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História Mar de rosas (abo) - Dois alfas


Escrita por: alteza

Notas do Autor


Olá, gente, eu não sei bem o que isso é, talvez um especial, um flashback, mas estou aqui para dar o que me pediram, me pediram o passado da Tsunade e do Jiraya e eu achei interessante fazer.
Boa leitura.

Capítulo 17 - Dois alfas


Fanfic / Fanfiction Mar de rosas (abo) - Dois alfas

- Capítulo 17 -

Dois alfas.

Valente, bravia, inteligente, máscula, entre outras qualidades compusiam a Tsunade Senju, uma alfa dominante, filha única e o orgulho de seus pais. Ela era boa em tudo, tirava notas altíssimas e sempre estava em primeiro lugar no ranking da escola, era ótima em qualquer esporte que fazia e no colegial ela era líder do time de futebol americano nos Estados Unidos. Como a sua família era muito rica ela sempre teve o que quis, os seus pais eram os médicos mais cobiçados da América do Norte, eram os únicos da área de saúde em uma família composta de policiais, juízes, advogados, promotores e outras profissões envolvidas com a justiça. 

Assim como eles a Tsunade queria ser diferente, ela visava uma empresa famosa, quando terminasse o ensino médio tentaria entrar em uma faculdade de administração, porém assim como toda a sua vida, o seu futuro também era controlado por seus pais, ela achava intrigante, eles conseguiram ser o que queriam, médicos, no entanto queriam impor que ela fosse uma atleta, ou uma jogadora famosa em um time de futebol americano no país, ela já tinha até mesmo recebido várias propostas, mas recusou todas e omitiu tudo isso dos seus pais. 

Não queria ser controlada pelo resto da sua vida, já tinha aceitado o suficiente a imposição de seus pais para a sua vida, boas notas, professores particulares, aulas de piano, boxer, clube de futebol no colégio, até mesmo a alimentação dela eles controlavam. A mesma ficou sabendo do ômega estrangeiro que eles estavam preparando para ela, até aí tudo bem, não se importava em casar com alguém que os seus pais escolhessem, até porque não tinha interesse em nenhum ômega e segundo os seus pais um beta era inaceitável, eles diziam que os betas não satisfaziam os desejos de nenhum alfa ou ômega e que beta só se dava com beta. 

- Mamãe, papai, eu já disse, não serei atleta, vou fazer administração e fundar uma empresa. - É loira bateu o pé no chão, irritada. Aquela já era a décima briga no mês que eles tinham por causa do futuro dela. 

- Não, Tsunade, os pais do seu futuro ômega deixaram muito claro que querem um alfa atleta ou jogador para o filho deles. - A matriarca a repreendeu, manteve a sua pose ríspida e cruzou as suas pernas, assim como os seus braços e empinou o seu nariz. 

Ele estavam na sala de estar, a Senju estava sentada em uma poltrona vermelha e os seus pais no sofá, o homem fingia prestar atenção em um jornal recente sobre a política do país, não querendo se meter naquela conversa, odiava quando a sua filha ficava brava, ela sempre passava uma semana ou mais sem os olhá-los direito, era perturbador para ele já que era tão próximo dela, a sua esposa sempre foi fria e calculista, por isso não se importava muito em confrontá-la. 

- Mas eu não quero, se ele quiser se casar comigo vai ter que ser com uma dona de uma empresa bem sucedida, e não com uma jogadora ou atleta. - A jovem loira concluiu a conversa e se levantou, retirando-se da sala. 

A matriarca levou a sua mão até sua testa e massageou sua têmpora com a ponta de seus dedos, suspirando. Aquela garota era mesmo sua filha, muito cabeça dura. 

- Você bem que poderia ter falado alguma coisa, Tsuki. - A mulher reclamou com o seu marido que não desviava os seus olhos do jornal. 

- Ela tem o seu gênio forte, Rima, não a quero contra mim, nem quero obrigá-la a fazer o que não quer. - O homem deu de ombros enquanto olhava a sua esposa de soslaio. 

- Ao menos não era eu que queria tratá-la como uma ômega, Tsuki, aceite os fatos, a nossa filha nasceu para cuidar de um ômega, não para tomar de conta de uma casa. Ela está sendo insensata em pensar que só criar uma empresa já irá torná-la bem-sucedida, nenhum ômega quer entrar em um barco furado, nós queremos estabilidade financeira e o esporte dará a ela essa estabilidade. - A morena argumentou se levantando do sofá e ajeitando a sua saia bastão. 

