1. Spirit Fanfics >
  2. Marcas de Guerra (Espólios de Guerra 1) >
  3. Negação

História Marcas de Guerra (Espólios de Guerra 1) - Negação


Escrita por: scararmst

Notas do Autor


Olá gente

Então, eu sei que devo muitas explicações kkkk Eu não sou de sumir com história gente, juro que não, ainda mais depois de ter prometido no capítulo 1 que não faria isso. Mas rolaram uns esquemas muito especificamente com essa, e eu vou explicar.

Em resumo, eu e minha co-autora rompemos a parceria. Até isso acontecer já estava há muito tempo sem atualizar, ela acabou ficando sem tempo e o título voltou para mim. Isso aconteceu menos de uma hora depois deu postar uma história nova para ocupar meu slot vazio de postagem de terça-feira, que é Carmim, a original. Então assim, agora eu tenho minha original interativa Warriors (o segundo da trilogia Hunters) no domingo, Carmim na terça e a interativa de Marvel na quinta-feira. Eu não tinha onde colocar Marcas de Guerra quando ela voltou para mim.

O que eu resolvi fazer para não abandonar vocês porque não seria justo de forma nenhuma é tentar atualizar uma vez a cada quinze dias. Eu ainda pretendo arriscar ver se semanalmente funciona, mas sinceramente acho que pode ser apertado demais. Quero atualizar ela domingo / segunda-feira. Vai ser um teste drive para mim, porque sinceramente, é muita carga, e o timing deu ter acabado de começar Carmim quando o título voltou para mim acabou sendo bem péssimo. Mas eu vou tentar, porque eu devo isso aqui a vocês, que estão aqui. Principalmente se alguém voltar.

Vocês devem ter percebido que vários capítulos foram apagados. Isso foi porque na separação com a coautoria, também foi solicitado remover o conteúdo que ela tinha escrito, até porque o nome dela saiu da história. Então eu vou ter que reescrever os capítulos que eram dela. Os que eram meus já estão prontos e guardados, e é nesse "trunfo" que eu estou tentando confiar para preparar os capítulos por semana. Como tem vários prontos, que eram os meus, talvez eu consiga escrever os outros com um tempo de vantagem. Vamos ver como fica.

A outra alteração está no título. Marcas de Guerra sempre foi planejada para ser a primeira de uma série de fics de Harry Potter em tempos e locais diferentes, então eu nomeei a série de "Histórias de Bruxos" que foi a melhor coisa que eu consegui pensar kkkk E essa aqui é a primeira.

A última está nos nomes. Decidi voltar a adotar a nomenclatura brasileira para os personagens. Depois eu que lute para fingir que o Scorpius chama Scorpius mesmo e que Escórpio é um delírio coletivo, porque foi exatamente por causa do nome dele que eu quis usar inglês aqui KSAOPSKPASKPSAOK Mas ele vai ser o diferentão e ficar em inglês mesmo, quando (e se, para ser sincera) a vez dele chegar.

Para terminar a seção de "sobre", um aviso: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada não é canônico nesse universo de fanfics e nunca vai ser. Desculpa se você gostar do livro, mas eu detestei de formas que nem sei dizer, e me recurso a trazer aquilo para cá.

Marcas de Guerra vai caminhar até o fim, e eu pretendo fazer o mesmo ao menos com a trilogia do Trio de Ouro. Essa aqui é curtinha, mas as outras podem ser bem maiores, vamos ver como acontece. Vai ser um desafio para mim levar essas quatro histórias ao mesmo tempo, mas eu considero uma responsabilidade com quem está lendo atualizar isso aqui. Eu só demorei para voltar (se vocês verem já faz um tempo que eu postei Carmim) porque eu estive viajando semana passada. Então já que eu estava tão perto das férias, decidi deixar para voltar aqui depois das férias.

E é isto. Qualquer pergunta via mensagem ou comentário, fiquem à vontade para fazer, vou responder tudo. Espero ter esclarecido. E mil perdões pelo percalço, mas com sorte, estamos voltando com isso aqui, com tudo.

Capítulo 3 - Negação


25 de junho de 1998
 

Hermione tinha um escritório muito, muito maior do que julgava precisar para si. Por um lado, isso era excelente, pela quantidade enorme de livros enfiados por ela nas estantes, cobrindo as paredes do lugar. Naquele fim de tarde, a garota estava afogada entre uma enorme pilha de documentos e cartas que precisava ler e validar. Seu objetivo ao se juntar ao Ministério da Magia era o de chegar ao Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, para fazer algo pelos elfos domésticos, mas não agora.

