Will, Jem e Alec tinham passado o ano novo juntos na casa do ultimo alfa citado. Eles fizeram uma bela ceia e passaram um bom tempo, felizes juntos e se divertindo. Eles eram um trio bastante feliz, eles ficavam felizes por terem um ao outro para se apoiarem nesses tempos difíceis.
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ANO NOVO, DOIS ANOS ATRÁS
Magnus e Alec estavam juntos há pouco mais de um ano – nessa época – e estavam bem felizes em seu relacionamento.
Esse ano Alec iria fazer diferente, em vez de ele passar o ano novo com a sua família, ele iria o passar com o seu ômega. Como seu pai não gostava de Magnus, eles não podiam passar todos juntos, então, ele escolheu passar com Magnus em vez de passar com sua família e deixar Magnus passar a virada de ano sozinho.
Alec planejou em eles fazerem um jantar no apartamento do Magnus, depois irem dar uma volta na praia e voltarem para a casa do ômega e ter mais uma noite de amor.
Eles iriam cozinhar a sua própria comida da ceia e não encomendar de restaurantes ou pedir para a cozinheira fazer como muitos casais faziam. Eles gostavam de cozinhar juntos, pois passavam um tempo bom e divertido.
Eles eram jovens, – dezesseis e quase dezessete anos – mas tinham aprendido a cozinhar. Magnus aprendeu a cozinhar por necessidade e Alec aprendeu por gosto, pois ele adorava cozinhar, principalmente para sua mãe que era mais próxima dele.
Os pais de Alec tinham uma rede de hotéis, mas ele passava mais tempo na cozinha dos hotéis do que na recepção, o que deixava seu pai bravo, pois ele era um Lightwood e um Lightwood tinha que administrar e não ficar na cozinha.
“Honre seu nome” – seu pai sempre dizia.
Eram 18 horas e Alec se arrumou pra ir pra casa de Magnus, para começarem a cozinhar a ceia de ano novo.
Alec estava vestido com uma blusa de manga curta da cor azul escura, que destacavam seus lindos olhos azuis. Uma bermuda de cor cáqui e tênis brancos. Ele deixou seus cabelos arrepiados do jeito que o seu Magnus gostava que ele usasse.
Chegando ao apartamento de Magnus, Alec entra com a sua chave e encontra Magnus em seu quarto terminando de se arrumar.
Seu alfa interno fica inquieto ao ver o seu ômega lindo daquele jeito. Mais do que já era acostumado a ser.
Magnus estava vestido com uma blusa de manga curta da cor vinho, que destacavam seus lindos olhos dourados. Uma bermuda branca e tênis pretos.
Magnus ainda não tinha percebido a entrada de seu alfa, mas então de repente ele sente o cheiro dos feromônios que estão exalando de seu alfa e se virou com um sorriso no rosto.
– Alexander! Nem vi você chegar! – diz Magnus, com um sorriso brilhante em seu rosto, e vai até o seu alfa e lhe dá um selinho.
Alec lhe dá um sorrisinho, enlaça a cintura de Magnus com seus braços fortes e então puxa Magnus pra um beijo quente, que faz ambos ofegarem.
– Agora sim. – diz Alec, olhando apaixonado para Magnus e satisfeito por fazer seu ômega ficar mole daquela forma em seus braços. Apenas em seus braços.
Isso faz Magnus rir e corar, mas logo se afastar e voltar em sua forma normal de sempre.
– E então, pronto para cozinhar a nossa ceia de ano novo, Alexander? – pergunta Magnus, meio desafiador o seu tom.
– Prontíssimo! – responde Alec, aceitando o desafio não dito.
Eles, de mãos dadas, vão para a cozinha, começar a cozinhar a primeira ceia de ano novo deles.
Magnus é o primeiro a chegar à cozinha, largando a mão de Alexander para então ir pegar os primeiros ingredientes e objetos que usariam.
