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História Mar de rosas (abo) - Trancas e destrancas


Escrita por: alteza

Notas do Autor


Oii, bombons ^u^ como vocês estão?
Espero que bem.
Fiquem espertos a essa novela mexicana que está prestes a começar e boa leitura.

Capítulo 21 - Trancas e destrancas


– Capítulo 21 –

Trancas e destrancas.

E mais uma vez chovia do lado de fora, o quantitativo de pessoas pela rua não era normal para um sábado de manhã, geralmente as ruas ficavam bem mais cheias, porém agora só podia-se ver carros transitando para lá e para cá, mas ninguém saindo deles, era provável que até o metrô estivesse um pouco vazio. O frio e a chuva eram o suficiente para obrigar que todo mundo ficasse em suas casas com a sua família aproveitando o tempo nublado para se esquentar com o seu próprio pessoal.

E o Sasori não queria algo diferente, tinha passado a semana na casa de seus pais sendo alvo de alfinetadas do Gaara e de piada dos seus outros irmãos, às vezes ele não conseguia acreditar que era mesmo o mais velho, ninguém o respeitava por lá. Resolveu então voltar para casa e estava torcendo para que o Deidara estivesse lá, queria ser adulto o suficiente para resolver as suas coisas batendo de frente com o problema, e não fugindo dele, beirava o ridículo ter que ir para a casa de seus pais todas as vezes que brigasse com o ômega.

Foi até uma floricultura, se quisesse se desculpar com o loiro teria que fazer direito, já tinha passado em uma bomboniere e tinha comprado uma caixa de chocolate da marca que o menor gostava, então comprou lírios para acompanhar os doces. Ele provavelmente iria gostar e talvez fingir que não, mas o Akasuna tinha subornado o Gaara para que ele dissesse tudo que sabia sobre o próprio namorado, ridículo, não? Ele não sabia de muita coisa, no entanto o seu irmão caçula poderia listar as coisas que sabia, ou ele era uma miniatura de stalker, ou o Sasori que era idiota ao extremo para não saber quase nada sobre o parceiro.

Ou quem sabe os dois.

Pagou pelas flores e agradeceu a recepcionista da floricultura, estava ansioso, suas mãos estavam suando mesmo que em meio a todo aquele frio daquele fim de tarde chuvoso. Abriu a porta de vidro e por sair de vez sem olhar para os lados o mesmo esbarrou em alguém, não foi o que saiu prejudicado, uma vez que a pessoa na qual esbarrou era um garoto baixinho que deveria chegar até a sua cintura.

- Oh, me desculpe, eu não te vi, garoto. – Se desculpou e abaixou-se para ajudar o menino que havia caído de bunda no chão.

Ele estava encharcado por causa da chuva e os seus cabelos tão ruivos quanto os do mais velho estavam pregados em sua testa por causa da água. Os seus olhos assustados e um tanto sem vida de coloração roxa, incomum, pararam sob o olhar tedioso, porém preocupado do Akasuna, o mesmo lhe estendia a mão e um meio sorriso, constrangido por não ter prestado atenção por onde estava andando. Dessa vez ambos se molhavam por causa das gotas de chuva que estavam ficando ainda mais grossas.

- Não foi nada. – O menor respondeu e mesmo hesitante aceitou a ajuda do Sasori.

- Você está molhado, vai acabar pegando um resfriado desse jeito, venha se secar e depois eu te levo para casa. – O Akasuna sugeriu, estava se sentindo culpado e ao mesmo tempo com pena do garoto, sem falar que em seu novo trabalho uma das “leis” era ajudar quem precisava e aquele garoto – por mais que talvez não fosse – estava necessitado e parecia com um dos garotos que dormiam pelos becos daquele bairro nobre.

Os yakuzas tratavam de ajudá-los com o que podiam, dando-lhes comida e vestimentas na maioria das vezes.

O menor o olhou apreensivo, estava o analisando por completo e isso fez o alfa rir, ele era mesmo desconfiado e olhava intensamente como se tentasse ler os olhos alheios sem nenhuma vergonha, o que geralmente algumas pessoas evitavam, que era o contato visual.

- Não precisa se preocupar, vamos começar com uma apresentação. – Sugeriu em prol de uma dinamização com o pequeno ruivo. – Eu sou o Sasori no Akasuna e você?

