História Marks Of The Past - Nomes, Carstairs, Um Novo Acordo e Um Conselho

Passaram-se algumas semanas e Magnus estava entrando em seu sexto mês de gestação. Esse mês era o que ele iria descobrir o sexo de seus filhotes com Alexander. Ele estava bastante animado para descobrir isso.

Era uma segunda-feira à tarde, estava bem quente em Medan, então, Magnus colocou uma roupa fresca antes de ir ao hospital para a sua consulta. Catarina sempre que podia o acompanhava em suas consultas, mas dessa vez a alfa não poderia lhe acompanhar, pois estava estudando para uma prova bem importante que teria no outro dia.

Sendo assim, Magnus foi sozinho. Ele estava bastante animado e nervoso. Ele estava fazendo tudo direitinho como o seu médico lhe mandou, ele esperava que estivesse tudo bem com os bebês.

Ele estava na sala de espera, aguardando a sua vez.

– Magnus Bane. – chamou a enfermeira, a mesma de cinco meses atrás na sua primeira consulta.

Magnus a seguiu para dentro da sala do médico, onde ele lhe aguardava sentado em sua cadeira e dando uma olhada em sua ficha.

– Boa tarde, doutor. – diz Magnus, se sentando em frente a mesa do médico.

– Boa tarde. Você trouxe os exames que eu te pedi para fazer? – o médico pergunta

– Sim, eu trouxe. – diz Magnus, lhe entregando os exames.

O médico olha os exames e anota algumas coisas na ficha de Magnus.

– Sr. Bane, não precisa se preocupar, seus filhotes estão bem e saudáveis e você também. – diz o médico, lhe dando um sorriso gentil.

Então o médico pede para Magnus se deitar na cama e levantar a camisa para eles poderem dar início ao exame de ultrassom. O médico coloca o gel na barriga de Magnus e logo em seguida eles ouvem dois batimentos cardíacos bem fortes.

Magnus sorri largamente ao escutar esse som gostoso, que lhe confirmava que seus filhos estavam bem.

O médico fica lhe explicando e mostrando tudo sobre os bebês para Magnus. E a hora da revelação do sexo dos bebês, o momento tão esperado por Magnus.

– Hoje estamos com sorte, os dois estão com as pernas bem abertas. – ria com seu próprio comentário. – Esses seus filhotes são inteligentes, eles sabiam que queríamos os ver hoje. Parabéns, Sr Bane, você está tendo uma menina e um menino. – diz o médico, estendendo as toalhas para Magnus limpar sua barriga.

Magnus chora de alegria ao saber que ele terá um casal de filhos, bem como ele e Alexander queriam, antes de tudo isso ter acontecido.

Os planos de filhos que haviam feito, incluía ter um casal.

No fim da consulta Magnus agradece ao doutor e vai para a sua casa.

Chegando lá, ele se deita no sofá acariciando a sua barriga e se lembra de uma lembrança antes do término onde ele e Alexander eram felizes.

SEIS MESES ANTES DO TÉRMINO

Alexander e Magnus estavam no apartamento do ômega. Eles estavam deitados na cama se beijando e anotando em um caderno os planos deles juntos para o futuro.

– Quantos filhos iremos ter? E que nomes você quer? – Magnus perguntou para o seu alfa, sorrindo enquanto o mesmo lhe acariciava.

– Bom, deixa eu pensar, amor. Eu pretendo ter quatro filhos com você. Mas primeiro queria que viesse um casal de gêmeos chamados Sophie e Tyler Lightwood-Bane. E uns anos depois, pra não ficar muito perto dos gêmeos, teríamos os outros dois. E mais dois e mais dois... – diz Alec, olhando animado e com bastante amor em seus olhos para o seu ômega, que gostou muito da ideia maluca de seu alfa.

Magnus o puxa para um beijo apaixonado. Os dois sorriem em meio aos beijos.

– Então, assim será. – Magnus diz, garantindo que ambos teriam exatamente tudo isso e seriam felizes.

Magnus, ao lembrar-se daquela época, começa a deixar as lágrimas caírem e molhar o seu rosto. Ele ainda ama muito Alexander, nunca deixará de lhe amar, mas ele está muito magoado com ele por causa do término, ele não sabe se um dia conseguirá lhe perdoar pelo que ele fez consigo, por isso, não irá lhe dizer sobre a sua gestação. Ele sabe que é triste não falar a verdade para Alec, mas pra ele é o melhor a ser feito. Mas seus filhos se chamarão Sophie e Tyler, assim como eles queriam, mas infelizmente, por causa dos últimos acontecimentos, eles só terão o sobrenome Bane e não Lightwood-Bane.

