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História Maré de Sorte. - Maré de Liberdade.


Escrita por: Its-faith

Notas do Autor


Olá, amores.
Primeiramente quero agradecer a @popuriny por ter feito a capa da história que tá linda!
Segundo, quero deixar claro que embora seja uma spin off da minha fanfic norenmin Contra Maré, a história se passa no passado, então não tem problema algum você ler essa história sem ter lido contra maré antes ou não, não tem spoilers. Contra Maré é como se fosse a continuação desta e seu link vai estar nas notas iniciais.
Boa Leitura!
Espero que gostem.

Capítulo 1 - Maré de Liberdade.


— Cuidado, Jaemin! — Taeyong reclamou puxando o irmão pela a camiseta, antes que o garoto — cujo era tão azarado quanto o irmão mais velho, se jogasse com seu próprio corpo sem cuidado algum do barco que portava o peso de três pessoas. Embora Jaemin fosse tão pequeno e magro que não fazia muita diferença, até os poucos peixes pescados naquele dia pesavam mais que o caçula.    

O Na menor olhou para o irmão com o cenho franzido e com um suspiro foi sentar-se ao canto do barco insatisfeito, Taeyong sorriu para a visão do menino entristecido e logo sentou ao lado dele, o chamando para sentar-se ao seu colo. Jaemin mesmo não sendo mais tão criança assim, era tão afetivo que aceitava de bom grado. — Você quer pegar um peixe? Papai vai ficar feliz.    

O garoto abriu um sorriso enorme, animado. O Na mais velho pegou o garoto pela a cintura levando-o para a borda do barco, o ajudando a posicionar-se com a linha e o anzol. O pai dos garotos olhou de canto para o que os dois poderiam estar aprontando, balançando a cabeça em negação as primeiras tentativas falhas do mais novo.    

Taeyong notou com um suspiro que o senhor Na rigoroso como era não daria o braço a torcer para incentivá-los de maneira alguma, então ele mesmo ajudou o garoto, colocando suas mãos por cima da dele e as segurando com mais firmeza. O sorriso de Na Jaemin foi enorme ao conseguir sentir o peso do pobre peixe tirado de seu habitat.    

O senhor Na exclamou sorridente ao notar tratar-se de um peixe grande, ajudando os dois a puxarem e colocarem com os outros peixes que se debatiam. O homem passou a mão pela a cabeça do filho de uma forma um tanto pesada, tirando uma careta dele pela a falta de jeito do mais velho. Taeyong sorriu o abraçando e logo passando a ajudá-lo a pescar mais alguns peixes. Já era praticamente final do dia, logo o pôr do sol se faria presente no horizonte.    

Ao chegarem mais perto da praia, o pai dos garotos que remava suspirou alto, soltando um xingamento baixo e atraindo a atenção dos garotos para a grande casa que se fazia presente na praia entre tantas casas mais simples dos pescadores locais. A casa ali estava a vender por meses, bastante luxuosa, era óbvio que quem quer que se mudasse para ela com certeza deveria ter muito dinheiro, afinal estavam cobrando um valor bastante salgado pela a locação.    

Era notável pelas as roupas do casal que eles tinham algum dinheiro, mais cedo antes de saírem viu a família carregando caixas e malas de mudança.    

— Ótimo, daqui a pouco essas pessoas estarão empestando nossa praia. — O pai reclamou, apontando para a casa. — Ao menos, nós podemos vender peixes um pouco mais caros para eles. Nada mais justo.    

Taeyong certamente não achava justo, mas nada respondeu.    

Seu olhar viajando pelo o enorme quintal da casa, notando um garoto jovem, possivelmente deveria ter a mesma faixa de idade dele ou talvez um pouco mais novo. Pela a aparência parecia ser um pouco mais jovem que ele, jogando basquete sozinho. Deveria ser bastante solitário para o garoto uma mudança grande de local, isso explicaria por que ele estava sozinho. Observou com os lábios mordidos e pensativo enquanto o garoto acertava a bola no cesto.   

   

                                                                              ☀☀☀  

   

Seu pai resolvia algo com os seus pescadores, sobrando para o filho mais velho a tarefa de levar as caixas pesadas contendo os peixes e outros frutos do mar. Já é final do dia, o sol se pondo deixa a praia em tons alaranjados bonitos e era o momento perfeito para Jung Jaehyun caminhar pela a areia, observando até onde a curva do mar se fazia presente dando a falsa impressão que o mar se encerrava ali, quando na verdade era muito mais intenso e longo do que na pequena visão das pessoas.    

Jaehyun definitivamente não parecia pertencer aquele local ao caminhar por ele, chamando a atenção de alguns moradores. Taeyong foi uma das pessoas que observou o garoto em todo seu ar perfeito, em toda sua pose de dono do mundo completamente cheio de si ao caminhar. E Na Taeyong sempre culparia Jung Jaehyun por tê-lo feito distrair-se o bastante para derrubar a caixa pesada, deixando cair alguns peixes e sabia que aquilo custaria inúmeras reclamações de seu velho.    

Logo o sangue borbulhou, o deixando completamente avermelhado murmurando alguns xingamentos baixinhos a si mesmo. O que o surpreendeu, contudo, foi as pernas a sua frente antes do garoto agachar-se a sua frente com um sorriso simpático e perfeito em sua direção, como se todo o mundo fosse maravilhoso. Taeyong arqueou uma sobrancelha.    

— Oi. — Jaehyun o cumprimentou beirando a simpatia, ao que suas mãos ousadas pegavam um peixe do chão sem qualquer nojo ou medo. — Eu te ajudo.    

Jaehyun se ofereceu, Na Taeyong sempre diria que isso era unicamente culpa dele então mais do que justo. O Na inclusive, se viu bastante perdido encarando as ações do garoto como se fosse um filme em câmera lenta, demorando bastante para agir. Mais tarde se acharia um bobo por isso.  

— Não preciso da sua ajuda. — Taeyong respondeu frio e rude, não era sua intenção soar tão grosseiro dessa forma, mas acabou saindo naturalmente e não quis voltar ao ter levantado com a caixa e o que tinha derrubado antes, seguindo para sua casa. Estava cansado e desejando sua cama com uma pitada de paz.  

Jaehyun permaneceu no local, estático por toda a forma rude como recebera. — Ótimo primeiro dia hein Jaehyun. — Murmurou com um sorriso falso enquanto colocava suas mãos no bolso, passando a caminhar novamente pela a areia como estava fazendo antes. Seus olhos, no entanto, ainda se voltaram novamente na direção da casa de um dos pescadores locais, casa esta que o garoto idiota tinha entrado.    

 

Naquela noite, Taeyong remexeu-se em sua cama, acordando o irmão que dividia o cômodo consigo e agora o observava com os olhos semicerrados. O Na mais velho sorriu com a visão adorável, seu irmão já era um pré adolescente e deveria parar de tratá-lo como um bebê o dando tudo, sabia que Jaemin tinha muito a amadurecer ainda e o preocupava a criação rigorosa que os dois tinham com seu pai, afinal Jaemin era muito sensível e Taeyong sabia muito bem como era crescer assim ao lado de seu pai, por experiência própria não era nenhum pouco agradável. Seu pai era ácido e másculo, esperando o mesmo dos dois únicos filhos. Taeyong as vezes se perguntava se com sua mãe ali tudo poderia ter sido diferente...   

O mais velho puxou o irmão pelos os braços quando o viu coçando seus olhos, e o apertou arrancando um sorriso dele.    

— O que foi, Tae? — Perguntou com a voz extremamente preguiçosa.    

