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História Marked For Death - Kayla


Escrita por: ollgspmodel

Notas do Autor


Oi amores, aqui esta mais um cap da fic.
Boa leitura!

Capítulo 7 - Kayla


Fanfic / Fanfiction Marked For Death - Kayla

Justin Point of View.

Estaciono o meu carro em frente ao necrotério, abro a porta e saio do veículo arrumando o meu blazer cinza. Vir a esse lugar está se tornando um hábito cada vez mais comum quando acordo toda manhã. Olho a hora na tela do celular e solto um suspiro profundo ao perceber que Kayla está atrasada, encosto no capô do meu carro e fico esperando por ela. Depois de dez minutos, vejo a morena saindo de um táxi. Ela se aproxima de mim e arruma o seu blazer.

— Está atrasada. — digo, cruzando os braços.

— Eu sei, me desculpe. — ela diz empurrando a porta de entrada. Passamos pela recepção e seguimos em direção à sala do legista.

— Porque anda chegando atrasada nos nossos compromissos? Kayla, você nunca fez isso antes.

— Me desculpe, eu passei a noite toda sem dormir.

— Por quê? O que estava fazendo? — empurro a porta de metal e assim que entro na sala sinto os pelos da minha nuca se arrepiar por causa do ar-condicionado.

— Nada, vamos focar no nosso trabalho. — ela responde, então nos aproximamos dos corpos do senhor Adam Jones e de Isabella Adams.

— Bom dia! — diz o legista.

— Bom dia! — respondo. — O que aconteceu com eles?

— Como vocês já sabem eles sofreram um acidente de carro, ela estava sem cinto de segurança e atravessou o vidro. Já no senhor Jones, as ferragens perfuraram o seu tronco com a batida. — vejo o rosto quase deformado da garota e sangue pisado em seus cabelos. Ele abre o saco plástico, e o meu estômago revira ao ver o peito e o abdômen do senhor Jones aberto, a carne morta está quase como se estivesse mastigada por causa dos vários buracos.

— Mais alguma coisa? — pergunto, levando a mão à boca, então ele fecha o saco novamente.

— Eu estava fazendo a autópsia dos corpos com uma ajudante, e ela encontrou esperma na senhorita Adams. Eles devem ter transado antes do acidente. Eu mandei o sêmen para o laboratório para confirmar se é mesmo do senhor Jones.

— Obrigada! — diz Kayla, que não parecia estar nenhum pouco incomodada com tudo isso. Sei que o nosso trabalho exige sempre ser neutros e não envolver os nossos sentimentos nos casos, mas sempre achei acidente de carro a pior maneira de se morrer. — Vamos Justin, precisamos conversar com Alex agora.

Sigo com Kayla para fora da sala, passamos pelos corredores gelados e até mesmo um pouco sombrios, e voltamos para a recepção. Minha parceira fala com a recepcionista, enquanto vejo as pessoas serem atendidas e os médicos passando de um lado para o outro. Depois Kayla e eu seguimos uma enfermeira até ao quarto da senhorita Jones.

Assim que abro a porta vejo Alex em cima da cama sozinha chorando baixinho.

— Alex Jones. — diz Kayla, chamando a atenção da garota loira. — Meu parceiro e eu viemos conversar com você.

— Como se sente, Alex? — pergunto, me sentando na cama perto dos seus pés.

— Péssima! — ela responde chorando, então lhe entrego uma caixa de lenços do criado mudo. — Obrigada! — Alex limpa as lágrimas do rosto com o lenço.

— Alex, onde está a sua mãe? — pergunto a ela.

— Eu liguei para ela, que disse que está vindo. — Alex responde soluçando.

— Meus sinceros pêsames pelo seu pai e a sua amiga. — digo como consolo.

— Você sabe onde a sua mãe passou a noite? — Kayla pergunta com frieza.

— Não, mas ela deve ter ficado em casa. — responde Alex. — Pode me dizer o que aconteceu com o meu pai e Bella?

— Alex, eles morreram em um acidente de carro, ainda não sabemos todos os detalhes, estamos esperando a perícia e os exames dos mortos. — respondo.  Precisamos de mais provas para saber se foi apenas um acidente ou se o carro foi sabotado.