Alec mais do que depressa foi ajudar o seu ômega, que estava levando tudo à mesa.
Magnus pegou os legumes e pôs sobre a pequena tábua, própria para cortes, e descascou a primeira cebola, enquanto Alec pegava outras folhas, tais como agrião, tempero verde e salsa para preparar o tempero do frango, cortando tudo em pequenos pedaços, logo, fazendo a sua mistura especial e passando na ave. Preparou a fôrma, atou-a e pôs o frango lá, ligando o forno na temperatura correta.
Alec ajudou Magnus a cortar os temperos, enquanto o mesmo dançava alguma música qualquer que tocava baixinho ao fundo, rebolando os quadris daquele jeito único que só ele sabia fazer, enquanto preparava o arroz, de frente para o fogão.
Alec sorriu observando o seu amado e parou ao seu lado, cantarolando baixinho a música e pegando uma travessa funda, voltando para a mesa, preparando a salada, temperando e pondo-a na geladeira até a hora do jantar.
Magnus terminou o arroz e deixou a panela com a tampa, cozinhando.
Alec já tinha terminado tudo e passou as mãos na perna, batendo de leve as mesmas.
– Me ajuda a pôr a mesa? – o ômega perguntou e o alfa concordou, indo até ele, lhe dando um beijo calmo, que foi retribuído no mesmo instante.
Então, se separaram e limparam a mesa, pegaram a toalha que ficaria ali durante o jantar e os objetos necessários, conversando e rindo, trocando alguns beijos, arrumando o restante da cozinha, enquanto esperavam o jantar ficar pronto. O que não demorou muito para eles terminarem de montar a mesa.
Alec coloca uma garrafa de vinho tinto, e no meio da mesa, Alec coloca algumas velas e rosas de cor vermelha para lhe dar um ar mais romântico.
Magnus pôs o arroz numa travessa funda e Alec colocou o frango em outra mais rasa e botou sobre a mesa, logo os dois se sentaram, se serviram, comendo em meio a conversas animadas. Eles passam um bom tempo juntos e se divertindo juntos. Alec tem a plena certeza de que Magnus é o companheiro perfeito para ele. Ele pensa que no ano novo do próximo ano, ele irá pedir Magnus em casamento e lhe pedir para ser seu companheiro, pois ele o ama muito e ele quer passar o resto de sua vida ao lado dele, mesmo que seu pai não os aprove.
– Fizemos uma comida muito boa, estava tudo maravilhoso, Mags. – diz Alec, olhando com um sorriso encantador no rosto para o seu ômega.
– Sim, estava tudo muito bom, Alexander. – diz Magnus, entrelaçando as mãos por cima da mesa.
– O que acha de irmos dar uma volta na praia e depois voltarmos para...? – diz, levantando as sobrancelhas de modo sem vergonha, fazendo Magnus rir dele. – Estou com saudades de você, amor. – diz, olhando com ainda mais malícia para Magnus.
– Acho uma ótima ideia, amor. – diz Magnus, se envolvendo e devolvendo o olhar malicioso para Alec.
Então eles lavam a louça e deixam tudo arrumado, saem do apartamento de mão dadas e vão para a praia. Eles decidem ir para a Coney Island, no Brooklyn, que é uma das praias mais visitadas de Nova York. Quem busca uma areia branca e banhada pelo atlântico, essa é a opção correta. A Coney Island fica bem ao sul do Brooklyn. Com fácil acesso e muitas atrações, essa praia é uma opção para jovens e também para as famílias.
Eles ainda não estão na época de banho nas praias, por isso a praia não está tão cheia nessa época, sendo assim, eles aproveitaram que como a praia estava praticamente vazia para passarem um bom tempo juntos. Eles resolveram tirar os tênis para poderem molhar os seus pés na beira da água, a água estava meio gelada, mas não tanto.
– Vem, Alexander! – chama Magnus, sorrindo para o seu alfa e correndo na beira da água.
