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História Malfoys - Eu sempre serei aquele mesmo homem


Escrita por: nathallymalfoy9

Notas do Autor


Eii pessoinhas, estou postando o capitulo adiantado pois amanha terei alguns compromissos a cumprir e dificilmente conseguirei postar o capitulo.
Espero que gostem!

Capítulo 9 - Eu sempre serei aquele mesmo homem


Era um costume que gostavam de manter, todas ás vezes que eram convidados para um bom almoço de domingo nos jardins da Toca onde se divertiam com todos os Weasley´s, eram os domingos que tinham uma dose extra de diversão e de degustar a deliciosa comida da Sra. Weasley. Atena e Hera simplesmente amavam os almoços em que podiam ir na Toca brincar com as únicas crianças que podiam brincar, até mesmo Hermione adorava os domingos na Toca onde podia conversar animadamente com todos os amigos e sua terceira família, mas Draco, Draco não gostava dos almoços de domingo diante uma família extremamente barulhenta e um lugar de tão pouco espaço quanto o que era submetido a ficar quando estavam naqueles almoços onde sobre a cumprida mesa ele era obrigado a ficar exprimido entre uma pessoa e outra a ponto de seus ombros praticamente se tocarem, era irritante as tantas vozes e as vezes os gritos que o irritavam profundamente, mas se o fazia era completamente pelo fato de as filhas simplesmente amarem aqueles domingos em particular.

Draco e Hermione não haviam conversado sobre o que havia acontecido na noite de comemoração no St. Mungus, e muito menos o que vinha acontecendo quase todas as noites em que se deitavam na cama, aquilo simplesmente acontecia de um modo tão natural e caótico que não havia nem o que ser dito. Acordavam sempre bem-dispostos pela manhã e as brigas tinham até diminuído consideravelmente. O que de alguma forma vinha deixando as filhas mais felizes do que antes, ou talvez fossem simplesmente eles que o faziam.

O loiro tentava a todo custo aceitar que o melhor a se fazer era ir sem reclamar, mas era extremamente difícil estar em um lugar que nunca havia sido acostumado, em meio a tanto barulho e tantas pessoas, os Weasley´s o tratavam muito bem depois que descobriram que ele era o pai das gêmeas, até mesmo como um filho deles do mesmo modo que tratavam Hermione e davam tanto amor a suas duas pequenas e era por esse motivo que se conformava em ir.

Haviam ido em direção a Toca por meio da lareira já que as pequenas não podiam nem sonhar em aparatar estando tão novas, Hermione sempre ia primeiro com Atena que sempre estava muito contente e animada, já Draco sempre ia com Hera que não se continha e sempre começava a saltitar quando deseja ir e quando não desejava as reclamações eram tremendas que o pai tinha de controla-la para que cedesse e volta-se a ser a menininha educada de costume.

Quando Draco e Hera cruzaram a pequena sala da família Weasley sacudindo a poeira da lareira que ficara entre suas vestes Hermione e Atena já eram abraçadas e abraçavam a todos a sua volta onde Hera logo correu em direção ao mesmo destino. Draco ainda mantinha suas costumeiras reservas com apertos de mãos distantes, mas era impossível controlar a Sra. Weasley sobre seus costumeiros abraços quebra costelas, Draco ainda se lembrada da primeira vez em que recebera aquele mesmo abraço e sentiu-se tão assustado com aquele jeito tão fraterno mesmo depois de todo o mal que ele fizera a todos os Weasley´s e que sua própria família o fizera por anos. Mas não havia quem não se aproximasse diante Atena e Hera.

Assim que os cumprimentos finalmente terminaram diante todos os Weasley´s com suas respectivas esposas e filhos, Atena e Hera deixaram a casa um tanto torta correndo junto as outras crianças com uma alegria contagiante que elas possuíam, os vestidinhos esvoaçantes e os cabelinhos loiros saltitando junto aos passinhos apresados. Era sempre da mesma forma, Hermione se enfurnava junto as mulheres na cozinha enquanto restava a ele aguentar as conversas sem sentido dos Weasley´s e até mesmo de Potter onde Draco fingia interesse diante todas elas.

- Ah Draco, antes que eu me esqueça – era um costume que Potter o trata-se como um amigo diante outras pessoas, mesmo que agora entre eles houvessem poucos já que os outros retiraram-se para colocar a grande mesa embaixo do mesmo carvalho que se reuniam para todos os almoços – Agradeço muito por ter nos emprestado a chave da Mansão Malfoy – disse lhe entregando a chave, Draco tentou não parecer surpreso quando viu a chave em suas mãos, havia deixado bem claro a Hermione que não deveria mexer com o que não lhe tinha direito – Uma pena que não conseguimos achar o que desejávamos, não conseguimos ultrapassar uma das barreiras, Hermione disse que podia estar envolvida por um feitiço de sangue.