— Isso está demorando demais, várias pessoas já morreram e vocês nem têm um suspeito. Estou cansada de ver as pessoas que eu amo sendo mortas por um assassino em série. — ela leva as mãos ao rosto.

— Você sabia que o seu pai e a senhorita Adams tinham um caso? — pergunta Kayla, cruzando os braços. Encaro o seu rosto e franzo o cenho tentando repreendê-la pela pergunta tão repentina.

— O quê? Eles tinham mesmo um caso? Estava achando que ele apenas estava dando uma carona a ela, meu pai sempre gostou da Isabella. — responde Alex.

— Gostava tanto que chegou a levá-la para a cama. — diz Kayla.

— Detetive Scott, se controle, por favor. — digo rude. — Alex, nós não temos certeza disso, então não podemos afirmar nada.

— Mas temos uma desconfiança sobre isso... — diz Kayla.

— Vão embora, saiam daqui. — diz Alex que encolhe as pernas e aperta os seus cabelos loiros. — Vão embora agora, eu não quero mais falar sobre isso. — ela grita.

— Alex, sua mãe sabia sobre isso? — continua Kayla, e Alex nega com a cabeça. — Você já deve ter ouvido sobre isso em alguma briga.

— Não, vão embora. — ela continua gritando.

— Kayla, para com isso. — digo me levantando e seguro o seu braço.

— Alex, você deve saber de qualquer coisa.

— Eu não sei de nada, saiam daqui.

As vozes das duas se misturam na minha mente, me deixando atordoado. Kayla se apoia na cama tentando induzir Alex a falar tudo o que sabe, mas a loira nega qualquer informação enquanto chora de forma descontrolada. Alex parece completamente perdida, como se o chão onde pisou durante toda a sua vida acabasse de desabar sobre seus pés. Kayla por sua continua irredutível, forçando e intimidando a garota de uma forma que nunca vi antes.

— Fala, Alex, diga alguma coisa. Qualquer detalhe pode ser importante. — insiste Kayla de forma dura.

— Já chega, Scott. — toco em seu ombro, tentando puxá-la para longe de Alex.

Depois de muito insistir, Kayla permite ser puxada por mim. Noto a irritação em seu olhar, e me pergunto em que momento ela ficou assim, tão irritada e irreconhecível.

— O que está acontecendo aqui? — a voz estridente da senhora Jones chega ao meu ouvido incomodando meus tímpanos. A mulher em frente à porta do quarto intercala seu olhar entre a filha chorando, e minha parceira irritada, tornando assim a sua reação a pior de todas dentro do quarto. Quase posso ver as chamas de raiva em seus olhos. — O que vocês dois fizeram com a minha filha? — ela se aproxima de Alex. —

Saiam daqui, agora. E não se aproximem de nós, a menos que seja para nos entregar a identidade deste maníaco.

— Senhora Jones, preciso que venha a delegacia prestar depoimento. — digo enquanto seguro o braço de Kayla, mantendo o seu corpo junto ao meu.

— Apenas saia daqui, eu passarei lá mais tarde. — ela responde.

Saio puxando Kayla pelo braço para fora do quarto da senhorita Jones, passamos pela recepção e saímos do hospital. Kayla dá um impulso livrando o seu braço da minha mão, ela arruma o seu blazer e passa à minha frente caminhando em direção ao meu carro.

— Você perdeu totalmente o juízo? — pergunto caminhando logo atrás dela. — Não viu que a garota está abalada com a morte do pai e da melhor amiga?!

— Não, Justin. Eu tenho certeza que Alex sabe alguma coisa que não está nos contando. — ela responde irritada. — Aquela mãe não me engana, aposto que ela sabe de alguma coisa e eu vou arrancar isso dela no interrogatório. — Kayla abre a porta do meu carro e ocupa o banco do passageiro. Dou a volta na frente do carro e entro no mesmo tomando o meu lugar de motorista, e passo o cinto de segurança.

— Nem pensar, eu vou interrogá-la sozinho. — digo enfiando a chave na ignição, então ligo o carro e saio dirigindo dali.

— Justin, você não pode fazer isso comigo. Nós estamos juntos nesse caso, você não pode me afastar. — ela argumenta desesperada.

— A partir do momento que a minha parceira surta tentando fazer uma garota inocente entrar em pânico, eu tenho todo o direito do mundo de afastá-la por algumas horas. Você não vai interrogá-la, e se ficar insistindo te afasto de vez do caso. — respondo irritado.

