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História Maria - CAPÍTULO 3


Escrita por: mariialopees

Capítulo 4 - CAPÍTULO 3


Na aula de educação física, me sento na arquibancada esperando as ordens do técnico. Lá em Felipe Camarão, aos sábado eu jogava vôlei com os meninos na quadra perto da escola. Mas nesse colégio, eu não sinto nenhuma vontade de entrar pro time. No aquecimento, o técnico forma um único grupo pra jogar sete cortes. É um jogo em que cada jogador só pode tocar na bola uma vez, e no sétimo toque do jogo um jogador ataca, se a pessoa que receber não defender saí da rodada, mas se defender quem sai é quem atacou. Vejo as meninas do vôlei olhando na nossa direção (da Bia, Biel e minha) e cochichando, fico com uma má sensação.

O Jogo começa, e nenhum de nós três recebemos a bola, no sexto toque a Stefani levanta e a Maize ataca, acertando a Bia no rosto, enquanto a Bia cobre o rosto com a mãos e se curva de dor, Maize fica rindo. O que me tira do sério, vou pra cima dela é a empurro.

- Ficou maluca? - ela me questiona espantada.

- Você fez de propósito - o técnico vem

- Lopes, não admitimos violência no colégio.

- Ela fez de propósito - grito.

- É consequências do jogo, isso poderia acabar acontecendo - ele explica, enquanto Maize fica rindo em suas costas e Biel saí ajudando Bia a se sentar na arquibancada e molha seu rosto.

- Então, tá bom, já que o Sr tá dizendo, quem sou eu para discordar - digo cinicamente - desculpe-me.

- Voltemos ao jogo.

Eu fiquei em alerta, 1º toque... meu coração batendo bem forte, 2º toque... Eu não tava prestando atenção em mais ninguém, só na bola e em Maize, 3º, 4º e 5º toque, no 6º toque percebi que a Virgínia ia levantar novamente para a Maize, saí de onde eu estava e fui em busca da bola, chegando antes dela na bola, ataque como se fosse final de campeonato do Felipe Camarão, fazendo com que acerta-se em cheio e com força o rosto de Maize, fazendo com que seu nariz sangrasse.

- Maluca - ela grita, quase chorando, dou de ombros.

- Faz parte do jogo - digo olhando para ela cinicamente.

Fico só a espera da suspensão, já que Maize é a estrela do vôlei e o técnico a baba. Mas quando chega, o que ele diz me surpreende

- Você joga vôlei? - ele indaga

- Já joguei.

- E porque não informou, nem tentou entrar no time?

- Não tive interesse.

- Vamos treinar, pessoal. - e assim ele nos treina em saque, recepção e passe, no final ele vai formando o time com três garotos e três garotas, e faz um mata-a-mata.

O time oficial de vôlei foi o único que permaneceu o mesmo. Eu entro em um time com algumas pessoas que não sabem jogar. Mas só descubro quando entramos em quadra e de cara levamos seis pontos. Então no decorrer do jogo tento ajudá-los, explicando como recepcionar a bola de manchete, e fico correndo que nem doida de um lado para o outro tentando recuperar a bola que eles jogam errado, passando a bola sempre de segunda.

Acaba o treino e seguimos para o vestiário. Espero todas tomarem banho e saírem, aí eu resolvo entrar no banho. Quando eu tava vestindo a saia, alguém me puxa e me pressiona contra os armários. Minha cabeça vai direto as memórias do meu padrasto, me apavorando. Meu coração quase para. Começo a ofegar com o medo.

- Preste atenção, garota - fico aliviada em perceber que não é o meu padrasto, e sim o H. O interrompo.

- Preste atenção você, idiota. - tento me soltar - Tire suas mãozinhas de cima de mim, vá lá. Não sou suas negas pra tu chegar agarrando.

Isso faz com que ele arroche mais o meu braço me pressionando contra o armário.

- Aí, idiota, ta me machucando.

- Fica longe da Maize.

- Como se eu quisesse ficar perto dela - falo debochada. Ele se aproxima, e por um instante acho que ele vai me beijar, me assusto. Imagina aí, meu primeiro beijo acontecer com um idiota que tá me ameaçando. O cara nunca nem falou comigo.

- Eu tou avisando. Não chegue perto dela, entendeu. - ele me aperta mais.

- Sim, agora me solte.

- Outra coisa, fique longe do Pedro também. Cara como ele não são para garota como você. - diz com desprezo, baixo minha cabeça olhando para vê se tenho espaço para acertar a virilha dele, não tenho. Mas dou uma empurrada, seguida de uma joelhada. Ele cai no chão se contorcendo com a dor. Pego minha camisa da farda, pois é a única coisa que falta vestir.

- Primeiro, quem você pensa que é pra chegar me ameaçando?! Se você fizer isso novamente, não vai ser só uma joelhada que vou te dar. Segundo, você deveria manda-los ficarem longe dos meus amigos e de mim. Terceiro, eu acertei a sua namoradinha porque eu quis, e acertarei mil vezes se for necessário, não sei quem vocês pensam que são, mas comigo as coisas funcionam na base da devolução. Fez? Recebe! - me viro pra sair, mas antes volto e digo - você pode até ter um rei na barriga, mas eu não vou me curvar a você.

Saio deixando ele lá, no chão. Não sei o que o chocou mais, a joelhada ou o que eu disse.

Sigo para minha próxima aula, o Pedro senta ao meu lado, depois o H entra me olhando feio. A Bia na minha frente e o Biel ao lado dela.

- Onde você tava - Bia questiona - tavamos procurando por você.

- Eu fiquei para tomar banho por último. - digo apenas.

- Ahh - o professor entra e ela se vira novamente para a frente. Sinto que alguém tá me encarando e quando vejo é o H e o Pedro, esse último pisca para mim quando eu olho, o que me faz me virar para a frente rapidamente.

Por fim a aula acaba, espero o Biel e a Bia. Embora eu não tenha demonstrado, mas o incidente com o H me deixou assustada. E por experiência própria, eu não vou deixar transparecer, pois pessoas como ele e meu padrasto se alimentam do medo.


Notas Finais


Eaê galera, tudo bem com vocês?!
Gostaria que vocês dissessem o que tão achando, e curtisse.
Bjs 💋 Amo vocês.


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