Alec dá um sorrisinho e começa a correr atrás de Magnus. Assim que o alcança, ele pega Magnus pela cintura e o começa a girar. O ômega não conseguia parar de rir. Logo, ele segura melhor o ômega e o puxa para um beijo apaixonado e firme. Magnus entrelaça as suas pernas na cintura de seu alfa e retorna o beijo.
– Magnus, eu quero você. – diz Alec com a voz a voz carregada de desejo e malicia.
Magnus geme, apenas por sentir o corpo de Alexander esquentando. O alfa nem mesmo estava no cio, mais seu corpo era quente como o inferno. E se fosse preciso, Magnus iria até lá, apenas para tocar e beijar cada centímetro do corpo quente de Alexander.
Eles rapidamente saem da água, colocam os seus tênis e voltam para a casa de Magnus. Chegando lá, Alec já retira a roupa de Magnus no meio do caminho. Ambos entram na casa com o ômega semi-nu.
Os lábios quentes de Alexander beijam cada parte do pescoço imaculado de Magnus, fazendo-o gemer arrastado e pular novamente no colo de Alexander, que retirava a calça, quase caindo.
Alexander riu, fazendo Magnus ficar confuso.
– O que foi? – pergunta o ômega. – Isso por acaso é hora de rir?
Alexander continua, mas logo explica.
– Pensei que apenas eu estava necessitado, mas me esqueci do quanto você fica excitado quando vamos transar.
Magnus revira os olhos e beija o alfa.
– E não é só no seu cio que vo... – o alfa continua a falar quando Magnus se afasta de sua boca.
– Alexander! – Magnus o repreende.
– Ok, desculpa. – diz o alfa, segurando melhor Magnus e o puxando firmemente para mais próximo de seu corpo, logo os levando para o quarto de Magnus.
Chegando lá, Alexander joga o ômega na cama, que logo dá um jeito de se virar e engatinhar até na mesma e ficar de quatro.
O ômega ainda estava de cueca, mas Alec podia ver através dela o quanto à entrada de Magnus estava se contraindo e pedindo por ele.
– Você me quer? – perguntava Alexander, roucamente. Magnus gemia e sentia seu orgasmo apenas com isso. – Não é?
O alfa retirava o resto de suas roupas, enquanto perguntava daquela forma para Magnus, que segurava na cabeceira da cama e esperava por seu homem.
– Que-roh! – Magnus respondia gemendo, fazendo a fenda do pau do alfa soltar o pré-gozo cada vez mais. – Quero mui-ito você.
Alexander subiu na cama, ficando de joelhos bem atrás de Magnus. Seu corpo já estava completamente despido, só faltava o do ômega agora, e Alexander logo resolveria isso.
– Você me quer aqui? – perguntou o alfa, beijando as costas de Magnus.
O ômega negou, resmungando enquanto choramingava.
Alexander acariciou as costas beijada de Magnus e logo desceu mais seus lábios.
– Então me quer aqui? – beijou a nádega direita de Magnus, que negou mais uma vez.
Alexander acariciou o local beijado mais uma vez.
– Aqui? – beijou a nádega esquerda, já ouvindo um resmungo mais nervoso de Magnus, que o fez rir.
Alexander levou suas mãos para o cós da cueca dourada com branco que Magnus usava, e logo começou a retirá-la por inteiro, deixando-a parar até os joelhos dobrados do ômega.
As pernas de Magnus foram mais abertas, deixando sua entrada molhada ainda mais exposta para os olhos de quem estava atrás de si.
Alexander sentia sua boca salivar. Mordeu seus lábios e levou um de seus dedos até o local molhado, passando levemente ali e logo levando aquele líquido viscoso e muito saboroso para os alfas, até sua boca. Sentiu o gosto de Magnus e suas pupilas dilataram ainda mais com aquele ato.
Ambas as mãos separaram a bunda de Magnus, e naquele momento, o ômega jogou sua cabeça para trás, já sabendo o que viria quando Alexander rosnou alto.