***

Levo o garfo à boca e sinto o gosto do queijo derretido da lasanha, esse é o meu almoço às quase 18h00min da noite, pois passei a tarde toda organizando e assinando uma montanha de papelada.

Olho em volta vendo os policiais passando do lado de fora da sala, depois volto a minha atenção para o mural à minha frente com fotos das pessoas que morreram. Assim que cheguei tive que adicionar a foto de Isabella Adams e Adam Jones.

Estranhamente, as pessoas assassinadas tinham um elo secreto e apenas o assassino sabe disso. Tem algo faltando nesse caso, alguma peça chave que eu ainda não consegui identificar. Por mais que eu ache que Kayla está sendo equivocada em desconfiar da senhora Jones, também existe uma parte de mim que acredita nisso, ainda mais agora que o seu marido morreu em um acidente do carro.

— Justin, a senhora Jones e a mãe de Isabella Adams já estão aqui. — diz Kayla chamando a minha atenção.

— Você não falou nada com a senhora Jones, né?! — digo me levantando e deixando metade da minha lasanha na embalagem. Adoraria ter mais cinco minutos de almoço, essa lasanha está realmente gostosa.

— Não, vou esperar por você. — ela cruza os braços.

— Ótimo! Por favor, interrogue a mãe de Isabella, enquanto eu converso com a senhora Jones.

— Está bem!

Passo por ela na porta e me dirijo em direção à sala de interrogatório. Abro a porta e vejo a senhora Jones sentada na cadeira metálica. Ela tinha os cabelos loiros amarrados em um rabo de cavalo. A senhora Jones levanta o seu olhar para mim, me encarando uma expressão carrancuda e com a testa enrugada. Fecho a porta da sala, puxo a cadeira e me sento à sua frente. Puxo as mangas da minha camisa social e pouso os antebraços sob a mesa.

— Pergunte logo o que você quer saber, eu tenho uma filha no hospital e não posso ficar perdendo o meu tempo aqui. — ela diz rude.

— Meus pêsames pela sua perda. — reprimo os lábios. — Eu fui ao legista hoje mais cedo, e como a senhora já deve saber o seu marido morreu com o impacto do acidente de carro...

— Vocês já descobriram quem é o assassino? — ela pergunta me interrompendo.

— Não, ainda estamos juntando as provas.

— Então não vejo motivo da minha presença nessa delegacia, achei que vocês tivessem alguma informação sobre esse monstro.

— Senhora Jones, conhece alguém que quisesse fazer mal ao seu marido ou à Isabella Adams? Talvez ele já tenha se envolvido em alguma briga.

— Não, meu marido era o tipo que passava mais tempo no trabalho ou em um motel qualquer com essa vadia da Isabella do que em casa com a família ou em um bar. — ela responde, travando o maxilar e com o olhar carregado de raiva.

— A senhora já sabia do caso entre os dois?

— Sim, aquela cadela nojenta ia a minha casa com a desculpinha de estudar com a Alex, mas na verdade ela ia para seduzir o idiota do meu marido.

— Então a senhora teria motivos para querer a senhorita Adams morta. — entrelaço os meus dedos.

— Se está insinuando que eu matei Isabella está muito enganado. Eu realmente não gosto dela, ela era uma vadia igual à mãe dela, mas não chegaria ao ponto de matá-la. — ela responde irritada.

— Eu não estou acusando a senhora de assassinato, apenas acredito que a senhora tivesse motivos para não querer Isabella no seu caminho, já que ela tinha um caso com o seu marido.

— Não quero responder mais nenhuma pergunta e só voltarei para essa delegacia com a presença do meu advogado. Eu tenho uma filha passando mal no hospital que precisa da minha atenção, não vou perder o meu tempo sendo acusada de algo que não fiz. — Marina se levanta ajeitando a bolsa no ombro. — Passe bem, detetive Bieber. — ela diz em um tom de deboche e sai da sala.

Saio da sala de interrogatório, então vejo a senhora Jones passar pela mãe de Isabella às pressas, parecia que ela ia afundar a madeira do chão com os passos. A senhora Adams sai chorando da delegacia. Volto para a sala de provas e assim que adentro o cômodo vejo Kayla parada de frente ao quadro com as fotos dos mortos e um grande ponto de interrogação no nosso assassino.

