Escrita por: bimmbinha
Preocupada, Sarada tentou acordar o pai o sacudindo pelos ombros, sem obter nenhuma resposta, decidiu apelar e pedir ajuda para o tio, que sabiamente – ou suspeitosamente – tinha guardado uma buzina para ocasiões especiais.
Coitada da Yodo, foi o único pensamento da primogênita de Sasuke.
—O que foi que você fez com o seu pai, garota?
—Nada, eu entrei no quarto e ele estava segurando o pacote de camisinha nas mãos. Deve ter pensado besteira e apagou — explicou eloquentemente, com calma.
—Ah, bem, isso explica muita coisa. — Itachi fez uma careta e então apertou a buzina, levando a sobrinha a cobrir as orelhas com as mãos.
Sasuke ergueu-se num pulo, completamente assustado, respirando fundo.
—Meu Deus, eu tive um pesadelo terrível. Eu sonhei que entrava no quarto da minha filha e...
—Não foi um pesadelo. — o irmão exclamou e antes que ele tivesse a chance de desmaiar uma segunda vez, Itachi continuou. — É para um trabalho escolar, Sasuke.
—E você acredita nisso? Essa delinquente trouxe o Boruto para cá, quando achou que eu e a mãe dela estávamos dormindo!
—Como pai da Yodo, eu sempre espero o pior das garotas, mas nesse caso, seu idiota retardado, você deveria ficar contente. Se a Sarada trouxe o moleque com você aqui, é porque ela não pretendia fazer nada demais. Raciocina. Por exemplo, meses antes eu entrei na minha casa e a Yodo estava se agarrando com o Shikadai no meu sofá. Se ela não quisesse fazer nada de errado, levaria ele quando eu estivesse lá, você consegue entender o que eu estou dizendo?
Ele estava louco ou o que o irmão mais velho dizia, fazia sentido?
—É, ele tem razão. — Sarada concordou, ajeitando os óculos e o pai suspirou aliviadamente. — É um trabalho de ciência sobre os métodos contraceptivos — disse, calmamente. — O professor pediu que colássemos alguns preservativos na cartolina e escrevesse um textinho.
—Graças a Deus! — Sasuke se benzeu. — Diga ao Boruto que ele tem mais alguns meses de vida.
A filha abriu e fechou a boca, estreitando os olhos pensativamente, mas nada disse a respeito.
—Agora eu posso dormir tranquilo. — Sasuke sorriu.
[...]
Neji adentrou a sala de aula, espantado com a quantidade de mães presentes e não pôde deixar de se perguntar onde é que estariam os pais das crianças. Será que tinham ido comprar cigarros?
—Ei, Neji! Aqui! Aqui! — Naruto gritava do outro lado da sala, acenando idiotamente para ele. O Hyuuga revirou os olhos e foi até o local em que o Uzumaki estava sentando-se próximo a ele, ainda que ligeiramente contrariado. — E então, por que você foi chamado?
—Aparentemente a Kumiko socou a cara de um moleque.
—Não vai perguntar por que eu estou aqui? — o loiro sorriu.
—Você é pai do Boruto. É auto-explicativo.
O loiro deixou de sorrir e estalou a língua, balançando a cabeça. Ele está certo.
Logo foi a vez de Sasuke unir-se a eles.
Por fim, a professora entrou na sala, caminhando até o centro e explicando como funcionava o sistema de recuperação, bem como as avaliações das notas de desempenho e etc.
—Com licença, eu tenho uma pergunta. — o Uchiha ergueu a mão.
—Tudo bem. O senhor é pai de quem?
—Da Sarada Uchiha — respondeu. — É verdade que estão fazendo um trabalho escolar sobre métodos contraceptivos, que inclui cartolina e folhas de almaço?
—Sim senhor. — a professora franziu o cenho. — Por que a pergunta?
—Nada. — ele suspirou aliviado, agradecendo os céus mentalmente.