Logo a boca do alfa estava ocupada, assim como sua língua que acariciava e adentrava o orifício do ômega.
– É aqui, não é? – perguntava Alexander, escutando Magnus gemer e apertar ainda mais a cabeceira de ferro. – É aqui que me quer. Diga!
– É-É, é aí... Isso! – Magnus respondeu, sentindo o seu pênis latejar e louco para gozar apenas sentindo a língua de Alexander lhe adentrar, imaginando quando seu pau lhe invadisse.
Alexander voltou a sua posição anterior e logo levou seu membro já masturbado e bem teso até a entrada já bem preparada de Magnus.
– Então é aqui que me terá. – disse o alfa, sorrindo e logo adentrando o seu membro de uma vez só.
Magnus jogou ainda mais sua cabeça para trás. Seus fios negros foram agarrados pela mão disponível de Alexander, que começou a estocar com mais força e agilidade, segurando em sua cintura e puxando seu corpo de encontro com seu quadril.
Isso estava deixando ambos malucos.
Os corpos se chocando. O cheiro de sexo aumentado, assim como o cheiro natural de Magnus, que parecia ainda mais forte do que quando estava em seus cios.
Talvez fosse normal, afinal, já ouvira tanto a frase: “Quando se faz com a pessoa que ama, tudo fica melhor”. Talvez fosse esse o caso agora.
Alexander observava as ondas que se formavam na bunda perfeita de Magnus quando seu quadril se chorava com a mesma. E ele amava isso, saber que o corpo de Magnus reagia dessa forma quando tocado por ele. Dessa forma louca que ondulava todo o seu corpo quando o estocava repetidamente, até chegar a seu orgasmo e gozar dentro de Magnus, que gemeu alto enquanto rosnava para Alexander.
Teria que tomar remédios logo cedo amanhã. Mas por enquanto, aproveitaria o primeiro nó que teve com seu alfa, seu Alexander.
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DIA TRÊS DE JANEIRO
Will está na casa de Jem e Alec, no momento. Ele acorda sentindo uma sensação estranha. O alfa se levanta e sai da casa e vai até o lado de fora averiguar, mas não acha nada.
Jem estava dormindo no seu quarto com Alec, mas Alec já não estava mais lá, pois tinha saído cedo para dar uma volta.
Will volta para dentro e vai até o quarto de Jem e vê que tem algo de estranho com o ômega. O alfa se aproxima e coloca a mão no rosto do mesmo, mas vê que não é nada de estranho ali. O toque em seu rosto faz Jem acordar de seu sono e ele estranha ao ver Will parado ao lado de sua cama daquela forma, com o rosto preocupado.
– O que aconteceu, Will? Está tudo bem? – pergunta Jem, se sentando na cama.
– Está tudo bem. - mente por ainda com uma leve desconfiança.
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Algumas horas mais tarde, Jem encontra Alec na varanda da casa deles lendo com seus óculos de leitura o livro “Coração de Tinta” da Cornelia Funke.
– Oi, Alec. Sobre o que é esse livro? – pergunta Jem, curioso, se sentando ao lado de Alec, que sorri para ele de forma gentil.
– Bom, basicamente é sobre um homem com habilidade de dar vida a personagens de livros, que, acidentalmente, convoca um dos vilões mais perversos da literatura. Agora, ele tem que enviar o vilão de volta para o seu mundo, antes que seja tarde demais! – diz Alec com um olhar sonhador, precisava se distrair de alguma forma, e qual seria se não ler um bom livro.
– Que legal, achei bem interessante à história. Depois que você terminar, eu irei querer ler. – diz Jem, para Alec.
– Ok. – diz Alec e volta a sua leitura.
– E como você está? Está mais tranquilo depois que Julian ligou ontem com informações sobre a busca por Magnus? O que ele disse? – pergunta Jem, se ajeitando melhor na cadeira.
