pouquinho mais baixa e tinha seus cabelinhos lisos feito ceda, a menininha era a mais forte e destemida, tão arteira e corajosa que não tinha medo de nada e nem ninguém, era tão corajosa quanto a própria mãe, mas tão orgulhosa quanto o pai.

Não havia quem não as amasse, Narcisa, Jane e Molly eram três avós babonas, enquanto Arthur e Carlos eram vovôs babões e preocupados, os tios eram um ciúmes que só todos amigos de Hermione e Draco, elas eram as únicas crianças no começo, agora ainda venciam dos primos no quesito atenção. A maior briga de Draco e Hermione depois do casamento fora a decisão para quem seriam os padrinhos, eles não eram um casal, mas tentavam ao menos tolerarem um ao outro e não se matarem diante as filhas, Hermione queria Harry e Gina, mas Draco se negava dizendo que Blásio e Pansy é quem seriam ótimos padrinhos, no fim cada um batizou uma criança, Harry e Gina batizaram Atena enquanto Blásio e para a infelicidade de Hermione, Pansy Parkinson batizaram Hera. No fim os quatro eram os padrinhos de ambas.

Draco e Hermione não conversavam muito, todas as palavras que trocavam eram sobre as filhas. Ele mantinha amantes durante todos os últimos anos, mas perto das filhas parecia o pai e o marido perfeito, o homem espelho ideal que elas mereciam, Hermione não fora capaz de ter amantes, não por falta de opção, mas sim pelo fato de simplesmente não conseguir faze-lo, toda vez que pensava sobre aquilo pegava-se olhando para a aliança de casamento em seu dedo e desistindo na mesma hora, juntos eles não se davam bem, mas quando o assunto era as filhas eles se davam melhor do que nunca. Era um casamento restritamente profissional, mas só os dois sabiam daquilo, no fim das contas para todos eles eram um casal apaixonado e feliz.

Elas eram as pessoas mais importantes do mundo para eles dois e as únicas que mereciam todo o amor que ambos tinham para dar...

A luz do sol naquela bela manhã de domingo iluminando o mármore perfeitamente bem cuidado e claro da esplendorosa mansão, as janelas de vidro tinham suas cortinas de cor creme fechadas para que não atrapalhasse os poucos moradores, poucos perto da imensidão que era aquela mansão, o jardim bem cuidado era banhado pela luz do sol deixando tudo ainda mais belo e requintado, o mesmo sol que brilhava sobre as aguas claras do rio que passava por perto da casa, rio esse que parecia tão calmo quanto o dia, o céu estava calmo e tranquilo como se soubesse que dia era aquele.

Dia 2 de maio não era só um dia como todos os outros, era muito mais do que só o aniversário de cinco anos do fim da guerra-bruxa, era o aniversário de cinco anos de duas pequenas e queridas menininhas.

Sobre o quarto de casal, na imensidão branca e dourada que o tomava surpreendentemente a luz do sol refletia mais do que o necessário já que a cortina fora esquecida de ser fechada e a porta de vidro que ia em direção a pequena varanda irritaria os olhos de qualquer um, as paredes brancas em dourado nunca foram uma combinação tão perfeita junto ao carpete branco que faziam par junto as poltronas brancas espalhadas pelo quarto e até mesmo o aparador de madeira envelhecida  com os leves arranjos de flores, era um quarto diferente demais para quem o ocupava, entre a briga sobre vermelho ou verde a maior decisão fora o branco, mas o requinte era dado pela cor dourada.

Os dois corpos deitados na cama de casal não se tocavam, nem se quer se encostavam, ambos um virado de costas para o outro sobre os lençóis finos de seda suave. O sono os tomava por completo, Hermione dormia de modo sereno já que passara boas horas entretida com um bom livro, já Draco havia chegado logo quando o sol nascera por volta das seis da manhã de mais um plantão do hospital. Era como se uma linha invisível separasse a cama impedindo-os de se tocarem e aquela linha se chamava orgulho.

Nem mesmo os gritinhos animados enquanto a porta do quarto se abria as presas fora suficiente para acorda-los, mas os pulos na cama acordaram Hermione instantaneamente quase saltando quando Atena pulou próxima a suas pernas. Suas pestinhas estavam acordadas e obviamente muito animadas.

- Acordem mamãe e papai – insistia Hera ainda pulando na cama, mas dessa vez em cima do pai enquanto Atena ria ao ser esmagada por um abraço apertado da mãe.

Um duplo gritinho agudo soou quando Draco abriu os olhos sobre reflexos perfeitos pegando as duas filhas em cada braço e colocando-as deitadas na cama para uma sequência de cosquinhas que as faziam gargalhar deliciosamente.

- Ahaaaa, quem são as pestinhas mais lindas do papai que estão fazendo aniversário hoje?! – Draco dizia em meio a beijos e cosquinhas enquanto as duas filhas riam divertidas.

- Somos nós! – gritaram Hera e Atena juntas. 

Hermione os olhava com um sorriso no rosto, Draco Malfoy ás vezes lhe dava muita raiva, quase sempre na verdade, mas ele amava aquelas meninas de uma forma tão absurda que chegava a ser transparente, os olhos bobos toda vez que as viam, o jeito brincalhão que antes ninguém nunca vira vindo à tona sempre que as filhas queriam brincar, ele era o pai perfeito, perfeito do tipo que deixava as duas filhas fazerem o que quiserem até mesmo chuquinhas em seus cabelos tão claros e ás vezes até brincava na hora do chá sentado no chão já que as minúsculas cadeiras cor de rosa não o aguentariam. Era incrível o amor daqueles três e toda vez que os olhava Hermione se sentia abençoada por sua família.

