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História Marriage Issues - Capítulo 3


Escrita por: Anya321

Notas do Autor


oi meus amores!! como vcs estão??
espero q gostem do cap!

boa leitura!

Capítulo 3 - Capítulo 3


Flashback On:

 

– Obrigada pelo sorvete. – agradeci, lutando para não deixar aquela bola de baunilha cair da casquinha.

– Não há de quê. 

Caminhamos lado a lado pelo campus por alguns minutos.

Eu não estava esperando me encontrar de novo com o Sasuke Uchiha, muito menos na universidade. O departamento de Medicina e o de Direito ficam relativamente longe um do outro. Mas eu soube que finalmente começaram a vender sorvete nesse campus de merda, não muito longe do prédio do moreno.

Fiquei feliz quando ele veio falar comigo ao me ver. Se ele não tivesse vindo, eu provavelmente não teria o cumprimentado por conta própria.

– E o Naruto? – puxei conversa.

– Ah, ele está bem. – Sasuke respondeu, tirando um pedaço de seu sorvete de menta. – Está tentando levar uma garota de Jornalismo para sair. 

– Há quanto tempo?

Sasuke sorri.

– Quase duas semanas.

Ri.

– Coitado. – comentei. Sasuke concordou.

Ficamos em silêncio por mais algum tempo, adentrando o campo da universidade. Era uma área bem grande, com um gramado verde e úmido, repleto de outros estudantes de diversos outros cursos. As pessoas gostavam daquele campo pois era ventilado, e tinha várias árvores para dar sombra. A maioria gostava de se reunir lá para conversar; alguns até se reuniam para tocar umas músicas acapella. 

– Valeu por não contar que eu estava chorando naquele dia. – quebrei o silêncio.

– Não foi nada. – ele disse. – Então, qual foi o motivo de você ter ido até o telhado para se jogar?

Soltei uma gargalhada.

– Você achou que eu fosse me suicidar?!

O moreno deu de ombros.

– Não é todo dia que se vê uma garota subir um telhado e chorar daquele jeito. – Sasuke respondeu, me fitando. – Se a festa estivesse ruim, uma pessoa normal teria apenas ido para casa.

– Mas você está esquecendo que eu não sou normal.

– Bem colocado.

Nós dois rimos juntos. Quando o clima de brincadeira acabou, soltei um suspiro e decidi contar a minha história.

– Lembra quando eu falei da auto-sabotagem?

O Uchiha assentiu.

– Aquilo foi… uma consequência disso. – falei, refletindo e me lembrando do que aconteceu naquele dia, há uma semana. – Tem… tem esse cara de quem eu gosto. Ou gostava. E eu acho que ele sente o mesmo. Ou sentia.

Sasuke permaneceu em silêncio.

– Não me pergunte se somos um casal, porque eu também não sei. – continuei. – Mas eu achei que entre mim e as drogas, ele me escolheria. Mesmo que, no fundo, eu soubesse que só estava enganado a mim mesma, permaneci nesse relacionamento estranho. E a cada dia que passava e eu o via piorando, me pedindo dinheiro, eu pensava: “está tudo bem. É só hoje. Amanhã eu sei que ele vai parar.”

– E ele não parou?

Afirmei.

– Então eu conversei com ele. Disse que não ia dar certo se fosse daquele jeito, e ele prometeu que ia parar. – expliquei. – E ele conseguiu… por quinze dias. 

– Até aquela festa.

Respirei fundo.

– Eu o encontrei dentro de um quarto, mais chapado do que nunca, recebendo sexo oral de uma garota.

Sasuke não disse nada por um tempo. Eu não sabia se ele estava sentindo pena de mim, ou achando que eu era patética por acreditar na palavra de um viciado. Mas eu queria falar sobre aquilo com alguém de fora, alguém que não fosse meu melhor amigo ou coisa assim. Apenas um desconhecido que fosse bom ouvinte.

– Sinto muito, Sakura.

Estalei a língua e tirei mais um pedaço do meu sorvete.

– Está tudo bem. – falei. – Ele está bem. Deve estar tão chapado agora que nem deve se lembrar daquele dia. E é por isso que eu te disse: auto-sabotagem é muito mais corrosiva do que drogas. Porque as drogas podem te fazer esquecer as burrices que você faz, mas a auto-sabotagem te induz a fazer elas.