Ela queria voltar a Hogwarts. Ao externar esse desejo a seus amigos, a imediata reação de Rony fora dizer ser uma atitude “extremamente Hermione”, e que não era surpresa nenhuma ela ter vontade de terminar os estudos. Bem que a garota tentara convencer os outros dois a fazer o mesmo, mas querer Harry e Rony terminando os estudos quando já tinham carreiras traçadas à frente deles sem precisarem fazer isso era esperar demais dos dois.

Hermione já enviara uma carta a McGonagall, pedindo a ela para que fosse chamada novamente para seu último ano, e a resposta da diretora fora curta e significativa: “Eu esperava isso. Seu nome já está na lista.”. Mas setembro ainda estava longe, e até lá, a garota não queria deixar as consequências de todo o acontecido passarem em sua frente sem fazer nada para ajudar.

Poderia-se dizer, então, que sua posição no Ministério era temporária, apenas até voltar a Hogwarts. Ainda assim, isso não queria dizer que ela não ia tentar o melhor possível para resolver as questões à sua frente. Hermione vinha enxergando a coisa toda como um emprego de verão se fosse procurar um termo trouxa para  descrever. E até o momento, parecia ser a descrição mais precisa.

Mesmo sendo precisa, era uma descrição que ignorava completamente a seriedade do que ela estava fazendo. Adolescentes trouxas normais trabalhavam em sorveterias no verão. Ela estava sentada em um escritório no Ministério da Magia, analisando depoimentos e arquivos de julgamentos de bruxos capturados depois da guerra, acrescentando suas próprias observações de primeira mão de quem tinha vivido a coisa toda.

A garota colocou um envelope de lado e percebeu, enfim, que os memorandos tinham acabado, e a pequena pilha de não-lidos em sua frente era de correspondência pessoal. A primeira era dos pais. Depois de ter voltado imediatamente para a Austrália, revertido a memória deles e os levado para casa, os dois vinham a escrevendo com muita frequência, cheios de perguntas. E ela sequer podia os culpar por isso. Tinha, afinal, causado a coisa toda, mas ainda achava que sua atitude tinha sido a coisa certa a se fazer. Seus pais iam precisar de um período de adaptação, mas iam ficar bem.

Ela rabiscou um bilhete resposta, explicando que não, nenhum furacão que tivesse aparecido na televisão era efeito do que acontecera no mundo bruxo, e acrescentando  algumas coisas serem realmente só parte da natureza. Depois pegaria uma coruja emprestada para enviar a carta, mas estava começando a pensar se não era hora de ter a sua.

— O que acha, Bichento? — Ela perguntou,  abaixando-se para fazer um carinho rápido no gato enrolado em uma almofada ao seu lado, na mesa. — Você se daria bem com uma amiga coruja?

O gato miou. Bichento era suficientemente inteligente para entender o que ela estava dizendo, Hermione tinha certeza, e o fato de que o gato não chiou em sua resposta era, provavelmente, um bom sinal.

Ela colocou a carta dos pais de lado, vendo enfim o que era seu último envelope do dia. O garrancho na frente era reconhecível em qualquer lugar.

Hermione abriu a carta com um suspiro contido. Ela e Rony vinham trocando cartas com bastante frequência, e ela sempre via Harry nos corredores do Ministério e perguntava como ele estava, embora não tivesse tempo para sentar para uma conversa realmente longa, mas as coisas estavam bem mais complicadas com seu, agora, namorado.

Rony não respondia as coisas como deveria. Hermione sabia que ele estava passando por algo complicado. Fred e Jorge poderiam estar sempre pegando no pé dele, mas Rony os amava. Todos os Weasley eram muito unidos, até mesmo Percy, que ainda tinha um pouco pelo que se redimir. Sendo filha única, ela não conseguia imaginar o que seria perder um irmão, mas sabia o bastante para saber que Rony não deveria estar sozinho agora.

Ela abriu a carta. Já vinha se arrependendo de sua decisão de se enfiar  tanto no trabalho depois que tudo acabou. Primeiramente, dissera a si mesma que era só para se certificar de que tudo tivesse acabado mesmo e nada iria ficar para trás. Para colocar os últimos pingos nos is, bater os últimos pregos na tampa do caixão.

Agora ela já sabia que estava tentando, ironicamente, fugir das consequências,  afundando-se no último resquício que existia do que tinha acontecido. Como era possível ser tão complicado seguir em frente depois de ter se livrado de algo tão horrível? É claro, a sensação era muito libertadora, mas ainda assim… Havia algo ali. Uma paranoia, talvez, de ainda haver trabalho a ser feito. De que ainda não chegara no fim.