- Quando vamos na vovó Narcisa? – perguntava Hera animada.

- Antes do almoço princesa – fora Hermione quem respondeu abraçando agora sua caçula enquanto lhe apertava as bochechinhas rosada com carinho – Masss, vocês não vão se não tomarem um banho, escovarem os dentinhos e descerem para tomar café em cinco minutos!

Com os olhinhos azuis-acinzentados arregalados as pequenas deixaram o quarto dos pais correndo, os cachinhos loiros sempre do mesmo tamanho pulando sobre as costinhas pequenas cobertas por camisolinhas idênticas.

Hermione tomou uma boa lufada de ar como se antes não conseguisse respirar pelo susto enquanto Draco se tacava na cama completamente morto de cansaço.

- Vou ajuda-las com o banho – anunciou enquanto tacava suas pernas para fora da cama, a camisola de seda azul clara ajustando sobre suas ancas com delicadeza absurda – Pode voltar a dormir, vou leva-las até sua mãe, ela as deixara distraídas até a hora da festa, logo mais o pessoal estará aqui para ajudar com a decoração.

- Eu te disse para contratar um pessoal especializado – resmungou Draco completamente sonolento.

Hermione deixou o quarto tentando não rir dos resmungos que Draco ainda insistia em dizer, dali umas horas quando acordasse definitivamente ele nem se lembraria de suas palavras, como sempre fazia depois de um plantão tão cansativo, era incrível o fato de que para as filhas ele sempre parecia animado e muito bem-disposto.

Entrou ainda sorridente no quarto mais colorido de toda a casa, o quarto das filhas brincava entre as cores rosa e lilás, Hera odiava rosa, mas Atena ama diferente do lilás no qual odiava e Hera adorava, por fim decidiram pintar das duas corres, as duas minúsculas caminhas tinham formato de flores, a de Atena como sempre estava perfeitamente arrumada, mas Hera deixava para que os elfos ou que a mãe o fizesse por ela, as prateleiras penduradas nas paredes abrigavam brinquedos e ursinhos de todos os tipos e tamanhos, desde trouxas todos presentes dos avos Granger, aos bruxos e até mesmo os logros dados pelo tio Jorge e o tio Rony, no chão o carpete era rosa claro e os pufes lilás e brancos espalhados para todos os lados, nas prateleiras laterais a caminha de Atena os livros infantis, a pequena aprendera a ler com apenas quatro anos e fora o maior orgulho de Hermione, já Hera tornava-se uma menininha idêntica ao pai, de acordo com ela estava ocupada demais se divertindo para preocupar-se com trivialidades e como Draco era tão inteligente quanto Hermione fizera Hera aprender a ler ainda naquele ano, a filha lia muito bem, mas Atena mais lia do que brincava. No teto as estrelinhas azuladas foram pintadas perfeitamente por tia Luna e durante a noite elas brilhavam como o céu estrelado e ás vezes até surgia umas estrelas cadentes, tudo por magia.

As pequenas não estavam no quarto e sim no banheiro a lateral, sorrindo docemente Hermione seguira em direção a porta aberta parando apenas para fazer uma leve careta sobre as vassouras infantis penduradas naquele canto da parede, lembrou-se de quase ter tido um infarto quando Draco chegara em casa com aquelas malditas vassouras, Atena mostrou-se receosa no começo e deixou-se somente ser guiada pelo pai que a segurava com precisam, mas Hera levantou voou sozinha e acabou com uma bela cicatriz no joelho.

O banheiro era tão grande quanto o quarto, mas tudo ali aprecia vir em miniatura, as pias eram menores para que as filhas alcançassem e como sempre duplas, como irmãs as duas sempre aprenderam a dividir tudo até mesmo o útero, mas fora uma decisão dela e de Draco que ambas também tivessem seu próprio espaço inclusive sua própria privacidade e por isso o banheiro também compunha-a de duas duchas e dois sanitários.

Elas já se secavam as pressas quando Hermione chegou, eram crianças de cinco anos e como pais preocupados ambos não deixavam que as filhas tomassem banho sem serem vigiadas, mas naquela manhã elas foram mais rápidas e restou a Hermione ajuda-las a se vestirem. Era muito difícil que as meninas aceitassem vestirem-se iguais, Hera tinha um gosto muito diferente de Atena. Atena amava vestidinhos floridos, tiarinhas e presilhinhas nos cabelos, mas para Hera aquilo a irritava, não a deixava correr e virar puruletas assim como as coisinhas em seu cabelo como a mesma diziam a irritavam a puxar os fios. No fim aceitou que as filhas vestissem como quisessem adicionando a bolsa que iria para a casa de Narcisa os vestidinhos da festa de aniversário que nenhuma das duas sabiam, sabia que as filhas sujar-se-iam na casa da avó já que a mulher mostrou-se ser uma vovó babona e coruja nos últimos anos.

O banho de Hermione fora ainda mais curto enquanto as filhas tomavam café da manhã no andar de baixo sobre os olhos atentos da elfa da família, colocando um simples vestido de verão deixou o imenso e esplendoroso closet sem nem mesmo acordar Draco.