- Nagato... – Falou baixinho e desviou rapidamente o seu olhar para o chão, como se já tivesse sondado o suficiente do mais velho.

- Agora podemos ir? Eu que estou ficando ensopado agora, por sorte o banco do carro é de couro. – Brincou e abriu a sombrinha transparente que portava consigo.

O ruivinho assentiu timidamente com a cabeça e andou ao lado do Sasori, não andaram muito, afinal as ruas estavam quase vazias e nem mesmo carros estacionados tinham para que ele tivesse ido estacionar o seu longe de onde estava, abriu a porta para o pequeno com a sua mão parcialmente livre e logo foi até a sua. O Nagato se voluntariou a carregar as coisas que o Akasuna levava em mãos e o mesmo concordou ao colocar a sombrinha molhada na parte de trás do carro.

- Para quem são? – O ruivinho indagou com curiosidade, observando fixamente o buquê de flores e os chocolates.

- Para o meu namorado, nós brigamos e eu estou tentando me desculpar com ele. – Respondeu animado, afinal – por mais que não admitisse – gostava de falar sobre o Deidara aos demais.

- Por que brigaram? – Olhou para o mais velho com uma expressão inocente em seu rosto, o Akasuna a viu de soslaio e sorriu, o menino era bem adorável ao seu ver, em tudo, estando desconfiado, assustado e curioso com o que vira.

- Ele quer um filho meu e eu estava fugindo desse assunto, mas acho que devo encarar de frente e fazer o que ele quer, certo? – Voltou a olhar a estrada com atenção e parou em um semáforo vermelho.

- Sim, a mamãe disse que ter filhos é legal, mas que ela não quer ninguém além de mim. – Comentou dando um mínimo sorriso, gostava de ser filho único.

- E você concorda com isso? O seu pai não quer ter outro não? – Foi a vez do Sasori ficar curioso, não sabia nem que aquele pequeno garoto tinha pais, ele parecia ser um dos que andavam e moravam pelas ruas, órfãos que não ficavam em orfanatos.

- Eu gosto de ter as coisas só pra mim. – Admitiu com um ar sorrateiro e um sorriso sapeca. – E quanto ao papai, a mamãe disse que ele morreu em um acidente e por isso nós tivemos que mudar de país.

- Oh, sinto muito. – Afagou os fios avermelhados e sentiu o garoto se encolher sob a sua mão. A tirou dali na mesma hora.

- Tudo bem, mesmo tendo apenas cinco anos eu sou conformado com isso, a mamãe tem uma boa estabilidade financeira e vivemos bem com as nossas tias.

O Akasuna resolveu não perguntar mais nada, na verdade não tinha nem necessidade, o garoto tinha superado, mesmo que ele tivesse conhecido o seu pai, porém como nunca tinha o visto por ali suspeitava de que esse mesmo tinha acabado de se mudar, talvez até mesmo para o país, o que implicava dizer que era provável que o pai do mesmo tivesse morrido há pouco tempo. Pobre garoto! A mãe do mesmo deveria estar sofrendo.

O mais velho estacionou o carro em sua vaga no apartamento e deixou o veículo, abriu novamente a porta para o Nagato e pegou as coisas das mãos dele para que o mesmo saísse do local mais facilmente. Subiram pelo elevador e o alfa tirou as chaves do bolso, mesmo que sem muito jeito por causa das coisas que estava carregando.

Ao entrar deu de cara com o seu loiro no sofá da sala, aos prantos enquanto assistia algum filme que provavelmente era de romance e devorando um ponte de sorvete enorme, o Sasori sentiu um pouco de inveja por causa do sorvete, era de chocolate e o depósito que parecia ser de cobertura de morango estava seca ao lado do Yamanaka. Recordou-se do final de semana em que o loiro passou em sua casa enquanto chorou por dois ou três dias seguidos por causa do Naruto, à base de sorvete, pipocas e filmes tristes.

Era a sua vez de retribuir o que mais parecia um favor. Entrou e convidou o pequeno para entrar junto, não se deu nem ao trabalho de trancar a porta de chave, o Nagato lhe ajudou com isso, fora correndo diretamente para o loiro que levantou os seus olhos vermelhos e marejados para o mais velho. O Sasori se ajoelhou para ficar da mesma altura que o outro e tentou enxugar as suas lágrimas com um pequeno lenço que levava consigo no bolso para onde fosse.