- Você se importa mais com o dinheiro ou com a felicidade de nossa filha, Rima? 

A garota ouvia tudo do andar de cima, os seus pais não eram lá muito civilizados quando começavam uma briga e a loira não respeitava o bastante o espaço pessoal deles. 

Após o segundo semestre do ensino médio a sua vida começou a mudar e dependendo do ponto de vista era para pior ou para melhor, para a Tsunade era bom, mas para os seus pais não era tanto assim. Ela tinha entrado no que eles chamavam de fase rebelde, achavam que isso só acontecia quando se era adolescente e assim a Senju já teria passado daquela fase, porém se enganaram. 

O Tsuki não deixou de ficar desapontado com a sua única filha, a menina de seus olhos havia tomado um rumo completamente do que fora traçado para ela e a Rima estava de arrancar os cabelos por causa da rebeldia da loira. Ela tinha saído de todos os esportes possíveis, ao menos era o que ela queria que os seus pais pensassem, queria ir contra as ordens deles, no entanto tinha se apegado tanto ao que fazia que não podia deixar para trás. 

Fingiu ter entrado em um clube diferente, um de política que havia na escola, apenas as suas notas que não haviam caído, ou que pelo menos ela não queria que eles achassem que tivesse caído. Ela continuava no boxer e no clube de futebol, no entanto era escondido, para os seus pais pensarem o contrário, a Senju de fato só tinha saído das aulas de piano e para ter aulas de boxer escondido ela saía de casa sem dar satisfação a ninguém, muitas fezes até dava uma resposta desaforada aos seus pais. 

Não demorou muito e um novato entrou para o colégio, ele era diferente de todos os meninos daquele estabelecimento pedagógico, ele era animado, alegre e com toda certeza um grande pervertido, ele não estava nem aí se era alfa, beta ou ômega, queria ser amigo de todos e até mesmo flagrá-los em sua nudez. A Tsunade estava indignada com ele e encantada também, foi a primeira pessoa na qual ela não se sentiu encorajada para chegar perto ou ao menos dizer-lhe um "oi". 

O Jiraya era tecnicamente o assunto principal de todo o colégio e principalmente as suas travessuras, tanto com alunos quanto com professores. 

- Você é bem popular, hein? - Uma voz masculina interrompeu os seus pensamentos enquanto ela fitava o exterior da janela, distraída no meio da aula, sorte que o professor tinha dado uma breve saída e deixado os alunos um pouco sozinhos. 

A Senju levantou o olhar e os seus olhos verdes se cruzaram com os do grisalho de cabelos longos, ela estranhou a chamada repentina dele para falar consigo, porém fingiu não se importar, entrou em sua onda. 

- Eu que o diga, fiquei sabendo que não importa se é alfa, beta ou ômega, se você gosta, você fica. - A garota comentou com um sorriso divertido em seus lábios. 

- Ah, mas é claro, e isso importa? Se eu estou feliz com a pessoa nem olho a espécie, todos deveriam fazer o mesmo, não acha? - O rapaz lhe lançou um sorrio encantador, o mesmo que a loira não esperava corar perante ele. 

- S-Sim, eu acho que você tem razão... - Desviou o seu olhar, constrangida e colocou uma mecha de seu cabelo para trás da orelha. 

- Posso me sentar aqui? Já vai tocar e os alunos serão liberados para as atividades de clube. - O grisalho indagou apontando para a cadeira vaga na frente da garota. 

- Ah, sim, c-claro. - Respondeu apressada e se repreendeu mentalmente por estar gaguejando tanto. 

"Mas que porra, Tsunade, ele é só um garoto tarado e ainda por cima um alfa", pensou consigo mesma. 

- Você está pensando demais, não acha? Isso é falta de educação quando está fazendo compainha a outros. - Brincou e deu um risinho, só que a garota lhe parecia muito séria. - Hey, vamos, não faça essa cara, prefiro te ver sorrindo, você tem que ver como é bonito. 

Ele tocou o rosto dela e acariciou sua bochecha, a Senju sobressaltou com o susto de um toque repentino de uma mão fria em seu rosto corado, mas não o afastou, muito pelo contrário, devolveu um sorriso mínimo ao alfa quando o viu sorrir feito bobo, apoiando o seu queixo em sua mão. 