Suas pequenas estavam sentadas em suas costumeiras cadeiras, quando compraram a mansão tudo fora perfeitamente bem pensado e arquitetado para as gêmeas e sobre o gosto especifico de Hermione, mas é claro com a classe exigência de Draco, era uma casa grande demais e até mesmo a copa mostrava isso, o chão de madeira acompanhava a madeira de cerejeira das paredes e o mármore escurecido da lareira, as cortinas vermelhas escurecidas brincavam com o desenho esbranquiçado que o gesso do teto fazia, a mesa de madeira continha várias cadeiras e sobre ela as deliciosas guloseimas do café da manhã, as vidraças haviam sido abertas e o vento delicioso soprava com leveza para dentro do local, a vista deixava qualquer café da manhã esplendoroso.

Era uma mania que eles seguiam durante todos os anos, Draco sempre se sentava na ponta de frente as vidraças como se a luz do sol sempre o irritasse e ele devesse sentar-se contra ela, Hermione sempre ao lado direito dele enquanto as pequenas ao esquerdo ao menos agora em que elas já podiam comer sozinhas sem se lambuzarem por completo como faziam, fazia tanto pouco tempo em que as altas cadeirinhas foram substituídas por cadeiras comuns, mas ainda sim com almofadas.

O desjejum fora feito sobre gargalhadas animadas, as meninas estavam muito animadas com aquele dia no qual Hermione e Draco falaram desde o começo da semana que elas iriam até a casa da vovó Narcisa, elas adoravam passar o dia na casa das avós, Narcisa sempre ocupava-se somente com elas fazendo tudo que elas quisessem fazer e quase todas ás vezes que iam até lá chegavam com mais e mais sacolas de roupas e brinquedos onde a sogra dizia que tinha dinheiro até demais e tinha de achar algo para gastar, da casa da vovó Jane elas chegavam animadas contando sobre algo trouxa que descobriram ou os doces trouxas que comeram o que confundia e tanto Draco a ponto de lhe arrancar uma careta, da vovó Molly elas pareciam sempre voltar mais rechonchudas já que Molly sempre fazia tudo os que as meninas pediam para comer e até o que não pediam.

Narcisa atualmente morava em uma casa simples, mas muito sofisticada no mundo bruxo. Depois que tanto ela quanto Draco negaram a mansão a mesma ficara as minguas, como uma mansão abandonada onde antes morava a família mais respeitada e poderosa da Grã-Bretanha, mas nenhum deles quis voltar para lá. Deixou as filhas depois de muitos e muitos beijos lançando em seguida um olhar cumplice a Narcissa que sorria em direção a ela, no fim das contas a mulher saiu-se uma sogra incrível e uma avó melhor ainda.

No caminho para casa Hermione recebera um patrono de Gina avisando que eles já estavam a caminho o que a fez andar apressada em direção a entrada da casa e certificar-se de que os elfos já trabalhavam na cozinha sobre os tantos docinhos que ela pedira, sabia que seria difícil para eles fazerem docinhos trouxas, mas eles pareciam perfeitos ao faze-los. Quando ia seguindo em direção a saída da casa na intensão de espera-los na porta assustou-se quando viu o marido sentado sobre a habitual cadeira fazendo seu desjejum, não fazia nem vinte minutos que haviam o acordado.

- Draco, pode voltar a dormir nós damos conta – garantiu Hermione vendo-o beber uma boa xicara de café preto que pelo cheiro ela sabia conter uma boa dose de whisky de fogo – Sei que o plantão foi corrido ontem.

- Não, tudo bem – ele negou tirando os olhos do profeta diário pela primeira vez no dia, era uma mania e tanto dele olhar aquele maldito jornal onde naquela manhã havia uma pequena homenagem para as herdeiras Malfoy e filhas de uma grande heroína de guerra – Já descansei o suficiente, posso ser capaz de ajudar no aniversário das minhas filhas, afinal não é todo dia que elas fazem cinco anos, não é?

- Não, não é – concordou Hermione deixando que um sorriso escapasse.

Aquele era o Draco Malfoy que ela conhecia, ele fazia tudo pelas filhas inclusive mentir sobre estar cansado quando as olheiras sobre seus belos olhos diziam o contrário.

- Poção para cortar o sono? – perguntou pegando o frasquinho do armário ao lado.

- Ah eu adoraria – ele aceitou de bom grado.

Com um medi-bruxo em casa o que menos faltava eram poções, nos dias de folga quando as gêmeas tiravam a soneca da tarde ou dormiam logo mais à noite o loiro se alojava em seu laboratório particular e fazia mais a mais poções. Hermione se lembrava de quando ele lhe dissera que estava a fazer um estágio no St. Mungus, ela nunca saberia se não fosse até lá para levar uma Hera que ardia em febre com menos de um aninho de idade. Ele lhe dissera que queria fazer medi-bruxaria para desculpar-se por toda a dor e sofrimento que causara a outras pessoas, no fim Hermione confessou que a partir daquele dia começou a vê-lo com outros olhos.

Não eram amantes, ou parceiros, nem mesmo companheiros, mas eram pais.... E isso já bastava e muito.