– Bom, eu estou um pouco mais tranquilo depois que Julian me ligou dizendo que conseguiu uma pista de Magnus em Londres. Ele estará indo para lá com sua equipe nos próximos dias. Eu espero que eles consigam o encontrar, pois estou bastante nervoso, mas ainda sim com esperança. – diz Alec, com um sorriso e os olhos brilhantes.
– Vai dar tudo certo, Alec. – diz Jem, sorrindo gentilmente para o alfa.
Alec começa a sentir um cheiro diferente vindo de Jem e se assusta por um momento. Jem percebe que Alec ficou um pouco pálido e estranho.
– Alec, o que aconteceu? Você está bem? Você está um pouco pálido. – diz Jem, olhando para Alec com preocupação.
– Estou sentindo um cheiro estranho vindo de você. – Alec diz para Jem, que faz com que o mesmo fique preocupado.
Alec se aproxima do ômega e coloca sua mão na barriga dele, fazendo com que ele sentisse ainda mais o que havia dentro de Jem.
– É pequeno, mas está aí. – diz Alec, encarando Jem.
Jem fica em pânico com a constatação do alfa. Jem corre para dentro de casa e vai para o quarto.
– Isso não pode estar acontecendo, não agora que eu irei começar uma faculdade e os planos com Alec e Will está indo tão bem. – diz Jem, divagando pelo quarto e deixando suas emoções confusas.
Jem se tranca no banheiro e faz três testes de gravidez que acha na última gaveta da pia, já que pensou que nunca iria usar aqueles. Enquanto os minutos iam se passando, Jem andava de um lado para o outro, torcendo para que não fosse isso. Que fosse apenas uma brincadeira de Alec.
Mas então ele se lembrou de Will, checando seu corpo essa manhã e lhe dizendo que tinha algo estranho nele. E então ele percebeu que seu alfa sabia ou suspeitava de tal acontecimento.
O celular apitou, dizendo que o resultado dos testes estavam prontos e então James olhou os resultados. Os três testes tinham duas linhas, o que deixava bem claro que ele estava de fato grávido.
“Merda, eu tenho só dezessete anos e já estou grávido. Minha faculdade já era, meus planos, nossos planos... E... Will, ele vai pensar que...” – pensa Jem, nervoso.
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Naquela tarde, Will vai até a casa de Jem e Alec. Assim que ele vê Alec, ele resolve o questionar.
– É seu? – diz Will, rosnando para o outro alfa.
Alec imediatamente percebe sobre o que Will está falando, sobre o bebê que Jem está carregando. Ele também percebe o ciúme e a falta de confiança que ainda está tomando o corpo de Will.
– Não, Will. Eu lhe prometi que nunca tocaria nele e eu cumpri a minha promessa. Então, por favor, tente se acalmar. – diz Alec, firme e entendendo o lado do outro.
Will começa a chorar.
– Eu não sei se darei conta disso Alec. Não é que eu não queira o bebê, mas sim que eu não sei o que fazer. Eu sempre quis ter filhos com Jem, mas não desse jeito. Esse jeito em que você o terá que criar como se fosse seu, e eu, como pai biológico, não poderei fazer isso e... isso. Isso me dói. Por culpa de Jon, eu não posso estar perto de Jem nesse momento e se... – diz Will.
Algo passa pela cabeça de Will, mas antes de falar, Jem aparece chorando na porta da casa e Will corre para lhe abraçar.
Depois que Jem se acalma, ele chama Alec para conversar com ele e Will afinal Alec estava tanto naquela relação que até parecia um poliamor.
Eles estão sentados na sala um olhando para o outro.
– Eu não sei vocês, mas, eu quero o bebê, mesmo eu tendo apenas dezessete anos e eu sei que passarei por algumas dificuldades, mas irei enfrentar isso e ter o bebê. – diz Jem, determinando olhando para os dois alfas em sua frente.
