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História Marcada para mim - Capítulo III


Escrita por: pwrposez

Notas do Autor


Quero agradecer a todos os leitores pelos comentários carinhosos. Estou muito feliz com a interação e aceitação que a história está tendo. Espero continuar agradando a todos, beijos! ❤️🐺

☺ Não seja leitor fantasma, comente para estimular

Capítulo 3 - Capítulo III


Fanfic / Fanfiction Marcada para mim - Capítulo III

CAPÍTULO 3

 

Miragens desenham seu corpo em imagens

Me levam pra um mundo azul

Onde o sol se curvou ao brilho dos seus olhos

Ao seu calor

Selvagem o fogo que queima em seus lábios

 

 

— Você só pode ter pirado. É isso, você pirou.

Era noite e eu conversava com os meninos sobre ter sentido algo diferente na presença daquela humana do cabelo vermelho.

Eu senti, foi algo novo e que eu não sabia explicar.

— Justin, já pensou se a Anya não é a destinada? Cara, tem sentido. Você mesmo confessou que nunca sentiu as sensações de ter encontrado a sua. Vai que sei lá, uma chance de a menina de cabelo vermelho ser?

Chaz só pode ter PERDIDO a cabeça em ter pensado isso. Nunca seria outra, a minha destinada é a Anya. Não tem outra hipótese, sensação ou sentimentos.

— Você bateu a cabeça ou comeu merda. A Anya foi destinada a mim e sempre será ela. Não inventa, deve ter sido muita coincidência o que senti na presença daquela garota.

— Chega desse assunto, vamos jantar que temos que fazer ronda agora à noite. Ragnar pode estar por aí – falou Chris.

 

Já era umas 20:00 e seguíamos em direção à floresta para o lado norte. Estava frio e a temperatura caiu bastante essa noite. Sentia uns pingos de água por causa das grandes árvores e nos apressávamos para encontrar com os guardiões.

Era possível escutar os grilos cantando e outros tipos que animais que têm nessa mata. Nenhum perigoso ou algo que trouxesse insegurança para esse parque. Mas, a possível presença do Ragnar nos deixa atentos. Não podemos e nem precisamos de outra guerra por disputa de território.

E o Ragnar é assim, ele pode fazer qualquer coisa para ocupar um novo lugar. Boatos inclusive foram espalhados quando seu primo e legítimo alfa morreu. Todos o acusaram pela morte do lobo, já que o mesmo sempre detestou o primo e queria o afetar.

 

— Boa noite alfa Bieber. Nenhum sinal de Ragnar ou qualquer outro lobo. Por enquanto, apenas os universitários fazendo alvoroço em volta da cachoeira. Estão aproveitando o acampamento.

— Certo Judi, vamos continuar com a ronda. Qualquer atividade suspeita, entre em contato imediatamente com a gente. Já estamos preparados para o que vier.

— Justin, e se não for o Ragnar e sim outro lobo estar tentando se passar por ele? Sabe que tem isso né.

— Temos que observar. Mas, é muito provável que seja ele. Vocês sabem como o Ragnar estava sedento para colocar aquelas patas imundas nesse território.

 

Continuamos fazendo ronda por toda área norte da floresta e as espreitas do parque. E lá estavam eles. Jovens, novos e se divertindo como se não houvesse amanhã. Às vezes eu sentia falta disso, dessa liberdade de fazer e ser o que quiser. De estar com quem quiser e não ser um lobo com responsabilidades que poderiam custar sua vida e de toda alcateia.

Olhar assim de longe me fazia querer estar próximo deles.

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Para quem não sabe eu trabalho como engenheiro na  Somers Industry. Uma indústria de fabricação de imóveis de luxo. A empresa é do Wilave Sommers, pai do Chaz. Ele também é lobo, mas conseguiu se adaptar facilmente no meio dos humanos a ponto de abrir uma empresa para ele. Sucesso puro e como forma de nos envolver e fazer com que também tivéssemos as mesmas oportunidades, ele nos contratou, mas também tivemos que estudar para isso. Eu e os meninos somos formados em engenharia, foi proposital para conseguirmos entrar na indústria.