— Detetive Bieber, aqui estão resultados das perícias. — diz Robert atrás de mim, chamando não apenas a minha atenção, mas também a de Kayla. Viro-me para ele e pego os envelopes.

— Obrigado! — agradeço e ele assente, saindo da sala. Pouso os envelopes em cima da

mesa e começo a abri-los com Kayla. Sento-me e começo a ler em silêncio a perícia do carro do senhor Jones. — O freio do carro foi sabotado, não foram mortes acidentais, o nosso assassino em série matou os dois. — digo a Kayla.

Ela se levanta e começa a escrever na lousa branca abaixo das fotos de Adam Jones e Isabella.

— O esperma é mesmo do senhor Jones, isso confirma que os dois tinham um caso. Liam Carter e Rebecca Jones também eram amantes. — ela diz ainda escrevendo. — Temos quatros mortos, todos conhecidos e um assassino matando infiéis. — Kayla se vira para mim. — Ainda acho que a senhora Jones tem algo a haver com isso, eu conversei com a mãe de Isabella que me disse que a filha tinha problemas por causa do abandono do pai.

— Ela sabia que Isabella tinha um caso com o pai de Alex? — encosto-me no apoio da cadeira.

— Não, ela ficou chocada quando lhe disse.

— A senhora Jones já sabia do caso dos dois. — suspiro.

— E o que estamos fazendo aqui? Devíamos estar prendendo essa mulher agora mesmo. — diz Kayla indignada.

— Não temos o suficiente para acusá-la de assassinato em série. Porque ela mataria Liam e a própria filha? De acordo com os nossos registros, Rebecca já teve vício em drogas que a levaram a ser presa por agressividade. — mexo nas páginas soltas na mesa. — E a mãe a tirava da cadeia toda vez, e ainda defendeu o caso da filha com Liam na nossa frente.

— Talvez ela ficou cansada da família desequilibrada e decidiu matar todos. — ela cruza os braços. — Alex pode estar correndo risco de vida nesse momento e nós estamos aqui.

— Não vamos fazer nada com a senhora Jones sem provas, Kayla. — digo irritado e me levanto.

— Eu sinto que tem algo errado com essa mulher, Justin. — ela responde nervosa.

– Kayla, já chega. Eu vou ser obrigado a te afastar do caso se a acusas novamente! — digo quase gritando. — Já deu para mim por hoje, não vou ficar aqui aguentando a sua paranoia sem fundamento.

Saio dali antes que ela falasse mais alguma coisa, e segui para fora da delegacia. Nunca vi Kayla tão disposta a acusar uma pessoa sem provas, eu entendo que a senhora Jones não é uma boa mãe, pois bateu na filha bem na minha frente.

Irritado e frustrado eu saio empurrando a porta como se o vidro exigisse toda a minha força. Do lado de fora uma brisa bagunça meu cabelo, e eu bufo. O dia não está nada fácil hoje. Disposto a chegar em casa mais cedo e descontar as frustrações do dia em um banho gelado, eu bufo novamente ao perceber que esqueci a chave do carro em cima da mesa, sendo assim obrigado a voltar para onde estava. No meio do caminho, encontro com dois colegas de trabalho, e apesar do mau humor presente em mim, eu os comprimento.

— Eu tenho certeza de que ela está envolvida nesses assassinatos, não sei porque Justin não quer perceber. — ao ouvir a voz de Kayla de forma baixa e sorrateira, eu me escondo atrás da parede, atento a qualquer outra palavra dita. — Fique de olho na senhora Jones. — inclino minha cabeça para frente, tentando descobrir com quem a mesma conversa, mas ao perceber minha parceira vindo em minha direção eu rapidamente disfarço. — Eu pensei que tivesse ido embora.

— Esqueci a chave do carro. — aponto para a mesa onde minha chave se encontra. Ela apenas assente, e passa reto, deixando para trás uma trilha de dúvidas, que eu não vou pensar duas vezes antes de seguir.


Notas Finais


E agora, quem será esse assassino? Já vão deixando as apostas de vocês nos comentários, pois a fic já esta na sua reta final. Falta apenas dois caps para acabar e o nosso serial killer vai aparecer no proximo cap.

Minha nova fic: https://spiritfanfics.com/historia/impulses-6875941


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