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História Marcas de Guerra (Espólios de Guerra 1) - Finalização


Escrita por: scararmst

Notas do Autor


Olá gente :D
Primeiramente gostaria de agradecer muito ao anjo que betou esse capítulo, obrigada anjo :D
Segundamente, avisar que essa história acaba no capítulo 16. Depois disso eu vou dar uma pausa bem boa pra descansar por um mês, e então planejar a sequência direitinho. Não sei quanto tempo ao todo isso tudo vai levar. Qual seria a melhor forma de avisar a todos da sequência? Vocês podem seguir meu perfil, ou preferem um grupo de whatsapp, ou o q?
Espero que se divirtam :D

Capítulo 11 - Finalização


17 de julho de 1998

 

Levaram quatro dias para o Ministério da Magia analisar por completo os dois objetos encontrados na residência dos Carrow. Nesses quatro dias, Harry repensou muito sua estratégia para, caso encontrassem Amico, saber como agir em relação às crises de raiva de Rony na presença dele.

Não conseguiu pensar em muita coisa. Quando recebeu o relatório do Ministério com um endereço para visitarem, chegou a considerar não levar Rony consigo, mesmo sabendo quanto ódio ele ia sentir por isso, o quanto ficaria com raiva. Não sabia se era um risco o qual valeria a pena correr.

Mas, eventualmente, ele não teve escolha. Era um lugar protegido, não devia ir sozinho e vários dos aurores estavam ou alocados em Azkaban ou ocupados em julgamentos, e dos nomes disponíveis, Rony era o único conhecido e confiável. Ainda duelando com a decisão internamente, Harry enviou a carta para Rony com uma foto do local e aparatou, esperando-o na beira de uma estrada no norte da Escócia.

Era, mais uma vez, um lugar muito remoto e nada glamuroso. Os Carrow pareciam ter entendido muito bem como seu orgulho próprio e apreço ao dinheiro poderia ser delator de presenças e segredos, e tinham decidido colocar os ovos mais preciosos nos lugares mais podres sob sua posse. Ali, a grama estava queimada, não haviam plantas altas e nem muitos animais rondando o local. Era completamente deserto.

Não demorou para Rony aparatar em sua frente. Harry abriu um sorriso genuíno, ficava de fato  feliz em ver o amigo, mas por dentro ainda sentia a mesma preocupação.

— Veio rápido — comentou, tentando desassociar essa velocidade de alguma ânsia por  vingança. — Estava sem fazer nada?

— Eu nunca faço nada em casa. Estava ficando doido de tédio mais uma vez.

Rony colocou as mãos nos bolsos, olhando em volta um pouco pensativo.

— Não entendi, Harry. É aqui? A casa está enfeitiçada?

— Provavelmente — o rapaz respondeu olhando para o grande descampado em sua frente. — Foi por isso que chamei a Hermione.

— Você chamou a Hermione?

Nesse instante, um estalo, e a garota aparatou ao lado deles. Ela se desequilibrou um pouco, mas logo recuperou o balanço e começou a ajeitar o cabelo. Parecia ter aparatado às pressas.

— Me desculpe, Harry. O julgamento demorou um pouco além do previsto. Ah, olá Rony!

Rony respondeu com um olá um pouco atordoado. Harry desejou por um instante sumir e deixar os dois a sós para resolverem essa situação esquisita entre eles, mas tinham prioridades. Seu desconforto em estar sobrando junto aos dois não podia passar por cima do trabalho.

— E qual é o plano, exatamente? — Rony perguntou, cruzando os braços.

— Se o lugar está enfeitiçado para ficar invisível — Hermione comentou, puxando a varinha, — provavelmente está também enfeitiçado contra aparatações, invasões e todo o tipo de coisa. Se entrarmos sem desfazer isso tudo antes, Amico vai quebrar a proteção de aparatações, aparatar e ir embora. Se tentarmos desfazer, e errarmos, ele vai saber e também vai fugir. Então isso pode demorar um pouco. Eu recomendo que vocês se sentem.