- Sim – concordou Draco enfiando a chave em um de seus bolsos, conversaria com Hermione depois – São passagens antigas eu mesmo durante todos os anos que morei naquela casa não tive acesso a muitas delas.

- Precisávamos mesmo daquele artefato – Ronald Weasley deu de ombros – Mas no meio de todas aquelas velharias foi impossível achar qualquer coisa.

- Acha que conseguiria nos ajudar a acha-lo? Conhece a mansão mais do que nós – Harry pediu educadamente, ao menos aquilo Potter tinha muito mais do que o Weasley um dia teria.

- Claro, vou verificar minha próxima folga no hospital e os aviso para irmos até lá – concordou Draco dando de ombros, não custava nada ajudar Potter se isso fosse deixar Hermione bem longe de tudo aquilo e daquela maldita mansão.

- Hermione contou que virou medi-bruxo chefe agora – comentou Harry – O trabalho deve ter dobrado então.

- Nem sabe o quanto, Harry, ele quase nunca para em casa mais – a voz de Hermione soou aos ouvidos de todos enquanto a castanha se aproximava abraçando pela cintura feito um casal como qualquer outro – Trabalha o tempo todo, as meninas já começaram a se queixar que ele não tem mais tempo para brincar com elas.

- Então teremos de marcar um dia sem falta! – persistiu Harry.

- A Sra. Weasley está chamando para o almoço – comunicou Hermione sorrindo na direção deles, um sorriso que Draco estava detestando naquele momento, ainda mais direcionados ao maldito Potter a ao cenoura.

Seguiram juntos em direção ao imenso jardim onde a família sempre tão feliz já acomodavam-se a mesa, Hermione gostava daquele momento em particular, o momento em que se sentavam lado a lado enquanto as filhas lhe acompanhavam cada lado ou as vezes serpenteando ao meio deles sobre risadas felizes e conversinhas infantis, gostavam do modo com que todos a mesa os olhavam, como se eles fossem uma família feliz e completa.

Era bom fazer parte das conversas animadas que aquela imensa família compartilhavam, das risadas das crianças e dos pedidos para passarem os pratos da comida deliciosa feita pela Sra. Weasley vinha de todos os lados como se ignorassem o fato de serem bruxos para que pudessem compartilhar uns com os outros de modo que entrassem em uma sincronia familiar e amigável.

- Bem, eu e Molly gostaríamos de dizer algumas palavras – fora o Sr. Weasley que levantou-se pouco após a sobremesa, levantando seu copo assim como a esposa bem ao seu lado – É com muita alegria que recebemos de braços abertos vocês aqui neste domingo, cada um de vocês tem uma parte muito importante em nossas vidas e nós nunca queremos nos separar desta parte tão linda da vida – as palavras do Sr. Weasley sempre ocasionava em grandes emoções – Quando eu era criança achava bobagem a importância que os pais davam para a família, quando conheci minha Molly e tivemos nosso primeiro filho eu nunca me senti tão feliz e a cada lindo filho que está mulher maravilhosa me dava eu me sentia o homem mais feliz e mais orgulhoso do mundo, hoje com meus filhos já adultos, quase todos casados e agora mais do que nunca construindo suas próprias famílias eu não poderia estar mais feliz, desejo que venham muitos mais netos e muito mais alegria, que vocês possam compreender a importância da família – dizia o Sr. Weasley enquanto não só a mulher ao seu lado, mas como quase todos os presentes se emocionavam com as palavras do mais velho – Porque a família é a coisa mais importante que nós temos nessa vida, o amor por nossos companheiros, nossos filhos e nossos netos. Eu nunca pensei que seria tão feliz na minha vida quanto eu sou agora e tudo graças a todos vocês nesta mesa hoje.

- A família – fora Harry quem também levantou em seu copo tocando no ventre da esposa com carinho enquanto um sorriso grandioso nos lábios.

- A família – os presentes repetiram, inclusive Draco e Hermione que se olhavam ao fazer o brinde, não importava as circunstancias na qual tivessem concebido as filhas ou o modo com o que viviam, eles sempre seriam uma família.  

