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História Mas se você vier... - Frank


Escrita por: ElizabethJules

Notas do Autor


Oi trouxas! <3

Está uma correria enorme aqui, mas consegui terminar o penúltimo cap hoje.
Perdoem a demora.

Estão preparados para o último cap Frank?
Pois é, esse é o último cap Frank da temporada e eu já estou sentindo aquela tristezinha porque nossa despedida está cada vez mais perto. :-(

Mas como sabem, vai ter segunda temporada, e em breve vamos conversar mais sobre como vai ser e quando possivelmente sai.

Por enquanto, boa leitura!

Capítulo 221 - Frank


Fanfic / Fanfiction Mas se você vier... - Frank

-S2-

Pov Frank

 

Depois de tudo que aconteceu, eu ainda guardava aquele pequeno papel comigo.

Ninguém sabia, eu não tive coragem de contar, nem mesmo para Gerard.

E isso partia meu coração, me fazia sentir mal, mas eu me sentia preso aquela promessa que fiz, e pior seria se eu falhasse.

Olhei para o pequeno bilhete com todos os dados que aquilo representava e implicava.

Respirei fundo e tentei esquecer, tentei pela milésima vez sem sucesso, e guardei o papel em um cofre que havia mandado instalar na parede de meu escritório, atrás de um quadro que havia recebido de Maddie, a esposa do senhor Way, que por sua vez, pintava muito bem e nos presenteou com o belíssimo quadro na visita que fizemos a casa deles dias atrás.

Minha sala estava muito sem personalidade, e como nossa casa já era perfeitamente decorada, Gerd me deu a ideia de trazer o quadro para o meu escritório na loja, e assim o fiz. Mas de imediato tive a ideia de colocar um quadro ali, pois não sabia mais onde esconder aquele papel, que além de ser extremamente valioso, apresentava um perigo para mim, em diferentes níveis.

Então fechei o cofre, e nesse momento Mikey entrou na minha sala, todo apressado e sem bater, justamente quando eu estava colocando o quadro no lugar.

_ Ei, Frank, desde quando tem um cofre na parede? O que guarda aí?

_ Nada demais, é só para uns papéis, documentos importantes que não podem se perder._ falei e ele assentiu se aproximando _ Que foi?

_ Nada, é que… Parece coisa de filme._ ele disse e eu sorri tentando parecer convincente, e acho que consegui _ Mas esquece isso, porque vim aqui te dizer algo muito importante.

_ O que é?

_ Primeiro desculpe eu ter entrado aqui sem bater, é que é muito importante mesmo.

_ Então diz logo, Mikey! Já está me deixando nervoso!

_ Eu não sei se está acompanhando, provavelmente já sabe que… O julgamento dos irmãos que foram responsáveis pelo atentado, vai ser hoje, e vai começar daqui a pouco.

_ Eu não sabia…

_ A maioria dos canais importantes vão cobrir, e estão falando disso há dias. Muito tem se discutido sobre o assunto e tanto as pessoas comuns quanto os juristas entrevistados, ninguém negou, sabem o que vai acontecer.

_ E o que… Vai acontecer?

_ Não se pode ter certeza até agora, mas hoje saberemos, e eu penso o que todo mundo pensa… Pena de morte aos dois.

_ Meu Deus…

_ Você sendo uma das vítimas desses loucos não quer isso?

_ Claro que não, Mikey. Tomara que eles fiquem presos pra sempre, mas isso é combater violência com violência, é demais.

_ Bem, não é assim que todos pensam. Muitos grupos, alguns enormes estão fazendo manifestações ao redor do mundo, pedindo justiça por todas as vítimas.

_ Eu só acho que ninguém tem o direito de decidir sobre a vida e morte de alguém, nem eles, nem nós.

_ Pode ser..._ disse Mikey assentindo _ Mas você não vem assistir o julgamento? Já vai começar.

_ Não, eu não vou.

_ Tem certeza? Isso vai ser épico, todo mundo está reunido na cafeteria pra ver.

_ Como assim todo mundo largou os serviços para assistir o julgamento? Até você, Mikey?

_ Frank, você está fora do mundo? As ruas estão praticamente vazias, a loja, o estúdio, não tem ninguém, todos estão aguardando o começo do julgamento.

_ Não sei pra que tanto alvoroço, se já sabem o que vai acontecer.

_ Como assim?

_ Essa gente quer mais desgraça, só pode ser isso.

_ Eu juro que estou tentando entender o seu posicionamento, mas não consigo.

_ Por quê? Eu só não quero ver isso, e se possível nem saber o que houve.

_ Sabe o que é, Frank. Eu sei de seus bons sentimentos, mas o que me intriga é que às vezes parece que você não entendeu direito a dimensão de tudo que aqueles loucos fizeram.

_ É claro que eu sei…

_ Eles quase mataram meu irmão, o homem com quem você em breve vai se casar, por sorte já que ele sobreviveu entre tão poucos. Se fosse por aqueles desgraçados meu irmão estaria morto agora, isso eu não posso assimilar, e muito menos perdoar. Quero que eles paguem por isso, e se for preciso que com as próprias vidas, que seja, eles tem que pagar, e quem sabe assim provam do próprio veneno. O mundo definitivamente não precisa de gente como eles.

_ Eu só quero que saiba que sei exatamente o que sente, nunca vou esquecer daquele dia que quase perdi Gerard, isso me perturba até hoje. Nós só… Não temos a mesma opinião..._ falei e ele assentiu.

_ Eu vou assistir o julgamento.

_ Está bem, e por favor, assim que acabar coloque cada um de volta às suas respectivas tarefas, não quero ouvir falarem sobre o assunto depois.

_ Está bem, eu falo com eles._ disse Mikey concordando e saiu da minha sala.

Eu respirei fundo e olhei para o quadro próximo a mim.

Não deveria ter aceitado.

Ajudá-lo seria uma ligação entre ele e mim para sempre, e o peso daquele segredo estava difícil demais de suportar.

Era apenas o começo.

-S2-

Horas mais tarde…

No fim daquele dia de trabalho, enclausurado em minha sala justamente para não saber as repercussões do julgamento, eu finalmente voltei para casa.

Quando cheguei encontrei Gerard na sala, me esperando como sempre o fazia.

Ele sorriu fracamente assim que me viu, e se aproximou me dando um forte abraço.

Ele estava triste, eu sabia.

Podia sentir.

O trouxe para meu colo e ele se sentou em minhas pernas ainda me abraçando.

Momentos depois, eu segurei o rosto dele, dei um beijo em seus lábios e fiquei olhando nos olhos dele por uns instantes antes de perguntar:

_ Gerd, você está bem?

_ Depois do que houve, eu nem sei como me sinto…

_ O que houve?

_ Vamos conversar no quarto, é sobre aquele assunto._ ele disse e eu assenti compreendendo ao que se referia.

_ Tudo bem, me espera no quarto que em um minuto eu vou lá e conversamos. Só vou ver como estão as crianças.

_ Faça isso, estão ansiosos pra te ver. Estarei no nosso quarto._ ele falou , e eu sorri assentindo, então ele seguiu para o quarto enquanto eu fui ao dos pequenos, onde encontrei eles brincando ali.

Assim que me viram os quatro vieram me abraçar, e eu sempre sentia meu coração em paz quando via que estavam todos bem, todos que eu amava.

Os pequenos me contaram brevemente do que estavam brincando, como foram seus dias, e então quando eles voltaram a brincadeira, eu deixei eles ali, e fui para meu quarto, pois apesar da tranquilidade que senti ao ver meus pequenos, algo estava me incomodando.

Aquele olhar triste que vi em Gerard, e era certamente pelos motivos que eu imaginava.

Quando me vi a sós com ele, e fechei a porta de nosso quarto, o vi sentado na beirada da cama, olhando para baixo, como se estivesse perdido em pensamentos, de certo que não bons.

Me aproximei dele, parei a sua frente e segurei uma de suas mãos.

_ Gerard… Me conte o que está havendo.

_ Você não sabe? Não viu o julgamento?

_ Não sei, não consegui ver… O que aconteceu?

_ O que já estava previsto. Eles foram condenados a morte… Os dois._ ele disse e eu fiquei apenas observando, já prendendo o choro que eu não seguraria por muito tempo _ E eu só não pensei que me sentiria dessa forma agora; antes eu estava ansioso, como todo mundo queria as cabeças deles em bandejas de prata, e agora que será feito, não entendo… Não consigo me sentir feliz, e a justiça… Sinto como se não tivesse sido feita, no fim das contas acho que é impossível._ ele disse então caindo no choro e eu o abracei forte, derramando umas lágrimas também, mas logo segurei o rosto dele pra dizer:

_ Isso porque nada do que fizerem agora vai reparar, nada vai trazer de volta as vítimas que morreram, o seu amigo… Nada vai apagar o trauma dos sobreviventes, de todos nós…

_ E agora eu já não sei mais o que sentir, e o que pensar… Por que eles fizeram aquilo? Não consigo compreender..._ falou Gerard no meu abraço e eu não consegui mais assimilar o que ele dizia, eu só consegui ficar ali abraçando ele estático, sentindo as lágrimas rolando por meu rosto, me dando conta da dimensão daquilo tudo, da vida de Gerard que esteve em jogo, de tudo que eu sabia sobre Omar, da promessa que fiz… Eu fiquei desesperado com tudo aquilo. Pensava no que eu sabia, e que se eu contasse a Gerard e a polícia, talvez a vida de Omar fosse poupada, quem sabe, mas por outro lado, isso poderia trazer complicações para mim e para minha família, e depois de tudo que Gerard passou, do trauma, se ele soubesse o que eu estava omitindo, se decepcionaria comigo, e nosso casamento, nossa paz iria por água abaixo; sem contar com os infinitos riscos _ Frank… Frank, Frank! _ ouvi finalmente Gerard me chamando desesperado e olhei nos olhos dele _ Frank, diz alguma coisa, o que há? Você está se sentindo bem?

_ Eu… Estou bem, Gerd.