- O-Obrigada... - Falou baixinho, mas alto o suficiente para ele lhe ouvir. 

- Que tal se formos para a sorveteria nova que abriu no bairro, me disseram que a consistência do sorvete de lá é muito boa, estou curioso para experimentar. - Ele a convidou eufórico, a loira estaria mentindo se dissesse que não estava do mesmo jeito. 

Tinha mesmo sido convidada para sair? Quando foi a primeira vez que aquilo lhe aconteceu? Nem mesmo ela tinha chamado alguém para sair, era tudo muito recente ainda, nunca havia pensado em se relacionar com alguém, entretanto não queria tirar conclusões precipitadas antes de saber as intenções do grisalho. 

- Eu aceito! - Ela deu-lhe um sorriso verdadeiro, precisava mesmo sair de casa, desestressar, porque o clima estava tenso por lá. 

- Ótimo! Te busco sábado de manhã em casa, pode me dar o seu endereço? 

Ela pegou a caneta sobre a sua banca e anotou o endereço sobre um pequeno papel, inclusive o número da casa para não haver erro e entregou ao garoto. 

- Não ouse chegar por lá com um buquê de flores. - A loira falou em um tom de brincadeira, no entanto não era de tudo uma resenha, se um outro alfa aparecesse com um buquê na porta de sua casa sabe lá o que os seus pais poderiam fazer. 

A Tsunade se lamentou a semana toda por passar tão devagar, as brigas domésticas ainda não haviam cessado e os seus nervos estavam à flor da pele, assim como os de toda família, incluindo os pobres empregados que só queriam fazer os seus serviços em paz, muitas vezes eles amaldiçoavam a loira por tudo que esstava acontecendo, era culpa dela todo aquele caos. 

E por mais que uma pessoa seja forte, um dia ela explode. A Senju estava cheia de tudo aquilo, cheia dos gritos de seus pais quanto ao que ela deveria ou não fazer, ela ainda se recusava a aceitar ser atleta ou jogadora e em pleno sábado de manhã ela estava socada em seu quarto aos prantos, dia esse que era importante tanto para ela quanto para os seus pais. 

Alguém bateu à porta e a loira não se deu ao trabalho nem de limpar as suas lágrimas ou perguntar quem era, ficou quietinha no seu canto, quem quer que fosse poderia ir embora porque ela não responderia, também não saía do quarto ou comia desde quando chegara da escola na sexta-feira. 

- Tsunade, pare de show, a gente tem um almoço muito importante hoje com os pais do ômega e com o próprio ômega, quero que você saia daí agora e vá tomar o seu banho. - A voz da Rima estava firme e estridente e aquilo só fez com que a Tsunade se encolhesse mais em sua cama agarrada a um travesseiro de seu tamanho. 

"Vá pro inferno, velha idiota", ela pensou, as lágrimas que escorriam pelo seu rosto já não eram mais apenas de angústia e dor, a raiva também estava presente.

A Rima ainda bateu à porta umas dez vezes e gritou, mas de nada adiantou, a porta estava trancada e ela havia se cansado de fazer tanto escândalo. Desceu as escadas e a loira pôde então respirar normalmente, se sentia aliviada, mas sabia que aquilo não duraria muito tempo, foi só então que ela se recordou da sorveteria, havia marcado com o Jiraya de ir até lá e a qualquer momento ele poderia chegar em sua casa, não queria que os seus pais o vissem ou lhe fariam um interrogatório completo de detetive já que nunca tinham visto ela andar com aquele alfa antes. 

Levantou-se da cama em um pulo, se quisesse ver o Jiraya e fugir daquele almoço idiota com um ômega que nem conhecia e com os pais gananciosos do mesmo tinha que literalmente fugir. Trocou de roupa rapidamente, não dava tempo de tomar banho, o banheiro ficava no final do corredor e ela não queria ser vista, por sorte o andar não era muito alto e como ela fazia esportes foi fácil para a mesma pular a janela, mas tinha pouco tempo antes que os seus pais se dessem conta de seus sumiço. 

Saiu pelo meio do jardim e pulou a cerca fazendo um sinal para as câmeras que lá haviam para que quem quer que estivesse lá não contasse a ninguém. Correu por alguns quilômetros e se repreendeu por não ter trocado o número do celular com o alfa, só que como o universo estava ao seu favor - ou talvez não - em sua corrida ela se chocou contra o grisalho e caiu com todo o seu peso sobre ele.