 

Os domingos sempre eram muito animados, ainda mais após um almoço delicioso onde eles iam para casa um pouco mais cedo que qualquer outro com a leve desculpa de estarem muito cansados, as meninas eram a parte mais difícil de convencer, mas quando Draco prometia que brincaria com elas o resto do dia elas aceitavam sem pestanejar seguindo muito animadas para casa. E como sempre diante uma promessa feita para as filhas o loiro cumpria sem pestanejar onde os três passavam horas brincando do que as meninas quisessem que fosse, Draco até participava da hora do chá com os ursinhos se elas quisessem o que sempre tirava de Hermione risadas divertidas e sorrisos emocionados, nunca na vida havia pensado que Draco Malfoy teria a capacidade de ser um bom pai.

Passavam a maior parte do tempo brincando enquanto Hermione ajudava o elfo a preparar uma boa cesta de piquenique que eles desfrutavam junto ao pôr do sol perto do lago, sobre biscoitos, bolinhos de chocolate e suco de abobora Draco e Hermione assistiam as filhas correrem pelos jardins como as crianças que sabiam ser, elas sempre seriam a coisa mais valiosa do mundo para eles e não havia nada que pudesse mudar isso, o amor que ambos sentiam por elas, sangues do próprio sangue.

Os jantares certamente eram a melhor parte de todos os dias, sentar-se a mesa mesmo que grande demais era cômodo quando estavam próximos um do outro e escutar Atena e Hera sobre um relatório quase interminável sobre como passaram seu dia a visão delas, cada uma sempre complementando a história da outra de uma forma encantadora e infantil.

Mas nada se comparava a hora de ir dormir, ambos ajudavam as meninas com os banhos e depois que estivessem vestidas com seus respectivos pijaminhas que daquela noite possuíam várias corujinhas espalhadas elas se deitavam uma em cada cama e esperavam os pais terminarem de ler o livro que escolheram, Hermione era a que sempre lia enquanto o marido deitava-se nas camas com as meninas, os três sempre prestavam atenção na história, talvez fosse a história muito boa que as filhas escolheram ou o fato de que a voz de Hermione e sua concentração aparente a leitura chamava tanta a atenção que era quase impossível não prestar atenção. Eram muito raros os dias em que as meninas pegavam no sono antes de Hermione finalizar um capitulo, mas naquela noite elas dormiram com grande facilidade depois de um dia bem cansativo repleto de brincadeiras e então o melhor momento do dia acontecia como todos os dias dos últimos cinco anos, cada um cobria uma filha ajeitando as cobertas sobre os corpinhos pequenos e logo depois os beijos de boa noite seguiam um em cada filha antes de apagarem a luz e encostarem a porta, Draco nunca a fechava, nem mesmo quando elas eram bebes e que o barulho chegasse diretamente no quarto deles, a porta sempre estava aberta pois assim ele tinha uma garantia de que poderia ouvi-las com clareza se alguma delas chamassem por eles. 

Hermione sabia mais do que ninguém o quanto Draco Malfoy amava aquelas meninas, amava tanto que as vezes a fazia se esquecer do garoto mesquinho, arrogante e preconceituoso que conhecera em Hogwarts, ele era um homem agora e elas haviam o transformado em um, um bom homem.

Os banhos sempre se seguiam separadamente, assim como trocavam-se longe um do outro como antes sempre faziam, nos últimos dias vinha sendo perda de tempo colocar roupas já que antes do fim da noite elas estariam jogadas no chão para serem colocadas as presas depois antes que as filhas acordassem e vissem os pais simplesmente sem roupas na cama, mas algo havia mudado, o jeito de se portarem. Draco já não se incomodava em deixar o dorso completamente nu para ir até a cama suspendendo por completo qualquer tipo de camiseta que antes o incomodava, Hermione já não usava mais apenas pijamas comportados e cumpridos, ela desfilava com uma camisola nova por noite, curtas, longas, decotadas, transparentes tudo o que antes nunca usaria durante a noite o que vinha despertando em Draco uma vontade insana de irem dormir o mais rápido possível.

Mas ela ainda mantinha sua rotina só que agora não no próprio banheiro e sim diante o espelho dianteiro do quarto de casal, gostava de hidratar a pele com seus cremes e pentear os cachos castanhos antes de se deitar e nas ultimas noites Draco parecia acompanhar cada movimento com atenção, algumas noites apenas olhando-a atentamente em silencio, outras sobre conversas monótonas e costumeiras como a que tinham naquela noite.

- Atena deu mais algum sinal depois do casamento do Potter? – perguntou Draco quebrando o silencio com um tom de curiosidade.

