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História Manhattan - Aquele dos três


Escrita por: farosellasecret

Notas do Autor


Go!

Capítulo 6 - Aquele dos três


Fomos para o hotel onde Henrique estava hospedado e eu continuava apenas de sutiã, perdi minha blusa naquela correria toda. Nos corredores ele já me atracou e saímos batendo nas paredes feito dois animais, mais alterados que tudo, eu já via tudo embasado, via tudo rodar. Bebi como se não houvesse o amanhã, mas teve, com toda certeza teve, teve com força...

 Eu disse:

- Xiiiu, vai acordar as pessoas, maluco.  – Ele parou no meio do caminho e puxou com tudo minha calça junto da minha calcinha pra baixo e se abaixou. – Que passa? – Passou a língua próximo a minha intimidade, eu gemi e ele:
- Assim você vai acordar as pessoas. – Sorri e bati no  ombro dele. 

Meu cabelo já se fazia todo desgrenhado e minha boca entre aberta o atiçou. Ele se pôs de pé. Me tirou do chão, me jogou sobre o ombro dele e eu:

- Henrique!!! – Ele acertou minha bunda e terminou o percurso até o quarto, comigo em suas costas. 

Quando entramos o quarto estava um breu. O homem me desceu lentamente de seu colo e parou a atenção em meu seio, deixando beijos por lá. 

Com dificuldade me deitei na cama enquanto ele terminava de se despir.

Meu corpo já nu sentiu-se estremecer ao sentir uma boca macia o beija-lo.

Passei a mão na cabeça da pessoa e senti fios lisos em minhas mãos. Não era Henrique. A mulher deslizava a mão em todo o meu corpo e eu não sentia repulsa, por mais que eu quisesse dizer para ela parar com aquilo, estava muito bom, então permiti. 

Henrique se aproximou do meu ouvido e sussurrou:

- Você tem certeza?

Agarrei ele pelo pescoço lhe acertando um beijo feroz e cheio de desejo em resposta.

 O beijei com fervor e senti suas mãos dominarem meu corpo. As outras duas mãos que também estavam ali, agora acariciavam minhas pernas e coxas. Quando me dei conta, Luiza estava com o rosto próximo ao meu me beijando a bochecha. Henrique se afastou mais e deu espaço para ela também chegar nos meus lábios. Iniciamos um beijo triplo e, apesar de insegura, logo me vi completamente envolvida naquele ato libidinoso ao ver o olhar de Henrique cheio de tesão assistindo meu beijo com Luiza. Eu estava fazendo tudo pra ele e aquilo me deixava cada vez mais louca. Fiquei deitada apoiada em meus cotovelos quando Luiza desceu para o meio das minhas pernas e começou a me chupar. Apenas joguei minha cabeça para trás aproveitando aquela sensação. Ela era boa naquilo e eu me sentia cada vez mais molhada. Senti a barba de Henrique roçar no meu pescoço.

Me sentei e ele se posiciou atrás de mim, acariciou meus seios com as mãos e me beijou os lábios. Parou apenas para sussurrar o quanto eu estava linda daquele jeito e o deixando louco. Senti o orgasmo me invadir e Luiza dizer me encarando:

- Você é mais gostosa do que eu imaginei. – Ela puxou meu lábio entre os dentes e eu gemi um pouco de dor.
Henrique, que ainda estava atrás de mim, fala no meu ouvido:

- Chupa ela agora, lindinha. 

Eu senti meu coração disparar. Não sabia se queria aquilo, nunca havia ficado com mulher. Vi o sorriso de Luiza escancarar e ela me puxar pra cima dela. Encarei Henrique que apenas balançou a cabeça em concordância para me incentivar. Ele já estava completamente nu e duro e começou a se tocar. Sem muito jeito eu fiz em Luiza como eu gostaria que fizessem em mim e eu acho que ela gostou. A menina era escandalosa e aquilo me assustou um pouco no começo.