– Amo vocês, meus pequenos. – diz Magnus, acariciando sua barriga e deixando que a tristeza fosse embora, e sobrasse a alegria que seus bebês traziam para si.

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EM NOVA YORK

Robert era amigo de longa data de Jon Carstairs, cujo o mesmo tem um filho ômega de dezesseis anos que se chama James Carstairs, mais conhecido como Jem.

Jem namora Will Herondale há um ano, mas Jon não aprova esse relacionamento, – da mesma forma que Robert não aprovava Alec com Magnus – pois Will vem de uma família com pouco dinheiro e isso não era bom para o nome da família. Então, o dever dele como pai, era simplesmente arranjar um alfa nobre para o seu filho e como Robert tem um filho alfa que é próximo com a idade de Jem, ele irá propor um acordo com Robert. E pelo que ele soube, o filho primogênito de Robert abandonou o ômega imundo, sendo assim, seriam perfeitos um para o outro.

Robert tinha lhe chamado em sua casa para eles conversarem e ele tinha quase certeza que era sobre a mesma coisa que ele queria.

Ele entra em seu escritório e se senta em frente a sua mesa.

– Boa tarde, Robert. – diz Jon, sorrindo para o amigo.

– Boa tarde, Jon. – Robert sorri da mesma forma. – Tenho um assunto que quero falar urgente com você.

– Pode falar, mas aposto que é sobre a mesma coisa que eu quero falar com você.

– Bom, eu ameacei meu filho Alec e fiz com que ele terminasse com aquele ômega imundo que chama de namorado, pois não queria o sangue Lightwood misturado com o dele. – disse e Jon concordou. – Mas você vem de uma família nobre. Então eu quero que seu filho, Jem, se case com o meu filho. – disse por fim. – Eles não terão escolha. Caso Alec tente desistir, ele sabe do que sou capaz de fazer, principalmente com aquele pequeno ômega. Não tenho como forçar o meu filho a se acasalar, mas casamento eu tenho como o forçar. Precisamos manter o nome de nossas famílias, não estou certo? – Jon assentiu novamente. – Então, o que me diz? Também soube que você não está feliz com o relacionamento de Jem com o tal Will Herondale. – diz Robert olhando fixamente para Jon.

– Isso é a mesma coisa que eu vim lhe propor, pois soube que Alec e Magnus Bane terminaram, mas não sabia que tinha sido por sua influência. Fico feliz por você ter feito isso, pois com isso você está salvando duas famílias de terem o seu sangue nobre corrompido. – diz Jon, sorrindo diabolicamente e sendo acompanhado por Robert. – Então, sim, meu querido Robert Lightwood. – se levantou, estendendo sua mão para Robert. – Temos um acordo. Nossos filhos vão se casar.

E assim, o futuro de Alexander Gideon Lightwood e James Carstairs, estava destinado.

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O relógio marcava vinte horas e dezesseis minutos.

As famílias Carstairs e Lightwood se encontravam na mesa de jantar nesse momento. Todos conversando e rindo, menos Alec e Jem. Ambos estavam olhando para seus pratos e imaginando quando aquilo ia acabar e eles poderiam ir para suas camas e dormir.

– Não está com fome, filho? – Maryse pergunta a Alec, que apenas nega com a cabeça. A ômega sorri para ele e olha para Jem. – E você, Jem, a comida não está boa?

O ômega fica sem jeito.

– Não, não é isso, Senhora Lightwood. – diz o jovem. – Apenas não sinto fome no momento. – sorriu sem jeito, fazendo Maryse sentir pena dele.

Logo a ômega pensa em algo para tirá-los dali, já que claramente ambos não estavam se divertindo e sim achando um tédio.

– Querido. – Maryse chama a atenção de Robert, mas todos na mesa olham em direção a ela. – Poderíamos dispensar as crianças, não é? Vamos apenas beber e conversar coisas que elas não entendem ainda.

Robert bebe o seu vinho e olha em direção a Alec.