_ Mas o que houve, amor? Você ficou paralisado, parecia nem me ouvir, o que estava pensando?

_ Em tantas coisas, Gerd..._ falei desviando o olhar dele; não parava de me perguntar: contava o que eu sabia a polícia, ou não? Tentava salvar a vida de Omar, ou não? Pensava no passado dele, na filha e sentia pena, mas por outro lado eu me lembrava que ele sabia o que ia acontecer, que ele queria que Gerard morresse, e conseguiu com os irmãos tirar as vidas de tantas outras pessoas… Então eu o odiava, mesmo sabendo que ele salvou a minha vida, porque eu jamais sobreviveria aquilo em minha condição. Devia salvá-lo ou não? Aquilo estava nas minhas mãos, ou não?

_ Frank, eu estou cansado disso, você pode me dizer, por favor, o que está acontecendo?

_ Como assim, amor?

_ Eu já te perguntei mil vezes, mas vou perguntar de novo: o que está me escondendo sobre aquele homem?

Tão quanto eu conhecia Gerard, ele me conhecia também; e era muito.

Então como eu olharia nos olhos dele de novo e mentiria?

Não sabia, mas precisava fazê-lo, não podia correr riscos sobre ele, sobre nós; justo depois de tudo que passamos, e finalmente quando estávamos em paz.
_ Nada, amor. Não estou escondendo nada._ eu falei o mais convincente que pude e o abracei logo, justo para evitar tanto contato visual, porque estava me matando _ Por que você cismou com isso?

_ É que eu tenho uma ideia rondando a minha cabeça o tempo todo, que daquela vez que foi falar com ele, no dia do enterro, creio que ele te disse algo; não faço ideia do que, se fez ameaças, ou se pediu algo, não sei, mas algo ele deve ter tido, ou senão porque teria te chamado lá?

_ Eu disse tudo que aconteceu, amor. Não sei o que se passa na mente daquele homem, não faço ideia.

_ Frank, se ele te falou algo e por medo você não quer contar, por favor, pense bem; sabe que pode contar tudo pra mim, e se ele fez ameaças devemos comunicar a polícia. Nada vai te acontecer, eu vou providenciar tudo, pode confiar em mim.

_ Nada disso aconteceu._ falei e cruzei os braços e emburrado desviei o olhar dele _ Ou não confia mais em mim?

_ Claro que confio, Frankie…

_ Não parece, eu já falei várias vezes que não foi nada disso, e você insiste a voltar com esses assuntos, com essas dúvidas, parece que não confia mais em mim, e no que eu digo._ falei _ Se eu te contei como foi aquele encontro com ele, você tem que acreditar em mim, e não ficar me aborrecendo com essas dúvidas que não tem nada a ver, isso me magoa muito._ completei ainda sem olhá-lo, mas sabia exatamente a expressão de angústia que ele carregava, eu sabia mesmo sem olhar.

_ Frankie… Olha pra mim, amor._ ele pediu e eu o fiz ainda sério e de braços cruzados _ Eu não queria te magoar, de jeito nenhum. É que… Você sabe como eu sou paranóico, eu fico criando teorias na minha cabeça pra justificar as coisas, e às vezes vou longe demais, quase sempre na verdade. Eu só senti medo de que ele estivesse te fazendo mal de alguma forma, mas se você diz que não é nada disso, eu confio em você.

_ Que bom._ falei ainda fingindo estar emburrado.

_ Amor… Você entende por que agi assim?

_ Entendo.

_ Você me perdoa? Por favor..._ ele pediu olhando nos meus olhos e eu assenti o abraçando forte.

_ Te perdoo, Gerd.

_ Ainda bem, Frankie. Fiquei com medo de você terminar comigo e ir embora pelo que eu fiz.

_ Você não fez nada, Gerd. Está tudo bem.

_ Eu não vou duvidar de você, nunca mais._ ele falou e eu sorri sem graça.

Coitadinho, eu ficava de coração partido vendo ele ali todo preocupado com o que eu sentia e pensava, enquanto eu descaradamente usava meus conhecimentos sobre ele para manipulá-lo.

_ Eu sei, Gerd, Obrigado._ falei segurando a mão dele _ E pare de pensar que qualquer coisinha eu vou terminar tudo entre nós e ir embora, isso não vai acontecer. Nós conversamos sobre isso toda semana na terapia, você precisa controlar as paranoias, amor.

_ Preciso mesmo._ ele disse me abraçando e eu sorri fracamente.

Nós éramos problemáticos?

Sim, muito, mas nos amávamos acima de todas as coisas.

Era por nós o que eu fazia, só pensava naquelas palavras no momento: era por nós…

Estávamos ali abraçados quando de repente ouvimos batidas fortes na porta do nosso quarto.

_ Filho! Filho, por favor, abra!

_ É a sua mãe..._ falei desfazendo o abraço com Gerd.

_ Ela parece estar nervosa._ disse Gerard se levantando e eu fiquei onde estava enquanto ele foi atender a porta, mas mesmo um tanto distante consegui ouvir o que foi dito.

_ Mãe, o que foi?_ perguntou ele assim que abriu a porta.

_ Filho, pode me dizer de uma vez por todas o que está acontecendo?

_ Sobre o que está falando, mãe?

_ Você sabe muito bem, todos sabem, mas ninguém me fala nada._ ela disse nervosamente _ Hoje quando eu estava voltando do mercado, porque insisti muito em ir sozinha, e fui sem você saber, senão não teria me deixado sair dessa casa, encontrei uma amiga minha na rua e ela falou algo sobre um atentado, um julgamento, que eu devo estar muito feliz por você estar vivo e… Eu fiquei sem entender nada. Minha amiga não falou coisa com coisa, ou ela falou e eu que estou por fora do assunto. Ela estava com pressa e eu fiquei parada no meio da rua, assustada e sem entender, e quando cheguei aqui, nem Angie, nem Alex, nem nenhum dos empregados quis me dizer nada… Então, Gerard Arthur Way, é melhor você me contar tudo._ ela disse já aos prantos e eu me aproximei me colocando ao lado de Gerard e segurando a mão dele _ Enquanto eu estive viajando, tentaram… Matar você, filho?

_ Mãe..._ ele disse abraçando ela que não conseguia parar de chorar. Droga… Por dias conseguimos manter Donna em casa, e com custo sem informação, mas e agora? _ Claro que não, não aconteceu nada…

_ Filho, para de mentiras, eu quero que você me conte tudo, que faça isso agora. E caso não me conte, eu mesma vou perguntar a uma de minhas amigas e tenho certeza que uma hora alguém vai me contar. _ ela falou e Gerard me olhou se afastando dela; eu assenti e ele compreendeu que era melhor contar tudo logo, antes que algum estranho o fizesse.

Estava tudo muito tenso?

Estava sim, mas ficou pior, bem pior.

_ Papai… _ disse Li aparecendo no corredor e nós olhamos pra ela tensos _ Eu estava vindo aqui, e ouvi parte da conversa.

_ Li..._ falou Gerard.

_ Papai, eu também quero saber o que houve._ disse ela com os olhinhos assustados _ Hoje uma menina da minha classe falou que iam matar os homens que tentaram matar o meu pai, e que mataram um monte de pessoas… Ela também falou que meu pai deve ser muito forte, porque sobreviveu as bombas… Eu fiquei assustada, e não entendi nada… O que ela quis dizer com bombas, papai? Você não teve apenas um acidente?

_ Que acidente foi esse, meu Deus?_ perguntou Donna e Gerard pareceu mais perdido ainda, até porque Ban, Cher, e Miles apareceram pra completar.

_ Do que estão falando?_ perguntou Miles.

_ É sobre as bombas que a menina disse pra Li?_ perguntou Cher.

_ O que aconteceu, papai?_ perguntou Ban e Gerard estava a ponto de surtar, eu sabia.

_  Esperem um pouco, nós vamos conversar com todos vocês em um minuto. Nos aguardem na sala._ falei fechando a porta sem dar mais opções a eles, e peguei a mão de Gerard o trazendo comigo até que ele se sentou na cama e eu parei a frente dele _ Gerard… Fica calmo, vamos resolver isso.

_ Como vamos contar para minha mãe, Frank? E para as crianças? Conseguimos com tanta dificuldade esconder isso deles na fase mais crítica, pra justo agora termos que contar…

_ Uma hora eles iam saber.

_ Mas como faremos isso, Frankie?

_ Sobre a sua mãe… Bem, a minha mãe entendeu, ela ficou assustada como todo mundo, com medo, mas como tudo se resolveu ela compreendeu.

_ Mas a sua mãe é uma senhora muito calma, Frank, diferente da minha. Sem contar que a minha mãe está grávida e não pode de jeito nenhum levar mais baques. Sem contar com as crianças, meu Deus… Como a Li foi saber? Pra que aquela menina da classe dela foi falar disso?

_ Você sabe como a Li é esperta, e nessa escola ela está cercada por crianças como ela, certamente são informados e já sabem há tempos o que houve; é um milagre termos mantido eles alheios esse tempo todo.

_ Sim, mas eles descobriram e querem saber tudo de nós. Como vamos dizer a minha mãe tudo que passei e explicar às crianças que existe tamanho ódio no mundo?

_ Nós vamos lá, e juntos vamos encontrar um jeito._ falei e ele assentiu segurando a minha mão _ Sua mãe é forte, nossos filhos também, eles vão aguentar firme.

_ Eu espero que sim, Frankie. Vamos lá._ ele disse se levantando e então saímos de nosso quarto.

Logo nos deparamos ali no corredor com Alex e Angie que pareciam aflitas.

_ Senhor Way, nós tentamos evitar o quanto pudemos, mas eles já descobriram._ disse Angie

_ E estão completamente apreensivos lá na sala._ falou Alex _ Sentimos muito.

_ Está tudo bem, eu sei que fizeram tudo que podiam._ disse Gerd _ Angie, por favor, leve um copo de água com açúcar para a minha mãe, ela vai precisar.

_ Já providenciei, senhor Way.

