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História Marks Of The Past - Tudo Estava se Endireitando


Escrita por: OhMaya , ShumdarioLB e OhMayaPeglow

Notas do Autor


OBS: Para quem está lendo/relendo a partir do dia 30-09-2020, houve alterações nos capítulos e capas.

Capítulo 32 - Tudo Estava se Endireitando


Fanfic / Fanfiction Marks Of The Past - Tudo Estava se Endireitando

 

– Eu tenho provas contra ele. – diz o alfa, fazendo Jem arregalar os olhos e focar em suas palavras agora, não mais em seus machucados.

– O que disse? – perguntou, não acreditando. – Vo-Você conseguiu? – perguntou e Will acenou positivamente. – Como?

Jem voltou seus olhos para os ferimentos de William, entendendo de onde havia saído aquilo.

Alec olhava tudo paralisado no mesmo lugar. Não fazia nem ideia do que o casal estava falando. Será que havia passado tanto tempo longe dos amigos assim?

– Eu tenho a palavra dele gravada, Jem. – confessou o alfa, rindo. – Eu tenho tudo gravado, amor.

– Do que vocês estão falando? – perguntou Alec, um pouco confuso.

O casal olhou para ele e suspiraram.

 

===

 

– Então, Jon realmente matou seu pai? – perguntou Alec, triste, para Will.

– Sim. – suspirou o alfa. – Ele confessou pra mim a um tempo e eu realmente não quis acreditar nisso. Ele me ameaçou e foi por isso que me afastou de Jem. Algo entre meu pai, ele e Elena.

– Nossa, isso é... – Alec não sabia o que dizer, ainda mais quando vira a presença de Gabriel, parado na porta da cozinha e olhando para todos com os olhinhos assustados.

– M-meu avô... é do mau? – perguntou o pequeno alfa, fazendo James se levantar lentamente e sem saber o que fazer.

O ômega se ajoelhou em frente ao filho e pegou em sua mãe.

– Filho, seu avô é... – olhou para Alec e Will, pedindo apoio. E nos olhos de Will encontrou. – Seu avô machucou a mim e seu pai Will. – o menino olhou para Will. – Não posso te dizer o que ele fez, mas quero que saiba que eu e o papai vamos ficar bem. Não vamos deixar que ele machuque você. Faremos de tudo para te proteger. – sorriu ao acariciar a bochecha do filho.

– M-mas e vocês? – perguntou o menino, com os olhinhos marejados. – Vão ficar bem?

– Claro que vamos, filho. – quem respondeu foi William. Aproximou-se dos dois e se ajoelhou ao lado de Jem, puxando o corpo dos dois menores e acolhendo-os em um abraço apertado.

Alec apenas os observou e sorriu ao vê-los juntos.

 

===

 

Magnus está no hotel com os filhos, almoçando com eles e passando um tempo agradável. Eles estão sentados e conversando sobre tudo que aconteceu desde que eles se mudaram de Medan para Nova York.

– E então, crianças, o que vocês acham de seu pai Alexander? Vocês estão felizes por estarem participando da vida dele e ele da vida de vocês? – pergunta Magnus, curioso e com uma ponta de preocupação.

Quando Magnus fala sobre Alec ele imediatamente percebe o sorriso no rosto de Sophie, mas também percebe que Tyler ficou meio triste.

– Eu estou adorando morar aqui em Nova York e o papai Alec participar de minha vida e eu de sua vida. – cantarola Sophie com os olhos brilhando e um sorriso animado em seu rosto.

– Que bom, minha filha. – Magnus lhe dá um sorriso e acaricia sua bochecha arredondada. Seus olhos vão em direção a Tyler, que ainda não havia se pronunciado sobre o assunto. – O que aconteceu, Tyler? Você não está gostando? Saiba que se algo estiver lhe incomodando, pode me dizer qualquer coisa. – diz, dando um sorriso para o pequeno ômega.

Tyler nem mesmo levanta o olhar, mas Magnus percebe o beicinho formado.

– Papai Alec é bastante ligado com a Sophie e isso faz com que eu fique meio de lado e sinta que eu não sou amado por ele. – diz Tyler com um beicinho.

Magnus suspira e puxa Tyler para seu colo, lhe olha bem em seus olhos e diz:

– Meu pequeno, seu pai ama muito você e a Sophie. Ele não tem distinção entre um e outro, mas ele é apegado na Sophie porque ela foi mais solta, é mais solta... – riram enquanto a menina soltava um som de indignação. – Tenho certeza que se você se aproximar dele, ser mais solto, ele irá se apegar a você também. – o ômega diz com um sorriso pequeno e beija a bochecha do filho.