Ela balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos, e abriu a carta. Era curta, como todas que Rony vinha mandando. Ela conseguia ver na forma como ele falava de coisas triviais, como o que comera no café da manhã, como ele estava tentando evitar o grande elefante branco na sala, mas ainda assim queria falar com ela. No final da carta, Rony mencionava um jantar entre amigos em sua casa, e um convite pouco empolgado para  ela ir também . A falta de empolgação não parecia por não quere-la lá, mas por não querer a festa em si. E ela não o culpava por isso.

Em todos os anos em que conhecia Rony, nunca tinha o visto desse jeito. Chegara perto quando o Sr. Weasley fora internado, mas isso… Molly a escreveu dizendo que ele sequer estava comendo direito, e isso definitivamente era algo para se preocupar.

Ela olhou para a janela. O sol tinha acabado de se por. Se fosse mesmo aparecer no jantar, agora era o momento para fazer isso. E, bem, é claro que iria. Já fazia algum tempo desde que vira Rony, e imaginava que Harry também. Talvez devesse chamá-lo em seu escritório para irem juntos.

Sim. Seria bom. Os três juntos, mais uma vez, agora apenas para ouvir os dois falando as bobagens que costumavam falar em sua presença. Ela se levantou, pegando alguns pertences e colocando em sua bolsa. Já estava ali em hora extra, de qualquer forma, e já tinha terminado tudo que queria fazer naquele dia.

Hermione deixou sua sala, a trancando com um feitiço e tomando o caminho para a sala de Harry. Ele não era de fazer hora extra como ela, mas ultimamente vinham o dando tanta coisa para responder e analisar que ele não vinha tendo assim tanta escolha. Assim, ela não ficou surpresa em o encontrar ainda em seu escritório, assim como não ficou surpresa em vê-lo dormindo em cima de sua pilha de papeis.

Ela pigarreou, batendo na porta. Harry acordou de uma vez, ajeitando os óculos que tinham entortado no rosto e acertando a postura.

— Mione! — Ele exclamou, olhando em volta um pouco atordoado. Ele pareceu perceber naquele momento que era noite e que tinha dormido.

— Você tem dormido de noite?

— Hã? Ah, claro que sim. Monstro faz uns chás muito bons.

Ah, sim. Monstro. O elfo doméstico que Harry ainda tinha, apesar de todos os protestos dela. Recentemente tinha até parado de reclamar, mas só porque Monstro parecia ser a única coisa entre Harry e um nível prejudicial de desleixo.

— Bem, Rony me escreveu.

— A mim também. O jantar. Já é hora?

— Eu estou indo. Pensei em lhe chamar.

Harry apenas concordou com a cabeça,  espreguiçando-se e se levantando. Hermione deu a ele um tempo para juntar algumas coisas em uma mala, levantar-se e ir até ela na porta. Então ele estendeu o braço, ela enlaçou o dela ao dele, e os dois aparataram.

A garota sentiu uma forte onda de nostalgia a inundar ao se materializar no jardim frontal da Toca. O lugar estava quieto. Estava claro que os dois tinham chegado muito cedo, e pela primeira vez desde que começara a frequentar a casa isso a deixou um pouco incomodada. E se não estivessem prontos para receber visitas ainda?

Harry não pareceu ligar, porém. Ele saiu andando em direção à porta e ela decidiu por ser melhor apenas seguí-lo e o deixar  entrar primeiro.

Ela não sabia o que esperar. O quão denso o clima estaria, ou se seria uma noite muito complicada. Mas então, Molly os viu chegando antes que entrassem na casa, e ela percebeu que algumas coisas, por mais delicadas que fossem, nunca iam mudar.

— Harry! Hermione, queridos!

A garota sorriu. Molly correu para fora, brandindo uma colher de pau em uma das mãos e secando a outra no avental. Os dois ganharam abraços bem apertados, seguidos de risinhos empolgados e chamados de “entrem, entrem por favor!”.

— Tirem os sapatos, devem estar cansados! Ainda estou terminando o cozido, mas o resto já está quase no ponto. Gina chamou alguns amigos também, e estamos esperando mais pessoas, vocês foram os primeiros a chegar… Como foi no Ministério? Vocês tem pensado em Hogwarts? Gina não queria voltar, imagine só… Está crente que vai fazer carreira como jogadora, o que está tudo bem, desde que ela termine os estudos antes e… Ah, aí estão!

Hermione olhou para a porta da cozinha. Gina tinha acabado de descer, usando um suéter e jeans, e com um sorriso no rosto. Ela acenou para Harry, que pareceu mais que feliz em ir até a garota e deixar um selinho em seus lábios.