- Algumas vezes, quando fomos na Sra. Weasley para um chá da tarde Molly perguntou se ela via o Fred, Atena disse que sim, que ele sempre brinca junto a eles no quintal correndo por ai ou fazendo palhaçadas que sempre as faziam rir – contou Hermione olhando para o marido pelo reflexo do espelho.

- Espera aí. Então ele é o tal amigo imaginário do jardim?

- Ao que parece sim – concordou Hermione – Fora esses momentos ela nunca disse que vê alguém aqui em casa, nos jardins ou aqui dentro, disse que nunca viu nada – contou percebendo o marido em silencio – Fiz algumas pesquisas durante essa semana, sua mãe me emprestou os livros da história da família e eu estudei alguns casos.

Toda geração dos Malfoy´s possuía um livro e nesse livro de capa preta em coro de dragão envelhecido e com o emblema estampado diante a capa havia a história de cada Malfoy, desde o dia de seu nascimento até todos os feitos que ele havia feito na vida como esposas, filhos, trabalho ou qualquer outra marca que tenha deixado na história e com isso a história de cada esposa e de cada filho. Os livros eram feitos através de um feitiço antigo e assim como todos os outros Draco, Hermione, Atena e Hera já estavam presente em um deles, mas eles ainda não poderiam ter acesso a ele, a história só se concretizava quando a pessoa escrita no livro morria.

- Não encontrei nenhum caso como o de Atena, nada que não fossem bruxos com o dom da ofidioglossia ou alguns metamorfos – disse Hermione parecendo preocupada – Não a nada parecido com o que Atena tem, nada em nenhuma das gerações Draco.

- A um caso – contou Draco sobre um suspiro – Um único caso que aconteceu a muitas décadas. Sabe a história dos Malfoy´s e o fato de que por gerações nunca ouve a existência de uma primogênita mulher na família, sempre foram filhos homens já que ter uma filha mulher na arvore genealógica da família a anos atrás era uma vergonha infundada, por isso quando as esposas Malfoy´s descobriam estar gravidas de filhas mulheres elas livravam-se delas antes mesmo que elas nascessem apenas para não manchassem o nome da família – Hermione conhecia aquela história e não havia nada que odiasse mais do que aquela história tão repugnante – Com o passar dos anos elas deixaram de simplesmente ter filhas mulheres e mesmo que elas tivessem sido proibidas de descobrirem o sexo da criança antes do nascimento já que muitos abortos ocasionavam em uma consequência para o corpo impedindo que elas pudessem gerar outras crianças, os abortos nunca mais aconteceram assim como a vinda de uma filha mulher na família....

- Tivemos duas meninas, Draco....

- Que eu amo muito! – defendeu-se as pressas – Elas são meu maior orgulho, Hermione e as amo mesmo elas sendo meninas, não sou como o resto da minha família e nunca deixaria de ama-las por serem mulheres, não a nada no mundo que eu ame e prese mais do que aquelas meninas – ele garantiu.

- Eu sei – Hermione concordou com as sobrancelhas arqueadas – Mas como explica o fato de termos tido duas meninas se sua família não gera filhas mulheres a gerações?

- Minha avo Druella Black teve três meninas – Draco deu de ombros buscando uma justificativa – Poderia acontecer e aconteceu.

- E qual foi o caso? – insistiu Hermione.

- Ouve uma única falha na arvore da família a muitas gerações, Alizon e Papus Malfoy tiveram uma primogênita mulher, Jezebel Malfoy tinha o dom da ressuscitação, ela podia trazer a vida com um único toque, diferente de magias proferidas por varinhas ou ervas e poções, ela trazia qualquer coisa a vida com um simples toque desde uma planta morta, a um animal e até mesmo uma pessoa....

- Por que não há nada sobre ela nos livros da família? – Hermione perguntou confusa, havia lido cada livro, cada centena de livros não havia visto nada sobre Jezebel que não fosse os pais dela.

- Em um século onde mulheres eram a mesma coisa que nada ela se tornou a maior vergonha da família pelo simples fato de ter nascido mulher, Hermione – explicou Draco vendo-a distorcer a cara em ódio – Papus arrancou qualquer vestígio da filha dos livros da família e como sua esposa Alizon não conseguia mais gerar herdeiros ele buscou na magia negra uma solução, foi quando a magia negra começou a fazer parte da família Malfoy, manchando qualquer sangue que venha a se seguir durante a longa linhagem, Alizon deu a ele um filho homem no qual chamaram de Eliphas, mas pelo envolvimento com a magia negra Alizon ficou muito doente após o nascimento do filho e para ajudar a mãe Jezebel tentou salva-la – contava-lhe a história como lhe fora contada vendo a atenção completa de Hermione em si – Mas o dom que Jezebel possuía vinha de magia branca ela era pura e tendia ao bem, quando misturada com a magia negra os resultados não são bons, Jezebel morreu dando sua vida a mãe, ela conseguiu ressuscitar Alizon, mas a magia negra afetou-a como a nenhum outro, quando a magia negra age sobre a magia branca torna tudo negro, mas Jezebel nasceu de algo puro e bom ela não podia ser afetada pela magia negra e isso levou sua vida.