_ Obrigado, vamos até lá para esclarecer isso tudo de uma vez._ falou Gerd e elas assentiram nos seguindo.

E assim que entramos na sala de mãos dadas, todos nos olharam claramente ansiosos.

Donna segurando o copo de água com as mãos trêmulas, e assim como Gerard eu temi pela reação dela.

_ Filho, sente-se aqui e nos conte o que houve, por favor..._ disse Donna e Gerard se sentou ao lado dela segurando a sua mão; logo eu parei a frente deles e abracei Ban e Li que se aproximaram de mim rapidamente como se buscassem apoio, da mesma forma que Miles e Cherry ficaram ao lado de Gerard parados e com os olhinhos arregalados.

Eu estava de coração partido por todos eles tomarem conhecimento do que houve.

_ Eu preciso que todos vocês nos escutem, mas que fiquem calmos, por favor, especialmente você, mãe._ disse Gerd e a mãe dele assentiu entregando o copo a Angie.

_ Agora nos diga, o que aconteceu quando estive fora?

_ Na verdade, mãe. Aconteceu antes, a senhora foi levada a casa de campo de Jared porque meu pai providenciou isso pra te proteger de saber o que estava acontecendo, para proteger você e o meu irmão.

_ Como assim? Seu pai pediu ao Jared que me tirasse da cidade? Donald fez isso?

_ Sim, ele fez._ eu falei _ Isso e muito mais, não fosse ele certamente não estaríamos todos aqui agora.

_ Mas do que seu pai e Jared estavam tentando me proteger?_ perguntou Donna.

_ Nós tentamos proteger todos vocês de saber o que houve, e por nós nunca saberiam._ disse Gerd.

_ Nós mentimos, mas foi porque amamos vocês._ falei e assenti para que Gerd prosseguisse, pois eu não conseguiria dizer aquilo.

_ Mãe, crianças, eu e Frank estivemos exposto a pessoas muito perigosas, que fizeram algo terrível… Foi um atentado.

_ Meu Deus..._ disse Donna chorando em pânico.

_ O que é isso, pai?_ perguntou Miles com a mesma curiosidade de todos, menos Li, ela estava chorando abraçada a mim, não sei como, mas ela já conhecia o termo, certeza.

_ Isso quer dizer que… Umas pessoas muito más, que não sabem aceitar as diferenças, quiseram fazer mal a nós, e não conseguiram tirar a minha vida e a de Frank, mas tiraram a de muitas outras pessoas. Eles… Explodiram bombas em um evento muito importante da comunidade gay e muitos se feriram, enquanto a maior parte… Se foi.

_ Meu Deus..._ falou Donna aos prantos enquanto os demais também choravam( inclusive eu ao que abraçava as meninas _ Então foi por isso que me levaram para longe e estavam tão estranhos comigo… Filho, podiam ter te…

_ Mãe, eu estou aqui, dos culpados que sobreviveram, já estão presos e não vão nos fazer mal.

_ Por que eles mataram as pessoas, papai? Por que queriam fazer mal pra você?_ perguntou Cherry chorando ao abraçar Gerard _ Você não fez nada pra eles…

_ Querida, eu sinto muito dizer, mas… Infelizmente existem pessoas muito más no mundo._ falou Gerard.

_  Mas pai, por que a menina da minha classe disse que vão matar esses homens?_ perguntou Li e eu olhei para Gerard que ficou tenso assim como eu.

Eu não sabia o que falar, não fazia ideia.

_ Li, acontece que hoje julgaram esses homens, e a justiça resolveu optar pelo método mais… Drástico._ falou Gerard segurando a mãozinha de Li.

_ O que drástico significa nesse contexto, papai?_ perguntou Li e Gerard assentiu entendendo que ela queria que ele dissesse.

_ Eles vão ficar presos até que a justiça decida quando eles vão… Pagar com as próprias vidas por todo mal que causaram.

_ Vão matá-los?_ perguntou Ban.

_ O papai disse que sim._ falou Miles.

_ Mas eles tentaram matar o papai..._ disse Cherry.

_ Isso não fere os direitos humanos? Mesmo os deles?_ perguntou Li e minha cabeça estava quase explodindo de tanto nervosismo e informação _ Eles não deveriam ter prisão perpétua?

_ O que é prisão perpétua, Li?_ perguntou Miles

_ É quando eles ficam presos para sempre!_ falou Li.

_ Mas e se eles fugissem e tentassem de novo matar o papai?_ perguntou Cherry.

_ Isso não pode acontecer._ disse Ban _ Agora eu estou com medo, já bateram no pai Frank na rua, e quase mataram o pai Gerard; o que mais vai nos acontecer?

_ Vocês não tem que temer a nada, eu estou aqui e vou protegê-los. Vamos tomar cuidado com tudo daqui em diante, amizades, lugares onde vamos, mais segurança em casa, nos carros; muros em volta da mansão. Faremos de tudo para ficarmos seguros._ disse Gerd abraçando as crianças e eu apenas assenti e quando olhei para Donna, percebi ela estática ali chorando.

_ Donna..._ chamei-a e ela nada disse então, Angie e Alex tentaram “despertá-la” também _ Gerd, a sua mãe._ falei e quando as crianças desfizeram o abraço com ele, foram até a avó nervosos.

_ Vovó Vovó!_ as crianças chamavam ela que havia desfalecido de vez, e Gerard ficou em pânico ao perceber que ela não reagia.

_ Mãe! Mãe!_ ele chamou e olhei em volta _ Por favor, se afastem um pouco que eu vou deitá-la. _ ele pediu e as crianças o fizeram, assim como Angie e Alex _ Mãe, acorda, por favor..._ ele pediu saindo do sofá para que ela deitasse ali, então ele segurou a mão dela e continuou chamando-a sem parar _ Mãe. Mãe…

_ Filho..._ ela disse finalmente no momento que abriu os olhos, e todos respiramos aliviados.

_ O que aconteceu com a senhora?

_ Eu estou bem, só tive muito medo de pensar em tudo que passou… De pensar que eu poderia ter perdido você.

_ Isso não aconteceu, mais uma vez eu sobrevivi e estou aqui, todos nós estamos.

_ Graças a Deus, filho. Naquela noite eu não quis viajar sem te ver, estava muito angustiada, agora sei o porquê. Mas Deus ouviu as minhas preces, mais uma vez._ ela disse abraçando Gerard.

_ Mãe, eu estou bem, estou bem…

_ Eu nem vou querer saber de detalhes, filho. Não vou aguentar.

_ Mas eu vou, papai. Quero saber de tudo que aconteceu._ disse Li e nós olhamos pra ela sérios _ Tudo bem… Sem detalhes.

_ Tudo que vocês precisam saber nesse momento é que estamos bem, e seguros, o passado não vai voltar mais, e vamos continuar seguindo em frente, fazendo o que sempre fizemos.

_ Filho, não acha que deve..._ ia dizer Donna, mas Gerard assim como eu já sabia o que viria.

_ Nos esconder? Nos calar? Nunca._ ele disse _ Nós vamos ter cuidados sim, como eu falei, mas nós somos os Iero Way, e agora representamos mais do que nunca toda a nossa comunidade, não vamos nos afastar de todos, muito pelo contrário, precisamos nos unir. E quantas vezes me chamarem para os eventos e encontros, quantas vezes eu irei.

_ Filho..._ falou Donna a ponto de chorar de novo _ E se algum outro grupo tentar outra coisa contra vocês?

_ Acho que depois do que houve, principalmente das repercussões sobre o julgamento, não se atreverão._ disse Gerard e Donna assentiu, mas eu no fundo não estava certo sobre nossa segurança, pois como Omar me disse, pessoas como os irmãos dele não temiam nada, nem a morte.

_ Então está tudo bem mesmo, papai? Já passou?_ perguntou Cher.

_ Claro que sim, isso tudo já passou, e nós continuamos aqui, assim sempre deverá ser.

_ Nós não podemos nos afastar uns dos outros, nossa família é a nossa força, para tudo._ falei finalmente algo e Gerd me abraçou assim como as crianças e Donna.

_ Frank está certíssimo._ disse Gerd _ Agora eu vou ligar para o seu médico, mãe. E pedir que ele venha aqui examiná-la, para ver se está bem mesmo.

_ Eu estou bem, filho. Não precisa.

_ Já está decido, mãe. Eu vou ligar._ insistiu Gerard se levantando para fazer a ligação e eu sorri para Donna que recebeu o copo de Angie e voltou a beber a água.

_ Não adianta, ele vai querer se certificar de que está bem, sabe como ele é.

_ Pois é, nós sabemos._ disse Donna depois que terminou de beber a água e entregou o copo a Angie _ Obrigado._ ela completou e Angie sorriu.

As crianças estavam tagarelando em volta de Gerard, e ainda tentando assimilar certamente o que houve.

_ Por isso você estava chorando tanto naquela noite, não é Frank? Por isso que vocês estavam tristes.

_ Sim, eu tive muito medo de perdê-lo, todos tivemos, mas no dia seguinte ele pôde voltar pra casa.

_ Graças a Deus..._ disse Donna se benzendo e eu sorri.

Sobrevivemos aquela conversa.

Ainda bem.

Gerard e eu passamos mais um tempo com as crianças e deixamos mais do que claro que aquele episódio triste havia ficado no passado, definitivamente.

Donna estava bem mesmo, ela e o bebê, pois pouco depois o médico dela chegou e examinou-a. Nós conversamos com ele e estava tudo em ordem.

No fim da noite jantamos todos juntos e já estavam todos mais calmos, até mesmo Donna e Li; Donna, tão emotiva e Li tão inteligente, as duas sofreram um pouco mais que os demais, no entanto aquela noite que passamos juntos foi muito boa.

Quase pude esquecer o dia terrível.

Quase.

Estavam todos comemorando a vida de Gerard, a nossa.

Todos em volta da mesa confraternizando e eu feliz por estar ao lado dele, mas com aqueles fantasmas do passado rondando a minha mente vez ou outra.

Eles não me deixariam tão cedo.