— Nada, baby. Vai dormir.    

Taeyong beijou o topo de sua cabeça, mas deveria saber que o Na mais novo era tão teimoso quanto ele.    

— Então dorme também oras.    

Taeyong riu baixinho, mexendo-se para virar-se ao irmão.    

— Vou confiar em você. Só estou me sentindo mal, pois fui grosseiro com uma pessoa hoje quando ele tentou me ajudar. As vezes somos preconceituosos sem nem perceber.    

Jaemin abriu mais seus olhos para os franzir logo em seguida.    

— Não entendo isso de preconceito.    

— O que não entende?    

— Preconceito é como tratam os vizinhos chineses? Na escola escuto muitos comentários negativos dos garotos sobre eles... É isto, hyung?    

Taeyong suspirou.    

— E o que você faz? — Perguntou. Jaemin encolheu seus ombros, ficando em silêncio. — Temos que ir contra isso, mas isso é sim preconceito. As pessoas julgam estrangeiros há muito tempo, isso se chama também xenofobia, sabia?     

Jaemin bocejou, aconchegando-se melhor em meio as cobertas.    

— É uma pena, os Huang são até legais. Mesmo que estranhos.    

Taeyong riu fraco, abraçando-se mais a ele e o vendo ressonar baixinho e tranquilo. Seus pensamentos tão rápidos quanto focados nos vizinhos ao lado foi para o novo vizinho, e detestava admitir que naquela noite ainda sonhara com ele.    

   

☀☀☀   

   

Contudo, não somente inundando os pensamentos de Taeyong, mas como logo notara que ele rondaria sua vida ao encontrá-lo em uma noite após um luau na praia. O Na logo reconhecera a voz alta e rouca do coreano bem vestido.    

Em passos devagar demais, Taeyong se encaminhou a direção de um amontoado de garotos que ele sabia serem de sua antiga escola e igualmente pescadores da região, os mais novos ao ramo. Alguns empurravam Jaehyun sem qualquer dó, como se ele fosse um animal e Jaehyun o empurrava de volta, mostrando que não abaixaria sua cabeça diante dos agressores. Aquilo era algo admirável, mas quando se está sozinho contra pelo menos cinco garotos era suicídio.    

Ainda mais garotos metidos a valentões como aqueles.    

— O riquinho é bem atrevido, não é?   

Jaehyun bufou, empurrando o garoto que apenas ria mais.    

— Vamos embora, galera. Deixa ele. — Pelo menos um dos garotos dizia, tentando puxar os amigos.    

Claro que nenhum deles escutaria o amigo dono da voz da razão e claro que iam preferir mexer com o novato do local, Jaehyun encarou com fúria aquele que puxara rapidamente seu casaco, mas sua visão estava um tanto turva pelo o álcool digerido naquela noite. Maldita hora para ir em um luau e confiar nas pessoas erradas.    

— Um viadinho desse! — Outro falou rangendo seus dentes e erguendo as mãos pronto para acertar o rosto bonito do garoto, Jaehyun já estava encolhendo-se pelo o ato ser rápido demais, quando sentiu falta do soco, abrindo os olhos para alguém segurando o braço do garoto com firmeza antes que ele cumprisse o seu objetivo.    

— Me solta, Taeyong.    

— Então vaza daqui e leve seus amiguinhos. Deixa o garoto em paz.    

O garoto riu, soltando-se brutalmente das mãos de Taeyong. Jaehyun ajeitava sua postura olhando com confusão para tudo aquilo e reconhecendo o garoto que tinha visto há uns dias.    

— Vai defender esse viadinho agora, Na? — Olhou para os outros com sorrisos maliciosos. — Já não bastava andar com o Ten, agora com esse também? Hum, aí tem coisa.    

Taeyong revirou seus olhos, apertando as mãos em punho.    

— Deixa de falar merda. Eu já estou perdendo a paciência com você.    

— Com licença interromper vocês dois, agradeço a ajuda, mas não preciso por que vou acabar com esse idiota. — Jaehyun disse, pegando ar no final e tentando, falhamente, ir na direção do garoto. Contudo, Taeyong o segurou fazendo o mais novo empurrá-lo com sangue nos olhos e caminhar em direção do idiota da turma, o socando no rosto.    

O garoto bufou, tentando novamente partir para cima de Jaehyun, mas Taeyong se colocou a sua frente empurrando-o e o fazendo rugir ficando a centímetros do rosto do Na, praticamente cuspindo contra o rosto dele ao falar com raiva.    

— Eu só não te quebro também, Taeyong, em respeito ao velho Na. — Ameaçou. Taeyong arqueou uma sobrancelha, com um sorrisinho de lado.    

— Eu não tenho medo de você. Você sabe.    

O garoto o encarou, os olhos soltando faíscas antes de seguir os amigos que já se distanciavam após tudo aquilo perder a graça. Taeyong continuou encarando o garoto com ódio no olhar e um sorrisinho sarcástico, até notar o mais novo vizinho andando meio embolado pela a praia novamente.    

— Ei garoto...   

— Temos a mesma idade sabia. — Jaehyun interrompeu, olhando para trás com um sorriso áspero, sua fala saindo lenta pelo o álcool que Taeyong já tinha notado no hálito dele.    

— Sou de 95. — Respondeu com um arquear de sobrancelhas.    

— Ops! Erro meu. Então acho que devo chamá-lo de hyung. — Jaehyun parou por uns segundos, meio abobado. Taeyong segurou a risada que queria escapar-lhe com a visão.    

— Como quiser. Veja bem, você me ajudou naquele dia então acho que agora estamos quites.    

— Como é que é? — Jaehyun parou, virando-se para o coreano local. — Você está falando daquele dia em que eu lhe ajudei e você foi super rude quando eu só queria ajudar? — Jaehyun respondeu com ironia. — Não, obrigado, mas eu estava prestes a socar aqueles idiotas e você me interrompeu.    

Taeyong até precisou parar, sem reação alguma, mas ao ver Jaehyun permanecer andando nesse jeito louco dele e na direção oposta de sua casa soube que deveria ir atrás dele. Aquela vila era formada por pescadores com mente fechada demais para um novato riquinho e bêbado, quer dizer maioria deles não apoiava as construções de casas luxuosíssimas frente ao mar.   

— Agora você quer conversar? — Jaehyun riu com escárnio.    

— Você ia apanhar daqueles quatro. — Taeyong disse, achava que um deles não faria nada, já que parecia ser o mais esperto ali.  Na verdade, Taeyong costumava ser um deles, então sabia muito bem como era cada um ali.   

— Ao menos eu dei um soco em um deles.    

Jaehyun falou com bastante orgulho enquanto o Na apenas revirou seus olhos. Em algum momento, após algum silencio o Jung virou-se para Taeyong parecendo pensativo, ponderando sobre alguma coisa da qual Na Taeyong não tinha qualquer ideia, já que o garoto parecia estar bastante fora de si.    

— Me beija.    

Taeyong arregalou seus olhos em surpresa, sabia que o choque foi tão grande que o deixou paralisado tempo demais para Jaehyun se aproximar, com um sorriso bonito desenhado nos lábios e o rosto corado demais. O garoto parecia os mesmos garotos estampados em revistas de moda, era de uma beleza extremamente perturbadora ao caminhar daquela forma tão despreocupada.    

Na Taeyong tinha que admirar a confiança exalada por Jaehyun, mesmo que talvez o álcool fosse a verdadeira razão de suas intenções. Os olhos de Jaehyun quando pararam na frente do mais velho se tornaram sérios de repente, sem nenhum brilho de sarcasmo, extremamente diferente de antes, possuía uma intensidade intimidadora e incentivadora a Taeyong dar um passo à frente de forma inconsciente demais, quase hipnotizado pelo o olhar alheio.    