Mas agora o dever nos chama, alguns ataques veem tirando nosso sossego, e foi assim que o Wilave nos deu ‘férias’ para ficarmos próximo do nosso bando, treinando, fazendo ronda e agir se for necessário.

Era legal na época da faculdade, a gente sempre conseguiu manter a verdade identidade e transformação em off. Eram festas loucas, saídas repentinas e muita zoação. Mas, o dever nos chamou e tudo isso precisou ficar de lado.

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— Eles estão animados, né? Saudades de chapar a cabeça como se não houvesse amanhã.

—  Nem fala Ryan, você sempre foi o mais louco. Mas, até eu sinto falta dessas aventuras.

 

Eu conseguia enxergar as jovens que vi na trilha na beira daquela cachoeira. Elas estavam em um grupo que fumava, bebia e uns até se arriscaram a entrar na água. Gelo puro. Era nítido a animação deles naquela noite. E nós só observávamos.

A garota ruiva estava lá. Seus cabelos estão soltos, um vestido curto, espetacular. Ela ria enquanto bebia algo, cerveja talvez. Todos eles pareciam alterados e sob efeito do álcool.

Reparei no momento em que a sua amiga a puxou e elas caíram no chão e lá permaneceram rindo. Foi engraçado, até eu tive que sorrir.

— Qual foi Justin, rindo à toa?

— Ihhhh Chris, tô vendo aquelas meninas lá que caíram.

Até ele riu.

— Seus olhos estão brilhando irmão, certeza que aquela mina está mexendo com você.

— Não fala bosta Chaz.

 

Freya’s point:

 

A noite estava muito animada. O tempo tinha esfriado, mas nem isso foi motivo para nos desanimar. Levamos petiscos e bebidas para a beira da cachoeira. Tilly fumava maconha junto com Petrus e seus amigos, enquanto eu ficava na cerveja e rindo de tudo que eles falavam, chapados.

Tilly me tombou, Lindsey entornou bebida na roupa, Petrus e George ficaram de cueca. Zoação pura, estava muito relaxante aquela noite.

Comecei a sentir um calor e tive que molhar meus pés na água. E como na primeira vez, surgiu novamente a sensação de algo me chamar, meus olhos fitaram rapidamente aquela escuridão da floresta. Não dava para enxergar nada, mas eu sentia uma energia, um fogo. Certeza era bebida ou a fumaça do cigarro dos outros, só pode.

Eu via algo brilhar do outro lado, mas deve ser reflexo da lua e da água ou de qualquer outra coisa.

Sua louca. Falei para mim mesma.

 

— Vamos Freya, a gente vai entrar na água.

— Dispenso Lindsey, está gelada demais.

 

E lá foram eles. O grupo entrou na cachoeira, jogavam água para cima, zero preocupação e eu só conseguia rir.

Tirei minha sandália e sentei no chão. Linda e fria noite. Mas o calor interior estava em mim.

 

— Aqui Freya, aceita? — George estendeu a mão me oferecendo um cigarro de maconha.

—  Não, valeu, não faço isso.

— Qual foi, não seja careta. Estamos no meio do mato, noite relaxante e você vai ficar de cara.

 

Olhei séria para cara dele. Mas, aceitei o cigarro.

 

Uma tragada, duas, três e por assim foi a nossa noite.  Muita fumaça, bebida e risada. Nem eu estava me reconhecendo.

— Vem Freya, a água está muito boa.

Eu sorri ao ouvir Tilly. Ela estava nos ombros de Petrus e Lindsey nos de Matteo, eles brincavam de lutinha.

Tirei o meu vestido, ficando apenas de biquíni. Era branco e realçava todo o meu corpo. Entrei na água, mas eu estava tão na onda que nem o frio foi capaz de me desanimar.

Brincadeira vai e vem. Ficamos boiando, conversando, fumando mais.  E foi naquele momento que de novo algo prendeu minha atenção na escuridão.

 

— Ei, vocês estão vendo uma coisa brilhando lá do outro lado?

— Qual foi Freya, maconha da boa essa mesmo. — Lindsey falou, enquanto todos riram.

— É sério, tem algo lá, estou sentindo.

— Galera, estou ficando com fome. Vou sair um pouco.

O pessoal saiu acompanhando Tilly. Mas, eu permaneci na água, encarando o horizonte, ou melhor, aquela escuridão que me instigava.