Harry apenas suspirou e se sentou, como recomendado. Rony logo fez o mesmo, e então os dois assistiram Hermione brandindo a varinha e murmurando coisas consigo mesma enquanto pensavam em como agir.

— Ei, Harry — Rony murmurou, olhando para o amigo. — Qual o plano quando acharmos a casa?

— Hermione vai derrubar os feitiços de detecção, mas manter os que impedem a aparatação na região. Então vamos tentar nos separar e cobrir todas as saídas. Entrar devagar e ver se conseguimos cercar Amico e levá-lo preso.

Rony não pareceu muito empolgado. O ruivo voltou a encarar o trabalho de Hermione e Harry se perguntou se o amigo esperava algo mais… violento? Talvez. Não sabia dizer. Era melhor ficar de olho nele o máximo possível, mas não sabia se teria essa oportunidade dentro da casa.

Sobrou aos dois apenas esperar. Hermione de certo não estava brincando ao dizer que levaria tempo. Harry se perguntou quanto tempo demoraria para Amico ver três bruxos na estrada ao longe, mas com sorte tinham aparatado distante o suficiente para não serem visíveis de dentro da casa.

Em algum momento, Harry aparatou de volta para Londres para trazer comida para os três. Ele e Rony pensaram em começar uma partida de Snap Explosivo enquanto esperavam, mas o jogo não era exatamente silencioso e, portanto, nada adequado para uma tocaia. Os minutos se tornaram horas e, eventualmente, Harry teve um flashback de quando estavam viajando juntos, escondendo-se em barracas em silêncio atrás de feitiços protetores.

Não fora a melhor época de sua vida. Nem de seus amigos. Tinha certeza.

O Sol já tinha se posto quando, com um último meneio da varinha de Hermione, o ar começou a tremer devagar. Harry se levantou, puxando a própria varinha e a erguendo. O trio assistiu, varinhas em riste, enquanto o ar se movia e tremia, a imagem do grande descampado começando a borrar e se torcer devagar em tons de verde, preto e marrom, até enfim outra imagem tomar forma ali.

A casa era, na verdade, um casarão de pedra e madeira situado atrás de um enorme jardim de sebes altas, arbustos e pinheiros. Harry sorriu. Aquele tipo de jardim era exatamente o que precisavam para entrar na casa sem serem vistos e, provavelmente, o responsável por Amico não ter reparado neles do lado de fora.

— Ele sabe que os feitiços caíram? — Rony perguntou.

Hermione balançou a cabeça.

— Não faço ideia. Temos que ser rápidos.

Em uma casa daquele tamanho, ser rápido seria bem complicado. Não conheciam o território, poderia estar cheio de passagens secretas. Amico tinha quase toda vantagem possível. Quase, pois ainda estavam em maior número.

Os três tomaram pequenos frascos de poção para ver no escuro, e Harry tomou a dianteira. Ele sinalizou para Rony e Hermione se espalharem pelos cantos e o trio começou a avançar em meio às plantas. No meio do escuro da noite, e das sombras e grandes formas de plantas no jardim, Harry imaginava ser muito difícil ver os três ali.

Ele se abaixou, caminhando entre duas fileiras de sebe na frente do portão principal da casa. Não conseguia ouvir nem ver os amigos, e tentava pensar nisso sempre como uma boa coisa; estavam bem escondidos então. O lado ruim era não ver como Rony estava agindo, ou quais atitudes pretendia tomar.

Harry grunhiu. Rony circulou a casa para a lateral direita, e Hermione pela esquerda, os dois procurando entradas pelos fundos. A Harry, sobrava a porta principal.

Ele subiu as escadas frontais, devagar e ainda abaixado. Ele tocou a porta com a varinha, torcendo para as magias de Hermione terem funcionado, e lançou um Allohomora silencioso.

Um clique indicou a porta se destrancando. Harry a empurrou com cautela, entrando por uma pequena fresta e a fechando de novo. Lançou um Colloportus, também silencioso, e ouviu o clique da porta se fechando. Pronto. Estava dentro da casa.