– Já parou para pensar que talvez ele se sabote mais do que você? – Sasuke refletiu. – Quer dizer, se ele dizia que ia parar e continuava usando, não quer dizer que ele é que se sabota mais? A única coisa que você fez foi acreditar nele.

Sorri de canto e encarei ele. Paramos de caminhar.

– Você até que é bem inteligente, para um estudante de Direito.

Sasuke fez uma careta confusa.

– Está dizendo que alunos de Direito são burros?

– Você que disse, não eu. – caminhei a sua frente para que ele não visse que eu estava com vontade de rir.

– Oh não, não desvie do assunto! – ele tentou me alcançar. – Volte aqui!

 

 

Sakura POV

 

Acordei com o barulho do despertador. Estava um pouco grogue. Por que sonhei com aquele dia? Já faz tanto tempo. Era irônico que eu me lembrasse de uma época tão boa, quando a realidade já era tão…

Me levantei e olhei para o lado, mas me surpreendi. Sasuke estava ali, dormindo de bruços, com as costas expostas e os cabelos pretos desgrenhados. Meu coração se aqueceu ao vê-lo dormir, tão bonito e vulnerável. Prendi a respiração quando levei minha mão até aqueles fios e os toquei, retirando-os do rosto dele.

Me assustei quando ele acordou. Removi minha mão rapidamente e desviei o olhar.

– Bom dia. – falei. – Desculpe se te acordei.

Sasuke permaneceu sonolento.

– Tudo bem, não me acordou. – ele disse, se levantando também.

Fazia dias que não acordávamos juntos, e ver ele com o rosto amassado me transmitia uma sensação incrível. Seus cabelos estavam tão grandes que cobriam boa parte da bochecha e da testa, mas eu ainda podia ver que ele estava sonolento. 

– Você não vai se atrasar? – perguntei, olhando as horas no meu despertador. Eu acordava todo dia às 7:30.

Sasuke negou com a cabeça.

– Eu não preciso chegar tão cedo.

Assenti. Me levantei da cama e abri as cortinas do quarto, revelando a luz do sol matinal e o trânsito movimentado do Upper East Side.

– Você quer que eu faça o café? – ofereci, rezando para que ele dissesse sim.

– Não vai atrasar você?

Na verdade, ia sim. Desde que Sasuke começou a sair mais cedo e tomar café da manhã fora, eu resolvi ajustar o meu horário para as 7:30, o que me dava o privilégio de dormir mais um pouco. Mas agora ele finalmente estava aqui, e eu queria passar mais um tempo com ele, mesmo que me atrasasse para o trabalho.

– Não, não vai. – respondi, disfarçando a empolgação. – Pode ir tomar banho primeiro, eu faço alguma coisa.

Sasuke acenou e sorriu.

Eu saí do quarto e me dirigi diretamente para a cozinha, abrindo os armários e a geladeira. Tínhamos ingredientes para panquecas, mas ia ser muito demorado e, por mais que eu estivesse disposta a me atrasar hoje, não queria que fosse um atraso tão grande assim.

Resolvi que omeletes seriam mais rápidos e, se eu colocasse tomates, Sasuke iria gostar. Ele adorava tomates.

Não demorou muito para que o moreno chegasse a cozinha, com os cabelos molhados devido ao banho, camisa social ainda desabotoada e uma gravata ao redor do pescoço que ainda não havia sido amarrada.

– Tem leite e suco de laranja na geladeira, você pode escolher qual vai querer. – avisei, prestes a deixar o cômodo para ir tomar banho.

Sasuke me fitou.

– Você não vai comer?

Olhei para ele, surpresa.

– Não, preciso tomar meu banho rápido. – respondi. – Não ia dar tempo cozinhar para mim mesma, comer e ir me aprontar.

Meu marido olha para o omelete em cima da mesa por alguns segundos, depois volta para mim.

– Eu vou te deixar no trabalho hoje. – ele decidiu.

Sorri e acenti.

Fui tomar banho e me vesti o mais rápido possível, escolhendo uma blusa social e uma calça preta. Decidi levar um cachecol junto comigo, caso fizesse muito frio na volta.

Quando estava pronta, Sasuke estava me esperando no pé da porta. Ele me viu e me olhou de cima a baixo, porém não disse nada. No fundo, eu queria que ele me elogiasse, mas deixei esse pensamento para lá.