O Na sentiu os dedos de Jaehyun irem hesitantes a sua camisa, puxando-a para aproximar os corpos e o mais velho sentiu um arrepio bom e ansioso lhe percorrer.   

— Você é tão bonito, pena que não tem nenhuma educação.    

Sério que ele disse isso? Taeyong estava preparado para debater, mas as pontas dos dedos de Jaehyun passando por seu peitoral e sua respiração chocando-se ao rosto do pescador foi anestesiante demais. Quando por fim, o menor tomou os lábios colando com delicadeza e usufruindo da maciez lhe envolvida, Taeyong notou que não poderia voltar atrás, permanecendo quieto e deixando Jaehyun controlar ele por completo.    

Parecia um efeito do mais novo sob si, logo ele veria que era exatamente o começo dos efeitos dele sob si.    

A mente de Taeyong estava confusa e prazerosa com o toque agradável, muito mais agradável que o beijo de sua ex namorada Seulgi. Estava também curioso até que ponto o Jaehyun iria.   

Aquele era só o começo do descontrole emocional, na verdade.    

Quando Jaehyun entreabriu os lábios de Taeyong, que permitiu a entrada da língua do mais novo tudo aumentou em proporções inimagináveis e quando viu um passo a mais para colar os corpos foi dado por ele, sentindo a pele queimar com o beijo saboroso do mais novo vizinho. Jaehyun levou as mãos para a nuca de Taeyong, agarrando os fios do mais velho em um pedido silencioso para mais contato, contudo, logo ele afastou-se com o cenho franzido e o inesperado aconteceu...   

Jung Jaehyun simplesmente se contorceu vomitando na areia todo o líquido de álcool presente em seu corpo que estava causando uma confusão na boca de seu estômago. Taeyong ficou surpreso demais olhando a cena, a perplexidade só aumentou quando Jaehyun ergueu-se o olhando com um sorriso enorme no rosto ao falar.    

— Meu nome é Jung Jaehyun, prazer.    

Taeyong cruzou os braços, querendo soltar uma risada irônica, porém, contentou-se em apenas bufar.    

— Não faça mais isso. Eu não tenho interesse em você.    

Dando as costas para o mais novo Taeyong recuou pensando em dizer-lhe que não tinha interesse em garotos, mas apenas seguiu em frente, caminhando novamente para sua casa onde já deveria estar há horas. Aquela ele já sabia que seria mais uma noite que não dormiria remoendo o fato de ter sido extremamente estúpido com Jaehyun. Assim como uma noite que em meio a sorrisos ele lembrava de toda a confusão que era Jaehyun e sua confiança não abalada, assim como a confusão de seus lábios e corpo em reação aquele beijo.    

   

☀☀☀  

   

— Temos que conversar! — Foi a primeira coisa que Taeyong disse ao ver Ten caminhando na direção da porta de sua casa, antes mesmo que ele pudesse bater na porta de madeira o Na já estava em seu campo de visão o puxando pelo o braço.    

Ten logo franziu o cenho, confuso com toda a ansiedade do amigo ao puxá-lo para bem longe na praia, em uma parte mais reservada e sentar-se de frente as ondas, o puxando para fazer o mesmo sem qualquer alternativa e direito de reclamações.    

— Meu Deus, Taeyong. — Ten reclamou, puxando o braço dele de volta e ajeitando a manga de sua camiseta. — Assim vai arrancar meu braço fora e entregar como oferenda no mar? — Perguntou incrédulo.    

— Tenho que conversar contigo sobre algo que aconteceu...   

— Eu também. — Ten interrompeu animado. — Estou namorando.    

Aquilo sim era bastante surpreendente, fazendo o Na arquear uma de suas sobrancelhas e ajeitar sua postura olhando para o amigo.    

— Okay, você conta primeiro, por que isso é um milagre. — Fez uma careta, parando rapidamente para olhar desconfiado ao amigo. — Não me diga que é aqueles namoros que você sempre diz estar, sendo que são cinco pessoas diferentes e na sua imaginação por favor. Sem tempo.  

Ten sorriu, empurrando Taeyong pelos os ombros.    

— Eu quero respeito e ser levado a sério uma vez na vida, Na Taeyong. — Fingiu estar sério, logo sorrindo novamente. — Sabe Huang Hendery?    

— Meu vizinho? — Taeyong sorriu. — É difícil não conhecer todos aqui Ten. Bom, ele é seu namorado?    

Com um sorriso ainda maior em seu rosto bonito, o tailandês balançou a cabeça em negação.    

— O pai dele não tinha morrido recentemente? — Sabia disso pois seu pai era melhor amigo do homem que desapareceu há um tempo, logo presumido como morto.    

— Sim, infelizmente está sendo bem difícil para os Huang. E já estávamos juntos tem algum tempo, resolvendo nos assumir agora. A família dele foi super de boa, me aproximei muito do caçula, Renjun. Yang Yang é mais um cãozinho em forma de gente...   

Taeyong sorriu.    

— Não acredito que você andava me escondendo isso, sou seu melhor amigo! — Taeyong o repreendeu fingindo estar chateado com toda a situação, quando na verdade estava bastante feliz pelo o amigo.    

— Para, eu ia contar. Bom, o que você tem a me dizer, hein?   

— Nah, se você não me contou então nem merece...   

— Na Taeyong para com isso! — Ten repreendeu com risadas, empurrando-o novamente para então o abraçar com carinho.    

Taeyong então o contou, a respeito de Jaehyun, o fiasco da primeira tentativa do garoto de gentileza com ele e possivelmente fazer amizade por ali e a forma como Taeyong o recebeu, contou sobre os garotos mexendo com ele, ao que Ten o interrompeu para xingar a todos os que já são conhecidos por ele — inclusive a amizade dele com o Na se deu através deles. E então o Na contou finalmente e com bastante hesitação sobre o beijo, sentindo-se meio idiota no momento que o fez, porém sendo bastante honesto sobre toda a confusão que sua mente estava e a forma como beijar um garoto pela a primeira vez, não foi ruim como imaginara ser para quem jurava não gostar de garotos, na verdade algo que não saia de sua mente até então.     

Jaehyun naquele dia resolveu sair cedo para caminhar na praia, ver Taeyong ali, contudo, o deixou bastante perturbado e envergonhado pois recordava-se muito bem da noite anterior e um arrependimento pelo o que fez lhe subiu o corpo, deixando seu rosto facilmente avermelhado. Notou a forma inclusive que ele estava tão próximo do outro garoto, chegando a ficar envergonhado ao pensar que ele poderia na verdade ter algo com ele, era notável a intimidade na forma que os dois sorriam um para o outro e abraçavam-se.    

Em um desses abraços, Taeyong virou o rosto, encontrando-o lhe observando e Jaehyun não poderia ficar ainda mais envergonhado, com vontade de jogar-se no mar e deixar as ondas o levarem rapidamente para longe dali, mesmo que para o fundo do oceano. Rapidamente virou o rosto, voltando a correr pela a praia para bem longe do casal. Uma hora, contudo, precisaria pedir desculpas a ele pelo o ocorrido.    

Porém não seria naquele dia.   

Colocou os fones de ouvido, e provavelmente a música empolgante em seu ouvido tenha o distraído de escutar os passos aproximando de si, era uma praia e estava correndo e não era muito difícil ter pessoas correndo naquele horário para fazer algum exercício, o que dificultou ainda mais em notar Na Taeyong correndo ao seu lado e puxando seu braço para fazê-lo parar.   