-S2-

No dia seguinte…

 

Eu havia acordado cedo, assim como Gerd.

Ele foi tomar banho primeiro enquanto eu fui despertar as crianças para irem a escola.

Agora com a minha agenda organizada, eu fazia questão de tomar café da manhã com eles, eu cozinhava algumas coisas com a ajuda de Donna e Angie, enquanto Gerard cuidava das crianças com Alex. E na hora do almoço eu vinha do trabalho para fazer a refeição com todos eles; sem contar que eu sempre saía mais cedo do trabalho, gostava de ensinar a lição de casa as crianças, junto com Gerard. Gostava de cozinhar pra eles o nosso jantar, e às vezes Gerard até mesmo se atrevia a me ajudar, ele pouco a pouco ganhava mais confiança na cozinha, e estava se saindo um bom ajudante.

Nossas terapias junto com nossa maior consciência sobre tudo, e a força de vontade que tínhamos de manter a nossa família feliz, fazia toda a diferença agora.

Pequenas mudanças mudaram tudo.

E estávamos felizes.

Eu assim que coloquei os pequenos para o banho, voltei ao quarto e fui tomar meu banho, pois Gerd já havia saído, e ido até o quarto dos pequenos para continuar aprontando eles.

Minha banheira já estava preparada como eu gostava, então eu apenas entrei e aproveitei aqueles momentos de silêncio, tomei meu banho e fiquei uns minutos relaxando.

_ Frank..._ disse Gerd certo momento, e eu abri meus olhos e sorri pra ele.

_ Sim, amor._ falei e ele se aproximou parando abaixado ao meu lado.

_ Quer que eu entre aí com você?

_ É o que você quer?_ eu perguntei e ele nada disse _ Amor… Lembra o que conversamos? Você não precisa fazer o que não quer só pra me agradar, eu não vou surtar, nem nada…

_ Que bom..._ ele disse sorrindo _ Você tem razão, nós temos que ser honestos sempre._ ele disse e eu fiquei sem jeito, apenas assentindo.

_ Pois então, amor, você já tomou banho, então para não ficar como daquela vez, é melhor não._ falei e ele sorriu _ Agora me diz, eu estou atrasado?

_  Não, ainda está cedo.

_ Que bom..._ falei _ Mas então? Algo de errado? Você entrou aqui com o rosto tão angustiado.

_ É que… Eu acabei de encontrar Li no meu escritório, mexendo no meu computador, de novo..._ ele falou e eu ri.

_ Tão cedo dessa vez?

_ Pois é, ela ao invés de ir para a cozinha preparar a lancheira como os irmãos, foi aproveitar o tempo para jogar, segundo ela. E eu fui encontrá-la jogando no meu computador rindo muito.

_ Ela estava se divertindo._ falei rindo.

_ Frank, não ria, isso é sério. Sabe o que penso sobre isso.

_ Eu sei que não gosta, eu sei, mas… É a Li, e sabe como ela é.

_ Sim, eu sei. Segundo ela, todos os amigos dela usam computador, e tem celular, tablets e sei lá mais o que! Frank, são crianças, você acha isso certo?

_ Eu não sei, Gerd. Ela só estava brincando, não é?

_ Sim, e ela disse que na escola usa para fazer pesquisas também. Eu preciso ligar para o coordenador dela urgentemente. Só podem estar brincando comigo!

_ Por que, Gerd?

_ Olha o perigo, amor. Olha o perigo aí! Vai que alguém manda uma mensagem para a Li e se passa por uma criança espertinha como ela. Todo dia eu vejo no jornal um monte de desgraças, meninas e meninos que morrem, que são abusados por gente mal intencionada.

_ Meu amor, a Li só faz pesquisas e joga jogos infantis. Ela nem usa redes sociais pra correr esses perigos.

_ Mas e a pornografia? E se algum vírus aparecer e sei lá… Li clicar inocentemente em um anúncio e for parar em um site de pornografia?

_ Gerard Way, menos. Tem como a Li usar internet e não acessar esse tipo de conteúdo, eu posso pedir a Alex talvez, se ela pode bloquear esses conteúdos, e deixar o seu computador mais seguro.

_ Será…

_ Lembre-se de maneirar com as paranoias.

_ Pois é..._ ele disse _ Mas tem mais, a Li pediu um celular. Acha que devemos dar?

_ Por mim não tem problema algum.

_ Mas se eu der o celular pra ela, vou ter que comprar um para cada, para Cher e Miles também; e sabe, eu já escondo o celular da Ban a semana toda, só deixo ela usar quando eu saio, ou em ocasiões especiais; agora imagine quatro crianças com celulares em casa, eu enlouqueço!

_ Você pode comprar então um videogame, alguma tecnologia pequena somente para jogos, não sei, algo para entretê-los.

_ Eu quero que eles continuem se divertindo como sempre foi; eles tem um quarto abarrotado de brinquedos, tem uma piscina, um parquinho, um jardim e um quintal enorme, e os cachorros para eles cuidarem e brincarem juntos. Pra que essas tecnologias?

_ Eu entendo o que quer, amor. E tem razão, as crianças têm muito com o que se divertir.

_ Isso.

_ Pois então diga a Li que não pode dar o celular a ela, e fim de assunto.

_ Mas eu fico com pena de dizer não a ela.

_ Gerard! O que quer dizer então?

_ Acho que… Vou escutar as suas sugestões. Vou pedir a Alex que deixe meu computador seguro, e vou procurar por algum joguinho para eles todos, algo que não seja exatamente um celular, que só seja pra eles se divertirem.

_ Não acredito..._ falei sorrindo.

_ Pois é, vou tentar entretê-los com esse presente, mas sei que não será por muito tempo, logo logo Li vai vir com mais pedidos, e mais cedo ou mais tarde, eu vou acabar tendo que comprar o celular.

_ Acho que vai ser mais cedo do que pensa, em todo o caso, eu já estou muito orgulhoso por você deixar ela brincar no seu computador. Já é um passo._ falei e ele sorriu.

_ Essa Li tecnológica ainda vai me deixar louco._ ele disse e eu ri.

_ Eu aposto que sim._ falei e selamos nossos lábios brevemente.

_ Ah, você disse que vai poder chegar um pouquinho mais tarde no trabalho, não disse?

_ Disse.

_ Eu quero que levemos os pequenos pra escola e depois quero ir com você a um lugar.

_ Fazer o que?_ perguntei distraído.

_ Marcar a data do nosso casamento._ ele disse e eu olhei-o sorrindo surpreso.

_ Mas já?

_ Sim, depois do que aconteceu ontem, não quero que lembremos do que houve, e não quero mais saber dos desdobramentos do que acontece com aqueles homens. Eu quero virar essa página, e nós já vimos que sem uma data oficial fica difícil de tomar as demais providências._ ele disse e eu fiquei apenas sorrindo _ E então? O que me diz?

_ Sim! Claro que sim, vamos agora mesmo!_ falei e então nos beijamos.

_ As estrelas nos seus olhos te denunciaram._ ele disse me provocando e eu sorri.

_ Como não? Finalmente vamos oficializar nossa relação, sabe o quanto é importante pra mim.

_ Pra mim também é._ ele disse e pegou a minha toalha para mim _ Então, senhor Iero? Vamos?

_ Vamos!_ eu disse animado e pouco depois já estava arrumado.

Nós tomamos café da manhã com todos, colocamos Li no ônibus dela, e depois levamos os demais para a escola do bairro.

Em seguida fomos até o centro da cidade com nossos documentos e marcamos a data.

Foi tudo tão rápido, tão fácil.

Nós nem acreditamos, saímos do cartório de mãos dadas e extasiados.

Sem conseguir parar de sorrir.

Nosso casamento seria em menos de um mês.

Loucura?

Talvez.

Poderíamos marcar para uma data mais distante, mas pra que?

Nós queríamos fazer aquilo o quanto antes, e por isso marcamos tudo na data mais recente que pudemos.

Depois Gerard me levou ao meu trabalho, e nós fomos até o meu escritório.

_ Eu estou tão feliz, meu amor. Tão feliz que temos uma data!_ falei.

_ Eu então, nem acredito!_ ele disse sorrindo e nos beijamos quando paramos perto da minha mesa.

Nós estávamos muito extasiados, então acabamos nos empolgando um pouquinho, quando vi Gerard já tinha afastado as coisas da minha mesa, me colocado ali em cima, e isso tudo sem desgrudar de mim.

Continuamos nos beijando, então certo momento eu disse:

_ Gerd, aqui?!_ perguntei e ele parou me olhando.

_ Tem razão, aqui é seu escritório, é melhor eu ir embora..._ ele disse se afastando de mim e eu puxei-o de volta.

_ Não! Volta aqui!_ falei o trazendo para um novo beijo, nos abraçamos e quando eu me dei conta nós tínhamos feito amor bem em cima da minha mesa.

Depois que tudo aconteceu, nós começamos a nos vestir meio desnorteados, ele me colocou em minha cadeira e eu disse:

_ Será que fizemos barulho?

_ Espero que não, mas acho que sim..._ ele falou rindo fracamente.

_ Gerard! Que vergonha. O que meus funcionários vão pensar de mim?

_ Que você é um homem feliz, amado e em breve casado._ ele falou e eu ri o beijando de novo.

_ Não sei como vou conseguir me concentrar para trabalhar nessa sala o dia inteiro, muito obrigado, senhor Way.

_ Disponha, sempre que precisar.

_ Vou te chamar aqui outras vezes, e você vai ter que vir._ brinquei.

_ Pode apostar que eu virei._ ele falou e eu ri.

_ Para com isso, se fizermos disso um hábito vão pensar que somos obcecados por sexo.

_ Vão pensar que nós nos amamos, só isso.

_ Quem diria, senhor Way. Quem diria... _ falei e selamos nossos lábios.

_ Agora eu tenho que ir, Frankie. Preciso aproveitar que as crianças estão na escola pra terminar uns desenhos, estou cheio de coisas pra revisar antes de ir para New York.

_ Tudo bem, amor. Bom trabalho.