Pegamos o elevador, passamos pelo lounge e fomos até a garagem. Entramos no carro de Sasuke – uma BMW preta – e ele deu a partida. 

Ficamos em silêncio.

Eu me lembrava do início do nosso casamento. Apesar de não estarmos casados há tanto tempo, antes ele costumava me deixar no hospital todo dia. Ele me beijava de manhã cedo e antes de eu descer do carro, elogiava minhas roupas, e nós quase sempre comíamos juntos. Eu sentia falta daquilo, me perguntava se ele também sentia.

Tentei puxar assunto.

– Você vai jantar em casa hoje?

Sasuke manteve os olhos na direção.

– Hoje é quinta.

– Ah, é. – me lembrei. – Quinta do basquete. Eu não tenho visto o Naruto, como ele está?

O moreno deu de ombros.

– Ele passou ontem no escritório, convidando para jogar pôquer. – respondeu ele. – Eu não estava muito afim. Mas sei que se eu faltar hoje, ele vai me encher o saco por dias. Aparentemente, precisam de mim para que os times sejam iguais.

Era bom ouvir a voz dele. Eu não o ouvia falar tanto havia um tempo.

– É bom que vocês pratiquem algum esporte. – observei. – Hinata me disse que o Naruto está tendo problemas de insônia. Já você mal tem dormido nos últimos dias. Vai fazer bem se movimentar um pouco.

– Sim.

Passamos o resto do percurso em silêncio. Eu queria conversar mais, mas não sabia o que dizer. Sasuke não falava sobre o trabalho e nunca perguntava do meu, então achei que não seria interessante falar sobre. E eu tinha medo que acabássemos falando de coisas que nenhum dos dois queria mencionar.

Logo chegamos ao hospital. Eu me virei para ele. Queria lhe dar um beijo de despedida, mas achei melhor não fazê-lo.

– Então, eu vou jantar com a Karin hoje. – falei. – Não precisa vir me buscar.

Eu estava prestes a abrir a porta do carro, mas Sasuke me interrompeu.

– O basquete é só às 20:00. Eu venho te buscar e podemos pedir algo para jantar, se você quiser.

Sorri.

– Claro. – respondo. – Então até mais tarde.

– Até.

Desci do carro e dei um tchauzinho para ele, antes de entrar no hospital. 

Estava tudo bem. Ele estava bem e foi gentil comigo. Eu podia ter esperanças de que nossa relação voltaria ao normal.

 

 

Sasuke POV

 

Eu já estava acordado quando Sakura mexeu no meu cabelo. Na verdade, já estava acordado há uma hora, observando-a dormir.

Quando meus olhos se abriram e eu a vi ali, pensei que fazia algum tempo que eu não a olhava de verdade. Que não admirava seu rosto. Então apenas resolvi que não iria mais cedo para o trabalho naquele dia, que apenas ia observá-la mais um pouco. Mas eu não esperava que ela fosse fazer a mesma coisa comigo, e isso me pegou de surpresa.

Então eu pensei que talvez já estivesse na hora de voltarmos ao normal, de sermos como éramos antes. Porque eu sentia falta dela. 

Por isso decidi tentar retornar a rotina, ir deixá-la no trabalho e jantarmos juntos. Eu até a chamaria para sair, se não fosse pelo basquete idiota que o Naruto fazia questão que acontecesse todas as quintas.

Quando ela ia sair do carro, eu queria lhe dar um beijo de despedida, mas achei melhor não fazê-lo. Não queria apressar as coisas. Então apenas deixei para lá e fiz meu caminho até o escritório.

Estacionei o carro, peguei minha pasta e entrei. A recepcionista me cumprimentou e eu a cumprimentei de volta. Peguei o elevador até o quinto andar, onde já havia algumas pessoas nos assentos de espera. Dei bom dia a Konan e fui para o meu escritório.

Assim que me sentei, a roxeada bateu três vezes na minha porta antes de entrar. Ela segurava um copo de café e uma sacola de papel.

– Senhor, eu trouxe o café. – ela se aproximou para colocá-los na minha mesa mas a interrompi.

– Obrigado, Konan, mas hoje vou ter que passar. Tomei café em casa dessa vez.

– Ah. – ela pareceu decepcionada.

– Pode comer no meu lugar. – acrescentei. – E eu reponho a quantia que você pagou no seu salário.

O que eu falei não pareceu animá-la muito, mas ela assentiu e pediu licença antes de se retirar. Não demorou muito para que o primeiro cliente do dia fosse mandado entrar.