O Deidara fungou e se esforçou para tentar parar de chorar. Aceitou o lenço do namorado mesmo que molhado, era o jeito desajeitado dele de ser, o mesmo jeito que deixava o Yamanaka caidinho por ele.

- Trouxe para você. – Falou apontando o buquê de lírios e a caixa de chocolate molhada em sua direção.

Pôde ver um sorriso se formar nos lábios alheios, se confortou com tal e sentiu também o seu coração pular em êxtase, se via sempre tão bobo para o lado do ômega que era capaz até mesmo de se jogar daquele andar por ele, o que era dar-lhe um filho perto das loucuras que seria capaz de fazer por ele?

- Me desculpe, Dei, eu me equivoquei, não há problema algum termos um filho. – Curvou minimamente os seus lábios com o que disse.

E o Yamanaka, mesmo sabendo que o mais velho estava molhado e molhando a sua casa, o abraçou com força, esfregando o seu rosto contra o dele e sorrindo abertamente. Parecia uma criança que acabara de receber um doce - bom, e de fato tinha recebido, mas não era o motivo de seu ânimo.

- Obrigado, Saso. – Agradeceu e o ruivo apenas assentiu.

Se afastou do outro e só então foi que se deu conta de que não estavam sozinhos. Olhou para o serzinho atrás do Akasuna e se surpreendeu, nunca o tinha visto antes e nem mesmo sabia o motivo de seu namorado trazer uma criança para sua casa.

- Quem é ele? – Questionou ao ruivo.

- É o seu namorado? – O pequeno Nagato também perguntou ao mais velho.

- Deidara, esse é o Nagato e Nagato, sim, esse é o Deidara. – Os apresentou se pondo de pé e aproximando-se do garoto. – Ele parecia perdido no meio da rua quando eu estava saindo da floricultura, então o trouxe aqui para casa para trocar de roupa.

- Muito prazer. – O Yamanaka saudou com um sorriso enorme em seu rosto ao se levantar de maneira afobada e ir até o menor. – Qual a sua idade?

O ruivinho se assustou com a aproximação repentina do loiro e por puro instinto se escondeu atrás das pernas do Sasori, as segurando com uma certa força para uma criança de sua idade. O Akasuna riu e o Yamanaka fez um biquinho em desagrado.

- Está tudo bem, Nagato, o Dei é uma boa pessoa. – Disse para passar segurança ao pequeno. Isso ajudou consideravelmente.

O garoto concordou com um aceno de cabeça e saiu para falar com o loiro. Mas mesmo assim ele estava envergonhado e não pôde manter os seus olhos nos azuis intenso do ômega por muito tempo.

- T-Tenho cinco anos. – Respondeu enquanto segurava o seu cotovelo por trás de suas costas em sinal de nervosismo, mal sabia como tinha ficado tão mais a vontade com o Sasori ao ponto de deixar ser levado por ele até sua casa.

- Vou encher a banheira de água quente pra você tomar banho, Nagato, se comportem. – O Sasori falou ao ver o garoto e o seu namorado interagindo, talvez desse certo. O ruivo saiu e foi até o banheiro para encher a banheira com água quente, tomaria banho após o menor.

- Tenho algumas roupas minhas de quando eu era criança por aqui, fiz questão de ficar com elas, vai servir para você, eu aposto. – O loiro comentou de maneira animada, ao jeito típico dele. – Venha, você não acha que deveríamos ligar para a sua mãe não? Já está ficando tarde, ela deve estar preocupada.

- O-Obrigado. – Seguiu o ômega apartamento a dentro. – Sim, eu deveria, porém não sei o número dela, estava com ela sim, mas terminei me perdendo, por isso estava procurando-a e o Sasori me encontrou e me chamou para vir com ele. – Confessou enquanto admirava tudo ao seu redor.

Nas paredes haviam algumas fotos do loiro quando criança, outras do Sasori e raras deles dois juntos, tinha até mesmo uma em um porta retrato sobre uma mesinha de vidro onde o ruivo estava acompanhado de outro loiro, esse com os olhos mais claros que os do Deidara e com marquinhas em suas bochechas, ambos sorriam enquanto o menor estava sobre as costas do Akasuna.