_ Pra você também. _ ele disse sorrindo perto do meu rosto e eu sorri igualmente _ Mais tarde tem mais.

_ Assim espero._ falei rindo e continuei olhando nos olhos dele _ Será que nós sempre vamos ser assim?_ perguntei e ele quem riu dessa vez.

_ Aposto que vamos._ ele falou e nos beijamos uma última vez _ Fica bem, Frankie.

_ Você também, amor. Até mais tarde.

_ Até._ ele disse e saiu da minha sala.

Eu o acompanhei até a porta e então fechei-a, mas pude escutar ele falando com Mikey no corredor.

_ Gerard, o que está fazendo aqui?_ ouvi Mikey perguntá-lo _ Eu estava passando e ouvi uns barulhos estranhos, vocês estavam transando?

_ Não enche, Mikey. Ao invés de ficar bisbilhotando, deveria me parabenizar pelo meu casamento._ disse Gerard

_ Já marcaram a data?!

_ Marcamos sim..._ disse Gerd animado e eu ouvi Mikey segui-lo, então os dois se afastaram e eu não pude ouvir mais nada.

Que vergonha! Mikey ouviu alguma coisa!

Eu devia estar com as bochechas vermelhas, como um adolescente pego no flagra.

Ainda bem que Gerard não tinha vergonha de nada pelo visto.

Enquanto ele contava as novidades para o irmão e voltava para casa, eu fui ao banheiro de minha sala e “me recompus”.

Estava parecendo um louco, mas depois de ajeitar meu cabelo, lavar rosto, mãos e trocar meu blazer amassado por um que por sorte eu guardava ali, até que eu… Fiquei mais ou menos.

E pude voltar a minha sala e arrumá-la bem a tempo de Mikey entrar ali sorridente, vindo me dar um abraço e me parabenizar pelo casamento marcado.

Eu fiquei meio sem jeito, é claro, mas fiquei feliz pelas felicitações dele e tentando a todo momento agir como se nada tivesse acontecido, quando tudo tinha acontecido.

Respirei aliviado quando ele saiu de minha sala.

Olhei para a minha mesa e lembrei do que se passou há pouco ali.

Respirei fundo e liguei meu computador tentando me concentrar no meu trabalho.

O que não nego, foi bem difícil.

-S2-

Horas mais tarde…

 

Cheguei em casa no fim da tarde, fiquei muito feliz e surpreso com o que vi.

Os pequenos estavam brincando com videogames portáteis; todos ganharam e eu sorri ao ver a animação deles; os pequenos estavam até ensinando a avó a brincar também.

Eu cumprimentei todos e Gerd logo veio me dar um abraço e um beijo.

_ Você foi rápido, e acertou em cheio.

_ Pois é, acho que por enquanto serve, mas quando a euforia passar…

_ Eu sei, Li. Mas vamos dar tempo ao tempo. O importante é que estão felizes agora.

_ Sim._ disse Gerd sorrindo e eu chamei ele que se abaixou.

_ Já contou a eles sobre aquilo?

_ O que fizemos antes daquilo na sua sala?_ ele perguntou no meu ouvido e eu dei um tapinha nele que riu.

_ Ainda não, eu estava esperando você.

_ Está bem, eu só vou beber um copo de água, e já volto para contarmos._ eu disse e ele assentiu voltando a sua atenção para as crianças.

Então eu me afastei deles e fui até a cozinha, que estranhamente estava com as luzes apagadas. Eu liguei estas e quase tive um ataque com o que vi, comecei a chorar assim que Gerard e os pequenos vieram correndo até mim e me abraçaram enquanto Donna, Angie aplaudiam, e Alex gritava.

_ O que é tudo isso?_ perguntei emocionado me aproximando da mesa e vendo o lindo bolo em formato de coração, assim como as bexigas vermelhas por toda parte, e doces lindos.

_ É só uma surpresinha que fizemos pra você._ disse Gerard _ Desculpe amor, eu quis esperar, mas não resisti, então contei e preparamos isso.

_ Obrigado, está tudo lindo. Eu amo vocês._ falei abraçando eles e nem acreditei quando vi a data do nosso casamento desenhada no centro do bolo de coração _ Vocês são maravilhosos.

_ Você que é, Frankie._ disse Gerd.

_ Nós te amamos, papai._ disseram os pequenos ainda abraçados a mim, enquanto Gerd secava as minhas lágrimas.

Em seguida todos vieram nos parabenizar oficialmente pela data, então começamos a comer o delicioso bolo e os doces.

Nós tiramos muitas fotos, e começamos a tagarelar sobre as ideias que cada um tinha sobre “o casamento dos sonhos”.

Donna veio com ideias muito exuberantes, enquanto Alex veio com outras bem excêntricas, Angie era mais simples e deu ideias mais delicadas e específicas; até as crianças deram ideias e insistiram que queriam certos elementos no casamento.

No fim da noite chegamos a uma conclusão: nós precisaríamos de ajuda para realizar aquela festa, senão nosso casamento acabaria se tornando um circo.

-S2-

Dias depois…

 

No meio da correria de nossas atividades, nós finalmente conseguimos uma tarde em que ambos estávamos livres, então deixamos os pequenos em casa, e fomos a uma agência de casamentos para começar a planejar oficialmente, tirar aqueles sonhos e ideias do papel.

Seguindo a recomendação de amigos, fomos a agência mais sofisticada no centro da cidade.

Nós chegamos lá e fomos muito bem recebidos por uma secretária simpática que enquanto nós aguardávamos na sala de esperas, nos serviu café e nos trouxe uns álbuns de fotos que nos deixaram mais empolgados ainda.

Todos os dias a noite nós passávamos um bom tempo pesquisando sobre decoração, pratos, e bebidas para festa. Estávamos levando a sério tudo aquilo, e tínhamos uma lista mental sobre todas as exigências.

Quando chegou a nossa vez, a secretária nos acompanhou até a sala rosa clara, e nós entramos.

A moça que estava atrás da mesa levantou depressa assim que viu Gerd.

_ Gerard?!

_ Beth?

_ Sou eu!_ ela disse sorrindo por fim.

_ Sou eu! _ ele disse e os dois se aproximaram e se abraçaram forte _ Quanto tempo não nos vemos.

_ Pois é, quanto tempo!_ ela disse e eu fiquei olhando aquela cena cheio de ciúmes.

_ Mas que intimidades são essas?_ perguntei.

_ Frank, essa é Elizabeth minha namorada do colegial. Beth, esse é Frank, meu noivo.

_ Muito prazer, Frank!_ disse a moça animada e eu apertei a mão dela ainda sério.

_ Prazer._ falei.

_ Não precisa ficar bravo, esse meu namoro com Gerard nem sei como aconteceu, nem sei mesmo. Ele ao que tudo indica é gay, e eu sou lésbica.

_ Você é lésbica?_ perguntou Gerard sentado e eu me coloquei ao lado dele ao que ela se sentou também.

_ Sim, e casadíssima, sabe com quem?

_ Não faço ideia.

_ Com a Lori.

_ Lori a feiosa? A garota mais feia da escola?_ ele perguntou e me olhou explicando _ Eu não achava isso, era só como a chamavam.

_ Sei..._ disse Beth _ Pois é ela mesma, e se vão realizar sua festa aqui conosco, saibam, ela será a fotógrafa principal de vocês.

_ Não brinca..._ disse Gerard _ Ela era muito inteligente, achei que seria uma professora daquelas bem chatas!_ ele falou rindo e Beth deu de ombros.

_ Ela continua sendo inteligente. Lori que cuida dos negócios, eu só organizo as festas. Ela foi ali ao banheiro, mas já deve estar vindo._ disse Beth e gritou _ Lori! Vem aqui, querida! Você não sabe quem são os nossos novos clientes?

_ Quem?!_ gritou a outra do cômodo ao lado.

_ Os Ways!

_ Qual dos desgraçados vai se casar?!_ a outra perguntou e Beth nos olhou.

_ Ela só está brincando, já superou isso há séculos!_ disse Beth rindo e nós assentimos, então Lori entrou na sala e nos surpreendeu bastante.

Alta, bonita, parecia uma modelo.

_ Tem certeza de que é ela, Gerd?_ perguntei baixo e ele assentiu.

_ É ela mesma._ falou Gerard e disse _ Lori, como você mudou!

_ Ainda bem, não é mesmo?_ ela disse apertando a mão dele e depois a minha, então se sentou ao lado de Beth, ficando assim, as duas a nossa frente.

_ Você está linda, vocês duas estão._ disse Gerd.

_ Obrigada, deve ser a nossa felicidade._ disse Beth e a outra sorriu.

_ Desculpem a brincadeira, eu não tenho nada contra os Way, muito pelo contrário._ disse Lori _ Não fosse você partir o coração de Beth e Michael partir o meu, nós nunca teríamos nos aproximado, nos unido e… Nos casado no fim das contas.

_ Eu fico feliz então._ disse Gerd.

_ Nós que agradecemos, não sei o que seria de nós se não fosse o fora que levamos de você e de seu irmão._ disse Beth.

_ O importante é que todos estamos muito felizes._ falei.

_ Até mesmo, Mikey? Como ele está?_ perguntou Lori.

_ Muito feliz, está casado, tem duas esposas, e um filho._ disse Gerard e elas sorriram.

_ Logo ele que sempre pensou que não ia conseguir ninguém, que surpresa!_ disse Lori.

_ Ele arrasou._ falou Beth assentindo _ Mas vamos ao que interessa, o casamento de vocês.

_ Antes de mais nada, desejamos parabéns aos dois e vamos dar tratamento especial sim, já que Gerard é um velho conhecido nosso, que ajudou a nos unir._ disse Lori, então eu e Gerd nos entreolhamos sorrindo.

_ Vocês já tem a data marcada?_ perguntou Beth.

_ Temos sim, será daqui umas semanas._ falei _ Então temos pouco tempo e muito a fazer.

_ Já tem alguma ideia do que querem no casamento?_ perguntou Lori.

_ Em termos de decoração, serviços, alimentos, etc._ falou Beth.