 

Sakura POV

 

Fui requisitada para ajudar em Interna por hoje. Aparentemente, muitos médicos tinham pedido folga na quinta-feira. Eu não me importava de dar uma ajuda quando o departamento pedia, mesmo que preferisse consultas mais calmas.

Eu estava checando os leitos quando avistei, não muito longe, um garoto deitado com o braço engessado. Ele tinha cabelos pretos e olhos esverdeados, e não havia ninguém cuidando dele. Não vi nenhum dos pais por perto.

Fui até ele.

– Oi, garotão. – cumprimentei, tentando mostrar simpatia. – O que aconteceu?

Ele fez uma careta de culpa.

– Eu fiquei meio distraído e tropecei. – respondeu.

Ergui uma sobrancelha.

– Tropeçou? Devia estar bastante distraído. – comentei, dando uma olhada no raio X que aparecia no monitor ao lado de seu leito.

O garoto suspirou.

– Tudo bem. – admitiu. – Estava… observando uma garota, e acabei tropeçando nos meus próprios pés. Eu sou meio estabanado.

Não consegui conter a risada. O menino era uma gracinha. Aparentava ter seus 11 ou 12 anos, seus olhos verdes pareciam esmeraldas, e o cabelo tão preto e bagunçado que seria facilmente camuflado a noite. E ele parecia especial.

– É isso que dá ficar observando as garotas ao invés de ir falar com elas. – falei. – Onde estão seus pais, querido?

– Estão a caminho. Nós moramos no Brooklin, mas meus pais trabalham por aqui.

– Então quem te trouxe?

– Minha professora. Mas ela não pôde ficar muito tempo, apenas preencheu a minha ficha e me deu o número dela caso meus pais não pudessem vir.

– Entendo. – peguei a ficha dele ao na cabeceira ao lado da cama. Seu nome era Henry Winter. – Muito bem, Henry. Eu sou a Dra. Uchiha, mas você pode me chamar de Sakura, tá bom?

Ele assentiu. Resolvi fazer um check-up nele.

Averiguei sua pressão e seus batimentos, sua temperatura e suas pupilas. Então, por precaução, eu levantei meu dedo na frente dos olhos dele e disse:

– Tenta acompanhar meu dedo, tá? 

Levei o dedo para a direita e ele seguiu com o olhar. Depois para cima e para baixo; depois para a esquerda…

– Henry, quando você caiu, bateu com a cabeça? – indaguei.

– Não, senhora. – ele falou. – Por quê?

Eu sabia que não deveria ser nada demais, mas fiquei um pouco preocupada.

– Você tem nistagmo. – respondi, tentando soar completamente casual. – É um movimento involuntário dos olhos quando você os revira para alguma direção.

”Que pode ser sintoma de lesão neurológica”, completei mentalmente.

Ele era só um garoto. A ficha dele não apresentava nenhum problema de saúde, apenas a fratura no braço. Os pais não estavam aqui para que eu perguntasse se ele possuía alguma doença, mas era muito improvável que o Henry tivesse lesão neurológica. Todavia, algo dentro de mim simplesmente não conseguiu deixar para lá.

– Henry, já fez uma tomografia antes?

 

                               (…)

 

Observei a maca entrando lentamente na câmara de tomografia, com Henry deitado e imóvel. Eu podia vê-lo através do vidro, mas estava mais focada nas imagens que o computador estava prestes a me mostrar. Não ia dar em nada, mas queria ter certeza, apenas isso.

Karin entrou na cabine e se sentou numa cadeira ao meu lado, vendo o menino deitado.

– Quem é o pirralho? 

– Um paciente.

– Já sabe o que ele tem?

Eu sabia que ela não iria gostar da minha resposta.

– Ele tropeçou e quebrou o braço.

Karin assentiu e continuou me olhando, como se esperasse que eu terminasse de explicar. Vendo que aquilo era tudo, ela franziu a testa.

– Está fazendo uma tomografia num garoto que quebrou o braço? – ela perguntou, sarcástica e incrédula.

– Eu só preciso ter certeza de uma coisa.

– Certeza de uma coisa?! – Karin se exaltou. – Onde estão os pais dele?

Engoli em seco.

– Não chegaram ainda. – respondi, checando se o microfone da cabine estava desligado. Seria um problema se o Henry ouvisse aquela discussão.