Tyler dá um sorriso e assente com a cabeça. Iria conquistar o pai aos poucos, assim como a irmã.

– Então, vamos nos arrumar? – pergunta Magnus, já se levantando da mesa e retirando os partos e levando a pia por costume. Sempre se esquecia de que ainda morava no hotel.

– Mas e a sobremesa, pai? – perguntou Sophie, fazendo um biquinho lindo com seus lábios rosados.

– Nós estamos indo na casa do seu pai. – respondeu. – Lá vocês comem uma sobremesa bem gostosa.

Sophie riu e saiu correndo para seu quarto se arrumar.

Tyler foi logo em seguida, já que ainda não tinha terminado de comer os legumes que seu pai lhe obrigava a comer.

 

===

 

Assim que o carro de Magnus se aproximou da casa, o ômega já foi capaz de sentir o cheiro de tensão dos lobos que se encontravam ali.

Todos estavam muitos nervosos e preocupados.

Magnus se alarmou e olhou para os filhos, por extinto de proteção.

Tyler e Sophie ainda não conseguiam diferenciar os cheiros, mas sabiam quando seu pai estava preocupado.

– O que houve, pai? – perguntou Sophie, já querendo retirar o seu cinto quando o pai estacionou o carro.

– Espere! – pediu Magnus, impedindo que ambos retirassem seus cintos e saíssem do carro. – Eu já volto.

Magnus rapidamente saltou do carro e correu até onde James estava, na varanda, falando ao telefone. O ômega foi capaz de escutar a voz de Alexander e William do lado de dentro.

– Vocês estão bem? – pergunta Magnus, assim que se aproxima de James e o mesmo abaixa o celular.

O outro ômega, de cabelos platinados e um pouco caídos sobre os olhos, da um suspiro pesado.

– Estamos, apenas... – sorri. – Entre, Alec e Will podem lhe contar. Eu estou falando com minha mãe agora.

Magnus, confuso, assenti e busca as crianças. Pelo menos, nada estava em risco ali. Estavam apenas tensos, mas não nervosos. Não era arriscado levar seus filhos para dentro.

– Está tudo bem, pai? – perguntou Tyler, agora.

– Está sim, querido. – beija a cabeça do filho.

Os três entram em casa, mas não sem antes Magnus escutar James falando com a mãe sobre ir a delegacia e pedir uma ordem de restrição contra Jon.

Jon? Magnus se lembrava do nome. Era o pai de James. Mas por que o ômega queria uma ordem de restrição contra ele? Era por isso que estavam tão tensos ali?

Sophie, quando enxerga seu pai, corre e se joga em seus braços. Alexander abre um sorriso para ela e lhe abraça de volta.

Tyler chega depois de Sophie e abraça o pai timidamente. Magnus dá um olhar para Alexander, que entendeu, basicamente, no mesmo instante.

O alfa puxa o pequeno ômega para o seu colo e o enche de cosquinhas e beijo no rosto, o que faz com que Tyler fique rindo alto e Magnus feliz por ver que seu filho assim, se divertindo com o outro pai.

Gabriel logo aparece com um semblante triste, mas ainda sim querendo brincar com os dois novos amigos. Principalmente Tyler. Amava a presença de Tyler.

As crianças ficam brincando no quarto de Gabriel e Magnus vai cumprimentar os outros adultos que estão na casa. O ômega cumprimenta Will e Alexander que lhe olha amorosamente. O alfa não consegue dizer nada, só fica encarando o seu ômega e seus corações batem aceleradamente com os olhares que eles trocam.

Will, sacana como sempre, claramente percebe a tensão sexual que ambos exalam e que tem entre os dois, com isso, o alfa sorri maliciosamente.

 

===

 

– Eu não estou acreditando nisso. – diz Maryse, apertando aquelas folhas impressas.

Havia ido ao banco pessoalmente e conseguido a informação que tanto queria.

Não fora uma ou duas vezes que Robert havia feito transferência de dinheiro para o Brasil.

Já eram incontáveis vezes e há vários anos. Já eram mais de vinte anos com Robert, seu marido, seu alfa, fazendo essas transferências escondido.

Não foi apenas por uma conta, claro. Foram em varias contas.

Mas o que ela ainda não entendia o porquê dessas transferências estarem sendo feitas.

Robert devia algum dinheiro?

Mas deveria por quê?

Ele nunca comprou algo que precisasse de tanto dinheiro assim.