Hera e Atena não eram Weasley´s, não eram filhas de Ronald no qual todos eles juravam que ficariam juntos, mas ainda assim elas eram netas e sobrinhas de todo e qualquer Weasley. Naquela manhã todos eles estavam sobre o imenso quintal da mansão Malfoy, os cabeças vermelhas e suas companheiras vieram com grandes sorrisos nos lábios e prontos para ajudar enquanto eram recepcionados por Draco e Hermione na porta da mansão, não eram um casal, mas ninguém sabia disso enquanto sempre que havia alguém perto eles se tocavam como se tivessem intimidade o suficiente e ás vezes trocavam alguns beijos.

Os convites para a festa de cinco anos das gêmeas Malfoy´s foram entregues somente aos mais íntimos a cerca de um mês atrás e naquela tarde seria a festa, fora natural que todos os parentes quiseram ajudar, até mesmo os postiços como os Weasley´s. Os pais de Hermione logo chegaram pela lareira e com eles várias e várias caixas do que despertou o interesse completo dos Weasley´s, inclusive os de Draco, eram doces trouxas e todos os que as meninas mais gostavam, junto a eles doces trouxas com os belos desenhos de rosas na cor rosa claro e escuro, as deliciosas trufas em belas embalagens de pétalas de flores, o que até então Hermione não sabia, mas sua mãe havia insistido.

Enquanto o almoço na imensa cozinha da mansão Malfoy era preparado pela maioria das mulheres o que deixara os elfos claramente enfurecidos os homens ajudavam Draco a deixar o jardim o mais seguro possível contra pestinhas altamente treinados em fazerem bagunça, os jardins da mansão já eram perfeitamente bem-cuidados, uma exigência constante feita por Draco e Hermione, as perfeitas flores eram muito bem cuidadas pelas mãos encantadoras de Hermione, a grama sempre verde e muito bem cortada, as folhinhas verdes que subiam sobre a parede da mansão deixava a casa ainda mais bela assim como o pequeno labirinto lateral. As arvores envolta pareciam deixar tudo ainda mais encantador, estava perfeito para uma festa.

Draco fora bem especifico ao proibir a piscina tanto da parte de dentro quanto a de fora da casa, o que eles menos queriam eram crianças molhadas correndo por ai e plantando o caos, a piscina era funda demais ao lado de fora o que resultaria em pais preocupados e crianças completamente encharcadas e trabalhosas, apesar de ser uma adição e tanta para os não trouxas ficaria totalmente fora de alcance para eles por toda a festa, no fim a decisão fora mutua entre ambos, nada de piscina e nada de xadrez bruxo nem mesmo eles costumavam jogar naquele imenso tabuleiro de xadrez, ás vezes quando os amigos vinham os homens perdiam um tempo naquilo com garrafas de cervejas amanteigadas a beira do lado, eram peças muito belas e bem feitas sobre o tabuleiro gigante, mas também estaria completamente fora do alcance.

O destino então fora o outro lado do imenso jardim onde tinham acesso total ao belo lago e a grande ponte que o mesmo possuía, segura como exigiam, era o lugar perfeito para uma festa, sobre as sombras das arvores com espaço o suficiente para as crianças correrem e um campo de visão amplo para que os pais ficassem de olho.

A entrada da festa teria seu início sobre a belíssima passarela de pedra que Hermione insistira em fazer assim que mudaram-se, sobre ela ao subir os poucos degraus haviam flores que desciam belamente pelo teto e as laterais, como suas laterais eram abertas mais e mais arranjos jaziam, a vista do lago era total o que deixava o caminho ainda mais belo, as flores sempre adotavam um padrão entre rosas, vermelhas e lilás e sobre aquelas pilastras tornavam-se ainda mais belas de serem vistas, flores dignas de duas belas florzinhas.

Logo após o almoço, todos se focaram na decoração do jardim. Na tão bela e delicada decoração bem planejada pela mãe e as avós abonas, Narcissa não pode ajuda-las com a mão de obra, mas estava com a pior parte ao distrair as netas extremamente espertas. Hermione havia decidido que o aniversário das pequeninas naquele ano haveria flores, muitas flores, rosas, em suas diversas formas, tamanhos e sua cor sempre brincando com os delicados tom de rosa e claro lilás, ou certamente Hera odiaria o próprio aniversario e era tudo o que não queriam, tão delicada e perfeita decoração.

Ninguém ousou parar nem por poucos segundos, tudo que tinha que estar perfeito no fim das contas, como as graciosas menininhas mereciam que estivesse e todos eles, as pessoas que mais as amavam davam o máximo de si para conseguir tal feito. Passaram horas ali trabalhando e se divertindo, tendo as pausas para suco de abobora e os deliciosos biscoitos da Sra. Weasley.

Uma grande mesa de madeira fora posta logo abaixo de uma das maiores e mais belas arvores, a arvore preferida de Hermione, era ali que costumava ninar suas filhas durante a tarde para que dormissem seus sonos mais tranquilos, aquela arvore estava incrivelmente mais bonita e enfeitada naquela manhã, rosas foram colocadas em volta dela, Gina e Jorge faziam fitas  rosas saírem de suas varinhas e se grudarem na arvores, vários lampiões brancos com rosas dentro foram pendurados em seus galhos e em alguns regadores cheios de flores, a mesa de madeira era grande, grande o suficiente para caber tantas coisas, o chão embaixo da mesa estava abarrotado de flores, tantas milhares de flores faziam com que o verde da grama e as raízes da arvore simplesmente sumissem. Havia mais um carinho de madeira ali, com inúmeros vasinhos de porcelana tão pequenos e delicados, uma tradição bruxa de acordo com Molly e Narcissa, todos os convidados recebem um vasinho daqueles, que nele contém o doce som da risada infantil no caso das duas aniversariantes, representando a pureza de uma criança, os vasinhos haviam sido pintados pela própria Sra. Weasley, tão delicados. Tudo estava tão belo e delicado.