Jaehyun ficou surpreso demais, demorando para tirar os fones de ouvido e escutar as palavras hesitantes do coreano.   

— Olha só, se for sobre ontem... Me desculpa, okay? Eu estava meio fora de mim e devo ter confundido algumas coisas. O álcool me deixa bastante carente, essa é a única explicação plausível. — Colocou a mão na testa pressionando o local inconscientemente. — Me desculpa se causei problemas para você com seu namorado...  

— Namorado? — Taeyong perguntou confuso, Jaehyun assentiu tão perdido quanto ele.   

— Sim, aquele que estava com você.   

Na Taeyong recuou um passo, não conseguindo controlar a risada que lhe deixou. Jaehyun o olhou incrédulo, ele era louco, aquela era a hora perfeita de continuar a andar e se fazer de bobo? Droga, por que foi ser tão simpático? Simpatia é problema.   

— Ele não é meu namorado. Eu não gosto de garotos...   

O Jung arregalou seus olhos com o rosto completamente avermelhado, olhando para os lados de forma desconcertada demais. Droga, tinha beijado um cara hetero que provavelmente o bateria e jogaria seu corpo no mar atrás dele. Olhou novamente para o Na, arriscando estreitar seus olhos.   

— Tem certeza? Quer dizer, você me parece...  

— Gay? — Taeyong riu, mas seu rosto estava corado e era notável como ele estava tão desconfortável com a situação quanto Jaehyun. — Na verdade, não tenho certeza não.   

Jaehyun arqueou as sobrancelhas, se aquele fosse um flerte ele estava bastante confuso com a péssima habilidade. Ele parecia ser contraditório demais para isso.   

— Me encontra mais tarde, perto dos barcos e das rochas. Vou estar te esperando lá as 22:00 horas. — O Na disse antes de dar as costas ao mais novo.   

Jaehyun achou loucura, porém colocou seus fones voltando a correr. Não é como se ele pudesse negar de qualquer forma quando o outro sequer o deu liberdade para isso.   

  

☀☀☀  

  

Aquilo era loucura.   

Repetiu a si mesmo no momento que se viu sozinho as 22:20 da noite perto dos barcos exatamente como o combinado, olhou o relógio marcado em seu celular, encostando-se no barco logo atrás dele. O local era bastante escondido, exatamente por não querer problemas novamente e por todos os barcos guardados ali.   

— Me desculpe a demora. — A voz de Taeyong soou atingindo Jaehyun, que deu um pequeno salto de surpresa, quase derrubando o aparelho de sua mão direto na areia abaixo deles. Jaehyun olhou irritado, o rosto corado pelo o susto deixou o mais velho meio bobo, o garoto parecia ficar com bochechas rosadas fácil demais.   

— Você precisa ser tão silencioso assim? — Jaehyun disse sem pensar, seu pensamento saindo mais alto do que devia. De todas as vezes que nos últimos dias encontrou o garoto da praia, em todas as vezes ele era silencioso demais, com exceção em seu descuido com a caixa. Taeyong arqueou as sobrancelhas, com um sorriso divertido moldado no rosto perfeito e bronzeado. Inferno.   

— Desculpe. Não quis chamar atenção. — Taeyong disse, com um tom mais baixo.   

Ele se aproximou e olhou para os lados, o que fez Jaehyun semicerrar os olhos em resposta, ele estava os escondendo? Arqueou a sobrancelha, olhando para o sorriso irritante e os olhos brilhando.   

— Não quer que ninguém lhe veja comigo? — O Jung ousou perguntar, o tom saindo muito mais debochado do que deveria ao cruzar os braços.   

Taeyong riu, suas mãos indo para a cintura fina moldada pela a calça de moletom apertada que Jaehyun vestia naquela noite, segurando a cintura para aproximar os corpos um pouco mais.   

— Na verdade, não quero ninguém nos atrapalhando.   

Jaehyun ficou surpreso com a resposta, principalmente quando ela saiu tão sussurrada próximo aos seus lábios. Em um movimento delicado Taeyong levou as mãos ao rosto do mais novo que parecia menos confiante sem o álcool presente em seu corpo. Jaehyun se encolheu por ainda pensar em uma resposta para tudo aquilo, odiava não ter uma resposta a altura em momentos como aquele, mas não queria recusar aquele contato, na verdade estava curioso.   

— Atrapalhando o quê? — Jaehyun perguntou, descendo o olhar para os lábios de Taeyong.   

— Minha confissão.   

Não entendendo, Jaehyun ergueu os olhos para o rosto, sentindo a bochecha quente por ele estar tão próximo, as respirações confundiam-se naquele pequeno espaço.   

— O quê?  

— Eu menti para você.   

O Na inclinou levemente a cabeça para o lado, olhando a pele do pescoço branca, seus olhos subindo para o espaço ao redor deles, a praia escura pela à noite e os dois pequenos comparados aos barcos descansando ali.   

— Quando? — Jaehyun questionou, sentindo a respiração se tornar descompassada. A pele se arrepiava em ansiedade, Taeyong desceu o olhar para a curvatura do pescoço com um sorrisinho, apertando a cintura em suas mãos e aproximando os lábios da pele de Jaehyun, a tocando com seus lábios quentes. O Jung prendeu a respiração sentindo subitamente um frio arrepiando todo seu corpo.   

— Eu tenho interesse em você. Para ser sincero, há algum tempo. — Taeyong confessou, se afastando para observar a reação do mais novo, que sorriu meio abobado.   

— Eu sabia que você era gay.   

Taeyong arqueou a sobrancelha, de todas as reações e respostas do mundo não esperava algo assim.   

— Me beija. — Dessa vez o pedido veio de Taeyong, que sorriu envergonhado no momento que o fez. Jaehyun ficou encantado, foi impossível não sorrir igualmente se aproximando rapidamente do Na para colar os lábios aos dele. Taeyong logo notara que os lábios alheios eram como fogo, Jaehyun tinha um equilíbrio perfeito de calmaria e ansiedade, tomando sua boca e se deleitando completamente nela. No momento que permitiu a entrada da língua as proporções aumentaram em níveis extremos. Ambos os corpos investiram um contra o outro, Taeyong o trazendo para mais perto de si com um puxão na cintura do mais novo que arfou contra sua boca.   

— Vem. — Taeyong puxou Jaehyun pela a mão em direção ao barco. Jaehyun riu nervoso e surpreso.   

— Podemos fazer isso, hyung?  

Taeyong deu de ombros pulando no barco e vendo o vizinho fazer o mesmo.   

— Não, mas vamos fazer.   

Jaehyun sorriu, vendo Taeyong sentar-se no barco o dando liberdade para com curiosidade explorar o local e o mais novo o fez, curioso mexendo em tudo que podia na estrutura que naquele momento não parecia assim tão pequena. Quando se deu por satisfeito, andou em direção a Taeyong olhando receoso para os lados, mas ao constatar a falta de pessoas ali próximas sentou-se atrevidamente no colo do Na que não tinha surpresa nenhuma em seu olhar, apenas um encantamento, como se Jaehyun fosse uma sereia e tivesse o encantado, o Jung gostou daquele olhar, gostou do aperto em sua cintura e do toque dos lábios de Taeyong em seu pescoço, subindo para sua boca.   

Suas mãos indo aos cabeços tingidos de castanho apertando-o contra seus dedos, o puxando para trás para deixá-lo explorar agora toda a pele do Na.   