A mulher andava de um lado para o outro.

Não queria ter pensamentos demais.

Mas obviamente, não podia evitar pensar que o marido poderia sim ter uma família em outro país.

Mas por que assim? Por que transferências tão altas e apenas uma vez por ano?

E por que o segredo?

Não conseguia achar mais respostas... Mas, o que fazer agora?

Enfrentá-lo ou deixar para lá toda essa história?

 

===

 

– Já contaram a ele? – perguntou Jem, assim que entrou na casa e conferiu se as crianças, principalmente Gabriel, estavam em outro cômodo.

– Não... – Will disse, como uma voz divertida. – Eles apenas estão trocando olhares ardentes. – sorriu para Alec, que lhe repreendeu com o olhar.

O ômega platinado ri do que o seu alfa diz e se senta ao seu lado.

– É o seguinte – começa Jem. – Meu pai começou a ser rígido comigo desde o dia em que eu comecei a namorar com o Will. Nunca entendi o porquê, mas ele era. Parou de ser um bom pai e até mesmo um bom marido, aos meus olhos. Mas agora ele admitiu para Will o motivo disso tudo.

– Já faz alguns anos. – corrigiu William.

– Ele matou o pai de Will. – disse James, com dificuldade. Will apertou sua mão, levemente, buscando e dando força naquela situação. Já havia aceitado a morte de seu pai. Já havia aceitado que seu sogro havia o matado. Mas não conseguia evitar a dor de ouvir a voz James saindo de seus lábios como se fosse o culpado por tudo aquilo. Ele não era, de forma alguma Will o culpava por isso. Mas Jem não conseguia evitar.

– Os machucados... – Magnus sussurrou quando o casal ficou em silêncio. Estava sentado ao lado de Alexander e apenas isso já lhe dava forças o suficiente para escutar aquilo.

James olhou para o rosto de seu alfa a analisou os machucados, vendo que estavam melhores depois de algumas pomadas.

– Eu fui até a casa dele. – disse Will, atraindo o olhar de Magnus para si.

Alexander mesmo já escutado toda a história, ainda prestava toda a atenção no amigo.

– Meu pai acabou confessando novamente para o Will. – continuou Jem. – Acabaram novamente se enfrentando e Will ganhando esse olho roxo e um corte no lábio.

– Que ainda não foi curado com beijinhos. – disse o alfa, fazendo James rir timidamente e lhe dar um beijo rápido, mas que foi aprofundado por Will.

Magnus ficou extremamente constrangido que até virou seu rosto para o lado, mas acabou encontrando o olhar de Alexander, que o deixou ainda mais nervoso e com as bochechas coradas.

Alexander sorria docemente para Magnus.

Isso deixava o ômega ainda mais confuso. Não sabia se era o olhar ou o sorriso do alfa que lhe deixava daquela forma. Ou era os dois?

– Mas eu precisava fazer isso. – continuou Will, sem tirar o olhar de seu ômega. – Se eu não o enfrentasse e deixasse ele pensar que estava ali só para brigar, ele não iria confessar.

– Eu sei. – diz Jem, abaixando o olhar. – Mas não consigo aceitar a ideia dele te machucando.

– Apenas irá me machucar se ele tocar em você ou em nosso filho. – disse com a voz baixa.

O ômega lhe olhou novamente e o puxou para mais um beijo.

Era como se o casal realmente havia se esquecido dos outros dois ali no local.

Magnus novamente desviou o olhar, mas dessa vez sem olhar para Alexander. O ômega apenas se levantou e saiu do cômodo.

– Eles se esquecem que existem outros por aqui. – disse Alexander, chegando por trás de Magnus, que estava parado na varanda do fundo da casa.

– É bonito aqui. – disse Magnus enquanto olhava para a floresta.

Alexander olhou na direção que o ômega olhava.

– Sempre quis que a nossa casa fosse em um lugar assim, não é? – perguntou o alfa.

O ômega riu baixinho.

– Eu não sei bem. – respondeu. – Minhas ideias sobre nossa casa sempre mudavam. – olhou para o alfa, que já lhe olhava profundamente. – Só tinha a certeza que estaríamos eu e você nela.

O alfa prendeu a respiração, sem saber como mais soltá-la.

– Magnus, eu...

– Vocês sumiram de lá. – disse Will, arrastando James até onde os dois estavam.

Magnus sorriu e Alexander ficou frustrado.

– Eu estava pensando e acho que devem ir a delegacia o mais rápido possível. – disse Magnus, chamando a atenção dos dois. – Não conheço muito sobre a lei, mas tenho certeza que esses ferimentos em seu rosto ajudariam muito em uma ordem de restrição contra Jon.