Pobre alfa. 

- D-Desculpe, Jiraya, eu estava muito apressada, não te vi aí. - Ela se desculpou após sair de cima dele e sentar-se ao seu lado, ainda no chão. - Você se machucou? - Indagou preocupada, afinal o rapaz estava com uma expressão como se não estivesse naquele mundo. 

- Sim... - Respondeu em um tom arrastado, como se estivesse bêbado. - Eu fui atingido por duas tetas enormes, acho que fui pro paraíso e nem notei. - Comentou mais para si mesmo, estava viajando. 

A Senju se envergonhou com o comentário, como ele podia falar aquele tipo de coisa tão abertamente e por que ela estava constrangida? Não era o normal de alfas ficarem com vergonha. Ela levantou-se e saiu arrastando-o pela camisa.

- Se você está fazendo esse tipo de comentário desnecessário é porque já está bem, vamos. - Finalizou a conversa e saiu andando a passos firmes, como se estivesse marchando. 

Só parou de andar e pôs o grisalho no chão quando chegou na frente da nova sorveteria, estava sem ânimo algum para um sorvete e um dia feliz, porém era melhor do que ficar em casa e ser obrigada a ir a um almoço que não era de seu interesse. O Jiraya escolheu uma mesa próxima a parede e a loira pareceu gostar da ideia, só assim ninguém a veria por ali, nem os seus pais, nem os seus colegas de classe e do time. 

Pegou o cardápio e deu uma breve passada de olho sobre as letras minúsculas que tinham lá. Chocolate, não, baunilha, muito menos, morango... hm, também não. Ela não era muito fã de sabores comuns, por isso que um sabor em especial lhe chamou atenção. A garçonete chegou, o Jiraya havia pedido um napolitano em um copinho descartável com cobertura de chocolate por cima. 

- E a senhorita, o que vai querer? - A moça perguntou, mas logo alternou o seu olhar da loira para o grisalho. - Oh, é mesmo, nós temos o nosso especial que é uma enorme taça de sorvete com duas colheres, é para casais que nem vocês e podem escolher até três sabores. - Comentou animada e apontou o especial no cardápio para o garoto, não era lá tão caro assim. 

A Senju corou novamente, por que diabos faziam tantos comentários desnecessários? 

- N-Não somos um casal. - A Tsunade disse rapidamente e escondeu o seu rosto no cardápio que segurava. 

- Ainda. - O outro alfa respondeu com um sorriso sapeca em seus lábios, sua resposta chamou a atenção da loira que o olhou com curiosidade. - Pode nos trazer um desse com napolitano e... - Olhou para a garota como se perguntasse o sabor que ela desejava. 

- Qualquer coisa. - A loira falou em um fio de voz, até assustou-se consigo mesma, era capaz de fazer aquele tipo de coisa? O quão estava envergonhada?

- Está bem, um especial com napolitano e qualquer coisa, qual a cobertura? Chocolate mesmo? - A garçonete voltou a perguntar assim que anotou o pedido. 

- Sim, pode ser. - A Tsunade retrucou e a mulher se retirou. Suspirou aliviada. 

- Você parece tensa, aconteceu alguma coisa? 

A garota foi pega de surpresa com aquela pergunta, mordeu o seu polegar e ficou em um impasse quanto a contar ou não contar o que estava acontecendo em sua residência ao alfa, porém se queria a sua amizade ela tinha que confiar-lhe isso, afinal nunca tivera algum melhor amigo cujo compartilhava as coisas, talvez aquela fosse a sua oportunidade única. 

Sim, era isso. Ela se permitiu contar tudo o que acontecera em sua casa desde que nasceu e enfatizou a situação atual, inclusive o almoço que tinha que estar para conhecer o ômega que provavelmente seria o seu marido e que tinha fugido pela janela, por isso o grisalho tinha que pagar tudo e depois ela lhe dava a metade, não tinha levado dinheiro. 

O rapaz se divertiu com as suas aventuras recentes, por mais que ele estivesse ouvindo-a e compreendendo-a ele também estava achando graça de tudo aquilo e sentia-se meio que especial pelo fato dela ter preferido ir na sorveteria com ele ao invés da entrevista de casamento com o ômega lá. 