— Quando eu era criança dizia que gostaria de ser um pirata. — Jaehyun dissera entre os beijos, com um sorriso. Taeyong que tinha seus olhos fechados aproveitando dos arrepios em sua pele sorriu. — O quão ridículo isso é para você?  

— Nenhum pouco. Eu também queria. Até achei que meu pai era, fiquei decepcionado quando soube que não era. — Taeyong riu, observando o rosto de Taeyong afastar-se de seu pescoço para o olhar com uma risadinha.   

— Vamos ser então.   

Jaehyun disse, segurando o rosto de Taeyong em suas mãos e devorando os lábios dele em um beijo nenhum pouco fofo, seu corpo fervia e ondulava-se sob o dele, rebolando no colo do Na em busca de um alívio. As mãos de Taeyong adentraram o tecido da camisa, passando com a ponta dos dedos pela a pele lisinha das costas do mais novo, arranhando todo o percurso e vendo-o estremecer em seu colo, provavelmente descobrindo um ponto frágil e sentindo-se extremamente satisfeito com isso.   

A ereção de Taeyong se enfurecia contra Jaehyun que passava a arfar entre os beijos, engolindo em seco ao sentir a própria doer. As línguas brigavam sem qualquer cuidado, tocando-se enfurecidas. As mãos de Taeyong subiram agarrando os fios de Jaehyun com força, arrancando um gemido maior dele no momento que o rosto foi para cima olhando o céu estrelado acima deles. O Na logo o trouxe novamente para contra si com o controle que tinha pelo o aperto e mordeu o lábio inferior tão convidativo, puxando-o para si.   

Logo Jaehyun o puxou pela a nuca, vendo Taeyong deitá-lo com cuidado na madeira abaixo deles e seu corpo subindo por cima dele, o beijando e deixando as línguas enroscarem-se, as mãos do Jung puxando a camisa dele para cima com ansiedade por mais, mais contato, queria tocar a pele de quem estava o deixando tão inebriado naquela noite. As mãos de Jaehyun por sua vez se posicionando com possessão sob a barra da calça alheia ao que o olhou com um sorriso cúmplice.   

☀☀☀  

 
 

 

— Precisa de ajuda? — Taeyong não ousou controlar seu sorriso ao escutar a voz do Jung tão próxima de si, o vendo apoiar as mãos no barco na qual Taeyong buscava os frutos do mar, junto a outros pescadores. 

— Se não for te atrapalhar. — Taeyong o olhou, os olhos descendo por Jaehyun que sabia muito bem as inúmeras intenções por trás daquele combo de olhar e sorriso tão desconcertantes. 

Jaehyun sorriu balançando a cabeça em negação como resposta.  

— Ao menos você não negou dessa vez. Não vai atrapalhar, não se preocupe. — O mais novo já tinha uma caixa em mãos prontamente ajudando o outro. 

Taeyong agradeceu com um sorriso, este deixando seus lábios no momento que observou a feição de seu pai o encarando distante, com os braços cruzados frente ao corpo e os olhos estreitos bem analíticos a toda a situação. Jaehyun acompanhou o olhar dele, arqueando a sobrancelha.  

— Seu pai? — Recordava-se da breve conversa que tiveram a respeito de suas famílias enquanto estavam deitados no barco, após tudo que ocorrera e como o senhor Na parecia ainda mais sério na sua visão naquele momento.  

Taeyong pareceu despertar com a voz do Jung, pois logo o olhou assentindo. — É sim. — Pigarreou.  

Não falaram mais sobre o assunto, também não era necessário. Jaehyun sabia pelo o olhar do homem que ele não simpatizava com sua presença ao lado do filho dele. Só que Taeyong quem deveria saber, só quem o importava gostar ou não era o Na. Jaehyun sabia que ele ao menos estava gostando muito da companhia do garoto, os beijos e os toques em seu corpo, toda a conexão que sentira no barco foi maravilhosa. Porém, descobrir que Taeyong não era um estúpido e sabia manter um diálogo após foi ainda melhor. E ele parecia igualmente apreciar sua companhia, embora calado, o olhar dele não negava.  

Os dois foram interrompidos por uma reclamação alta, ao olhar para o lado Taeyong suspirou alto, aproximando seus passos perto dos dois garotos que rolavam na areia da praia, pouco importando-se com a areia em seus cabelos, roupas e se duvidar, até mesmo nos olhos. Jaehyun seguiu Taeyong até onde as duas crianças estavam, não conhecia nenhuma das duas, deveriam ter seus doze ou treze anos de idade a julgar pela a altura. Dois garotos mais baixinhos e com aparência mais jovem estavam ali logo ao lado, não pareciam ter muita diferença de idade com os que estavam brigando, um inclusive tinha um bico fragilizado no rosto entristecido, ainda que suas mãos estivessem pressionadas em punho claramente chateado.  

— Jaemin! — Taeyong exclamou, tentando tirar o Na mais novo de cima de Xiaojun, que tinha seus olhos estreitos fervendo em raiva, segurando com força a camisa do oponente. Jaehyun o segurou, enquanto observava os outros dois, um deles com braços cruzados e justamente a quem Taeyong olhou.  

— Yang, o que é isso? — O Na mais velho perguntou, vendo-o bufar.  

— Eu mandei eles pararem. — Renjun quem defendeu-se, atraindo a atenção dos mais velhos para si.  

— Jaemin empurrou Renjun que estava tentando brincar com ele. — Justificou Yang enfezado, abraçando o irmão pelos os ombros.  

Agora tudo tinha ficado claro para Taeyong enquanto Jaehyun ainda tentava juntar os pontos da história, aqueles três eram irmãos? E aquele era o irmão de Taeyong a quem ele mencionou?  

Taeyong puxou Jaemin com mais força, agachando-se na frente dele, o mais novo o olhou com seus olhos frios, passando as mãos pela a franja para a tirar de seu rosto todo sujo de areia. Xiaojun reclamava para o ‘’tio’’ cujo era um Jaehyun em choque pela a forma chamada o soltar.  

—Xiao-ge, você está bem? — Yang se aproximou, ao que Xiao empurrava Jaehyun para se aproximar dos irmãos que usavam de sua língua chinesa para se comunicar, impossibilitando os coreanos de entendê-los. E deixando Jaehyun bastante curioso. Céus, custava eles falarem coreano para ele entender a situação melhor? Adolescentes só não eram piores que pré adolescentes que já julgavam-se ser adolescentes. Seu pai sempre disse isso e ele tinha que concordar.  

— Por que fez isso Jaemin? — Taeyong o perguntou, com o semblante sério. Jaemin deu de ombros, não querendo dar o braço a torcer. Renjun olhava tudo aquilo com um olhar entristecido demais e com os lábios pressionados o menor se afastou.  

— Ei. — Jaehyun puxou Renjun de volta para o lugar, atraindo a atenção dele e das outras crianças, incluindo Na Taeyong. — Sabe como resolvemos isso?  

— Como? — Xiaojun perguntou com as sobrancelhas arqueadas, o semblante ainda emburrado e os braços cruzados.  

— Com sorvete. — Jaehyun sorriu.  

Os garotos olharam desconfiados, mas logo um sorriso abriu no rosto deles, mesmo o de Jaemin tinha um sorriso de canto ao que Renjun permanecia abalado demais para contentar-se com isso.  

As crianças foram levadas pelos mais velhos até a sorveteria mais próxima e até Xiaojun sorria abertamente com um sorvete de morango e menta em suas mãos. Yang era o mais animado, rindo todo feliz enquanto acomodava-se no colo de Jaehyun, parecendo muito feliz por seu novo hyung.  