– Tem razão. – diz James. – Obrigado, Magnus.

Os dois agradecem e logo saem da casa, deixando Alexander e Magnus ali, cuidando das crianças.

 

===

 

As crianças acabam ficando no quarto de Gabriel, brincando enquanto Magnus e Alexander ficam na sala, lançando olhares um paro o outro e desviando também.

Em um dos levantares de Magnus para ir até a cozinha e evitar o olhar profundo e penetrante do alfa, o ômega percebe que a porta de um dos quartos está aberta e que está em construção. Sua curiosidade acaba batendo no mesmo instante.

– O que você vai fazer naqueles dois quartos ao lado do seu? Pois parece que eles estão em construção. – pergunta Magnus, se aproximando lentamente do quarto.

Alexander se levanta em um salto, envergonhado e com medo.

– São os quartos de Tyler e da Sophie. – Magnus para de andar. – Desculpe-me por não ter falado nada disso com você e nem ter pedido a sua permissão. – diz o alfa, constrangido e com as bochechas coradas.

– Está tudo bem, Alexander. – o ômega se vira, olhando para o alfa naquele estado tímido. – Não há nada de errado em você querer fazer isso para os nossos filhos. – diz Magnus, com um sorriso.

Alexander se aproxima com um sorriso e leva Magnus até o quarto das crianças e quando o ômega entra, ele vê as paredes pintadas nas cores preferidas de seus filhos e percebe que o quarto está ficando muito lindo.

– Está tudo muito lindo. Eles vão adorar. – diz Magnus, com um sorriso brilhante no rosto, o que faz o coração do alfa falhar uma ou duas batidas.

– Obrigado. – diz o alfa, sorrindo para Magnus. – Mags, eu gostaria que você e as crianças viessem morar comigo. – arrisca Alexander, nervoso e mordendo o lábio inferior de nervosismo.

Acabou perdendo o controle da situação quando Magnus sorriu daquela forma.

Magnus gaguejou, não sabendo o que responder e nem mesmo se devia sem pensar por um tempo. Mas foi isso que seu coração respondeu por si:

– Tudo bem, eu virei. Mas apenas depois que os nossos cios passarem. – olha rapidamente para o alfa.

– Combinado. – diz Alexander, assentindo com a decisão do ômega.

Um sorriso tímido no rosto de ambos ficou, mesmo sem deixar nem um e nem o outro ver.

 

===

 

James e Will chegam à delegacia e rapidamente são atendidos.

Magnus tinha razão. Os ferimentos no rosto de Will ajudaram muito, até mesmo para serem atendidos pelo delegado o mais rápido possível.

Will quem falou na maior parte das vezes.

Fez o boletim de ocorrência e logo pediu a ordem de restrição, principalmente para James e Gabriel, o que foi uma surpresa para Jem, que não interferiu, mas ficou em choque no momento.

O alfa mostra a gravação para o delegado, que registra tudo e faz mais de uma cópia daquela gravação, ao mesmo tempo em que pergunta se William fez cópias também, o alfa assenti.

Logo eles são encaminhados para o fórum.

– Você está bem? – pergunta Will para James.

O carro estava parado em frente ao fórum da cidade e James parecia um pouco tenso demais. Will sentia.

– Estou. – diz o ômega. – Apenas nervoso.

– Não fique apavorado. – diz Will. – Tudo está dando certo agora.

– Está sim. – sorri James, recebendo um beijo rápido de Will em sua bochecha gelada. – Agora, só falta a anulação do casamento forçado. – Jem ri, fazendo Will lhe beijar mais uma vez.

– Quando iram dar entrada na papelada? – pergunta o alfa, acariciando a mão de James.

– Não sei ainda. – confessa o ômega. – Mas tenho certeza que é o mais rápido possível. Alexander também quer isso cancelado. Ele não se importa mais com o que seu pai quer. Tenho certeza que dessa vez ele lutará por Magnus, não importa o que acontecer, vão estar lutando juntos agora.

– Mas eles não estão juntos, certo? – perguntou o alfa.

– Mas vão estar. – diz o ômega, confiante e com um sorriso iluminado em seu belo rosto.

– Nossa, como você é lindo. – elogia William, vidrado em seu ômega que sorri timidamente.

O alfa segura em seu rosto e toma seus lábios lentamente.

Tudo estava se endireitando.


Notas Finais


Desculpem-me pelos errinhos e a demora 🤭🤭


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