Eles passaram tanto tempo por lá que pediram até mesmo qualquer coisa salgada do cardápio para poderem almoçar, a Tsunade tinha certeza de que a sua mãe estava arrancando os cabelos a procura dela e tinha ao seu favor o fato de que a polícia só iniciava uma busca após quarenta e oito horas de sumiço. Riu, chorou, ouviu e principalmente se divertiu naquele dia, tinha que confessar, o Jiraya podia ser um galanteador filho da mãe, porém ele era muito interessante e a Senju gostava de ouvi-lo falar, partilhar também as suas histórias e emoções. 

Com o passar do tempo, a medida que eles ficavam ainda mais próximos a loira se pegou apaixonada por ele, os seus pais já estavam desesperados mesmo, então se estava no inferno tinha que abraçar o capeta. O Jiraya mostrava tanto interesse que se ela não percebesse era uma tonta e cega. 

- Hey, Tsu. - O alfa chamou a garota baixinho, não precisava falar alto, eles estavam perto o bastante um do outro para poderem se escutar. 

A garota que estava olhando o sol se pôr pelos fios de arame de proteção do terraço do colégio dirigiu o seu olhar para o grisalho que estava ao seu lado, ele estava com as costas coladas a parede que havia lá enquanto mantinha a loira entre as suas pernas, ela estava de lado e ele fazia carinho em seus longos cabelos loiros que tanto amava. 

- Você gosta de mim? - Ele indagou ainda que muito hesitante, não conseguia nem olhá-la nos olhos, estava com eles fixos em seus fios dourados. 

Ela sorriu. 

- Sim, eu gosto. 

- Eu não estou falando de gostar como você gosta da Shizune... - Suspirou pensando em quais palavras deveria usar. - Estou falando de gostar como a sua mãe gosta do seu pai. 

A Senju deu uma risadinha e aquilo fez com que o mais velho lhe encarasse, confuso e arqueasse uma de suas sobrancelhas. 

- Então eu não gosto de você, tenho um interesse financeiro e ganancioso por trás. - A garota brincou e surpreendeu o grisalho com tal revelação. 

- Sinto muito... - Desviou o olhar. - Então eu gosto de você como... - Foi interrompido. 

- Como eu também gosto de você. - Ela o atrapalhou e sem muita pressa depositou um selinho calmo e demorado nos lábios do grisalho. 

Ele não compreendeu bem o que estava acontecendo antes, porém teve a certeza de que aquilo era um sonho seu tornando-se realidade. Deslizou a sua mão até a cintura da garota e levou a outra mão desocupada até a bochecha corada da mesma, acariciando o local. Fechou os seus olhos e entreabriu os seus lábios, colocando a sua língua para fora e pedindo acesso na boca da loira. 

Ela fez o mesmo e esfregou a sua língua macia contra a áspera dele, ambas dançaram em sua boca e exploraram cada centímetro, a mais nova se inclinou ainda mais para frente e segurou o alfa pela camisa, intensificando mais o beijo, não queria ir tão longe, mas aquilo já tinha passado por sua cabeça há dias e pensar que isso estava acontecendo poucos dias antes de sua formatura era um pouco angustiante. 

Afastou-se do garoto e ficou encarando os olhos negros dele, lhe lançou um sorriso sincero e deitou a sua cabeça sobre o peito alheio. 

- O que você pensa em fazer depois da graduação? - Ela perguntou enquanto dedilhava os botões da camisa do uniforme do alfa. 

- Ficar ao seu lado e morrer junto com você, é o que eu mais quero e o que mais importa para o meu futuro no momento, Tsunade. Espero que aceite casar comigo, que tenhamos filhos, netos e quem sabe até bisnetos e só então poderemos morrer em paz, o que você acha? 

Ela riu com a ideia, não era lá tão ruim assim, tinha que confessar. 

- Você é muito fantasioso, Ji, só falta dizer que quer que morramos velhos e no mesmo dia. - A loira se permitiu entrar na onda da brincadeira. 

- Ah, claro que sim, porque se você morrer antes de mim eu tenho plena certeza de que vou surtar sem você e morrer em seguida, eu sem você não sou nada, meu amor. 

Concluiu sério e beijou o topo da cabeça da alfa, não importava se ela era alfa ou não, ele só queria saber que a amava e tinha certeza de que o seu futuro seria do jeito que ele imaginou. 


Notas Finais


Certo... eu acho que agora sim eu posso dizer que a morte deles no capítulo anterior foi muito melancólica ;-; eu quase choro agora kkk.
Obrigada por lerem e se possível deixem a opinião de vocês, sim? ^u^


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