- Ela foi a primeira primogênita Malfoy na história e a única a ter um dom? – Hermione era inteligente e Draco sabia disso, não demorava muito para a esposa juntar as peças – Mas.... Atena e Hera são gêmeas, por mais que Atena tenha nascido primeiro elas foram concebidas juntas. Então por que Hera não tem o mesmo dom que Atena?

- Sim, elas dividiram o útero, então sim. Hera tem grande possibilidade de ter um dom assim como Atena – concordou Draco como se tivesse para pensar naquilo naquele momento – Ela pode só não ter o desenvolvido ou descoberto ele ainda, elas ainda nem tiveram o primeiro sinal de magia Hermione, fiquei surpreso quando Atena desenvolveu esse dom tão cedo e foi por isso que a febre aconteceu, ela não está pronta para tudo isso, o núcleo magico dela não está.

- Acha que vai demorar para que elas deem o primeiro sinal de magia? – Draco vinha entusiasmo nos olhos cor de mel, aquela era a segunda coisa mais importante em uma criança bruxa após a primeira palavra, o primeiro sinal de magia.

- Tive meu primeiro sinal de magia aos sete, elas ainda só tem cinco anos.

- Tive o meu aos oito – contou Hermione sorrindo como se revivesse boas lembranças – Minha mãe não queria que eu ficasse no quarto lendo, queria que eu saísse lá fora e brincasse com as minhas primas insuportáveis, ela tomou meu livro e colocou no alto da estante, claramente eu não conseguiria pega-lo nem mesmo com a ajuda de uma cadeira, foi quando ele veio flutuando em minha direção, lembro que mamãe desmaiou quando viu – contou Hermione assistindo a risada nasal que Draco soltara, para uma família trouxa aquilo deveria ter sido realmente assustador – Mas e a sua?

- Era o primeiro dia de verão e Lucius prometeu que me ensinaria a jogar quadribol no quintal, então quando fui chama-lo ele disse que estava ocupado demais e que outro dia faríamos isso, mas eu estava tão ansioso que não queria esperar, ele estava no escritório dele, lugar este que eu não podia passar da porta sobre ordens dele, estava ocupado demais vendo uns pergaminhos do ministério e então eles simplesmente pegaram fogo na mão dele, minha mãe ficou orgulho e ele.... Bem, ele ficou orgulhoso também – Draco sorria diante uma lembrança tão amarga que parecia descer queimando a sua garganta, não era o tipo de lembrança que fazia questão de se lembrar, mas Hermione sempre o fazia reviver esse tipo de lembrança ruim – Eu vou pra cama, o dia foi cansativo.

- Draco.... Eu não queria – Hermione sussurrou vendo-o caminhar em direção a cômoda para depositar sua varinha o mais alto possível das mãozinhas curiosas das filhas, era sempre o lugar que as guardavam – Recebemos um convite ontem para o casamento de Theodoro e Daphne – mudou drasticamente de assunto, era a melhor forma de fazê-lo esquecer – Esqueci de avisa-lo sobre isso.

- É eu sei, Theodoro me chamou para ser padrinho ao lado de Astória – a frase dita de forma tão natural fez Hermione piscar autônoma buscando entender se escutara errado – O casamento ainda vai demorar, não vejo pressa para providenciar nada. 

- C-com quem? – gaguejou Hermione como quem tivesse sido atingida por uma forte pancada na cabeça.

- Astória Greengrass, Hermione, a irmã da noiva – ele repetiu revirando os olhos – Está ficando surda agora? 

Era impossível que ele estivesse a agir com tanta naturalidade assim diante ela, depois de tudo o que vinha acontecendo ela nunca esperava aquilo dele, nunca esperava que Draco Malfoy pudesse ser tão baixo.

- Como tem coragem? – Hermione perguntou inconformada levantando-se raivosa abandonando a escova de perola que antes repousava sobre suas mãos – Vai a um casamento com uma de suas amantes do lado e quer que eu e suas filhas sejamos submetidas a ver isso!?