– Não teria outra opção senão essa, Jem. Um aborto está fora de cogitação. – diz Will, passando as mãos nas costas do ômega.
Os dois olham para Alec, esperando uma resposta dele.
– Ele ou ela, será muito bem recebido aqui em casa, amarei esse bebê como se fosse meu. Sempre quis filhos com Magnus, mas infelizmente não consegui realizar esse meu sonho. Eu amarei e criarei esse bebê como se fosse meu , não tenha dúvidas disso. – diz Alec, olhando determinado para Will e Jem. – Vou protegê-los, Will, eu prometo. – diz olhando para o outro alfa, que assenti, mesmo estando triste e morrendo por dentro.
Will e Jem ficam mais aliviados por Alec aceitar o bebê e querer o criar como dele, pois infelizmente, por causa da situação deles, querendo ou não, Will não poderia fazer isso.
– Sim, iremos conseguir criar esse bebê, mas infelizmente, terei que deixar a faculdade para o próximo ano por causa da gravidez. – diz Jem, triste.
– Não Jem, você não vai desistir da faculdade de psicologia por causa da gravidez. Eu sei que é o seu sonho e eu irei ajudar no que você precisar. Se você precisar, poderá fazer os trabalhos e provas aqui em casa. E quando o bebê nascer, eu e Will cuidaremos do bebê para que você possa estudar. – diz Alec, olhando com um sorriso para Jem.
Will concorda com as palavras de Alec e Jem chora novamente e abraça os dois bem, apertado.
– Esses hormônios vão nos enlouquecer. – diz Alec, brincando e olhando para o Will, o que faz com que ele leve um tapa de Jem que logo começa a rir e limpar suas lágrimas.
Como tinham sorte de terem uns aos outros.
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EM MEDAN
CINCO DE JANEIRO
Hoje os bebês estavam comemorando o quarto mês, e Magnus estava muito animado com seus filhos e com ele mesmo. Estava conseguindo dar todo o amor necessário a eles, e com ajuda de seus amigos, claro. Ele não negava isso.
– Vem com o papai. – disse Magnus, enchendo a bochecha de Tyler de beijos. – Você ‘ta muito cheiroso. – disse enquanto cheirava o pescoço do filho.
Sophie estava com a bundinha dela empinada para cima, enquanto tentava empurrar seu corpo para frente e para trás, como uma lagartinha.
– Ai, papai, eu quero engatinhar. – disse Magnus, com uma voz infantil.
O ômega se sentou com Tyler na cama e puxou Sophie para perto deles, logo os fazendo se sentar. Estava os incentivando a ficar assim desde o final do terceiro mês, mas até agora nada. Colocava-os e ambos caiam por causa do peso da cabeça. Sophie ria toda vez que caia, já Tyler não gostava muito. Ele ficava sério e geralmente fazia um biquinho em seus lábios.
O celular de Magnus começa a tocar e o ômega logo o retira do bolso para atender.
– Estou aqui na frente. – disse a pessoa que ligou, Magnus assenti e fala que a porta está apenas encostada.
Jordan logo aparece onde Magnus estava, em seu quarto, e pula na mesma.
– Deixou a clínica com quem? – perguntou Magnus, deitado de lado e dividindo os bebês com Jordan.
– Sozinha. – disse Jordan, beijando a barriga de Tyler, que finalmente começou a rir. Magnus olhou sério para Jordan. – Eu estou brincando. – riu.
– Então, por que está aqui?
– Não tinha mais nada para assinar, nem ninguém para atender. Esta apenas os funcionários da limpeza e duas enfermeiras para os ômegas na ala do dormitório. – explicou tudo para o ômega ficar mais tranquilo.
Magnus começa a observar Tyler, principalmente os seus olhos e Jordan nota nisso.
– Quando vai contar? – pergunta o alfa.
– Sobre? – Magnus para de observar o filho.
– Sobre os bebês. – explica Jordan.