_ Pode dizer, Frankie. Pode contar todas as ideias._ disse Gerd e eu assenti sorrindo.

_ Bem, são muitas ideias, e nós nem sabemos por onde começar, na verdade._ falei.

_ É pra isso que estamos aqui, podem dizer._ disse Lori e eu assenti.

_ De início nós apenas pensamos em uma grande festa, nós temos uma família grande, muitos amigos, então queremos uma grande celebração para comemorar com todos._ falei e elas assentiram sorrindo enquanto Beth anotava o que eu dizia em um bloquinho de papel _ Mas depois de ouvir todas as ideias maravilhosas da nossa família e amigos, nós decidimos que queremos uma festa maior ainda, com um pouco de cada um.

_ Sim, são ideias muito boas, pode parecer um pouco diferente, mas nada demais._ disse Gerd e eu assenti sorrindo.

_  Então nos contem, que ideias são essas?_ perguntou Beth, então eu comecei a falar.

_ Bem, Gerard é um artista e ambos somos músicos, antes de mais nada gostaríamos de elementos na decoração que nos representasse.

_ Ok, arte e música._ disse Lori.

_ Por falar em música, nós conversamos um pouco e queremos que tenha uma orquestra pra tocar umas músicas, eu mesmo vou convidar as melhores bandas do meu estúdio, e meus meninos vão tocar música ao vivo._ falei.

_ Mas também queremos um dj, e uma banda de soul e jazz._ falou Gerard.

_ Anotado..._ disse Beth.

_ Mas voltando a decoração. Eu conversei com a minha mãe e ela gosta de coisas tradicionais, então pensei em rosas brancas, estilo provençal, tapete vermelho, e outras coisas que vocês devem saber melhor do que nós._ eu disse.  

_ Mas também tem a minha mãe, que é bem diferente, ela quer algo bem elegante, com bastante brilho, lustres de cristal, luzes, e prataria._ falou Gerd.

_ Isso mesmo, sem contar com a Angie, que trabalha para nós, e faz parte da família, ela é mexicana, então deu umas ideias muito bonitas._ falei _ Queremos colocar na festa também coisas do México, pode ser pouca coisa, como gastronomia, rosas vermelhas, acho que ela vai ficar feliz.

_ Vai sim, amor._ disse Gerd _ Ah, e tem as ideias da Alex, conta pra elas.

_ Mais ideias?!_ perguntou Lori.

_ Podes crer, temos bem mais._ falei _ Alex, também é da família, e ela é bem exagerada, mas nós gostamos do estilo dela, e gostamos mais ainda da ideia.

_ Que seria?_ perguntou Beth.

_ Gatsby._ falei e elas se entreolharam seriamente _ Alex ama o filme Gatsby, e ela pensou que a festa noturna fosse um pouquinho diferente da diurna; sabe, fogos de artifício, muitas coisas em dourado, preto, plumas.

_ Coisas retrô._ disse Gerd.

_ Pois é, tem que ser retrô. Nós adoramos._ falei.

_ Espera aí, vocês querem um casamento com o tema tradicional e não tradicional, Gatsby e México misturados?

_ É só pensar: se o Gatsby fosse mexicano, como seria a festa de casamento dele?_ perguntei.

_ Eu não faço ideia…_ disse Lori e Gerd riu.

_ Conta mais Frank!_ ele falou e eu assenti.

_ Além disso, nós temos quatro filhos, eles vão ser muito importantes para cerimônia. Vão entrar com as alianças e as pétalas.

_ E nossos quatro cachorros.

_ Cinco._ falei e Gerd assentiu.

_ Pois é, tem o Joy, é o cachorro do meu pai e ele também está convidado.

_ Cinco cachorros, quatro crianças..._ ia anotando Beth.

_ Nossa filha Ban quer coisas rosas, Li, quer coisas na cor azul, Cherry quer na cor lilás, e Miles, nosso filho, quer todos os tipos de comida vegana de festa que existem.

_ Ele quem pediu._ disse Gerd e nós olhamos pra elas sorrindo.

_ Nós vamos ter seis casais de padrinhos, que também serão muito importantes._ falei.

_ Vocês sabem que são dois padrinhos, não sabem?_ perguntou Lori.

_ É que nós gostamos tanto desses casais, queremos os seis._ falei.

_ Isso mesmo, anotem aí._ disse Gerd _ Serão: a minha mãe, Donna e o noivo Jared, meu pai Donald e a noiva Maddie, meu irmão Mikey e as esposas Alicia e Kristin, meus amigos Liam a Charles que são casados, nossos amigos Lyn e Trevor que são um casal de namorados, e nossos amigos Ann e Chris que estão noivos.

_ Vai ter muita gente, muitas crianças, então o local tem que ser bastante seguro._ falei e Gerd assentiu.

_ Tem que ser acessível,obviamente._ ele falou.

_ E muito bonito._ completei.

_ Ok, já acabaram?_ perguntou Lori.

_ Por enquanto acho que é só isso._ falei.

_ Vamos falar francamente, ok? Acho que vocês precisam colocar a cabeça no lugar, isso que querem é muita coisa._ disse Lori.

_ Como assim?_ perguntei confuso assim como Gerd.

_ Vocês querem muitas coisas ao mesmo tempo, e a maioria delas não tem nada a ver uma com a outra._ falou Beth.

_ É por isso que vocês estão aqui, para nos ajudar e com toda a competência e experiência de vocês, tornar esse sonho possível._ disse Gerd e elas se entreolharam.

_ Nós queremos tudo isso, de verdade. Queremos fazer todos felizes nesse dia tão especial para nossa família._ falei.

_ Mas o que querem vocês? Falaram de tantas ideias de outras pessoas, mas as suas exigências foram poucas._ disse Beth.

_ Nós queremos tudo isso._ falei.

_ Tudo isso e mais um pouco._ concordou Gerd e elas pareceram cansadas só de ouvir.

_ Desculpem, mas… Eu não sei se o nível desse evento está dentro das nossas possibilidades no momento._ disse Lori.

_ Sentimos muito, mas estamos acostumadas com eventos menos… Exuberantes._ falou Beth.

_ O que é isso? Vocês estão pensando em desistir?_ perguntou Gerard.

_ É que..._ ia dizer Lori.

_ Eu pago o quanto for, queremos o nosso casamento perfeito, do jeito que sonhamos._ disse Gerd.

_ Ok, Way. Você não entendeu bem, isso aqui._ Lori nos mostrou a lista enorme de exigências _ Vai custar muito, tipo… Muito mesmo.

_ Mesmo._ concordou Beth.

_ Então é melhor vocês se apressarem porque temos pouco tempo._ eu falei sorrindo e Gerard pegou a carteira _ Paga elas, amor. Assim podem começar a organizar nossa festa agora mesmo.

_ Já estou fazendo isso, amor._ disse Gerd e logo entregou o cheque a elas _ Está bom para uma entrada?

_ Está sim, está ótimo!_ disse Lori pegando o cheque.

_ Tudo isso?!_ perguntou Beth.

_ Se precisarem de mais recursos nos mandem os orçamentos que pagamos por tudo._ disse Gerd.

_ Esse dia tem que ser o melhor de nossas vidas._ falei.

_ Vai ser._ disse Lori e Beth sorriu.

_ Pois se isso é tudo, acho melhor começarmos a trabalhar._ falou Beth.

_ Ah, lembrei de algo._ disse Gerd.

_ Do que?_ perguntou Beth apreensiva.

_ Nossa filha Cherry dança ballet, quero que ela entre dançando enquanto jogas as pétalas no chão.

_ Vai ser lindo._ falei.

_ Vai ser sim, eu vou chorar, certeza._ disse ele.

_ Gerd sempre chora nesses momentos._ eu falei segurando a mão dele.

_ Cherry entra dançando..._ disse Beth voltando as anotações.

_ Nosso filho Miles disse que vai querer entrar fazendo embaixadinhas._ falei.

_ Espera aí, vocês vão deixar o garoto entrar chutando uma bola?_ perguntou Lori.

_ Vamos._ disse Gerd sorrindo _ Nosso filho é um gênio, ele não vai tacar a bola em ninguém, vai estar apenas sendo ele mesmo.

_ É o que nós queremos._ eu falei.

_ E quem entra com os cachorros?_ perguntou Beth.

_ Ban e Li querem entrar com os cachorros, Thom nosso sobrinho pode trazer as alianças com a ajuda das mães._ falei.

_ Deixa eu ver se entendi, Cherry entra dançando, Miles vem atrás chutando a bola, depois vem as outras duas com os cachorros, e logo atrás um bebê com suas duas mães trazendo as alianças?_ disse Lori.

_ Isso!_ falei sorrindo.

_ Não vai ser meio… Estranho?

_ Lori!_ disse Beth.

_ Nada disso, vai ser diferente._ disse Gerd.

_ Do nosso jeito._ completei e elas assentiram.

_ Vai ser o casamento mais desafiador que fizemos na vida._ disse Lori.

_ Mas nós vamos fazer de tudo para que seja melhor do que as expectativas de vocês._ disse Beth e nós sorrimos.

_ Ainda bem que podemos contar com vocês, caso contrário nem saberíamos o que fazer._ disse Gerd.

_ Nem nós sabemos.

_ Lori!_ disse Beth e sorriu _ Nós vamos dar conta de tudo, podem ficar tranquilos, deixem todos os contatos com a nossa recepcionista que ligaremos a cada avanço da organização.

_ Muito obrigado._ falei.

_ É, agradecemos pela ajuda._ disse Gerd.

_ Nós que agradecemos o desafio._ disse Beth.

_ Até mais._ falaram as duas depois que nos cumprimentamos.

_ Até mais._ eu e Gerd falamos e saímos da pequena sala felizes da vida.

_ Vai começar._ falei.

_ É, vai começar._ ele disse sorrindo assim como eu.

Sim, já tinha começado.

Os preparativos para festa daquele momento em diante, foram em frente a todo vapor.

-S2-

Semanas depois.

Poucos dias para o casamento.