Com toda certeza ela chamou a atenção do Nagato e o mesmo se aproximou por puro impulso, a pegando em suas mãos e observando-a com atenção. O Yamanaka se deu conta de que não estava mais sendo seguido e olhou para trás, encontrando o garoto lá, parado, parecia em transe enquanto olhava a fotografia.

- É o melhor amigo do Sasori, Naruto o nome dele. – Ele sorriu ao pronunciar aquele nome, e o mesmo causou uma reação diferente no Nagato.

O mesmo retribuiu um sorriso carregado de falsidade para o loiro e pôs a foto de volta ao local anterior, tentou não mostrar-se incomodado e caminhou até o cômodo que o ômega foi quando o pequeno parou de dar atenção a tal porta retrato.

“Acho que já ouvi esse nome e vi essa pessoa em algum lugar”, pensou consigo mesmo, tentando descobrir de onde teria sido.

- - -

As provas semestrais haviam chegado, o clima por toda a universidade estava tenso e principalmente para o Naruto que carregava dois filhos na barriga e ainda tinha que se preocupar com os seus enjoos, remédios para tomar, inchaços nos pés e dentre algumas coisas mais, ele tinha que se preocupar principalmente em tirar notas altas ou sua bolsa seria cortada. Ele sabia que se isso acontecesse o Sasuke pagaria para ele, porém como já fora dito antes, ele não queria depender do moreno para tudo.

Tinha que estudar bastante, no entanto para o seu desespero a biblioteca da faculdade permaneceria fechada durante a semana de exames pois da última vez que ela ficou aberta os computadores foram hackeados e os gabaritos, assim como todas as provas, foram expostos para todos, o que forçou os professores a fazerem novas provas totalmente diferentes daquelas e como já era de se esperar, nenhum deles se agradou muito da ideia.

O Hatake foi pegar o Uzumaki na calçada do estabelecimento, ele pediu para passarem em uma sorveteria local, o Naruto estava desejando um sorvete de flocos há dias e o grisalho fez o favor de comprar para ele. Foram até a casa dos Uchihas e por milagre todos estavam lá. A cozinheiras estavam fazendo o jantar e os demais conversavam paralelamente, o loiro saudou a todos em um breve cumprimento e subiu para o seu quarto, precisava de um banho urgente.

E foi o que fez, desfrutou da água morna que enchia a banheira e ficou um tempo olhando para um ponto fixo no azulejo de cor branca, ponderando um pouco.

“Yazuka, hã? Por que caralhos o Sasuke não me falou disso antes?”, pensou consigo mesmo enquanto fechava os seus olhos e escorregava lentamente para submergir a água.

Prendeu a sua respiração por algum tempo, mas não demorou muito antes de ser puxado de uma vez para emergir. Respirou fundo e rapidamente, nem tinha contado quando tempo passara debaixo d’água. Tossiu um pouco e olhou em direção a quem havia lhe puxado, um par de olhos negros lhe observavam arregalados, era o Sasuke, ele estava visivelmente preocupado.

- O que pensa que está fazendo? – Indagou com o cenho franzido em fúria.

- Tomando banho. – Respondeu o loiro ao tentar se soltar das garras do Uchiha. – Me larga, Sasuke, cadê a minha privacidade? Não entre assim de vez enquanto eu estiver tomando banho. – Reclamou em um tom alto e bravo.

O moreno estranhou, o fitou com cautela enquanto o mesmo se debatia em seus braços e só o soltou quando ele parou de lutar contra o mais velho, não era mais forte que ele e não seria nem em um mundo paralelo.

- Você nunca reclamou disso, por que agora? O que houve, Naru? – Voltou a perguntar, fitando os olhos azuis do loiro que desviaram por algum tempo.

Ele não queria falar, não queria brigar ou parecer infantil ao ponto de se chatear com aquele tipo de coisa, todavia, ao seu ver aquilo não era uma besteira que deveria ser ignorada. Bagunçou os seus fios molhados descontroladamente, molhando um pouco o seu parceiro, nem sabia como falar aquele tipo de coisa ou perguntar, deveria esperar até que o alfa falasse alguma coisa, mas e se ele não falasse? E se eles se casassem e o loiro fosse “pego de surpresa”, ou até mesmo sequestrado por causa dos negócios de seu pai.

Não tinha nada a ver com o trabalho do Fugaku. Não criaria os seus filhos naquele meio criminoso.