 

À noite, após deixar cada um em sua porta, os dois conversavam enquanto andavam juntos sentindo a brisa da praia batendo em seus rostos, os pés na areia enquanto abraçavam-se pelo o frio que os embalava no começo da noite.  

— Tenho medo de como Jaemin pode crescer sabe, eu mesmo já fiz muitas coisas erradas e julgamentos errados. — Taeyong confessou. — Dos quais eu me arrependo bastante. E sei que muito era para agradar meu velho, para ser exatamente como ele queria. Ainda que inconscientemente.  

Jaehyun assentiu, parecendo pensativo.  

— Minha família sempre foi mais de boa, quer dizer, foi um choque no começo. Acho que eu não era o estereótipo que eles imaginavam, mas depois... 

Taeyong sorriu, balançando a cabeça em uma compreensão e se mantendo calado, não sabia ao certo o que dizer. Ao estarem em frente a casa do mais novo, ele sorriu, colocando as mãos no bolso e assumindo o tom rosado em seu rosto na qual Taeyong adorava e não podia negar, estava igual. Não sabia o por que se sentia extremamente estranho na presença dele, só se sentia assim.  

— Eu vou indo... 

— É, eu também.  

Taeyong se aproximou e Jaehyun se sentiu ansioso, o corpo aquecido no momento que o Na passou os braços por sua cintura o abraçando e o Jung por sua vez, deixou os seus passarem pelos os ombros sentindo o cheiro forte do perfume que emanava na curva do pescoço dele.  

— Eu queria muito te beijar agora. — Taeyong confessou baixinho, Jaehyun se arrepiou com o sussurro em seu ouvido.  

— Eu também.  

Os dois afastaram-se se olhando cúmplices.  

— Ficar mais um tempo em nosso esconderijo não vai fazer mal algum, não é?  

Com um manear negativo e em algum ponto que ninguém poderia os ver entrelaçando suas mãos, eles seguiram para os barcos. Jaehyun se sentia de alguma forma bobo e feliz por terem um lugar para chamar deles, era estranho e poderia ser precipitado, mas agora ele sempre esperava chegar à noite para encontrá-lo ali.  

 
☀☀☀ 

Os dias passaram rápidos, a companhia de Jaehyun era cada vez mais frequentes, assim como os encontros. Contudo, as preocupações tornaram-se tão frequentes quanto.  

Taeyong não sabia por que se sentia tão nervoso em estar na casa de Jaehyun, os pais dele iam sair e foram um amor com o vizinho antes de sair, o Na nunca se sentira tão envergonhado frente aos dois que poderiam vir a ser seus sogros, era estranho para eles como os dois eram tão abertos a sexualidade do Jung.  

Mordeu o lábio nervoso ao se encontrar na piscina da casa, Jaehyun tirava sua camisa e calça ficando apenas de cueca e o olhando sugestivo demais ao entrar na água em um mergulho perfeito, Taeyong agachou-se frente a piscina, observando o corpo do mais novo aproximar sorrateiramente da borda, surgindo ali com as mãos apoiadas. O Na sorriu abaixando-se até ter os lábios roçando os de Jaehyun com um meio sorriso.  

— Não vai entrar? Temos a casa toda para nós por hoje... Meus pais foram para a cidade.  

Taeyong arqueou uma sobrancelha com a informação, entendendo perfeitamente por que o mais novo queria sua presença naquele dia. Levantou para livrar-se de suas calças, descendo as escadas da piscina grande ao passo que desabotoava os botões de sua camisa, notando como o tecido grudava em seu corpo conforme adentrava a água extremamente gelada. As mãos de Jaehyun tocando seu peitoral não contribuía, o arrepiando por completo e deixando o mais velho com os lábios secos, ansiando a tocar sua boca com a dele que sorria afastando-se.  

— Até na água você é silencioso. — Jaehyun comentou baixinho, mais para ele mesmo. Taeyong deixou o tecido na borda da piscina se aproximando mais do Jung, afim de envolvê-lo pela a cintura.  

— Habilidades como pirata. — Taeyong sorriu, fazendo Jaehyun rir e sua risada rouca era simplesmente gostosa demais em seus ouvidos.  

O Na apertou a cintura de Jaehyun o puxando mais contra seu corpo, sentindo a água ficar quente com o toque de ambos peitorais molhados e arrepiados, em um movimento rápido demais Taeyong virou os dois, colocando o corpo de Jaehyun contra a borda ao que o mais novo enroscou as pernas na cintura do Na que se deleitou com suas mãos por ali, apertando a carne dele e investindo contra o corpo alheio conforme seus lábios desciam pelo o pescoço.  

— Eu quero tanto você. — Sussurrou fechando seus olhos, escutando os murmúrios baixos proferidos pelo o mais novo. 

Jaehyun apertou as pernas contra Taeyong, fechando seus olhos e gemendo baixo com os estímulos em sua ereção. A água não atrapalhava como imaginava, na verdade deixava todo o clima ainda mais quente. Foi até fácil livrar-se das cuecas apertadas, assim como deslizar as mãos pelas duas ereções ao mesmo tempo tornou tudo ainda mais enlouquecedor.  

— Taeyong, eu quero você muito mais do que imagina.  

Taeyong sorriu, beijando o rosto de Jaehyun que suspirou o apertando mais com um abraço. O Na segurou seu membro, posicionando a ponta inchada e avermelhada contra a entrada de Jaehyun.  

— Eu também quero.  

— Vamos embora.  

O Na o olhou surpreso, Jaehyun fechou seus olhos engolindo em seco e gemendo baixo quando sentiu a invasão o preenchendo por completo. Os dedos dos pés sendo apertados e suas costas mais pressionadas contra a cerâmica.  

— Jaehyun... 

— Existe um barco indo embora. Vamos com eles. Vamos nos aventurar e viver, chega de ficarmos escondidos aqui...   

Jaehyun passou a controlar a cintura de Taeyong o investindo contra si, com a ajuda da água o empurrando e pressionando mais contra seu corpo ao que sua respiração se tornava mais pesada. Taeyong acariciou o rosto do mais novo com seu polegar, os olhos descendo com pesar para os lábios mordidos de Jaehyun pelo o prazer lhe tomando. 

— Isso é loucura.  

— Tudo isso é, eu estou louco por você e para sair daqui. Vamos comigo.  

Um gemido escapou-lhe no momento que Taeyong o estocou com mais força, investindo em um ponto tão sensível que as costas de Jaehyun arquearam-se instantaneamente se apertando mais ao Na. Taeyong semicerrando seus olhos e também gemendo pelo o prazer passou a tocar Jaehyun o estimulando e roubando a boca macia para mais um beijo. Toda a ideia era extremamente louca, mas Taeyong não podia negar que aquilo tinha aberto sua mente para algo nunca antes pensado.  

 

Mais tarde, quando os dois estavam no quarto do mais novo perto de dormir, Jaehyun disse que gostaria de testar uma coisa, sentando-se com um estojo preto em suas mãos na cama espaçosa. Taeyong se sentou, recebendo Jaehyun em seu colo e acariciando as pernas dele por cima do moletom enquanto o observava mexer com atenção na necessaire.  

O Na olhou para o batom que Jaehyun tinha nas mãos, mas nada disse, os olhos cravados no Jung enquanto ele o passava por seus lábios, como se estivesse pintando um quadro extremamente bonito. Taeyong era muito bonito na visão de Jaehyun, desde muito tempo o mais novo tinha a curiosidade de ver os lábios que tanto lhe chamavam a atenção assumindo inúmeras cores.  

