História Married with death | L.s - Capítulo 1

Harry Styles - 13/06/2013

- Vocês não precisam se preocupar com isso! Já que sou um fardo na vida de vocês, eu vou fazer o que já deveria ter feito à muito tempo, e que com certeza é o que mais querem! - Falei por fim, antes de pegar as chaves de minha moto, e sair por aquela porta à passos firmes.

Minha mãe e meu pai têm repetido a semana inteira que dou trabalho, que sou rebelde, que não foi isso que me ensinaram, que não sou o filho que eles queriam que eu fosse.

Sabe, isso magoa. Admito que chego tarde das festas que vou, mas é só para me divertir. Não coloco sequer um pingo de álcool na boca, ou um cigarro. Evito ficar perto das pessoas que fumam e sabe, eu vou para bater papo com uns colegas, dançar e curtir a música. Sou o número um da minha escola, já que meu pai me colocou na melhor escola dessa cidade, porque quer que eu siga seus passos de médico. Eu acho que posso dar trabalho nos finais de semana, mas sempre procuro estar nos conformes e na linha com eles na maior parte do tempo. Eu acho injusto que digam que não sou o filho que eles queriam que eu fosse.

Estava com o pensamento tão longe, que nem sequer percebi que estava na estrada, enxergando umas luzinhas bem de longe. Acho que estou chegando a algum vilarejo qualquer. Eu só queria espairecer um pouco, e um lugar como esse me parecia bem atrativo.

Mas como tudo o que é bom dura pouco, senti gotas pingando em meu corpo, e em questões de segundos, eu já me via enxarcando com aquela chuva, agora forte. Me vi em 'desespero', pegaria um resfriado daqueles e eu não queria ter que voltar pra casa agora... ou ficar aqui espirrando feito louco. Minha solução seria ir para qualquer lugar que me protejesse da chuva.

Acelerei mais minha moto, e então vi uma casa com uma varanda bem grande, e pude ver que alguém lia um livro tranquilamente ali, ignorando aquela chuva. Entrei no terreno e desci da moto rapidamente, correndo para debaixo da varanda. A pessoa, no caso o garoto, que estava sentado lendo seu livro, se levantou de obrupto e se apoiou na parede deixando o livro cair no chão. Arregalei meus olhos e tentei me aproximar, mas ele se afastou ainda mais, parecendo um pouco ofegante.

- Não, calma... eu não vou fazer mal à você. Eu só quero me proteger dessa chuva, não queria assustar você.

- S-sai da minha casa, e-eu... V-você... - o garoto respondeu assustado.

- Me deixe ficar aqui até essa chuva passar um pouco... por favor, eu prometo não me aproximar de você. - eu dizia suplicante, não queria sair nessa chuva.

- C-char... charlo...

Ele tentava falar, mas sua voz falhava, além de ser muito baixa. Ele parecia realmente muito assustado comigo, e chamava por alguém. Sua aparência me parecia aqueles garotos bem ingênuos, e eu não podia negar, ele era lindo.

- Me desculpe... eu... eu ja vou... - falei. Na verdade eu ralmente nao queria ficar doente.

- V-você promete q-que não vai se aproximar de m-mim?

Olhei para ele. Ele iria deixar eu ficar se eu não me aproximasse dele, então claramente eu ja sabia o que responder.

- Eu prometo... só me deixe ficar aqui até essa chuva passar.

Ele me pareceu hesitante, mas assentiu e voltou a se sentar com um pouco de dificuldade. Ia se abaixar para pegar seu livro, mas eu fiz isso primeiro, e o entreguei mantendo uma distância segura entre nós.

- V-você parece ser da cidade... - diz ele curioso, quebrando o silêncio entre nós.

- Sou... eu acabei brigando com meus pais, e saí de casa bravo... sabe, eu sempre faço tudo o que eles querem, mas insistem em dizer que não sou o filho que eles sempre sonharam... - Mas ele permaneceu calado, no entanto, nao voltou a olhar seu livro e passou a ficar me olhando com uma certa curiosidade. Eu havia gostado tanto da voz dele, não queria voltar a ficar em silêncio... e tudo que eu mais precisava agora, era de alguém para conversar. - Como você se chama?

- Louis... - Ele disse timido, olhando para o chão enquanto brincava com seus próprios dedos. - E você?

- Harry Edward... - Sorri simpático. Louis me parecia alguém muito amigável, no entanto, ao mesmo tempo parecia que não tinha tantos amigos por escolha própria. - O seu nome é lindo... digno à você.

Vi seu rosto ficar vermelho como um tomate, mas ele não sorriu pelo elogio, ou agradeceu... abaixou mais a sua cabeça e suspirou se levantando devagar apoiado na cadeira.

- E-eu v-vou... - apontou para dentro de sua casa. Senti um certo de desespero e me levantei rapidamente, o olhando. - p-pode ficar aí a-ate a chuva passar...

- Não por favor... fique aqui, eu não queria... te intimidar.

- Eu... eu não sou muito acostumado... de ficar conversando... desculpe.

Foi a unica coisa que ele falou, antes de sair apressado se segurando nas paredes. Não demorou muito para que ele pudesse entrar, e me deixar ali sozinho. Eu não entendi muito bem quando ele disse que não é acostumado a conversar, talvez ele seja bem solitário mesmo, que não conversa, então eu poderia ser a pessoa que fosse o ajudar nesse momento. Pelo menos isso eu faria para compensar, por ele ter me deixado ficar aqui, e não pegar um belo resfriado.

Eu o agradeceria da melhor forma, sendo pra ele o que ele mais precisa.

Sendo pra ele um verdadeiro amigo.