- Vou ao casamento por Theodoro, Hermione – Draco disse parecendo não se importar com nada que ela havia tido, a feição transformada em puro tedio – E sobre a madrinha, deixei você entrar ao lado do Weasley no casamento do Potter e da Weasley fêmea – ele deu de ombros – Não vejo problema algum nisso.

- Ela é sua amante, Draco! – bradou Hermione com lágrimas nos olhos.

- Não me lembro de ter jurado fidelidade a você – as palavras dele pareciam ferir Hermione ainda mais do que a feição completamente assassina que ele lhe direcionava, a face tão próxima e o dedo levantado em sua direção como se estivesse pronto para bater nela a qualquer instante  – Não pense que só porque fiz o favor de deixar que você apreciasse o meu toque mais uma vez, eu vou lhe fazer juras de amor ou ser o maridinho patético que você quer, Granger, se fiz aquilo foi por pena....

- Mamãe! – a voizinha assustada de Hera os despertou assustados, estavam tão entretidos diante a briga que mal ouviram a porta sendo aberta ou os passinhos apressados da pequena loirinha.

A pequena havia corrido pelo quarto agarrando-se as pernas de Hermione como se quisesse protege-la de suas lágrimas enquanto encarava o pai com olhinhos julgadores, Draco engolira em seco, não havia nada pior do que aquele olhar, aqueles olhinhos doces o vendo de uma forma que não fosse o pai carinhoso e amoroso que sempre fora, sem saber o que fazer deixara o quarto sobre passos pesados e apressados, ele só não queria mais receber aquele olhar. A imagem de um menininho bem diante dele, com aqueles mesmos olhos julgadores, ele no passado.

Draco não sabia onde ir, nem se quer como estava indo já que seus pés pareciam andar sozinhos em direção a aqueles inúmeros corredores, não havia nada que ele visse ou entendesse a sua volta tudo o que lhe assolava a mente eram aqueles doces olhinhos que antes o olhavam sempre com amor olhando-o como se ele fosse o pior monstro do mundo. Aquilo nunca havia acontecido antes, as filhas nunca os viram brigando como naquela noite, eles sempre foram tão cuidadosos quanto a isso, silenciando o quarto ou quase nunca gritando como estavam naquele momento.

Seus pés só cederam quando ele estava diante uma boa garrafa de whisky, aquilo sempre seria a sua melhor forma de esquecer tudo o que rondava sua mente. Jogando-se sobre qualquer canto para virar o liquido que descia sempre queimando sobre sua garganta, mas ele quase nunca cedia a bebida, nunca se levantava enquanto não terminasse ou simplesmente esquece-se.

Aqueles olhinhos, aqueles doces olhinhos azuis-acinzentados sempre tão idênticos aos seus simplesmente não saiam de sua mente fazendo com que lembranças ruins aflorassem, ele se lembrava de sua infância, de como Lucius Malfoy havia sido um bom pai em seus primeiros anos, mas então, quando tudo voltava a tona, quando a magia negra se aproximava cada vez mais ele se tornava violento e psicótico como nunca fora antes, Draco se lembrava dos gritos de sua mãe e de como se sentia tão fraco e impotente por não poder ajudar, ele sabia que o pai batia em sua mãe, mas não havia nada que ele pudesse fazer trancado em seu quarto por sua mãe. Ele se lembrava do dia em que encarou seu pai pela primeira vez, o jeito com que olhou para Lucius ficara sempre gravado em sua mente.

Havia feito de tudo para que suas filhas nunca o vissem como um dia ele havia visto Lucius Malfoy, buscou ser sempre tão atencioso e amoroso com as filhas, nunca se incomodou com nenhum choro e sempre buscou ajudar a esposa com qualquer mínimo detalhe que houvesse, ele sempre estava ali quando aquelas meninas precisavam e nunca na vida seria capaz de quebrar o coraçãozinho de nenhuma delas. Desde o primeiro momento em que as viu nunca em sua vida pensou que sentiria aquilo, era como uma dor, um incomodo a sua boca do estomago, era como a discrição de uma pessoa que tivesse se apaixonado perdidamente pela primeira vez, naquele mesmo momento em que olhou para aquelas pequenas criaturinhas frágeis e indefesas diante um momento tão assustador quanto aquele, diante uma surpresa tão apavorante em saber que havia engravidado Granger e que por quase nove meses ela havia lhe escondido aquele segredo, ele sabia, sabia que morreria por aquelas meninas desde o primeiro instante, seria capaz de matar por elas, daria sua vida para que aquelas doces garotinhas fossem felizes como ele um dia nunca havia sido.