Ao terminar sorriu, notando o Na passando a língua por seus lábios, Jaehyun levou suas mãos ali ao sentir as mãos de Taeyong em suas costas, deixou os dedos adentrarem os lábios entreabertos antes de inclinar-se para roubar um beijo da boca tão chamativa.  

Estava apaixonado por Taeyong. Não podia mais negar aquela realidade.  

 

☀☀☀ 

Mais uma noite em que Na Taeyong tinha que ir ao bar mais próximo tirar seu pai pois o mesmo estava fazendo confusão, alguns pescadores que trabalhavam com eles vieram lhe avisar o ocorrido, o fazendo ir a passos rápidos até lá. Em algum momento ao puxar o pai completamente fora de si e alcoolizado, escutou algum deles murmurar audível a todos. ‘’Viadinho’’.  

Aquele foi o estopim para acordar seu pai, furioso soltar-se de seu filho e ir contra os homens, puxando o homem pela a camisa e o jogando em uma das mesas.  

— O que você disse?  

— Todos sabem que seu filho e o garoto riquinho não se desgrudam mais, Na.  

O homem sentia o coração acelerado, mas não se importava ao levar a mão fechada em um soco certeiro no homem. Taeyong o puxou, com a ajuda de alguns homens tirando-o de cima do rapaz, por mais que ele mesmo estivesse com vontade de matar aquele homem que o olhava com um sorriso irônico.  

— Eu carrego daqui, tá tudo bem, obrigada. — Falou com os homens que assentiram, afastando-se enquanto os dois seguiam para casa.  

— Me solta! — O pai gritou empurrando o filho. — Meu filho viado?  

O homem gritou com raiva, as mãos apertadas em punho ao tomar a garrafa que tinha puxado antes de deixar o bar.  

— Isso não é verdade! Você comeu aquela garota, Seulgi não é? — O homem virou-se para o filho com um sorriso assustador demais, ele estava em negação e Taeyong sabia que podia simplesmente concordar e negar tudo aquilo. Só que estava cansado. Cansado de negar, de ser um brinquedo nas mãos de seu pai.  

O senhor Na logo reparou o silêncio do filho, seu rosto contorcendo-se com a realidade que batia em sua porta.  

— Vai embora! Eu não quero viado em minha casa, em minha família! Não criei filho meu para ser viado.  

O homem disse antes de acertar um soco no rosto de Taeyong que se virou com o ato brusco, segurando as lágrimas que vieram junto da dor.  

 

☀☀☀ 

 

Os gritos histéricos vinham da sala, Jaemin levantou-se rapidamente devido ao susto, e conforme andava no corredor, mais claro se fazia o dono da voz grossa que o tirava dos sonhos o levando ao começo de seu pesadelo. Os dois não pareciam sequer importa-se com a presença do pré adolescente ali, e os olhos curiosos observavam a tudo como uma águia, observando com cuidado o maxilar travado na face de seu irmão. Seu pai encontrava-se bêbado, isso era nítido até pela a forma como deixava gargalhadas sarcásticas contra a cara de Na Taeyong, que tinha as mãos apertadas em punho ao lado de seu corpo.  

— Hyung? — Jaemin quebrou o silêncio ao ver o irmão segurar com força na camisa de seu pai. Assustou-se rapidamente, temendo o que aquele simples ato poderia ocasionar. Seu chamado pareceu funcionar, pois logo Taeyong o encarou em meio a pouca luz que vinha do corredor.  

— Jaemin-ah, vá dormir. — Taeyong disse, e o menor conseguiu escutar o suspiro sôfrego e exausto dele, o mais velho esquecendo-se por segundos da raiva que estava antes com a visão do irmão assustado ali. No entanto, Jaemin tinha toda a razão em preocupar-se, pois logo o pai pegou Taeyong pelo colarinho da camisa.  

— É Jaemin, vá dormir, para não ver a surra que vou dar nesse viadinho. — O homem falou alto, em um misto de risada e fúria, que assustava ao mais novo pela a dualidade. Jaemin sentiu o corpo todo tremer e gostaria realmente de sair dali, para não ter que escutar nada daquilo. — Você sabia que seu irmão é gay, Jaemin? Sabia? Fica grudado no filho dos Jung como se fosse um cachorrinho.  

As palavras pareciam veneno atingindo ao pior de Taeyong, que respirava fundo controlando toda a vontade que tinha em defender-se, porém não podia. Apesar de ser um nojento, tratava-se da figura de seu pai. Devia respeitá-lo. Por mais que ele não o respeitasse.  

— Para com isso, pai. — Jaemin suplicou, aproximando ainda que hesitantes dos dois. Não encarava seu irmão, seus olhos estavam vidrados em seu pai, como se o homem mais velho fosse parar somente pelo o seu olhar. Até parece! Senhor Na riu ainda mais, jogando o corpo derrotado de Taeyong no sofá e buscando por sua garrafa de álcool.  

— Você me dá orgulho, Jaemin. — O homem sorriu para o menor, que se sentiu de repente muito errado por aquilo, por ser merecedor daquele orgulho. Exatamente por que sabia que só era merecedor por seu irmão não gostar de garotas. — Por que você não pode ser como Jaemin? Por que não pode ficar com garotas como um garoto normal?  

Taeyong não conseguia mais conter as lágrimas, assim como o próprio Jaemin ao ver o irmão naquela situação. Um tapa foi desferido na pele branca de seu irmão mais velho e parecia que o tapa tinha sido desferido contra ele, a mão sendo colocada em seu rosto no exato momento assim como os olhos se fechando. 

— Pai, larga ele. — Jaemin voltou a pedir. — Esquece isso. O Taeyong não gosta de garotos.  

— Gosta tanto, que eu o encontrei aos beijos perto dos barcos com aquele tal de Jung Jaehyun. Aquele moleque riquinho, eu sabia que não era uma boa influência a Taeyong. — As mãos do homem tremiam, de modo que muito do líquido da garrafa era despejado no ar quando seu braço balançava exasperadamente. Jaemin fechou os olhos, engolindo em seco.  

— Jaemin, vá para o quarto. Eu vou já, prometo.  

Os dois dividiam o quarto desde novos na pequena casa, era natural que fossem tão próximos assim e naquela noite Jaemin só sentia que não deveria deixá-lo ali. Nunca se meteu quando o pai e o irmão brigavam e as brigas eram sempre constantes, mas aquela era a hora certa de se meter sim. 

— Não, eu vou ficar aqui. 

— Melhor você ir Jaemin.. — O pai avisou. — Melhor nem dormir mais com seu irmão.  

Taeyong olhou com nojo para o homem, aquilo tinha ido simplesmente longe demais. Não controlou o impulso de levantar-se no exato momento, as mãos se fechando e os batimentos cardíacos acelerados pela a fúria que lhe tomava conta, o braço erguido e então tudo foi rápido demais para que Jaemin pudesse tomar alguma atitude contra. Seu hyung jogou-se contra o pai, o desferindo socos enquanto o homem gritava em meio a risadas e lágrimas, lágrimas de desgosto pelo o filho mais velho.  

— Taeyong hyung, solte-o. — Jaemin se aproximou correndo, puxando a camisa de seu irmão. O rosto banhado em lágrimas enquanto tentava tirar o irmão daquele buraco negro, no entanto no momento que seu irmão se virou sentiu o peso da mão contra seu rosto o fazendo cair no chão pela a força. Taeyong parou, o olhando rapidamente e completamente arrependido ao ver a bochecha avermelhada do menor com o tapa que o deu sem querer.  