Arrumar a imensa mesa fora o mais trabalhoso, onde os homens foram expulsos por ser um trabalho delicado e criativo que só as mulheres conseguiriam fazer com perfeição, eles receberam ordem para que continuassem com o resto da decoração enquanto elas trabalhavam ali na parte tão importante. Assim como em toda a decoração, a mesa também possuía vários e vários arranjos de flores, tão delicados entrando em contraste com cada doce lá, os doces que foram feitos em formato de flores, com a cor rosa claro e lilás, ou os embrulhos e enfeites em rosa e lilás, tão delicados. Sobre a mesa haviam dois bolos, algo que Draco e Hermione estipularam desde o primeiro aniversário delas, cada uma merecia seu próprio bolo, o bolo de Atena era rosa bebê e continha morangos como a menininha gostava, enquanto o bolo de Hera era lilás e continha cerejas em vez de morangos, a fruta preferida da mesma, mas ambos os bolos tinham a mesma decoração, ambos abordavam várias e várias flores comestíveis por sua delicada extensão. A mesa tão abarrotada de diversos doces e vários delicados arranjos e vasos de flores já não tinha mais espaço nenhum para colocar qualquer coisa. Tudo tão lilás e rosa, delicado e perfeito como elas mereciam. 

Havia outra mesa, não tão grande como a mesa do bolo, a mesa também em madeira ficava um tanto afastada da mesa do bolo, nela que era coberta por uma toalha rosa claro, haviam vários potes de vidro uns abertos outros fechados, com vários doces trouxas, jujubas, balas de goma, chocolate, chicletes, serpentilhas, marshmallow, pirulitos de pequenos á grandes, gomas de mascar, e balas, todos os doces já abertos brincavam com o tom rosa, branco e azul, nunca saindo dessas cores. Uma imensa ideia da Sra. Granger que fora muito apoiada pela Sra. Weasley e por Narcisa que resolveram adicionar os doces bruxos lá também, uma mistura quase que perfeita, feijõezinhos de todos os sabores foram adicionados em um grande pote com uma imensa quantidade sendo o mais colorido de toda a mesa, os puxa-puxas tão deliciosos e as inúmeras caixas de sapo de chocolate que Draco fizera questão de comprar mais de 100 um completo exagero do mesmo, mas ele sempre dizia que havia dinheiro o suficiente para esbanjarem com o que desejassem. De acordo com Jorge, aquela era a melhor mesa existente em toda a festa.

Enquanto alguns espalhavam com ajuda da magia as mesas redondas por todo o quintal, outros colocavam as toalhas azuis com estampa florida e os talheres a mesa, a Sra. Granger mesmo sem o uso da magia ajudava, colocando os vasos de flores em cima das tantas mesas. Havia um carinho de madeira parado no outro canto do jardim, com diversos vasos com as delicadas flores, orquídeas, cultivadas pelo Sr. Granger, um dos tantos robes do pai, como gostava de fazer aquilo. Hermione se surpreendeu com aquilo, seu pai nunca antes arriscaria suas orquídeas de tal forma, mas aquelas de acordo com ele eram as orquídeas de suas netinhas, as mesmas orquídeas que Hera e Atena o ajudavam a cuidar, amarrado no carinho o cordão com várias bexigas cor de rosa, o Sr. Weasley quase endoidou com aquela invenção trouxa tão chamativa e criativa. Lampiões bruxos flutuavam no ar com algumas rosas dentro junto a algumas tantas bexigas que o Sr. Granger enchera mais por insistência do Sr. Weasley que as fizeram flutuar e ficar pairando sobre o céu, bem baixo como as rosas e as bolinhas luminosas da cor dourado, o jardim estava simplesmente cheio de coisas.

Como a festa seria feita durante a tarde não haviam investido na iluminação, talvez poucas caso a festa ultrapassasse o por do sol e por via das dúvidas as delicadas bolinhas brilhavam como estrelas douradas, inúmeras flores cor de rosa flutuavam no ar por todos os cantos do jardim onde pétalas caiam sem parar por magia, cobrindo o chão verde de pétalas rosas e lilás. A grande faixa tinha duas cores, as cores da festa, uma metade era rosa clara e a outra lilás e em ambas estava escrita com pequenos botõezinhos recém-abertos de rosas mais escuras “Feliz aniversário, Atena e Hera Malfoy” uma linda ideia dada pelo Sr. Weasley.

Era um tanto tarde quando finalmente haviam acabado. Contemplando o enorme e muito bonito trabalho em que fizeram naquela tarde. Enquanto a Sra. Weasley e o próprio Draco procuravam cada mínimo defeito que pudessem ter deixado passar despercebido. Se tinha uma mania no marido que mais irritava Hermione era aquela, a insistência em tudo ser mais do que perfeito, ser excepcional.