Vi algo se mexendo, parecia um animal. Não sei. Naquele momento senti a necessidade de me aproximar.

Aquela coisa estava próxima. Do outro lado da cachoeira, eu só precisava atravessar. Parecia alucinação. Mas, eu não tinha controle sobre o meu corpo. E quando vi, já tinha mergulhado em direção a outra ponta.

As folhas se mexeram, barulhos de insetos eram audíveis. Mas, aquilo – surpreendentemente- não me assustava.  

 

— Ei, alguém aí?

 

Falei na tentativa –não sei qual– de fazer o que estivesse atrás dos arbustos aparecer.

Um uivo. Olhos brilhantes. Grande.

Essa era a hora da minha morte?

 

Tilly’s point:

 

— Pessoal, cadê a Freya?

Olhava em direção à água procurando minha amiga, mas sem sucesso.

— Cara, ela ainda está na água.

— Petrus nem brinca. Ela não está na água.

Levantamos aflitos. Não tinha sinal dela na água ou próximo de nós. Essa menina não pode ter sumido.

— FREYA. CADÊ VOCÊ? FREYA

— Meu Deus, se ela se afogou? Gente, ela pode ter se afogado. Meu Deus, meu Deus.

— Calma Lindsey. Ela vai aparecer.

Bêbados e chapados à procura de uma garota em uma cachoeira. O quão errado isso pode dar?

Senhor, tende piedade. Ajude os aflitos. Que minha amiga apareça.

 

Justin’s point:

 

Era ela. Freya, de biquíni, estonteantemente linda. Rindo à toa. Cabelo solto, fumando. Tranquila, como se não houvessem preocupações.

Muito linda.

Ela me sentiu, eu sei que sim. Ela nadava, se aproximava e eu também. Os meninos não viram quando saí na encolha para ficar próximo à margem da cachoeira. Me escondi entre as árvores ao redor. Mas ela me via, me sentia. Sua energia exalava. Eu estava ficando excitado, animado, extasiado.

Ela falou. Mas, não tinha como eu me mostrar completamente. Não transformado. Ela iria se assustar e fugir. Só que eu precisava senti-la.

E perigosamente eu arrisquei e me aproximei.

Olhos grandes, espantados e incrédulos. Ela me olhava, mas permanecia imóvel. Medo, com certeza era esse sentimento. Me aproximei mais, rocei meu focinho em suas pernas para tentar transmitir segurança.

Ela olhava dentro dos meus olhos, parecia ler todo o meu pensamento. Parecia conhecer toda a minha vida. E surpreendentemente ela abaixou e passou as mãos em meus pelos.

Relaxado. Não tinha sensação melhor. Parecia que eu estava nas nuvens com seu toque.

Uivei. Ela se assustou e tirou as mãos rapidamente. Mas, repeti a ação e passei meu focinho em seus braços para mostrar calma. E lentamente ela foi fazendo carinho no meu rosto, na minha cabeça. Deitei aos seus pés. Eu estava hipnotizado.

 

Freya’s point:

 

Era um grande lobo preto. Olhos brancos brilhantes. No início me assustei, fiquei com medo. Mas, aquele sentimento de tranquilidade me preencheu e eu permiti que ele se aproximasse. Toquei em seus pelos, eram macios, bons de sentir.

Era estranho porque eu deveria ter feito justamente o contrário, sair correndo, gritando, sei lá, qualquer outra ação sem ser ter ficado calma. Com certeza foi a maconha. Não tem outra explicação sobre meus sentidos nessa hora.

Mas era gostoso estar ali. O lobo deitou nos meus pés, abaixada eu continuei fazendo carinho em sua cabeça.

Comecei a sentir frio por estar somente de biquíni. Levantei com calma.

— Preciso ir. Estou com muito frio.

Falei na intenção de que ele entendesse. Louca, certamente se não sou, já estou ficando.

Comecei a me distanciar e o lobo me olhava. Eu tinha certeza que vi tristeza em seus olhos.

Entrei novamente na água e quase morri de hipotermia nessa volta ao outro lado. Todo o efeito da bebida e maconha já tinham passado, então, só me restava coragem para enfrentar a água gelada e voltar o mais rápido possível.


Notas Finais


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