- Por que não me disse que você é da máfia e que estava para suceder o papel de chefe no lugar de seu pai? Eu sabia que tinha que casar para suceder o seu pai nos negócios dele, mas não sabia que esses eram os negócios. Por que não me contou? – Questionou quando levantou o seu olhar e encarou as ônix, estava desesperado por respotas. O Menma não tinha lhe dado tanto detalhe, mas foi o suficiente para que o Uzumaki captasse muitas coisas.

- Quem te falou isso? – O Uchiha indagou após um longo suspiro e uma desviada breve de seus olhos.

- O Menma... – Murmurou e abaixou a sua cabeça, não queria dedurar o seu próprio irmão.

“Pergunta besta eu fiz”, o moreno pensou, era bem óbvio que tinha sido ele, mais ninguém seria capaz de contar aquilo para o loiro, ou qualquer outra coisa que acontecia na mansão.

Suspirou novamente e passou os dedos entre os seus fios, em um sinal de nervosismo, estava procurando as palavras certas em sua cabeça para explicar toda a situação ao seu loiro.

- Bem, eu mesmo queria te contar isso... – Foi interrompido.

- Quando? – O ômega gritou com os seus olhos ligeiramente avermelhados, o Uchiha poderia jurar tê-los visto alterados e até mesmo as suas pupilas em um formato oval. – Quando os nossos filhos nascessem? Quando nós tivéssemos casados? Ou quem sabe talvez quando eu tivesse sido sequestrado por seus inimigos e perdido os bebês? – Se exasperou, não dera nem um segundo para o moreno reformular uma resposta ou pensar nas perguntas que fizera.

Levantou-se de supetão e saiu da banheira, pegou o roupão branco que estava pendurado, pôs no seu corpo e pegou uma toalha seca e dobrada sobre a pia , enrolando os seus fios dourados na mesma.

- Se acalme, Naru, a sua gravidez é de risco. – Comentou preocupado com o ômega, o seguiu por todo o cômodo até o mesmo ir para o quarto.

- Agora você pensa neles? E a segurança deles também, ou a minha? É muito perigoso eu estar para lá e para cá sozinho, Sasuke, ainda mais se souberem que os filhos que eu carrego são seus. – Alterou a sua voz, a mesma estava trêmula e de seus olhos já jorravam lágrimas.

- Se acalme, Naruto, por favor. – Pediu o mais velho ao se aproximar do menor e tocar-lhe os ombros em um sinal de conforto, porém foi em vão, aquilo só fez com que o Uzumaki se afastasse mais.

- Por favor, Sasuke, saia. – Falou baixinho e sentou-se na cama, tentando e falhando miseravelmente regular sua respiração. – Preciso de um tempo sozinho para pensar em tudo isso, não é essa vida que eu quero para os meus filhos, não quero que eles sejam criminosos.

O moreno o olhou com uma expressão triste, só pioraria tudo se aproximasse e tentasse se explicar mais uma vez, o loiro provavelmente gritaria, surtaria e não lhe daria ouvidos. O melhor a se fazer era fazer o que lhe foi pedido.

- Nem mesmo eu quero dar essa vida aos nossos filhos, Naru, mas você teria que confiar em mim, o que não é o caso do nosso relacionamento... – Balbuciou baixinho antes de se retirar da suíte e bater a porta com força, assustando até mesmo as pessoas que estavam no andar de baixo.

- Confiança é a base de um relacionamento, se nem você confiou em mim para falar sobre a yakuza, quem dirá eu confiar em você dizendo isso.

O Uzumaki finalizou enquanto se deitava lentamente sobre a cama macia e fitava o teto, estava esgotado e ainda tinha o estresse de sua semana de provas, estava atolado de coisas, a última coisa que queria eram segredos, mas ao que parecia todos a sua volta lhe guardavam segredos. Alisou sua barriga volumosa e deu um sorriso mínimo ao murmurar um “não se preocupem, crianças, o papai está aqui com vocês, nenhum mal nos acontecerá... eu espero”.


Notas Finais


Obrigada por lerem e se possível deixem o comentário de vocês, sim? ^u^
É provável que o próximo capítulo seja flashback ou algum especial de algum casal, talvez Hanabi x Konohamaru, Hinata x Kiba, Kushina x Minato ou Jiraya x Tsunade novamente sz.


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