— Jae... — Tentou se aproximar, mas teve seu braço puxado pelo o pai antes mesmo que pudesse tocar no rosto delicado do adolescente.  

— Chega! Olha o que você fez.  

— Eu não... — Taeyong olhou nervoso para o pai e em seguida para o mais novo entre eles. — Desculpa.  

Tentou tocar o irmão, porém Jaemin hesitou automaticamente afastando-se. Taeyong sabia que era uma reação natural do ser humano, então não o culpou, mas sentiu-se péssimo com isso.  

— Está tudo bem. — Jaemin tentou assegurar-lhe.  

Após isso houve um silêncio, Jaemin acompanhou seu pai para seu quarto, o senhor Na estava tão bêbado que logo o sono o acolheu, como se não houvesse praticamente quebrado tudo. Como se não houvesse quebrado o coração de seu primogênito e quebrado algo dentro do mais novo.  

Jaemin voltou para seu quarto, observando um Taeyong calado, completamente fechado em seu próprio mundo enquanto encarava o teto. O menor deitou-se ao seu lado.  

— Hyung... Não liga para o papai. Ele só estava bêbado. Você sabe.  

— Não somos obrigados a aguentar isso, Jaemin. — Taeyong virou-se para o irmão. Jaemin não soube o que responder, portanto apenas ficou em silêncio, era carinhoso com seu hyung então não demorou para adormecer com os braços passados pelo o corpo dele. 

 

 

☀☀☀ 

— Está tudo pronto? — Jaehyun o perguntou, as mãos em seus ombros e um olhar extremamente doce e acolhedor. — Taeyong, tem certeza que não vai se despedir de Jaemin?  

Taeyong suspirou, não queria fazer isso, pois sabia que Jaemin era seu ponto mais frágil e no momento que o menor o pedisse para ficar ele ia querer ficar.  

— Já vão sair. — Hendery quem disse, aproximando-se com Ten o abraçando de lado e olhando com lágrimas em seus olhos para seu melhor amigo. 

Yang, Huang e XiaoJun se aproximaram tímidos para despedir-se dos dois, incluindo Jaehyun a quem Yang tinha jurado amores eternos após o sorvete. Win Win, um dos irmãos dos meninos iam com eles, assim como outros garotos locais a quem Jaehyun só conhecia de vista até então.  

— Hyung!  

Taeyong travou com o chamado, reconhecendo imediatamente a voz de Jaemin. Virou-se na mesma hora, os olhos pressionados, respirando fundo como se não quisesse acreditar que seu irmão mais novo estava ali.  

— Eu preciso ir, Jaemin.  

Jaemin se aproximou, notando então suas malas com mochilas, alguns outros da região que eram amigos do seu irmão mais velho estavam ali subindo em um navio. Era natural que houvesse muitos navios ali, ainda mais naquele início de ano então sequer o reconheceu de primeira. Porém após aquele dia Na Jaemin sabia que nunca mais esqueceria aquela estrutura e todos os seus detalhes, Na Jaemin nunca mais esqueceria o navio 127 que ele passou anos acreditando tirar seu irmão do seu lado, tirá-lo de casa e fazer com que seu pai sofresse ainda mais envolvido ao álcool. O senhor Na tinha acabado de perder o melhor amigo, o pai dos chineses e agora perdeu também o filho, pelo menos isso que ele gritava a todos os pulmões. Isso era o que ele mais gostava de jogar contra o filho mais novo.  

"Na Taeyong está morto."  

 

☀☀☀ 

Ao amanhecer, o vento gelado em meio ao oceano os abraçando no convés, os rostos desconhecidos se observando e conhecendo-se.  

— Eu sou Kim Doyoung. Este é Kim Jungwoo. — O homem apresentou seu parceiro, que continha um sorriso tímido em seus lábios.  

— Nakamoto Yuta. — Disse com um sotaque carregado.  

— Podem me chamar de Johnny.  

— Taeil. — O homem disse tímido com um aceno da mão.  

— Win Win. — O chinês disse ao lado de Taeil a quem já tinha muito se afeiçoado, assim como Jaehyun que tinha sido bastante acolhedor com ele desde que se mudara.  

— Sou Jaehyun e este é meu namorado... 

— Lee Taeyong. — Taeyong o interrompeu com um sorriso no rosto. Jaehyun o olhou atento antes de assentir. Aquele olhar muito mais intenso, escondendo muito mais por trás. 

Todos se olharam com sorrisos, o navio 127 estava em meio ao oceano sem um ponto fixo para ir até então, mas com uma certeza de liberdade muito grande.  

 

Jaehyun abraçou Taeyong por trás enquanto este olhava a imensidão que o navio já tinha percorrido deixando para trás um passado repleto de correntes. Seus braços em torno da cintura eram intensos, uma certeza de que estava ali por ele e com ele. 

— Um dia vamos voltar e encontrá-los. — Jaehyun disse. Taeyong tinha uma lágrima solitária e silenciosa escorrendo por seu rosto, assentindo. Ele voltaria, ele buscaria Jaemin. 

Na Taeyong viveu a vida em uma prisão, em uma personalidade como uma sombra de seu pai, de suas atitudes. Taeyong jamais culparia o homem que certamente teve uma criação tão complicada quanto a sua, mas Taeyong jamais admitiria que se tornasse ele, ele não poderia ser uma sombra, um fantasma de seu pai. Taeyong precisava viver sua vida, libertar-se e percorrer um caminho para viver com quem ama independente de sua sexualidade. Notou que o 127 logo tornou-se sua família, com o tempo novos chegaram, deviam ser um pouco mais velhos que Na Jaemin seria, Lee Donghyuck e Mark Lee chegaram ao 127 sendo rapidamente acolhidos, Taeyong assumiu um ar paterno com os garotos que sabia ser a falta que Jaemin o fazia, mas ele seguia pensando que um dia voltaria pelo o garoto. Contudo, por enquanto Na Jaemin precisava estudar, crescer em um solo fixo e mais certo do que a realidade incerta que ele vivia agora. Lee Taeyong queria conhecer o mundo com Jung Jaehyun a quem o mostrou as inúmeras possibilidades, a quem o trouxe sua mais nova família e sua também liberdade, através do navio 127.  Era a sua maré de sorte. 


Notas Finais


Primeiramente quero pedir desculpas por qualquer erro que tenha, escrevi toda pelo o computador e minha vista tá péssima. Segundo que, eu realmente esperava mais dessa história, não fiquei 100% satisfeita com o resultado dela no final, mas eu estou com tantas histórias no momento e queria realmente mostrar mais da criação ríspida e etc, mas não deu para aprofundar-se. Also, essa história também fala muito sobre mim mesma, sentido de mudanças, criação preconceituosa, liberdade, sexualidade então foi complicado demais escrever e ao mesmo tempo prazerosa.
Queria trazer essa spin off de contra maré há tempos, jaeyong é um casal bastante citado em contra maré e todos amavam e queriam ver a história, portanto, resolvi trazer separadamente. Quem não ler contra maré e se interessa por ver a continuação de maré de sorte, segue o link da história e de seu trailer disponível no YouTube:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/contra-mare-17802582

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Wfg3pNYzeno

Eu também tenho outras histórias Jaeyong, uma em andamento e outra finalizada. Assim como uma YuJae finalizada, deixarei os links caso interesse a vocês.

Jaeyong:
https://www.spiritfanfiction.com/historia/akai-ito-17555999

https://www.spiritfanfiction.com/historia/real-vibe-killer-17337859

Yujae:
https://www.spiritfanfiction.com/historia/um-samurai-em-minha-vida-18154629

Obrigada e espero que gostem!


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