A exclamação de que eles estavam muito atrasados fora dada pelo própria Sra. Weasley e então em instantes todos os Weasley´s aparataram de volta a suas casas para poder voltar em poucos minutos prontos para a festa, Draco e Hermione também seguiram em direção a mansão prontos para se arrumarem enquanto o Senhor e a Sra. Granger preferiram ficar por lá e se aprontarem em um dos tantos quartos de hospedes da casa da filha, seria bem mais fácil do que ter de voltar pelo flú levando em conta que eles não gostavam muito, mas faziam de tudo para ver as netas.

De volta ao quarto cada um seguiu em direção ao próprio banheiro, fora uma exigência de Draco que fosse assim, não eram um casal para compartilharem de tal intimidade então cada um tinha seu próprio, mesmo que no mesmo quarto, o de Draco ficava a esquerda do closet e possuía as cores escurecidas em seu mármore, a ducha fora a melhor escolha para ele, o banheiro de Hermione ficava a direita do closet e diferente do banheiro do marido possuía cores claras e sutis, a ducha era menor perto da imensa banheira que somente o banheiro dela possuía, a pedra tão grande continha um armário branco e dois grandes espelhos, um sobre a pia e outra sobre o pequeno banquinho almofado onde ficavam seus perfumes e cremes perfeitamente feitos para ela e somente ela, ter dinheiro algumas vezes era de muito bom proveito e isso Hermione tinha de confessar.

O banho de ambos era rápido, mas Hermione demorou-se um pouco mais a secar seus cabelos deixando seus cachos o mais sutis possível e passando uma leve maquiagem, nada exagerado ou chamativo, nem mesmo o suficiente para tapar as sardinhas sobre seu rosto, deixou o banheiro usando o longo robe de ceda azul escuro sobre a peça da lingerie que usaria abaixo de seu vestido.

A peça estava sobre o closet e ela pode vestir-se sem a interrupção do marido o que deixava bem claro a ela que ele já estaria pronto, Draco não tolerava atrasos e ela sabia disso como ninguém, tendo duas crianças pequenas para vestir restava a ela escutar o marido reclamar enquanto demorava a se aprontar.

O vestido que usaria naquela tarde era belo e delicado, o tecido não era leve, mas o corte que o mesmo fazia era, a peça ia em direção aos seus pés, mas tinha duas aberturas uma em cada perna e terminava ao ajeitar-se sobre seu pescoço em um corte frente único que deixava suas costas um pouco desnudas, nada exagerado ou vulgar o vestido preto com sutis flores belas e delicadas sobre sua estampa, deixando-a simples e bela, os sapatos de salto alto pretos foram a melhor escolha para manter a classe, exatamente como Narcisa Malfoy havia dito que uma Sra. Malfoy tinha de ser, mas ela suspendeu as joias, em seu dedo apenas a aliança de casamento brilhava, a aliança dos Malfoy´s.

Narcisa havia acabado de lhe mandar um patrono para avisar que já estaria a chegar com as gêmeas quando ela resolveu sair do quarto, sabia que os convidados já haviam chegado e eram muito bem recebidos pelos elfos da casa, Hermione não queria elfos no começo, o F.A.L.E ainda em sua mente e então quando propôs a lei ao ministro e ela fora muito bem aceita não só os seus elfos, mas como todos os outros tinham direito a folgas, férias e a um bom o suficiente para manter uma boa vida, salario esse que seus elfos recebiam desde o primeiro mês. Os trapos que usavam foram substituídos pelas roupas que eles desejavam usar e afora tinham os mesmos direitos que qualquer pessoa. Narcisa as traria pela lareira da sala e ela queria estar lá quando suas menininhas chegassem, acabando por trombar com Draco no meio do caminho, o copo de whisky em suas mãos anunciava que ele estava no próprio escritório.

- Sua mãe me mandou um patrono – comunicou enquanto terminava de ajeitar o colarinho do marido – Elas já estão vindo.

Draco sempre fora acostumado com roupas sérias e naquela tarde ainda as usava, a calça social fazia par com o blazer azul com seus três botões bem abotoados entrando em contraste com a blusa branca por debaixo deles, ao menos ele não usava gravata e a muito não usava preto. Os cabelos loiros extremamente bem penteados e a aparência perfeita graças a poção para evitar o sono e com ela as olheiras.

- Pronta para o teatro então? – a perguntou não soara nada sutil e muito menos amigável, mas longe das pessoas esse ainda era o mesmo Malfoy, inclusive longe das filhas.

- Nós não precisamos se você não quiser – passou-se o tempo em que ela brigava com ele por isso, passou-se o tempo até de que ela se importava com aquilo.

- Não quero que as meninas pensem que brigamos – ele deu de ombros depositando seu copo vazio sobre um dos caros moveis do corredor, entendendo-lhe o braço em seguida antes de abrir um sorriso de lado, sem dentes e completamente forçado – Vamos?

- Sim, vamos – ela concordou abrindo o próprio sorriso forçado, porem bem mais convincente.

A sala que continha a lareira grande o suficiente para suportar o flur ficara como uma segunda sala de visitas, uma sala sutil com duas poltronas, um sofá confortável e uma bela mesa de madeira que disponibilizava de uma bela vista com suas vidraças esparramadas por toda uma parece ao lado da bela lareira em mármore claro, tão claro como todo o resto, por sorte a vista disponível a eles não dava para se ver a festa que estava a acontecer do lado de fora.