 

A essa altura muito já havia sido feito

Foi uma verdadeira loucura, mas com a ajuda essencial de Lori e Beth conseguimos organizar nosso casamento, e agora faltando poucos dias nos restavam apenas nos ater aos detalhes.

Pareceu muito difícil de início, nossas organizadoras nunca trabalharam com proposta parecida, quiçá igual a nossa, mas quanto mais nos aproximávamos da data, mais percebíamos que faltava pouco, e que no dia, tudo estaria como planejamos, como sonhamos.

Aquela tarde era muito especial, estávamos indo com as crianças ao ateliê no centro da cidade, onde estávamos fazendo nossas roupas;na verdade, era a última prova, e com sorte já estaria tudo pronto.

Quando entramos lá, e cada um foi vestir suas respectivas roupas, eu confesso que fiquei nervoso, não teríamos mais tanto tempo para ajustes.

Pois então experimentei o meu terno, e me olhei no espelho da cabine, já estava emocionado, é claro.

Ficou perfeito.

Era um terno muito bonito e sofisticado, feito especialmente para mim, e depois dos últimos ajustes estava finalmente como eu havia sonhado, estava lindo.

Tirei o terno e guardei ele na bolsa do ateliê.

Depois saí da cabine, logo que Gerard saiu da sua que estava ao lado, e fomos ajudar as crianças com suas roupas e ver como estavam

Eu não vi o traje de Gerard, e nem ele o meu.

Decidimos fazer surpresa um para o outro, e eu já estava pra lá de ansioso para ver ele arrumado no dia, certamente que estaria lindo.

Nós sorrimos um para o outro e quase choramos quando vimos os pequenos vestidos.

_ Gostou, papai?_ perguntou Ban.

_ Vocês estão maravilhosos._ disse Gerard e eu assenti.

Eles estavam lindos demais; Miles de camisa branca, bermuda e suspensório preto; ele mesmo escolheu o traje, e nós concordamos, assim como os vestidos das meninas; queríamos que todos ficassem felizes, então não nos opusemos a nada.

As crianças precisavam se expressar como eram, e aquela era uma oportunidade única para fazê-lo.

Ban estava linda com o vestido rosa, Cherry encantadora com o lilás, e Li maravilhosa com o azul.

Nós fizemos perguntas sobre como eles se sentiam, se estavam confortáveis, se tinham gostado, e para nossa sorte todas as respostas foram positivas.

Os pequenos gostaram tanto que nem quiseram tirar as roupas.

_ Eles estão lindos demais._ falei.

_ Estão sim..._ disse Gerd e eu olhei-o.

_ Seu traje não vai precisar de mais ajustes, Frankie?

_ Não, ficou perfeito.

_ Que bom.

_ E o seu?
_ O meu também ficou incrível, eu espero que goste.

_ Eu vou adorar, tenho certeza._ falei e olhei as crianças deixando o costureiro louco ao correr por toda parte do ateliê _ É melhor nós chamarmos os levados para se trocarem, ou vão bagunçar tudo aqui.

_ É mesmo._ disse Gerd e chamou-os _ Cherry, Li, Miles e Ban! Venham aqui!

_ Que foi? Nós estávamos brincando!_ disse Ban.

_ Não resmunguem, apenas venham aqui e parem de bagunçar tudo._ ele disse e os pequenos se sentaram no puff enquanto Gerard passou ajudá-los a tirar os sapatinhos.

_ Vocês gostaram mesmo de tudo?_ perguntei.

_ Sim, papai. Muito!_ disse Miles.

_ Nunca vestimos algo tão bonito!_ disse Cherry.

_ E nem acredito que nossos pais vão finalmente se casar. Vai ser o melhor dia de todos!_ disse Li e eu sorri.

_ Vocês estão felizes com a nossa decisão do casamento, crianças?_ perguntei pela milésima vez, pois eu ultimamente sempre conversava com Gerard e as crianças, para ter certeza de que todos estavam bem e de acordo.

_ Sim, papai! Muito! _ falou Miles.

_ Só não gostei que vocês vão viajar sem a gente depois..._ disse Cherry cabisbaixa.

_ É como as pessoa fazem, filha._ disse Gerd _ Os adultos se casam e viajam por um tempo para a lua de mel.

_ Mas por que não podem levar a gente?_ perguntou Ban.

_ É, nós estaremos de férias!_ disse Li muito observadora.

_ Vocês vão ficar com a Angie, a Alex e as suas avós; serão apenas uns dias._ falei e eles me olharam emburrados _ Não fiquem assim, logo nós voltamos.

_ Todo casamento é assim, os noivos tem que ir sozinhos a lua de mel._ disse Gerd.

_ Mas nós somos os Iero Way, e os Iero Way fazem tudo diferente!_ disse Cherry, e eu sorri.

_ É, pai. Nós não somos como todo mundo._ falou Li.

_ Nos leve com vocês, por favorzinho..._ pediu Ban e Gerard sorriu desconcertado, eu sabia que ele não gostava de negar nada as crianças, só o fazia quando extremamente necessário.

_ Por favorzinho..._ pediu Miles da mesma forma e eu e Gerard não soubemos o que dizer.

_ Bem… Eu vou pensar._ ele disse _ Nós vamos pensar, não é, Frank?_ ele perguntou e eu assenti, então os pequenos sorriram.

_ Nós vamos pensar, não se animem ainda._ falei e eles resmungaram, então se levantaram para trocar as roupas.

Nós ajudamos eles, e depois voltamos para casa.

Trouxemos os trajes da festa conosco; eu não conseguia parar de sorrir.

Angie, Alex e Donna também já haviam buscado seus vestidos dias atrás, e nessas horas eu me dava conta de que realmente, faltava muito pouco.

-S2-

Naquela noite, eu e Gerd colocamos as crianças para dormir, ou pensamos que fizemos isso.

Ele foi se deitar primeiro, estava lendo alguns emails em nossa cama, enquanto eu fui até a cozinha beber um copo de água.

Quando estava para sair da cozinha, me surpreendi com quem vi vindo em minha direção.

_ Papai…

_ Li... O que faz acordada, querida? Achei que já estivesse dormindo como seus irmãos.

_ Eu queria, papai. Mas sabe como eu sou, eu deito na cama e fico pensando, pensando, pensando em mil coisas e… Às vezes demoro a eu dormir.

_ Eu sei, querida. Mas você precisa fechar os olhinhos e pensar em coisas bonitas, creio que assim conseguirá dormir logo.

_ Vou tentar..._ ela disse e veio se sentar no meu colo, então eu desliguei a luz da cozinha e fui até o corredor para levá-la de volta ao quarto _ Papai…

_ Sim.

_ Eu estive pensando em uma coisa.

_ No que, filha?

_ Por que você não ora mais?

_ O que? Como assim?

_ Antes você falava com o papai do céu todas as noites, e sempre que as coisas ficavam difíceis nós fazíamos isso juntos, mas agora não fazemos mais._ ela disse e eu fiquei pensativo _ Quer dizer que só temos que orar quando precisamos? E quando estamos felizes não?

Meu coração ficou apertado, pois Li tinha razão.

Sempre que mais precisei eu fazia minhas preces, e no fim elas eram atendidas, todas foram.

Mas agora que finalmente tinha tudo, eu havia quase me esquecido de tudo que Deus fez por mim, por nós.

_ Não, filha. Não é nada disso. Nós temos que falar com o papai do céu sempre, nos momentos felizes agradecer, e nos momentos difíceis pedir ajuda e proteção.

_ Mas por que ninguém aqui faz isso? Na verdade só a vovó Donna que reza várias vezes, muitas mesmo, todo dia._ ela disse e eu sorri.

_ A sua avó é uma mulher de muita fé, devemos fazer pelo menos um pouco do que ela faz._ falei e ela assentiu sorrindo, então saiu do meu colo assim que parei em frente ao quarto.

_ Está bem, vou falar com o papai do céu hoje, e agradecer por todas as coisas boas que estão acontecendo com a gente.

_ Faça isso, querida._ eu disse e ela deu um beijo na minha bochecha.

_ Boa noite, papai.

_ Boa noite, Li._ falei e ela entrou no quarto, então eu fui para o meu.

Gerard estava desligando seu notebook e deixando-o na cabeceira da cama.

_ Você demorou, Frankie.

_ Estava falando com Li, ela demora um pouco para dormir às vezes, e como sempre tem tantas dúvidas, veio conversar comigo._ falei desligando a luz e fui me deitar ao lado dele que me abraçou e me cobriu em seguida.

_ Com que dúvida ela estava?

_ Ela me fez pensar em algo que… Eu não havia levado em consideração.

_ No que?

_ Que eu… Depois de todos os problemas me afastei muito de Deus; você sabe como era normal pra mim orar todas as noites e… Faz tempo que não faço isso, a última vez foi quando eu quase perdi você.

_ E por que isso te incomoda?

_ Porque no meu coração eu acredito e… Não queria ter me afastado tanto; já está mais do que na hora de eu agradecer pela nossa felicidade.

_ Tudo bem..._ disse Gerd abraçado a mim, e olhou para o teto.

_ Não gostou do que eu disse?

_ Não é isso, você tem o direito de ter suas crenças.

_ Mas…

_ Mas eu fico me perguntando: você acredita mesmo nisso?

_ Sim. Você não?

_ Você sabe que eu não sei, eu cresci o odiando, culpando ele pelas minhas tragédias, só que chegou uma hora que eu me dei conta de que não havia nada além das pessoas e da maldade.

_ Mas você mudou de ideia, não mudou, amor?

_ Sim, com você, com as crianças eu aprendi muito. Aprendi a amar de verdade, mas no fundo acho que… Por mais que eu negue, ainda tenho meus ressentimentos, o que me faz sentir um idiota, porque eu já estou crescido o bastante para culpar algo que nem existe por… Você sabe.

_ Gerard, Deus não teve nada a ver com o que te aconteceu.

_ Tento acreditar que sim._ ele disse e me olhou _ Mas você sabe que no caso de ele existir mesmo, e de ser como dizem… Nós estamos longe de ser o que… O agrada.