– Alec já tem idade o suficiente para falar sobre os negócios da família. – diz, e acaba por deixar Maryse nervosa. A ômega detestava quando o marido agia daquela forma. – Mas Jem está aqui, então, pedirei que ele o leve para ver o jardim e distrai-lo um pouco. Faz isso, meu filho?

Alec levanta seu olhar para seu pai e assenti. Logo se levantando da mesa e sendo acompanhado por um Jem desconfiado e preocupado com o clima que ficou entre os dois alfas, pai e filho.

Isabelle saiu logo em seguida, mas fora direto para seu quarto.

– Iremos contar sobre o casamento no final da noite? – Jon sussurrou para Robert, mas os ouvidos afiados de Maryse puderam escutar o segredo de ambos.

– Casamento? – se pronuncia Maryse. – Que casamento? – seus olhos procuram os de Robert.

Robert suspira e olha para Maryse, sentindo o quanto sua ômega estava nervosa, pela ligação de ambos.

– Jon e eu conversamos e decidimos que... – olhou para Jon, procurando apoio. – Alec e Jem se casaram para proteger o nome de nossas famílias.

Maryse se levanta, incrédula com o que acabara de ouvir de seu próprio marido, pai de seus filhos.

– Não! – diz. – Não vão se casar. Eu não aprovo isso.

Robert se levanta rapidamente e bate com sua mão sobre a mesa, causando um barulho alto e assustando todos presente.

– Você não tem que concordar com nada! – diz Robert, furioso com a atitude de sua esposa, desafiando-o na frente de seus amigos, pessoas importantes. – Não é o seu nome que está em jogo, Maryse. Então cale a boca e aceite a minha decisão sobre o futuro de meu primogênito. – rosnou no final de suas palavras, fazendo a ômega lhe obedecer e se sentar em seu lugar.

A esposa de Jon, nem mesmo dirigiu a palavra para defender sua opinião nisso tudo. Apenas o olhar de Jon sobre ela, mostrava o quanto aquele homem lhe controlava e lhe causava medo.

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James estava se sentindo muito desconfortável enquanto caminhava atrás de Alec, que não parecia nada feliz com o que estava acontecendo.

– Ah, não precisa me acompanhar. – disse Jem, fazendo aquele silêncio constrangedor desaparecer. – Posso caminhar sozinho. – sorriu quando Alec se virou e olhou para ele.

– Para ser sincero, eu nem mesmo sabia que você estava atrás de mim. – disse o jovem alfa, parecendo meio perdido. – Mas de qualquer forma, tudo é melhor do que ficar no mesmo local que meu pai.

James se sente curioso e preocupado com o alfa, então não consegue resistir em perguntar:

– Por quê? – questiona, mas se arrepende ao ver o olhar triste de Alec novamente. – Quer dizer... Eu estou sendo muito intrometido, não é? – ri, meio sem graça.

– Não, está tudo bem. – diz Alec, sorrindo levemente pela primeira vez em meses. – Meu pai me impediu de ser feliz.

– Como assim? – voltaram a caminhar pelo jardim da mansão.

– Há uns seis meses atrás, meu pai ameaçou o meu namorado. – Jem arregalou os seus olhos. – Disse que se eu não o largasse, o pior iria acontecer com ele. Fiz o que ele me pediu. Terminei com o amor da minha vida, mas me arrependi. Tentei voltar atrás, fui a casa dele, mas ele já não estava mais lá. Tinha em mente que teria que enfrentar meu pai e protegê-lo de alguma forma. Mas queria estar com ele.

– E então? – James estava emocionado com a história de Alec, prestava atenção com seus olhos brilhando.

– Eu nunca mais o vi, desde então. – respondeu e olhou para James. – Eu nem sei por que estou falando sobre isso.

– Ah, não tem problema. – disse Jem, sorrindo gentilmente.

– Eu acho que apenas tinha que desabafar isso para alguém. – sorriu. – E você me pareceu alguém confiável.

Jem pareceu estar desconfortável, mas resolveu falar.

– Talvez seja porque estou passando por algo parecido. – confessou.

Alec pareceu confuso, mas esperou James continuar.

– Eu também tenho um namorado. – sorriu ao se lembrar de seu amor. – O nome dele é Will. Meu pai não aprova, mas continuamos nos vendo em segredo. – continuava sorrindo, fazendo Alec sentir certa inveja da felicidade dele com o namorado. – Um dia, vamos fugir. Esse é o nosso plano. – confessou, confiando em Alec.