E talvez Rony não estivesse assim tão diferente, Hermione pensou, ao ver a forma como ele torceu a boca ao ver a demonstração de afeto de Harry com sua irmã.

— Rony, seja legal — ela recomendou,  aproximando-se devagar.

A verdade era que não sabia o que fazer. Desde que tinham se beijado em toda a confusão da batalha, e depois tinham se aninhado um bocado enquanto tudo se acalmara, não tinha o visto de novo com tempo o suficiente para saber o que fazer de toda aquela situação.

Rony tinha a chamado de namorada, ou melhor, gritado isso no meio da Sala Precisa, e seria mentira dizer que ela não tinha gostado. Mas algumas coisas ainda pareciam meio aéreas para ela. Especialmente no estado em que o ruivo se encontrava agora.

— Hm — ele respondeu, apenas, cruzando os braços.

Gina riu. Então ela pegou Harry pela mão e foi o levando para a sala, deixando Hermione e Rony sozinhos ali.

A garota conseguiu ver marcas fundas de olheiras nos olhos dele. Não era só a comida que estava em baixa, então. O sono também. E o humor, apesar de que isso tinha vários motivos para acontecer, da falta de comida até Fred.

Ela não sabia o que fazer.

— Você quer ir para a sala? — Ela perguntou, tentando encontrar algum ponto para que se comunicassem.

— Ah, sim. Claro.

Os dois acabaram encontrando um lugar em um sofá de três lugares, uma vez que Gina e Harry estavam muito bem acomodados no de dois. A ruiva chegara a passar as pernas para o colo dele, e agora estava falando animadamente sobre alguma coisa que, Hermione imaginava, tinha a ver com quadribol.

Rony se escorou no braço do sofá, e Hermione acabou se ajeitando comportadamente no assento do meio. Não sabia se devia tentar se aproximar ou não, mas certamente devia distrair Rony. Com o ódio que ele tinha no olhar naquele momento, começou a recear que ele azarasse Harry a qualquer instante.

— Harry me contou que vai trabalhar no Ministério.

— É — foi o bastante, ao menos, para Rony virar o rosto para ela. — Conversei com ele, achamos que pode ser legal. Ainda tem coisa a ser feita, sabe.

Sim, sabia. E como. O que não sabia era se Rony estava adequado para esse tipo de situação.

Um estalo alto indicou que mais alguém tinha aparatado, e dessa vez entraram pela porta Percy, Kinglsey e Arthur, chegados do Ministério. Foi mais ou menos nesse momento que Jorge desceu de seu quarto, usando um roupão, bermudas, meias e com partes do cabelo, que estava completamente desgrenhado, chamuscadas.

— Ah, papai — ele comentou. — Você trouxe o que eu pedi? Por favor, diga que trouxe. Fred escreveu que precisava de cinco ameixas, eu só tinha três aqui, gastei tudo testando e…

Arthur apenas estendeu uma caixa para Jorge, que a abriu. De onde estava Hermione não conseguiu ver o conteúdo, mas assumiu que fossem as ameixas, pois Jorge fechou a caixa e voltou correndo escadas acima.

Houve um breve instante de silêncio preenchido apenas pelos passos de Jorge e depois pela porta batendo. Então Arthur abaixou a cabeça, passando a mãos pelos cabelos e coçando a garganta.

— Ele está mantendo a mente ocupada. É bom.

— Ah, com certeza Arthur — Kingsley respondeu, dando alguns tapinhas nas costas do homem. — Bem, onde podemos nos sentar?

Nisso a conversa mudou para trivialidades do trabalho no Ministério, e não querendo de forma nenhuma falar nisso agora, Hermione decidiu tentar distrair Rony com algo que ele gostasse. Uma coisa que ela sabia, ninguém era melhor que ele em fazer.

— Quer uma partida de xadrez?

— Nossa. Estou tão mal assim para você sugerir fazermos algo em que você sabe que eu vou ganhar?

Hermione suspirou. Não imaginava que Rony teria percebido o que ela estava tentando fazer. Ele não era muito inteligente para essas trivialidades na maior parte das vezes.

— Eu só quero saber o que fazer.

Nisso, Rony mudou a posição no sofá. Ele se aproximou, devagar, se encostando contra ela. Hermione percebeu que ele estava pedindo um abraço, e o fez. Rony se acomodou nos braços dela e fechou os olhos, escorando a cabeça em seu ombro.

— Isso já basta.