Não demorou pra que Narcisa chegasse e com ela duas inquietas menininhas com vestidinhos iguais porem de cores diferentes, a cor do tema da festa cada uma usava sua cor preferida e estavam lindas em seus vestidinhos rodadinhos e com desenhos de flores, uma de rosa e outra de lilás, os cachinhos loiros estavam perfeitamente bem penteados por tiarinhas idênticas das mesmas cores que os vestidos, os rostinhos limpinhos mostravam a beleza de cada uma, a pele tão branquinha, as bochechinha rosadas, a íris azulada que fazia um belo contraste com os cílios tão loiros feito os cabelos. Elas eram tão lindas e vinham correndo em direção aos pais muito contentes enquanto Narcissa tirava de uma minúscula bolsa tantos embrulhos que parecia que ela tiraria o beco diagonal inteiro.

- Oh não me olhe assim minha querida nora – Narcisa pediu enquanto ainda terminava de tirar as sacolas – Tudo de melhor no aniversario delas, agora se me dão licença vou beber uma xicara de chá na cozinha.

Era a desculpa perfeita para a elegante mulher loira deixar a sala enquanto as duas netinhas tagarelavam como fora seu dia para os pais.

- Papai, papai! Onde estão nossos presentes? – perguntava Hera animada.

- E por que a mamãe está tão bonita? – Atena reparou sorridente.

- Ora sem mais perguntas mocinhas – Hermione falou enchendo-as de beijos – Vamos, o presente de vocês está lá no jardim.

- É tão grande que não cabe dentro de casa, mamãe? – Hera perguntou com os olhinhos arregalados – Papai é um dragão?

- Nada de dragões para você Hera Lyra Malfoy – Draco falou surpreso, do perfeito jeito que Hermione fazia quando não queria que as filhas fizessem algo perigoso, ao menos aquilo ele considerava perigoso já que andar de vassoura não.

Eles tiveram de conte-las segurando-as pelas mãozinhas pequenas para que elas não saíssem correndo em direção ao jardim, passando pela passarela Hermione tinha a mão dada a Atena enquanto Draco tinha sua própria sobre a mãozinha de Hera, fora antes de terminarem a passarela de flores que ambos deram as mãos, um olhar rápido antes de colocarem na face o sorriso mais convincente do mundo ao darem as caras para o povo de modo que parecessem a família mais feliz do mundo.

Hera e Atena soltaram gritinhos animados enquanto os fogos Weasley´s estouravam no céu com o nome de cada uma delas brilhando sobre o céu ao mesmo tempo em que os presentes gritavam parabéns as pequenas.

A pilha de presentes estava quase do tamanho de um dragão e se colocassem as duas juntas daria o dobro do tamanho de um o que deixou as duas irmãs muito contentes, mas os presentes teriam de ficar para depois já que agora elas eram abraçadas por cada convidado enquanto todos diziam parabéns, eram todos conhecidos, amigos de Draco, ou amigos de Hermione, família, amigos de trabalho ou escola. Draco e Hermione também recebiam parabenizaçoes por filhas tão bonitas e educadas o que os faziam sorrir com orgulho, eles sabiam disso, sabiam do potencial de cada filha e tinham muito orgulho de serem seus pais.

Mas a festa só começara quando as gêmeas se viram livre dos tantos chatos cumprimentos e agora corriam animadas em direção as outras crianças para brincarem ao mesmo tempo em que os comes e bebes foram servidos, para as crianças suco de abobora enquanto os adultos se divertiam entre as taças de cerveja amanteigada, hidromel ou até mesmo whisky de fogo. Como uma festa de criança tudo era muito barulhento, passinhos apressados de crianças correndo para todos os lados entre os adultos que não podiam nem pensar em fazer caretas ou teriam de encarar a carranca nada bonita de um pai protetor.

Quando Draco ocupou-se em conversar com os próprios amigos de trabalho e de serviço Hermione viu-se livre para deixa-lo a sós, indo em direção a suas próprias amigas inclusive sua mãe e sua sogra que admiravam a maravilha da festa que se seguia com perfeição.

Draco parecia entretido demais vendo suas filhas brincarem sobre o quintal para ligar para o que os amigos falavam, naquele momento seus olhos só conseguiam enxergar suas filhas e o sorriso bobo em seu rosto era completamente direcionado a elas.

- Draco?! – chamou Terencio Bollt o fazendo piscar atordoado.

- Hum? – resmungou sem demonstrar que estava perdido.

- Escutou o que eu disse? – perguntou o amigo parecendo bravo e um pouco chateado.

- Não – ele fora completamente sincero, não fazia ideia do que os amigos falavam e a culpa não era de seu segundo copo de hidromel.

- Ele está distraído demais com as próprias filhas para se preocuparem no que vocês falam – brincou Kevin, Kevin era a nova adição do grupo, amigo de Draco do hospital – Elas estão cada dia mais encantadoras, assim como a mãe delas, cada dia mais bonita.

Draco olhou para onde a esposa estava, Hermione ria junto a Weasley fêmea e a DiLua, não as chamava assim pessoalmente, conhecia cada amigo de Hermione desde o nascimento das gêmeas e até aprendera a gostar de uns, mas outros ainda não lhe desciam pela garganta e o tal Weasley que se aproximava sorrateiramente de sua esposa era um deles. Sabia o quanto Hermione vinha ficando mais linda, ela já não era a mesma menina-moça que ele levara para sua cama a alguns anos atrás, ela já era uma mulher formada e realmente ficava ainda mais bela a cada ano, aos vinte e três anos ela era uma mulher e tanto, mesmo depois de duas lindas crianças ainda mantinha um corpo tão perfeito e escultural que arrancaria suspiros de qualquer um.