Senti o membro de Henrique tocar a minha bunda e seu corpo pesar nas minhas costas. Ele chegou perto e disse:

- Você pode botar o dedo também, ela vai gostar. 

Eu obedeci. Coloquei um dedo e ela pediu outro. Me assustei quando senti Henrique me lamber por trás. Fez movimento circulares com a língua e ao chupar minha intimidade, eu quase esqueci de Luiza.

- Vamos, Paola, eu estou quase lá. Ela disse chamando minha atenção. Tentei me concentrar nela também e enquanto ela mesma masturbava seu clitóris, eu continuei com os movimentos dos dedos. Henrique me deixou para beijá-la e confesso que me senti um pouco estranha. Ciúmes talvez. Logo ela gozou e Henrique pegou meus dedos que estavam nela para chupar. O encarei enciumada e tenho certeza que ele percebeu, pois me deu outro sorriso sacana.

Me puxou rapidamente para seus braços e me beijou. Eu estava sentada em seu colo, rebolando em cima do seu membro, quando o senti me levantar passando os braços por baixo das minhas coxas. Luiza já estava vestindo uma camisinha no seu pênis e eu me dei conta de como eles já eram experientes naquilo devido a tamanha sintonia. Quis me sentir deslocada, mas logo Henrique me sentou no seu pênis e eu gemi um "ai" em protesto ao sentir o desconforto pelo seu tamanho.

- Você é muito apertadinha, sabia?

Ele disse segurando meu rosto entre as mãos pra me encarar e gemeu:

- Rebola pra mim, vai. Faz do jeito que tu gosta. – E ele se deitou segurando na minha cintura. Comecei os movimentos e vi Luiza sentar-se ao lado de Henrique acendendo um cigarro. Sem nunca tirar os olhos de mim, ficou nos assistindo. Aos poucos eu já estava com o membro de Henrique todo dentro de mim e eu perdida de prazer rebolando cada vez mais. Até esqueci que ela estava lá. Quando meu orgasmo se aproximou, ele sentou-se me enlaçando pela cintura e começou a estocar rápido junto com meus movimentos. Logo gozamos loucamente e ele me trouxe para o seu colo. Deitei a cabeça em seu peito e vi Luiza deitar-se no ombro dele, deixando seu rosto perto do meu. Ela me encarou séria e eu até me assustei. Depois abriu um sorriso e me deu um selinho, que eu correspondi. A vi fechar os olhos e logo apaguei também.

 

(...)

 

Despertei e eu estava nua nos braços de Henrique, olhei ao redor e não vi Luiza. Levantei devagar, coloquei minha calça. Senti minha cabeça doer e a necessidade de água se fazia presente. A chamada ressaca. 

Procurei por minha blusa, entretanto lembrei que havia perdido ela. De imediato vi uma camisa branca do Henrique estendida no braço do sofá e a vesti. Olhei pelo espelho da penteadeira e o rímel já havia borrado toda a parte de baixo de meus olhos, não me importei. Apressada peguei as sandálias e sem as vestir fui até a porta rapidamente. Ao sair dei de encontro com Luiza no corredor. A menor vinha com algumas sacolas na mão.

- Já vai Paola? Trouxe nosso café da manhã. 

- No precisa Luiza, preciso ir. To atrasada, obrigada. – Eu sempre jogava essa de estar atrasada para me livrar de situações que eu não sabia dar conta.

- Paola você ta fugindo daqui. Espera, vamos conversar. Você não gostou, tá assustada assim por que? – Fiquei em silêncio. – Me ajuda a colocar essas sacolas lá dentro pelo menos.

Peguei uma das sacolas de sua mão e ela me olhou seria. De um jeito que nem parecia ser a mesma garota doida que eu conheci naquela boate. 

Entramos, coloquei a sacola na mesa do quarto e dei as costas para sair. Ela me puxou dentro do espaçoso guarda roupas vazio.