Magnus suspira e se vira na cama, como se a resposta fosse essa.
– Sabe que, infelizmente, eles vão querer conhecê-lo. – diz Jordan, sabendo que, quase todos, querem conhecer o pai no futuro.
– Eu sei. – diz Magnus. – E sei que ele iria querer conhecê-los também. – conclui o ômega, se virando para Jordan com um olhar triste. – Mas apenas vou deixá-lo saber quando eu lutar pela guarda definitiva dos meus filhos.
– Sabe que para isso, terá que encontrá-lo, não é? – perguntou o alfa. – O juiz fará vocês se verem novamente. Fará você dar a ele alguns dias com os seus filhos. Sabe disso, não é?
Magnus assenti, com um aperto em seu coração, apenas por imaginar seus bebês saindo dali e indo para Nova York.
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EM NOVA YORK
Jem e Alec resolvem contar para as famílias que vão ter um bebê. Nesse momento, ambos estavam na casa Lightwood, contando aos pais e irmã de Alec.
– Ah, meu Deus! – disse Maryse, sorrindo muito alegremente e correndo para abraçar James. – Isso é ótimo. Muito bom. – dizia a ômega.
Isabelle fica mais ao canto da sala, observando a cena e pensando: “Será que ele o ama? Talvez seja uma forma diferente de amor. O carinho que ele sentia por Magnus era maior, mas talvez ele ame James, só que de uma maneira diferente.”
– James, meu querido genro. – diz Robert, se levantando de onde estava e indo até o ômega. – Venha comigo, vamos dar uma volta com seu sogro.
Maryse estava abraçada a Alec quando Robert fez esse convite. Alec enrijeceu em saber que James passaria um tempo com seu pai. Apesar de Jem não ser Magnus, e no fundo saber que seu pai não faria com ele o que fez com seu amor, ele temia por algo que seu pai poderia dizer e magoar a James.
James fica desconfortável, mas assenti ao pedido do “sogro”.
Assim que chegam do lado de fora da casa, no jardim, Robert já comenta enquanto enlaça seu braço com o de James e começam a caminhar.
– Eu sabia que me daria netos rápido. – diz Robert, fazendo James se sentir mal novamente. – Afinal, meu filho deve ser muito bom, você sabe... – diz maliciosamente, fazendo James corar em pura vergonha. – É uma coisa de Lightwood. Nossa família, todos os alfas, sempre foi assim. – começava a se gabar e James estava ficando entediado com isso. – O ex-ômega de Alec, nunca me daria netos.
James estreita seus olhos, em questionamento.
– Por que acha isso? – pergunta o ômega.
– Não acho que ele não engravidaria, afinal, ômegas pobres tentam fazer isso. – comenta o homem, fazendo James por pouco não revirar os olhos. – Mas digo que ele não me daria netos de sangue bom. Alec nunca notou isso, que aquele ômega era ruim, pobre e nada bom para o nome Lightwood. Ele é muito cego. – diz o alfa, com ódio na voz.
E em todo o momento, James pensa em Will e a forma que seu pai o tratava sobre o relacionamento deles.
– Mas agora mudou. – concluiu o alfa, olhando para James e sorrindo para o ômega.
– Isso. – diz o ômega, sorrindo também. – Tudo mudou agora. Não há nada com o que se preocupar. Alec e eu teremos nosso bebê e ele será perfeito, assim como nosso amor é. – dizia o ômega, convencendo o homem.
– Será! – diz o alfa. – Eu tenho certeza. E tudo o que você quiser, meu genro, você terá. Porque hoje, você me fez o homem mais feliz do mundo. Você merece tudo o do melhor.
James sorri e recebe um beijo de Robert, sabia que teria que lavar seu rosto daqui a pouco.
O alfa voltou a caminhar e seguiram voltando para a casa.
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Naquele mesmo dia, à noite, Alec e James vão até a casa do ômega. Agora, iriam anunciar para a sua família.