Os amigos não sabiam que ele e Hermione já não transavam mais e por ele nunca saberiam, seria digno de chacota até a eternidade por ter um corpo tão belo do seu lado da cama durante todas as noites e não toca-la. Não era por falta de querer, ás vezes quando bebia mais do que deveria e não tivesse se aventurado no meio das pernas de qualquer uma desejava insanamente possuir Hermione como já fizera uma vez, algumas outras vezes ousava dizer que nem precisava ter bebido para que o desejo lhe aflorasse, mas não podia, temia que o relacionamento que construíram se tornasse um caos e isso afetaria diretamente as gêmeas.

- Eu não sabia que Weasley viria – Blásio falou fazendo careta, todos os Weasley´s estavam ali, mas ele sabia de qual Weasley o amigo dizia, ele mesmo já havia o reparado.

- Ronald Weasley? – perguntou Terencio divertido – Pensei que ele era afim da Hermione na época de escola, ele olha pra ela com cara de idiota.

- Ele ainda é afim dela – a voz de Draco soara mais grossa e ofendida do que o pretendido – Cinco anos, casada e com duas filhas e ele ainda não desiste dela – ele deu de ombros – Não sei se o intitulo como tolo ou burro.

- Vamos ser sinceros Draco, a Granger não era lá essas coisas quando criança, mas quando ela pegou uns dezesseis sabe, aquela bunda, aquele corpão – Terencio parecia muito empolgado e agora todos os três amigos o olhavam, dois deles como temessem sua morte e o outro como se fosse mata-lo, mas ele parecia distraído demais ainda olhando para Hermione ao longe – Nesses últimos anos ela vem se tornado uma mulher muito linda, e gostosa, e....

- É melhor calar a boca Terencio ou te faço experimentar a temperatura do lago – Draco falou irritado fazendo os amigos rirem da cara irritada de Terencio.

Seus olhos voltaram-se para suas filhas que agora eram elas mesmas, Hera dava ordens bem especificas para os meninos com direito a seu dedinho levantado e sua pose perfeitamente mandona enquanto Atena assistia a discussão com os olhinhos assustados. Ele sabia que Hera era muito forte, sua garotinha corajosa seria capaz de se defender e apesar de toda aquela coragem ser perigosa ás vezes ele não temia por ela, ela colocaria qualquer garoto no chinelo, mas Atena, Atena o preocupava, a filha era tão meiga e doce que ás vezes temia falar as palavras erradas e magoar o coraçãozinho tão puro de sua princesinha, temia que alguém partisse seu coração e que ele não estive ao lado dela para impedir que isso acontece-se, eu menos esperava que Hera defende-se a irmã da mesma forma que defendia na infância, com tanta marra e determinação que o fazia lembrar-se de Hermione.

  - Elas cresceram tão rápido, não é? – Blásio perguntou enquanto olhava para as meninas correndo pelo quintal – Quero dizer, parece ontem que eu peguei Hera no colo pela primeira vez, ela era a mais pequeninha lembra?

- Lembro sim – concordou Draco, claro que ele lembrava, aquela era sua pequena garota forte.

- Se o tempo passou rápido para você, imagino para o Draco – brincou Kevin – Deve sentir saudade delas bebês?

- Bem, ás vezes não – confessou Draco dando de ombros fazendo-os rir pela careta do amigo – Amo essas meninas com todo o meu ser, mas para um jovem inconsequente de dezoito anos eu não estava nem um pouco pronto para ser pai, eu não fazia ideia de como cuidar delas, Hermione me ensinou tudo, a contrário de mim ela sabia exatamente o que fazer, como reconhecer cada choro, era como se ela tivesse nascido para ser mãe delas duas.

Era como um imã, a maioria das vezes que falava de Hermione a mulher aproximava-se dele, como se tivesse o escutado a quilômetros de distância, mas daquela vez ela vinha acompanhada das duas filhas muito animadas, os sorrisos cativantes no rosto das três o fizera sorrir junto a elas.

Elas vinham na direção dele e ele as esperaria de braços bem abertos para o que quer que fosse.

- Papai, nós vamos cortar o bolo! – anunciou Atena animada – Para comermos os doces.

- Querido? – Hermione o chamou como se o despertasse do olhar bobo que o fazia sempre para as filhas – Pode me ajudar?

- Ah, claro – concordou ele entregando seu copo a Blásio antes de pegar uma filha no colo e ir junto a elas em direção a mesa do bolo.

Na hora do parabéns quando as duas velinhas foram acessas em cada bolo Draco pegara Atena no colo enquanto Hermione pegava Hera para ajuda-las a soprar as velinhas logo após o parabéns e quando os quatro fizeram isso juntos, as velinhas foram apagadas, mas a atenção das gêmeas ainda estavam sobre elas quando Draco e Hermione se inclinaram para darem o beijo que segundo Gina dias depois tornou-se a foto perfeita dos quatro. O momento perfeito em que ambos se beijavam e quando Atena e Hera perceberam a mais velha sorriu para os pais enquanto a mais nova abria uma careta cômica.

Eram uma família muito mais do que perfeita...