Não sabia se Rony ou Hermione tinham conseguido entrar, e não podia contar com isso. Para todos os efeitos, estava sozinho. Ele piscou os olhos, aclimatizando-os ao escuro do hall de entrada, analisando o ambiente. Havia uma enorme escada em sua frente, uma passagem para a direita e outra para a esquerda. Harry decidiu tentar a direita primeiro.

Dava na cozinha. Abaixado, ele circulou a bancada central, bem a tempo de ver uma sombra se mover do outro lado da bancada. Engoliu em seco. Amico? Mas… encolhido no escuro da própria cozinha? Saberia que estavam ali?

— Harry?

Ele suspirou aliviado ao ouvir o sussurro. Harry deu a volta na bancada, vendo Rony abaixado ali. Ele se aproximou do amigo, lançando um Silencio rápido em volta deles e voltando a sussurrar.

— Hermione entrou?

— Sim. Ela ia procurar na sala ao lado.

— Bom. Fique aqui embaixo com ela, eu vou subir.

— Sozinho? Mas…

— Eu tenho um plano.

E nisso, Harry enfiou a mão nas vestes, puxando um tecido fino e ornamentado de lá. Rony sorriu, um pouco boquiaberto.

— Você trouxe a capa!

Harry confirmou. Se subisse debaixo da capa poderia ter alguma vantagem, mesmo não servindo para, por exemplo, duelar com ela.

— Vou procurar Amico lá em cima. Vou tentar encurralar ele, fazê-lo descer. Então podemos pegá-lo de surpresa. Fiquem de guarda, você e Mione, ok?

Rony confirmou e Harry abriu um sorriso, desfez o feitiço e jogou a capa sobre o corpo.

A magia agiu, e logo ele estava invisível aos olhos fora da capa. Harry se levantou, certificando-se de que a capa cobria todo seu corpo, e começou a andar a passos largos escadas acima. Se pudesse atrair Amico para fora…

O andar de cima tinha apenas um longo corredor repleto de quartos. Como saber em qual o bruxo estaria? Bem… Talvez não precisasse. Ele esperou um pouco, imaginando quanto tempo seria necessário para Rony se reunir com Hermione no primeiro andar, e enfim lançou um Expelliarmus num vaso próximo, que virou e caiu de seu aparador.

Não demorou nada. Em meio instante, Amico escancarou a porta do segundo quarto, varinha em riste, apontando-a pelo corredor. Harry ergueu a própria varinha, devagar, esperando Amico avançar pelo corredor para pegá-lo de surpresa, quando seus planos foram interrompidos.

Um laivo vermelho correu escadas acima, errando Harry por centímetros e acertando o batente da porta de onde Amico acabara de sair. O auror olhou para baixo, atordoado, vendo Rony subir as escadas às pressas, vermelho de raiva e com a varinha nas mãos.

— Rony! Rony, o que está fazendo? Rony?

Hermione vinha atrás, mas não rápido o bastante. Harry ergueu a mão para fora da capa, se colocando na frente de Rony, mas o amigo o empurrou para o lado e escancarou com um chute a porta do quarto para onde Amico tinha se retraído.

Harry foi atrás. O bruxo estava tentando aparatar, mas não conseguiu graças ao próprio feitiço, e agora não tinha tempo para desfazê-lo.

— Carrow, largue a varinha!

O Comensal não obedeceu, abrindo um sorriso maléfico. Harry conseguiu ver a intenção da Azaração da Morte se formando nos olhos do Comensal antes que o homem sequer começasse a formular as palavras, e precisou agir.

Expelliarmus!

A varinha voou da mão de Amico, que ainda tentava ver de onde o feitiço tinha vindo. Harry retirou a capa, bem a tempo de Hermione entrar também no quarto e pegar a varinha do Comensal no chão. Agora ele estava cercado, e os três apontaram as varinhas para ele.

— Amico Carrow, você está preso sob autoridade dos aurores do Ministério da Magia. Enfrentará julgamento e terá direito a…

— Espera um instante, Harry — Rony murmurou.

— Rony…

Espera.