– Você sabe que está fazendo os pais pagarem por uma tomografia que o moleque não precisa, certo? – Karin estendeu a mão, começando a contar nos dedos todas as regras que eu estava infringindo. – Além disso, eles não autorizaram. Você está sendo antiética, Sakura! Se a Tsunade pegar você, eu não quero nem saber…

Não respondi.

– Apenas tire o menino de lá, caramba! Ele está bem!

O computador mostrou a imagens. Eu sei que não devia, mas senti como se meu coração tivesse se partido.

– Ele não está bem. – apontei para o monitor, que mostrava o pequeno tumor cerebral bem atrás do ouvido interno. – O Henry tem câncer.

Karin viu as imagens e suas feições mudaram imediatamente.

– Ah, merda… 

 

Sasuke POV

 

Estava quase na hora do almoço quando Itachi adentrou minha sala e sentou-se bem de frente para mim. 

– Hey, aonde vai almoçar? – ele perguntou, mas nem sequer me deu tempo de responder: – Abriu um restaurante novo, não muito longe daqui. 

– Eu passo.

– Ah, deixe de ser mal-humorado!

– Eu não estou mal-humorado. – neguei. – Só não estou a fim de passar o almoço ouvindo você falar lorota.

Itachi riu.

– “Lorota” – ele gargalhou. – Virou minha segunda palavra favorita.

– Você tem uma palavra favorita?

– O meu próprio nome, é claro. – meu irmão respondeu. – É dever de um homem apreciar o som de seu próprio nome como se fosse uma obra de arte!

– Eu tenho quase certeza que há deveres mais importantes. – murmurei.

Itachi era quatro anos mais velho que eu mas, ao contrário de mim, era solteiro e desmiolado. Sua sorte é que ele era muito inteligente, e um ótimo advogado. As vezes, meu irmão mais parecia um clone do Naruto do que um membro da minha família.

– Eu soube que você finalmente voltou para casa no horário certo. – ele mencionou, fazendo um gesto com as sobrancelhas. – Fiquei tão aliviado que quase gozei.

– Você é nojento.

– Se alguém denunciasse que meu parceiro estava trabalhando até de madrugada aqui, eu é que precisaria de um advogado! – Itachi protestou. – Então, quer dizer que as coisas em casa melhoraram?

Soltei um suspiro cansado.

– Não é como se eu e a Sakura tivéssemos nos divorciado antes, sabe? – perdi a paciência. – Só estávamos distantes! Ponto! 

Itachi levantou as mãos em defensiva, embora seu sorriso presunçoso continuasse estampado no seu rosto.

– Hey, hey, eu só fiz uma pergunta! – ele se explicou. – Claro que todos sabiam que vocês não iam se divorciar. É que, sabe…

– Sim, eu sei! – respirei fundo e tentei me acalmar. – Eu sei, tá legal? É que é irritante que todos nos tratem como se estivessem pisando em ovos. Será que não podemos apenas esquecer isso?

– Você sabe que não. – meu irmão respondeu. – Nem eu, nem você e muito menos a Sakura. Não importa o quão doloroso seja.

Engoli em seco.

– Bom, de qualquer jeito, eu decidi voltar com a rotina de antes. Vou trabalhar nos horários certos, então não precisa se preocupar em ser processado.

Itachi sorriu de canto.

– Isso é um alívio.

Revirei os olhos.

– Eu só estou tendo alguns problemas para recuperar o tempo perdido com a Sakura. – admiti, desviando o olhar.

– Por que não a chama para sair hoje à noite?

– Tenho que ir jogar basquete com o Naruto—

– Você prefere ir jogar basquete com um monte de machos feios do que sair e, com sorte, transar com a sua mulher?!

– Eu estou me segurando para não ir até aí e te dar uma surra, seu idiota. – ameacei.

Meu irmão riu.

– Eu tenho certeza que seus amigos não vão terminar com você se faltar só essa semana, irmãozinho.

Por mais irritado que Itachi me deixasse, eu até que gostei do conselho. Poderia lidar com as birras de Naruto em outro dia, mas hoje a noite eu preferia levar a Sakura para jantar. E quem sabe, talvez, se ela estiver afim, transar.

Me levantei da cadeira enquanto encarava Itachi.

– Tira essa bunda daí. Vamos para aquele maldito restaurante.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


E aí, gostaram???


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