- Olha aqui Paola. Voce não sabe o quanto eu quis essa noite. Portanto vou deixar bem claro pra você. – Colou seu corpo no meu e ainda seria, falou – Eu curti ficar com você, eu curti transar com você, porque desde a primeira vez que eu te vi já me apaixonei. 

- Luiza eu...

- Espera. Deixa eu terminar. Então, se você quiser manter essa relação, to aqui, meu namorado também. Agora se não tá bom pra você. Peço que esqueça meu namorado. Esquece a gente. 

- Eu gosto do Henrique...

Ela se afastou me dando passagem para sair. 

- Vai. Sai logo daqui. – Atendi seu mandado. – Ah! – me virei para ouvi-la. –  Eu sou maluca, mas não cega. Eu passo em cima de você igual um trator se for atrás dele. Você quem quis assim gatinha. 

Sai de lá desnorteada. Onde eu tinha me metido, estava ficando tudo bem em casa, Manoel tinha mudado e mesmo assim fui me envolver nessa loucura. Arrependimento era pouco para o que eu tava sentindo. E o pior era que a parte que eu gostava de Henrique não era mentira. Ele disse aquelas coisas ontem pra mim bêbado, eu me deixei levar e parei numa cama junto dele e de Luiza. 

Esse era o plano deles, desde o começo. Ela tinha deixado bem claro pra mim no banheiro da boate e eu preferi não dar ouvidos, fingir que aquilo era apenas uma jogada dela. Fui tola e voltei para casa depois de dois dias longe dela, angustiada.

Assim que entrei tratei de tirar a camisa dele, jogando-a longe. Fui para meu quarto e minhas coisas estavam todas reviradas. Desde o guarda-roupas até a sapateira. Minhas roupas e sapatos estavam todos jogados pelo cômodo. Algumas delas rasgadas, levei a mão á boca, e assombrada, disse fraco:

- Manoel...

- Me chamou querida?

Me virei rapidamente, e lá estava ele. Com os olhos vermelhos de ódio e parecia ter bebido, pensei até em droga. Ele estava super descontrolado. 

Pegou em meu braço bruscamente e saiu me arrastando até a porta da sala, sendo ela a saída. 

- SUA VAGABUNDA, SUA MULHERZINHA.  

- PÁRA MANOEL, PÁRA. – Eu falava enquanto ele me chacoalhada sem medir sua força.

- DOIS DIAS LONGE DE CASA, SEM NOTÍCIA SUAS. – Me jogou contra a porta. Fazendo a mesma soltar um barulho estrondoso.  –OLHA SEU ESTADO SUA... Eu to com vontade de MATAR VOCÊ. Sai da minha frente. – Eu o olhei assustada, me faltava até o ar. – Eu não quero te machucar sai daqui Paola. Sai da minha frente. SAI!!! – e começou a chorar. 

Eu, rapidamente sai do jeito que eu estava, apenas de sutiã. E ainda ouvia ele atirar as coisas e os barulhos de estilhaço chocando contra a parede.

Fui até o orelhão mais próximo e disquei pra Fabian. Ele se assustou com meu estado ao falar no telefone e veio imediatamente me buscar com o carro do seu namorado. 

- PAOLA!!! – Entrei no passageiro. – Meu Deus o que aconteceu?

- Manoel veio pra cima de mim disse coisas horríveis, inclusive que queria me matar, eu to com medo Fabian, no sé do que ele é capaz... – Vomitei tudo aquilo desesperadamente. 

- Calma, respira. Bebe isso. – Me entregou uma garrafa de bebida.

- No. Não quero. Fabian, presta atención. Eu transei com o Henrique e a namorada dele. Se ele for no restaurante atrás de mim, se Manoel for e se ela, Luiza o nome dela, for... Diga que eu não estou, não tem notícias...

- Paola!!! Viado, você acha mesmo que eu vou te levar pra trabalhar nesse estado? Me poupe queridinha. 

- O que eu faço? Minhas coisas estão todas naquele apartamento. Se ele não terminou de rasgar e quebrar estão né. – chorei, chorei como se não tivesse fim, de desespero de medo. 

