História Many Different - Percabeth - Capítulo 50 - Penúltimo capítulo

 Os saltos agulha, preto de Hera iam seguindo até a sala principal. O “trono” de Poseidon. O empresário ajeitou um resquício de cimento em seu paletó, tornando-o assim impecável. Ele estava calmo, espera pela chegada tão esperada da mulher de passos apresados.

Quando a porta fora bruscamente aberta, o homem suavemente tirou a visão da grande parede de vidro para a porta. Hera, Annabeth, com Leo em seu colo e o piloto. O empresário deu um sorriso de lado, um tanto mesquinho. Era o seu sorriso para pessoas que ele não dava seu precioso tempo.

— Poseidon... — Falou em deboche. Ele lhe deu um cumprimento para que sentassem. Era apenas um jogo, um lindo e perigoso jogo que travavam em silencio. Os seus olhares compenetrados, um do outro. Poder no poder.

— Hera.... A que devo a sua... Honra — Soltou todas as palavras pausada e metodicamente. Ela lhe lançou um sorriso de lado. Era como se ele estivesse em um mundo perfeito, onde seu filho não corria perigo, e nem sua empresa.

— Bem, eu acho que a minha “ameaça” — Pontuou com os dedos — de seu filho no meu porão deva ser minha razão, ou eu queria mesmo vê-lo me entregar essa linda poltrona de coura que chama de trono.

 O homem ainda extremamente calmo, pôs os cotovelos na mesa de vidro e os juntou, assim os usando como apoio ao seu queixo. Ele arqueou a sobrancelha.

— Não vejo o motivo pela qual eu deva me levantar do meu trono, Hera — Se levantou e foi até o seu balcão de bebidas. A mulher iria contestar e rir da sua loucura, mas ele a cortou com o som do pote de gelo batendo. — Aceita, Ann? — Perguntou para a loira que estava na porta, piscou em seguida. Ela deu de ombros, o que uma bebida faria mal? Afinal, era bom para comemorações.

— Vocês estão ficando loucos! Eu vou chamar meus caros amigos para conversar com vocês. Percy não está em segurança ainda seus... — O som de dois copos de vidro brindando a trás da mulher a cortou. Ela olhou para trás vendo Percy e seu piloto (Grover) com os copos batendo, como se não fosse nada demais.

Ela os olhou incrédula.

— Como você...?

— Eu tive uma ajudinha, mas acho que isso não importa agora sabe... a cadeia lhe espera — Disse o moreno pegando Leo do colo de Annabeth — E tente nunca mais tocar na minha família ou eu não vou caçar esforços para lhe enfiar no inferno que for — Falou em um tom muito ameaçador.

— Eu não vou a lugar nenhum. Achou mesmo que eu ia vir sozinha — Tirou de dentro da bolsa uma pistola prateada, fazendo todos recuarem um passo.

— Hera! Não faça isso! — Hades surgiu da porta, ele estava sendo algemado por policias do prédio — Irá ser pior para nossa saída de lá

— Se sairmos é claro — Ares pontuou. Ele também estava sendo levado, mas primeiro tinham que recolher as provas e declarações, para isso precisavam de todos juntos.

— Calem a boca seus inúteis. Você seu moreno metido a rico, vai pagar pelo que está fazendo com minha riqueza, por ter me feito de trouxa.

Som de tiro

Parece que as balinhas de metal a mais de 600 mil quilômetros por hora perseguiam, Percy. Parece que a vida tem umas reviravoltas mágicas, que uma hora você está aqui, e outra não.

Um pedaço de metal de mais ou menos 5 centímetros, na velocidade e mira certa pode destruir uma infinidade de vidas. Pode ferir de um jeito que nunca quem passou por isso entenderia.

Um resmungo

— Mãos para o alto, ou atiro. Largue a arma! — Um policial ordenou adentrando com tudo. A mulher até tentou lutar, porém fora vendida.

“Homem baleado aqui, preciso de uma unidade de emergência”. — O outro policial falou vendo o local da bala atingida. No peito direito. Muito perto do coração.

— Você vai ficar bem, pai. Não feche os olhos — Percy sussurrou indo até o local onde Poseidon se contorcia de dor.

A princípio a bala era para o moreno mais novo, porém, Poseidon não havia contratado Grover e um milhões de seguranças atoa. Ele zelava pela segurança do único pedacinho que restava do seu amor. Aquele que ele abandonou sem pestanejar, nunca se perdoaria se algo acontece com o menino que ele chamava de filho. Por isso se jogou prontamente no caminho daquele pequeno pedacinho de metal, fazendo assim uma vida ser salva, e talvez, outra sem muita importância, na sua visão, ser perdida.

— Vamos, afastem! — Os primeiros paramédicos adentrava o local. Percy teve que ser segurado, ele queria ir na ambulância com o seu pai, ou simplesmente descontar sua raiva em Hades e Ares.

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O barulhinho irritante da máquina que controlava os batimentos cardíacos estava deixando Percy louco, desde que chegou aqui estava sentado no sofá desconfortável do hospital. Despois de uma longa cirurgia de remoção de vestígios da bala, Poseidon estava em um estado de torpor, ele estava dormindo a dois dias.

Annabeth até tentou arrastar Percy para a casa para descansar, porém, ele não conseguia parar de pensar que era para ele estar ali, ou jogado no chão daquele sótão. Annabeth rinha razão, o plano era arriscado. Enquanto ela distrairia Hera lá em cima. Grover e Poseidon tratavam de tirar Percy em segurança de lá. Porém não contavam com cinco homens armados, Grover fora esperto e conseguiu derruba-los. E depois o período de atraso do helicóptero com Grover dirigindo fora apenas para que Poseidon e Percy acertassem com a polícia o que deveriam fazer.

Era arriscado fala com Hera sem proteção, ou simplesmente pressiona-la, todos sabiam. Mas eles precisavam de muitas provas de que tanto Hera quando os dois empresários estavam armando para o casal e para os maiores empresários daquela cidade.

— Você escolheu a melhor pessoa para se casar, ela é muito esperta planejando tudo aquilo — O moreno rapidamente levantou olhar para o pai na cama de hospital. Ele riu da própria constatação

— Bom dia... — Murmurou o moreno olhando para o homem que não era mais o empresário que o havia acolhido na sua casa, apenas por ele ter o seu sangue. Mais sim o pai que lhe salvara a vida, a sua e a de Leo.