E então, a primeira parte da noite passou. Gui chegou com Fleur, eventualmente. Depois Carlinhos, mancando de uma perna. Então Neville e Luna, convidados de Gina, Andrômeda com Teddy, chamada por Molly, e mais uma série de pessoas, mas eventualmente foi possível não focar na outra parte. Nas ausências. Nada de Tonks provocando Lupin, Olho-Tonto resmungando sobre vigilância, ou Sirius dando péssimos conselhos para Harry. Nada de Fred. Algo começou a se embrulhar no estômago da garota, e ela se perguntou se os demais sentiam isso também.

Molly eventualmente chamou todos para jantar, e Hermione conseguiu acordar Rony devagar e o levar para a mesa. Não passou despercebido para ela como o prato dele estava vazio para os padrões do garoto.

Ela tentou se focar nas conversas na mesa, mas estava difícil acompanhar mais que pedaços das coisas.

— ...foram três julgamentos só ontem, eu mal consigo sentir minhas costas. — Percy comentou, estendendo o prato para a mãe o servir outro pedaço de torta. — Obrigado mãe. Minha nossa, como esses bastardos conseguem ser ardilosos… E quem diria que há tantos deles!

Alguns assentos para a frente, Gui e Gina tinham começado a falar sobre quadribol.

— Estou certa de que o Harpias vai acabar me chamando, eventualmente. Mas entrei em contato com Angelina só por precaução…

E então Neville e Luna, conversando com Fleur.

— Vou seguir herbologia, estou certo. Sempre achei que fosse ser herbologista por ser a única coisa em que era bom, mas a verdade é que eu gosto mesmo então…

— Hermione, querida?

Foi só nesse instante que ela percebeu que Molly falava com ela.

— Ah. Perdão, me distraí.

A mulher abriu seu clássico sorriso bondoso. Aquele que se parecia com um abraço de mãe.

— Imagine. Eu só queria saber se você tem planos para o ano.

— Ah! Bem, eu planejo terminar o ano em Hogwarts. Depois seria bom trabalhar com elfos no Departamento para Controle de Criaturas Mágicas.

— Oh, vai voltar a Hogwarts! Você é mesmo uma menina de ouro, Hermione. Faz você muito bem, certamente, muito bem…

Ela não tentou se manter atenta pelo resto do jantar. Estava preocupada com Rony e, quem diria, até um pouco irritada com a forma com a qual ele não estava se cuidando. Mas agora sentia não ter  o que fazer. Eles voltaram para a sala depois de jantar, e Rony deitou contra o ombro dela mais uma vez. A noite foi passando e pouco a pouco todos começaram a ir embora, começando por Kingsley, que dizia ter muito trabalho a fazer no dia seguinte. Então Andrômeda com Teddy, Neville e Luna, Gui e Fleur… ao fim da noite, apenas os Weasley, Harry e Hermione ficaram ali.

Molly gentilmente os ofereceu para que dormissem ali, mas Harry recusou, também dizendo que tinha muito o que fazer no dia seguinte.

E então, Hermione devia decidir o que fazer.

Rony dormira em seu colo a noite toda, e ele não parecia ter dormido muito ultimamente. Ela não pode deixar de pensar se seria a sua presença ali que estava o permitindo esse momento de paz, e que se fosse embora…

— Quer que eu coloque uma cama no quarto de Gina?

A fala de Molly acabou despertando Rony. O ruivo esfregou os olhos, olhando em volta tonto e percebendo que todo mundo tinha ido embora. Hermione teve um péssimo flashback de Harry fazendo a mesma coisa, horas atrás, o que a fez perceber que nenhum de seus amigos vinha conseguindo descansar ultimamente.

— Pode colocar no quarto de Rony?

E foi quando Molly disse que sim que Hermione percebeu o quanto as coisas estavam mudadas, o quanto Rony estava ferido e o quanto nada nunca mais seria como era antes.


Notas Finais


LINK pro grupo de WHATSAPP: https://chat.whatsapp.com/IUkpsqVnL7hGrEjdrkIg3P
É livre, qualquer um pode vir, entrar e interagir com a gente :D

A quem quer que ainda esteja aqui e ainda tenha fé em mim, muitissimo obrigada. Espero que nos divirtamos muito nessa jornada <3

Leia a trilogia Hunters! (em andamento). Comece aqui: https://www.spiritfanfiction.com/historia/hunters-hunters-1-18352562

Leia as fanfics do meu universo Marvel :D (em andamento). Comece aqui:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/homem-de-gelo-e-os-novos-mutantes-marvel-717-1-interativa-17602878

Leia minha original de fantasia urbana, Carmim. https://www.spiritfanfiction.com/historia/carmim-18579979

Veja mais histórias aqui! https://www.spiritfanfiction.com/jornais/disneysquad-16915739

Ou aqui! https://www.spiritfanfiction.com/jornais/hall-of-fame-18381552


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...