Fabian me levou pra casa dele que na verdade era do seu namorado, do seu namorado não. Da mãe dele. Eu fiquei totalmente desconcertada ao chegar e ver aquela senhora rechonchuda de cabelos brancos me olhar com piedade. 

Margot, era o nome dela. Me recebeu super bem, me levou até seu quarto, pediu para que eu tomasse um banho e me deu o que vestir. Deixei a água quente escorrer pelo meu corpo e chorava em soluços sem parar em nenhum momento. Lembrei de Henrique e da primeira vez que o vi, lembrei de quando deixei tudo para vir pra cá com Manoel. Lembrei da minha eterna Vida e de sua partida. De como seria se ela estivesse comigo naquele momento que eu tanto precisava dela. Me abaixei fraca no chão, até me sentar. 

A senhora preocupada entrou no boxe e sem se importar de se molhar me pegou de baixo dos braços, fazendo esforço para me por de pé e pronunciou:

- Se levanta minha filha. Fique forte. – me abraçou no chão e me ensaboou como una criança. Enquanto eu chorava sem controle ela passava a bucha em meus braços. Colocou minha cabeça para trás deixando que a água percorresse todo o meu cabelo. – Calma querida, vai ficar tudo bem. Nada vai te acontecer. Fique aqui o tempo que precisar. – passou a mão em meus cabelos – Estamos com você. As vezes temos que passar por turbulências assim para nos tornarmos mais forte. Você é linda. Olha pra você. Já viu o quanto é linda? Hein? – me abraçou mais uma vez. 

Passei a tarde na casa de Margot, a velhinha me distraiu com receitinhas maravilhosas. Rimos e conversamos do seu tempo de menina. Fabian e Taylor, seu namorado, foram trabalhar normalmente. 

Na sala de estar, Margot trouxe um álbum de fotografias para me mostrar seu amado que morreu de uma doença rara. Seus olhos se encheram de água ao falar dele, dava pra sentir o amor de uma mulher por um homem. Ela encerrou dizendo que estamos nesse mundo só de passagem, que a hora iria chegar pra todos e a maneira de partida é só um motivo. Independente de onde essas pessoas estejam, nós não poderíamos vê-las mas elas sim estavam olhando por nós.

Me arrepiei com suas lindas palavras sábias. 

Contei a história a ela. Desde que pisei em solo americano, falei de Manoel e de Henrique também. 

- Algum conselho pra essa situação...? To com a cordinha no pescoço só falta pular.

- Não meu anjo. Vamos encontrar uma saída. Bom, acho que você tem que seguir o coração, em todas as vezes que fui por ele tudo se saiu bem.

- O meu não é muito bom pra essas coisas Dona Margot. – ela riu.

- Sabe menina... Você é nova, porém muito esperta. Vai saber fazer o certo. Eu confio em você. Você confia em você? – balancei a cabeça num sim e a deitei sobre suas pernas. 

A doce senhora me aninou em seu colo e eu peguei num sono preciso.

 

(...)

 

Faziam-se 2 semanas que eu tinha pedido as contas no restaurante onde eu trabalhava, por motivos de segurança. Com as economias que eu tinha feito fiz questão de ajudar Margot nas despesas da casa.

Fabian sempre que chegava do trabalho me contava das idas de Henrique no restaurante, procurando por mim. Fabian disse que quando ele falou ao homem que eu havia pedido as contas, pode vê-lo sair em lágrimas do lugar. E mesmo assim insistia em aparecer por lá.

Já Manoel... esse aí sumiu do mapa. Não voltei mais no apartamento depois da sua última crise, contudo, precisava dos meus documentos, meu passaporte que ficou tudo lá.

Só de pensar em ver ele novamente já me causava um transtorno emocional fora do normal. E adiava sempre essa ida.

Dele saudades nenhuma, Henrique... Ah! Seu desgraciado como te quiero.


Notas Finais


🙋🤗🤗


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