_ Ele não nos odeia, eu já disse isso mil vezes, amor. Todas as pessoas são iguais diante de Deus.

_ É o que você quer acreditar?_ ele perguntou e eu não soube o que dizer _ Frank, é melhor pararmos com esse assunto, eu não gosto muito de falar sobre… Essa palavra.

_ Sobre Deus?

_ É.

_ Mas eu lembro bem que Li me disse que quando você achou que eu morreria, você orou com ela, até se ajoelhou no chão para fazer isso; eu nunca me esqueci._ falei e ele me olhou sorrindo fracamente.

_ Eu estava desesperado, fiz aquilo porque tive medo de perder você. Eu faria qualquer coisa, até falar com o vento.

_ Você não falou com o vento, amor. Eu estou aqui, não estou?

_ Graças ao seu médico que é muito competente._ ele disse e eu suspirei cabisbaixo _ Frankie…

_ Você vai continuar pensando assim, não vai?

_ Eu não posso evitar, prefiro acreditar que não existe nada além, sabe, não acredito que se um ser superior existisse permitiria que tantas atrocidades e tristezas acontecessem no mundo._ ele disse e eu assenti apenas _ Não me olha assim, não quero que fique triste por isso, nem deveríamos ter falado disso.

_ Está bem, então vamos dormir, Gerd.

_ Eu espero você fazer a sua oração._ ele disse acariciando o meu rosto, e eu sorri abraçado a ele e fechando os meus olhos.

Naquela noite fiz uma longa oração.

Agradeci muito, mas principalmente, pedi a Deus que um dia tirasse toda aquela mágoa do coração de Gerard.

Pois eu sabia que ainda havia muita ali.

-S2-

Dias depois.

Última noite antes do casamento.

 

Nós já estávamos no local de nosso casamento.

Chegamos um dia antes com os amigos e a família para que todos se acomodassem bem, e estivessem presentes no dia seguinte; muito gente veio de longe, e muita gente ainda estava por vir.

Escolhemos nos casar no campo, em um hotel sofisticado que nos oferecia as acomodações, os ambientes para a cerimônia de dia ao ar livre, e o salão para a festa que seria na parte da noite.

Cerimônia e festa acabariam por tomar o dia inteiro, e eu nem acreditava que passou tão depressa, que já ia acontecer.

Eu e Gerard colocamos os pequenos para dormir, todos foram dormir, até mesmo Li, e eu ali acordado igual uma coruja.

Estava em um quarto e Gerard em outro, afastado de mim.

Isso porque no dia seguinte nós deveríamos nos ver somente na hora da cerimônia, mas eu não gostava de dormir sem ele, e estava angustiado

De repente fiquei pensativo, nervoso… Tinha mil coisas passando na minha cabeça.

Medo de tudo não sair como o planejado no dia seguinte;

Medo de não agradarmos com a nossa ousadia;

Dúvidas sobre eu ser merecedor ou não de toda aquela felicidade.

Quando eu poderia imaginar no passado que os pais de Gerard nos apoiariam? Que estariam felizes por nós, e ainda mais, que seriam nossos padrinhos com seus pares?

Nunca, eu jamais poderia imaginar.

Mas ali eu estava, olhando pela grande janela de meu quarto, o terreno imenso fora do hotel.

Mesmo no escuro eu podia ver o quanto o lugar era bonito, imenso, e em minha imaginação já podia ver como estaria tudo no dia seguinte, decorado para a minha festa de casamento.

Olhei para o céu, estava repleto de estrelas, e lua brilhava enorme.

Olhei para o lindo anel em meu dedo e uma lágrima rolou por meu rosto, e eu nem sabia porquê.

Eu devia estar louco, estava prestes a vivenciar o momento mais feliz da minha vida, e estava ali chorando como um bobo, sem saber porquê.

Meu coração não aliviava, batia depressa o tempo todo, e eu duvidava muito que eu conseguisse dormir aquela noite.

Olhei a porta do meu quarto, e senti vontade de ir até Gerard, mas ele certamente estaria dormindo.

Foi o que pensei, mas logo me surpreendi ao ouvir ele bater a porta.

Era ele, eu sabia mesmo antes de ele dizer:

_ Frankie, você ainda está acordado?

Fui depressa até a porta e destranquei-a o abraçando forte.

_ Frankie… Ainda bem que não te acordei; desculpe aparecer aqui agora, eu… Não estava conseguindo dormir, e você sabe como a minha cabeça fica às vezes… Não parava de pensar em você, mas não quero parecer ridículo aqui parado a sua porta.

_ Você não parece ridículo, ainda bem que você veio._ falei chorando ainda abraçado a ele.

_ Amor, por que está chorando? Você esteve tão feliz o dia todo..._ ele disse entrando no quarto quando finalmente o soltei e fechei a porta, indo com ele para o canto mais iluminado do quarto que era embaixo da janela.

_ Eu estou feliz._ falei secando o meu rosto _ Feliz até demais.

_ Então por que chorou? Por acaso pensa em…

_ Não, nunca. Eu não vou desistir de nós, pode estar certo disso._ falei e ele assentiu.

_ Você ainda quer fazer isso agora?

_ Claro que sim, esse casamento não é só nosso, é de todos, é o sonho de todos nós. E tudo que eu mais quero._ falei e ele sorriu _ E você? Ainda quer?

_ Sim, o que eu mais quero é que você seja meu marido e senhor Way o quanto antes.

_ Nem nos meus sonhos mais loucos eu podia prever algo assim, tão feliz, com todos que amamos, e uma festa que será tão grande, tão bonita._ falei ao que ele me abraçava e eu sorria.

_ Vai ser tudo como você sonhou, e depois de amanhã, nossa vida será mais feliz ainda. Eu vou cuidar para que seja assim, enquanto eu viver, vou me esforçar para fazer você feliz, em tudo que eu puder.

_ Eu digo o mesmo, vou dar tudo de mim pela nossa família, pelo nosso relacionamento.

_ Você já está dando, você não sabe o quanto eu estou orgulhoso por você ter enfrentado todos os problemas para estar bem agora. Para estar aqui como meu Frankie de sempre.

_ Eu também tenho muito orgulho de você, nem preciso dizer porque, são tantas coisas, tantas mudanças.

_ E daqui pra frente nós temos que continuar lutando, às vezes as coisas podem ficar difíceis, mas nós teremos uns aos outros.

_ Essa é a melhor parte._ falei sorrindo.

_ Mas me diz: você se sente melhor?_ ele perguntou me abraçando e eu sorri assentindo _ Que bom, não gosto de ver você daquele jeito.

_ Então fica aqui comigo, de manhã você volta para o seu quarto.

_ Está me convidando para passar a noite com você, senhor Iero? Não sabe que isso é indecente antes do casamento?_ ele perguntou e eu ri indo para cama e trazendo ele comigo.

_ Para de brincar e vem logo!

_ Só fico porque você insistiu muito._ ele disse tirando os sapatos e se deitou ao meu lado na cama.

_ Até parece._ falei olhando pra ele que riu.

_ É… Eu vim aqui pra ficar com você, não faz ideia de como eu estava naquele quarto sozinho, talvez mais agoniado que você._ ele disse e eu sorri.

_ Amanhã você vai… Passar o dia comigo? Quero dizer, antes da festa.

_ Se você quiser, por mim tudo bem.

_ Mas não é o que se faz, e nós planejamos fazer surpresa.

_ A surpresa é legal, mas ficar juntos também é._ ele disse e eu assenti _ Faremos assim, vamos tentar seguir o plano, mas se ficarmos nervosos ou se precisarmos um do outro, não vamos hesitar em ficar juntos, seja lá que hora que for.

_ Eu amei a ideia._ falei e dei um beijo apaixonado nos lábios dele que depois me olhou com aquela carinha de quem estava pensando em algo _ Que foi?

_ Imagina o que meus pais vão pensar...

_ Sobre o que?

_ Imagina, o meu noivo me trazendo para o quarto e me agarrando no meio da noite, antes do casamento! Seria um escândalo._ ele disse e eu ri.

_ Se você quiser eu paro..._ falei e ele me trouxe para perto de si dessa vez.

_ Vem aqui..._ ele disse me trazendo para um beijo e não paramos por ali.

Não mesmo.

Fizemos amor e dormimos abraçados.

Juntos, como gostamos e como sempre seria dali em diante, pois assim que acordássemos, já estaríamos bem ali, no melhor dia de nossas vidas.

-S2-


Notas Finais


Isso mesmo trouxa, no último cap vai ter o tão esperado casamento Frerard.
Eu sei que muitas estórias terminam com casamento, mas em MSVV eu sempre quis que terminasse assim; com eles felizes, em paz, e realizando esse sonho.

MSVV foi uma estória muito grande, e não tinha como eu deixar tudo para o último cap, ao contrário, as coisas foram acontecendo aos poucos, e o que eu tinha pra surpreender eu já surpreendi, o que eu tinha pra falar eu já falei, o que eu tinha pra mostrar eu já mostrei; então o último cap vai ser apenas um momento muito feliz, com a reunião de todos os personagens, o encerramento de uma fase e o início de outra na vida deles.

As pontas que ficaram abertas serão fechadas na segunda temporada, que vai estar INCRÍVEL( no próximo cap vou falar um pouco mais sobre os temas que vou abordar, quantos anos vão se passar daqui pra segunda temporada, e etc).

Obs: fiquem atentos, pois eu vou preparar um jornalzinho que vai ter todo aesthetic do casamento Frerard; um pouco da decoração, as roupas deles, das crianças; enfim, quando eu publicar o cap, vou deixar nas notas o jornal com todas as imagens pra vocês conferirem. E fiquem calmos, porque esse casamento maluco vai dar certo! rsrs

Pode demorar um pouquinho pra sair o cap, vou me esforçar para deixar bem lindo e emocionante pra vocês.

Me contem nos comentários o que acharam.
Até o próximo, e último capítulo.
Beijooooooos! <3


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