Por alguns instantes parou para observar sua imagem naquele exato momento, jogado no chão frio de um cômodo qualquer com uma garrafa de whisky acabada em mãos e os olhos marejados pelas lágrimas, desde pequeno fora ensinado a nunca chorar, já que um Malfoy nunca chorava, mas naquele momento era como se a única coisa que ele quisesse fazer fosse chorar até tudo aquilo passar, mas não podia. Levantou-se sentindo suas pernas falharem e sua cabeça rodar, mas ainda se manteve em pé caminhando em direção a um pergaminho e sua pena, precisava resolver aquela incógnita que se formara em sua mente e precisa resolver naquele momento, e não havia ninguém melhor que Kevin para ajudá-lo com aquilo.

Mandou o pedaço de pergaminho amarrado na perna de Aurora, a coruja branca de olhos azuis que as próprias filhas haviam escolhido durante um passeio ao Beco Diagonal tornando-a a coruja da família e o único animal que possuíam. Draco sabia que precisava enfrentar seus medos, mas naquele momento seus maiores medos era ver novamente aquele olhar vindo de suas filhas.

A porta do quarto das pequenas garotinhas ainda permanecia encostada, mas antes que Draco pudesse alcança-la para adentrar o quarto e velar por mais algum tempo o sono de suas filhas percebera que ali de dentro vinham vozes, vozes de Hermione e Hera. Encostou-se na porta de modo que não pudesse ser visto, mas que pudesse completar o corpinho pequeno de Hera deitado em sua cama enquanto Hermione estava sentada ao seu lado acariciando os cabelinhos loiros da pequena que ainda estava acordada enquanto Atena parecia penetrada em um sono leve e acomodado.

- Você é muito pequena para entender, meu anjo, isso é coisa de adultos – Hermione falava carinhosa sobre os olhos atentos da filha.

- Mas a mamãe estava chorando e quando a gente chora é porque está triste! – a menininha parecia inconformada, o que fizera Draco conter a respiração por alguns instantes, não queria que as filhas o vissem como um monstro que fazia a mãe delas chorar, como o monstro que passou a ver Lucius Malfoy.

- Casais brigam, Hera – tentou Hermione desmanchar aquela ideia da cabecinha da filha – E eu e o papai somos um casal, não vai entender agora filha, mas é normal um casal discutir ou brigar e.... Eu e seu pai sempre fomos assim desde a época da escola – ela mentia, mas Draco queria que fosse verdade – Você não vivi dizendo que é nojento ver o vovô e a vovó se beijarem, então, é a forma deles de demostrar amor, mas a minha e a do papai é.... Discutindo, eu amo o seu pai como sei que você e sua irmã também amam, e eu não quero você fazendo o que fez hoje, Hera, seu pai te ama, ama vocês duas – o quanto Draco desejava que aquilo fosse verdade, tudo ficaria tão mais fácil daquela forma, se ele e Hermione ao menos se dessem melhor não só como pais – Sabe disso, Hera, vocês são as coisas mais importantes do mundo para ele, meu anjo, sabe que seu pai já sofreu muito na vida Hera e foi você e sua irmã quem lhe trouxera a alegria de volta.

- Eu sei mamãe, mas o papai sempre disse que não podemos fazer você chorar – Hermione parecia ter estancado no lugar, ela mal sabia daquela conversa, mas Draco se lembrava do dia em que as filhas passaram do lago e deixaram Hermione em desespero chorando sem cessar. 

 

As últimas palavras de Hera antes de pegar no sono ainda ecoavam pela mente de Hermione, nunca havia imaginado que um dia Draco havia dito isso as filhas, havia as impedido de faze-la chorar como se ele realmente se importasse com ela de um jeito completamente diferente que não fosse apenas por ser a mãe das filhas dele. Ela se lembrava da única vez que as filhas a fizera chorar, as pequenas tinham apenas quatro anos e já faziam tanta arte para uma criança tão pequena, ela havia se entretido com as páginas de seu livro por poucos instantes e então quando subira seus olhos em direção a onde deixara as pequenas dormindo Atena e Hera não estavam mais lá correndo somente onde ela autorizava, não havia nem sinal das pequenas em nenhum canto do imenso jardim que ela olhasse e nem das risadas infantis que antes ela ouvia com tanto entusiasmo, não havia nada que não fosse o imenso lago em seus olhos e o desespero em seu coração, as filhas não sabiam nadar, eram pequenas demais para isso e o medo que elas tivessem caído no lago lhe aflorava por completo. Ela se lembrava do quanto gritava e chorava em busca das filhas, correndo por cada canto daquele imenso jardim aos prantos e com o coração na mão, por sorte Draco estava para chegar do hospital e vira seu desespero, ela estava simplesmente prestes a pular dentro do lago a procura das meninas quando ele chegou tentando acalma-la ao menos para que ela pudesse falar, mas ela havia notado que ele parecia tão preocupado quanto ela ainda mais quando contou a ele que elas haviam sumido e que até então não havia as encontrado, Hermione nunca chorou tanto na vida quando Draco achou-as brincando na ponte do lago e ao ver a mãe chorar as pequenas sempre choravam juntas, mas ela nunca havia que Draco as impediu de faze-la chorar daquela forma.