– Eu realmente estou muito feliz por você, meu filho. – diz Jon, abraçando James, que recebeu o abraço muito bem.
Apesar de tudo, amava seu pai e o perdoava por tudo. Talvez fosse esse o defeito de James: Perdoar demais.
Mas sua mãe, Elena, reagiu da mesma forma de sempre. Fria, como um Iceberg. Jon conseguiu deixá-la assim e James imaginava que nunca mais mudaria. O ômega se aproxima da mãe, enquanto Alec e seu pai conversam. A mulher logo o questiona.
– Vai continuar com a faculdade? – perguntou.
– Sim, eu vou mãe. – responde.
E depois de anos sem ver aquilo novamente, a mulher da um leve sorriso para James. Como ele sentia falta disso.
– Estou muito feliz por você meu filho. – diz a ômega, acariciando o rosto do filho. – Não desista de seu sonho em virar um Psicólogo por alfa algum.
Era o que sua mãe queria ser quando mais nova. Mas as coisas mudaram e James nem mesmo sabe o porquê, ou talvez sim, apenas não conseguia acreditar naquilo. O ômega assenti e logo recebe um dos raros abraços de sua mãe.
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DIA TREZE DE JANEIRO
Era tarde da noite quando William escutou o barulho de um carro do lado de fora. Nunca recebia visitas e nem mesmo fora informado por Alec ou James que viriam ali hoje.
Já fazia dois dias que não via James, já que a “sogra” Maryse não saia mais da casa deles desde que soube sobre o bebê.
Mas ao olhar pela janela transparente, ele percebe a visita inesperada e muito rejeitada. Will abre a porta e se retira da casa, pensando em conversar do lado de fora mesmo, para ser mais rápido.
Mas o alfa não quer isso. Ele nem mesmo olha na cara de William enquanto adentra sua casa e começa a olhar tudo ao redor com desgosto e desprezo.
– Eu já vivi em um muquifo como esse. – diz Jon, finalmente olhando para William. – Podre e fedorento. Como você.
William revirou os olhos. Apesar de não querer, as palavras do mais velho lhe atingiam sim.
– O que veio fazer em minha casa, Jon? – pergunta William, cruzando seus braços por cima do peito.
– Já sabe a novidade? – Jon começa a caminhar pela sala.
Will sabia muito bem do que ele estava falando, mas se fez de desentendido.
– Qual novidade?
– James, meu lindo filho, com quem você não tem mais contato, está grávido de seu marido. – responde o alfa mais velho, olhando e sorrindo em desaforo para Will.
– Que bom, para eles. – diz Will, fingindo não se importar. – Fico muito feliz por James estar feliz.
– E como ele está. – diz o alfa. – Alec o faz muito feliz. Dá tudo o que ele quer e precisa. E agora, deu a ele um filho de sangue puro e limpo.
Will revira os olhos novamente.
– O que quer aqui, Jon? – pergunta novamente. – O que ganha me dizendo tudo isso de seu filho?
Em uma velocidade e força impressionante, William é jogado na parede por Jon, que agarra seu pescoço e o mantém ali.
– Por que eu quero que você sinta toda a dor que eu senti quando o filho da puta desgraçado do seu pai, tentou tirar Elena de mim. – disse, olhando nos olhos azuis de William.
Will estava com seus olhos arregalados. Não havia entendido esse tempo todo o que acontecia. Sobre Jon não aceitar seu relacionamento com James, não entendia nem mesmo o que o mais velho estava falando.
– Foi por isso que matei seu pai. – diz Jon, com um sorriso perverso nos lábios e os olhos profundos cheio de maldade. – Por isso te afastei de meu filho, antes que eu rasgasse sua garganta com minhas garras e presas, assim como fiz com seu pai.
E nesse momento, William temeu pela vida de seu futuro filho, que nem mesmo nasceu, mas já era odiado por seu próprio avô.
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