– Nossa. – suspira Alec.

– Espero que não conte a ninguém. – pediu James.

– Não, claro que não. – Alec ri. – Só te desejo boa sorte, para vocês dois.

– Obrigado. – agradece James, sorrindo para o alfa.

– Você tem a coragem que não tive para lutar por Magnus. – confessa Alec, abaixando a cabeça.

– Eu acho, que se você realmente o ama, vai conseguir arranjar um jeito de lutar por ele. – diz James, segurando a mão de Alec e fazendo-o olhar em seus olhos. – O destino vai dar um jeito de unir vocês dois e será maravilhoso quando isso acontecer. Os momentos de dor vão passar e seu coração vai se curar. Você apenas tem que ser forte e aguentar enquanto isso não acontece. Eu tenho certeza, que um dia você vai poder viver esse amor, assim como eu e Will planejamos viver. – ele sorri, fazendo o alfa chorar com suas palavras, mas ao mesmo tempo lhe agradecer.

– Obrigado, Jem. – diz o alfa, sorrindo e enxugando suas lágrimas. – Foi muito bom conversar com você.

– Sempre que precisar. – diz James, se afastando de Alec.

– Hey! Meninos! – uma voz feminina os chama.

Ambos levam seus olhares para a entrada da casa e avistam Isabelle os chamando para entrar já que seus pais os chamaram.

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– Que bom que chegaram. – diz Robert, quando avista os meninos e Isabelle entrando na sala de jantar. – Precisamos anunciar algo a vocês dois.

– O que é? – Jem pergunta, confuso ao encarar sua mãe e depois seu pai.

– Você e meu filho, iram se casar. – anuncia Robert. – Já está tudo acertado comigo e seu pai, James.

O ômega fica paralisado, encarando seu pai e esperando alguma reação do mesmo. Mas o alfa nem mesmo o olha, apenas assenti as palavras do Lightwood mais velho.

– Vai ser muito bom ter você na família, Jem. – diz Robert, apenas ele demonstrando um sorriso no meio de todos. – Tenho certeza que meu filho vai te fazer muito fe...

Robert nem terminara de falar quando sentiu seu corpo sendo empurrado para trás e caindo no chão com alguém por cima de si.

Alexander apenas escutava tudo, mas a fúria que preencheu o seu corpo, foi mais forte do que a calma que tentava manter. Sem se aguentar mais, pulou em cima da mesa e correu até onde seu pai estava e pulou em cima do mesmo. Atacando-o de forma violenta e sem dó.

Robert, sendo mais velho e com seu alfa interior sendo mais experiente, conseguiu empurrar Alec para cima e fazê-lo sair de cima de si, voando para o outro lado da sala e se transformando no ar.

Os fiapos de sua roupa voavam, enquanto seu corpo se transformava em um lobo tão negro quanto seus cabelos humanos. Alec estava enfurecido, que chegava a escorrer saliva entre seus dentes afiados.

Robert se levantou, já se transformando em um lobo negro, mas com alguns pêlos acinzentados. Rosnava para o lado de Alec, tentando o convencer de se acalmar e parar com aquilo.

Maryse, se preocupando onde aquilo ia acabar, entrou no meio dos dois, pedindo para ambos pararem e voltarem em sua forma humana.

– Por favor, parem! – clamava Maryse, mas era ignorada por ambos.

Jon, perdendo a paciência de ver a mulher daquela forma, se transformou também, em um lobo cinza, quase branco. Ficando agora, três lobos enormes na sala de jantar de Maryse.

Rosnando para os dois alfas, Jon os convenceu de pararem e não iniciarem uma briga que poderia arruinar o nome das famílias.

Robert assentiu e voltou ao normal, mas antes falou para Alec tomar cuidado com o que queria fazer, porque ele sabia onde Magnus estava, mas Alec não.

E apesar de não estar entendo nada, James viu a tristeza nos olhos de Alec e se sentiu mal por ele.

Alec deixou uma lágrima cair de seus grandes olhos azuis e escorrer por seu rosto peludo. Com um choro fino e dolorido, o alfa correu para fora da casa, ainda em sua forma de lobo, ele foi para a floresta mais próxima.

– Alec... – sussurrou James, triste, olhando Alec partir dali novamente com seu coração partido.