A castanha suspirou mexendo-se na imensa cama mais uma vez, buscando em vão entender a discussão que ocasionara tudo aquilo. Ele tinha razão, não era só porque haviam dividido a cama como um casal que ele lhe devia fidelidade, nunca havia sido fiel nos últimos cinco anos, mas ela pensou que agora havia lhe dado um motivo para lhe ser fiel, havia lhe mostrado que ele não precisava de nenhuma delas se a tinha só para ele, mas agora na primeira oportunidade ele simplesmente entraria em uma cerimônia tão significativa quanto aquela ao lado de uma de suas amantes, Hermione sabia que ela mesma havia entrado no casamento de Gina e Harry ao lado de Rony, mas eles sempre foram só amigos e nada mais que isso apesar de saber que o ruivo gostava dela como muito mais do que amigos.

Hermione tentava não chorar feito uma menininha boba novamente, não havia motivo para suas lágrimas levando em conta que tudo o que ele lhe dissera era verdade. Não havia amor, não havia promessas envolvendo respeito ou fidelidade entre ambos, não havia nada que não fosse o fato de serem pais de Atena e Hera. Talvez tivesse sido um erro entregar-se novamente daquela forma, acreditar que ambos poderiam dar certo e pensar que isso não afetaria as filhas, mas afetou.

Fechou os olhos com força assim que ouviu a porta do quarto sendo aberta, sabia que era ele quem entrava e queria a todo custo evitar qualquer outra conversa, a melhor forma de fazer aquilo seria fingindo dormir. Controlou-se para não prender a respiração ou fazer algo que denunciasse que ela não estava dormindo quando sentiu o lado de sua cama afundar ao mesmo tempo que o cheiro de álcool preenchia suas narinas, ele havia bebido, mas disso ela já sabia.

O movimento seguinte fora o que a surpreendeu, ele havia rodeado sua cintura com ambos os braços puxando seu corpo de encontro ao dele de modo que ambos ficassem colados como nunca antes estiveram, nem mesmo após as noites em que compartilhavam juntos o prazer da intimidade, ele a abraçava para traz beijando sua nuca com um carinho aparente como se fossem um casal feliz e apaixonado que sempre dormiam de conchinha.

- Me desculpa – o sussurro em seu ouvido a fez fechar os olhos com leveza, nunca na vida pensou que sobreviveria para ouvir Draco Malfoy lhe pedindo desculpas, uma sangue-ruim, a própria esposa dele.

Quando o sol aparecia diante a janela do quarto e o barulho dos pássaros já podiam ser ouvidos do lado de fora o calor delicioso já adentrava ao quarto e parecia fazer ao mesmo tempo em que a porta do casal havia sido escancarada por duas pessoinhas muito animadas e bem-dispostas em uma manhã de segunda-feira.

Os passinhos eram apressados e quase que sincronizados, as risadas infantis ecoavam pelas paredes da mansão com um som perfeito para a manha enquanto as duas loirinhas corriam pelo quarto dos pais e preparavam-se para pular na imensa cama de casal e consequentemente em cima dos mesmos.

Draco e Hermione já não acordavam mais assustados, pelo contrário, acordavam sorrindo e parecendo compartilhar da boa disposição das garotinhas mesmo tão cedo e em um dia considerado tão tedioso e desesperador. Elas faziam tudo ficar melhor como estavam fazendo naquele momento pulando em cima dos pais com grande entusiasmo enquanto os esmagavam com beijos animados e abraços carinhosos.

- Bom dia papai, bom dia! – Hera dizia com animação acompanhada pela irmã mais velha.

Draco suspirou contente, elas eram sua maior fonte de esperança e ele sabia que tudo sempre ficaria bem no dia seguinte.... 



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