O ruivo guardou a varinha, aproximando-se de Amico e o puxando para cima pela gola das vestes. Harry não se lembrava do amigo ter essa força toda, mas fosse músculos ou fúria, algo em Rony o deu as forças para erguer Amico com um braço e empurrá-lo contra a parede. O garoto ergueu então a própria varinha, apontando-a para a testa de Amico.

— Seu filho de uma harpia desgraçado… Você atacou a minha irmã!

— Rony pelo amor de…

Harry esticou o braço, impedindo Hermione de interferir. Da última vez que vira Rony chegar a esse nível de fúria, tinha sido quanto Bellatrix torturou Hermione na Mansão Malfoy, enquanto os dois só podiam ouvir. Naquele dia, tinha pensado que Rony ia acabar matando alguém.

— Traidora do sangue nojenta… — Amico murmurou. — Ela, você, toda a sua corja, um bando de lambe-botas de trouxas. Milorde deveria mesmo ter acabado com a sua raça.

Rony apertou a varinha, soltando um feitiço de repulsão que fez a cabeça de Amico balançar para trás com força e atingir a parede. 

— Azkaban é um destino bonzinho demais para você — Rony murmurou, encostando a varinha na testa do homem. — Você poderia morrer agora. Seria um terrível acidente de trabalho e ninguém ia questionar, sabe por quê? Porque você não vale nada, Amico. Nós temos Aleto e ela já abriu o bico o suficiente para incriminar vocês dois pela vida inteira.

— Ela não faria isso…

— Pois fez! Ela fez. Então eu não preciso de você.

Harry viu o brilho de fúria nos olhos de Rony se intensificar e, de repente, temeu que algo terrível pudesse acontecer ali. Ele não pensou. Harry lançou um Expelliarmus na varinha do amigo e, felizmente, Hermione foi rápida para estuporar Amico em seguida. O Comensal caiu inconsciente no chão e Harry recolheu a varinha de Rony.

— Mas que inferno, Harry!

Não ia dar atenção a Rony agora. Ainda não.

— Pode levar Amico ao Ministério? — O auror perguntou a Hermione.

Ela olhou para Rony preocupada, mas concordou. A garota amarrou os pulsos e os pés de Amico, amordaçou-o, segurou as cordas dele e aparatou com o prisioneiro. Isso deixava apenas Rony e Harry no aposento.

— Me dê minha varinha, Harry.

— Não.

Harry…

— Eu vou ter que te suspender, Rony. Por tempo indeterminado. Sinceramente, o que você ia fazer ali, com Amico? Você estava o encarando como se fosse o assassinar!

Rony não respondeu. E essa reação foi ainda pior para Harry do que se o amigo tentasse negar a acusação. Era quase como uma confirmação de culpa.

— Você precisa de um tempo. Eu estive pensando no que fazer e pensei que fosse uma ideia ruim, mas agora acho que não. Eu vou ficar com a sua varinha.

— O QUÊ?

— Monstro!

O elfo aparatou de imediato aos pés de Harry, abaixando a cabeça até o nariz quase tocar o chão, em uma enorme reverência.

— Pois não, meu senhor Potter.

— Por favor, leve Rony até a casa dele para pegar algumas coisas. Ele vai passar um tempo conosco. Está sem varinha e não pode aparatar.

— Sim senhor.

Rony olhou para Harry, chocado, mas Harry não ia mudar de ideia. Rony teria de aceitar e fim de conversa.

— Rony, faça o que estou dizendo, por favor, e eu vou “esquecer” de colocar esse pequeno surto seu no relatório.

Depois dessa, o ruivo não teria como discutir. Ele estendeu a mão para Monstro e os dois aparataram. Harry lançou um último olhar para a propriedade Carrow. Eles eram os últimos Comensais conhecidos ainda soltos. Deveria estar satisfeito por finalmente tê-los encontrado, mas não estava. A varinha de Rony em sua mão parecia pesar uma tonelada, e seu coração estava tão pesado quanto.

Harry decidiu deixar a limpa do local para outros aurores. Não queria estar ali mais nenhum segundo. Ele aparatou, resolvendo voltar para casa.


Notas Finais


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