A professora comentou sobre os alunos em tom generalista e então passou a falar sobre o comportamento de cada um, de forma individualista. Naruto se benzeu pelo menos umas cinco vezes, temendo o que estivesse por vir.
—E quanto a minha filha, professora? — Neji perguntou.
—Kumiko é uma aluna maravilhosa. Extremamente inteligente e focada, apesar de ser muito tagarela. — algo que, obviamente, herdou de Tenten. — Fiquei bastante surpresa com o soco dado em Tsuki Inuzuka, mas ela me explicou que foi sem querer e chorou realmente sentida, dizendo que estava na tpm.
TPM? Ela não era nova demais para sofrer com aquela maldição?
—Deve estar acontecendo algum engano, professora. Minha filha é nova demais para ter esse tipo de... Problema Feminino.
—Eu sei que esse é um assunto muito delicado e pessoal, senhor Hyuuga, mas a verdade é que sua filha tem sofrido muito com esses novos hormônios e está bastante estressada. Você deveria leva-la a um ginecologista.
O que?!
Naruto segurou-o pelo ombro, temeroso que Neji desmaiasse pateticamente no chão.
Dios Mio! Onde estava Tenten quando precisava?!
[...]
Sango, Indra, Izuna, Menma, Naruko, Naori e Naomi, e Renji estavam sentados quietamente nos puffs da sala da professora.
—Não acredito que esqueceram da gente. — reclamou Matsuri, espreguiçando-se e esfregando os olhinhos. — De novo. — acrescentou.
—Se minha mãe souber disso, ela vai ficar muito brava — comentou Izuna.
—E se eles nunca mais voltarem? — Naomi chorou, abraçando-se a irmãzinha.
—Acho que devemos ligar para as nossas avós. — comentou Sango. — Eles claramente esqueceram que nós existimos.
—Eu tive uma ideia! — Menma sorriu largamente. — E se nós ficássemos nas casas das nossas vovós, deixando eles achar que nós fugimos de casa?
—Que ideia diabólica! —Renji exclamou, chocado. — Estou dentro!
—Eu também. — Naori balançou a cabeça. — Vamos pedir para a diretora ligar para as nossas avós e colocarmos o plano em prática, eles vão ficar desesperados.
—Isso tem muitas chances de acabar mal. — afirmou Indra. — Mas eu topo. Papai só liga para a Sarada e para o bebê!
[...]
Bocejando, Shikamaru deixou o carro no estacionamento da escola e seguiu, preguiçosamente até a porta de entrada da escola para ter uma péssima surpresa. Com os olhos arregalados, percebeu que a porta não só estava fechada, como devidamente trancada, com direito a correntes e tudo. Desesperado, ele recuou alguns passos para trás, cobrindo a boca com a mão.
Ele pegou o celular e nervosamente ligou para o filho, perguntando se ele tinha ido buscar a irmã na escola e Shikadai respondeu que não, achando que o pai é quem iria buscar a garotinha. Em seguida, ele ligou para Itachi, sabendo que os outros três idiotas deveriam estar na reunião dos filhos.
—Como assim a escola está fechada? Você quer que eu tenha um infarto, Nara?
Com o celular em mãos, Shikamaru se virou a tempo de ver o Uchiha mais velho andando em sua direção, com os olhos arregalados. Os dois voltaram suas atenções para as portas fechadas, simultaneamente e abriram e fecharam a boca diversas vezes, incrédulos.
—Não! — o Uchiha gritou, tentando abri-las enfurecidamente. — Isso não pode estar acontecendo, inferno. Não podem fechar a escola até os pais chegarem.
—Desiste, cara. Estamos ferrados. — Shikamaru bufou. — Nós vamos ter que ligar para a polícia. Shikadai não veio buscar elas, e para terem fechado a escola alguém deve ter vindo.
—Eu vou morrer! — choramingou, escondendo o rosto entre as mãos. — Eu sou um péssimo pai!
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