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História Máscaras e Faces - Capítulo 04 - Marcada por ele


Escrita por: JCCoimbra

Capítulo 5 - Capítulo 04 - Marcada por ele


A música alta vinha do andar de baixo, causando pequenas vibrações no assoalho de madeira negra.

Malvina tentava achar uma maneira de esconder as tiras que seguram a máscara em seu devido lugar.

De cima da penteadeira, resgato minha luva de seda preta, que combina perfeitamente com o vestido longo vermelho.

O vestido em questão tem o decote em forma de coração, e deixa meus seios mais em evidência, porém de maneira elegante e não vulgar. Justo na cintura e um pouco mais solto na parte inferior, onde se abre uma fenda até a altura da coxa esquerda. Nos pés um belíssimo Dior, preto.

-Pronto, senhorita. -Comunicou Malvina.

-Obrigado. -Sorrio de leve para ela.

Abro minha caixa de jóias e pego meus acessórios, que usarei essa noite. Um bracelete de ouro e o colar com pingente de safira, que ganhei em meu aniversário de quinze anos.

-Está linda, senhorita. -Elogia-me Malvina.

Em resposta apenas sorri.

-Deseje-me sorte.

Hoje é o grande baile de máscaras, pelo qual fiquei responsável. Não poderia estar mais ansiosa. Todos estará aqui.

Como esperado, vovó não me ajudou em nada. Apenas Gianna me ajudou na escolha dos tecidos para as cortinas e toalhas de mesa.

Sai do quarto e caminhei pelos corredores vazios. Do alto das escadas contemplei a decoração do salão de festas. As luzes que mandei por nas áreas mais escuras ficou lindo. E del uma aparência mais recatado ao evento, que muitos acham libertino de mais. Avistei alguns convidados, que eram recebidos por meus avós, e levei isso como uma deixa para descer as escadas.

-Vejam só, se não é a pequena Helena.

Virei-me de frente para meu primo Filiph, que herdará o lugar de vovô, se eu não tiver nenhum filho até que vovô venha a morrer. E é óbvio o quanto ele me odeia por isso.

-Olá, Filiph. -Falei séria.

Seu sorriso falso falhou por um segundo, antes dele sair de minha frente, seguindo rumo ao salão de festas.

Um suspiro saiu de entre meus lábios.

-É apenas o começo, Helena. -Murmurei para mim mesma.

-Vejo, que não sou a única a falar sozinha.

Sobressaltada olhei para trás.

Na porta de entrada, uma delicada jovem tinha um de seus braços envolto ao de Gael, meu primo/amigo/irmão.

-Oh! Gael! -Corri e pulei em seus braços.

-Ei, pequena Helee. -Respondeu me abraçando mais apertado.

Gael partiu em uma missão para a família, logo após meu aniversario de 16 anos. Havia pouco tempo que papai e mamãe tinham sido mortos. Em meu período de luto, Gael me apoiou. Foi como um irmão mais velho. E eu o amo como um.

-Helena, quero que conheça Petra.-Ele sorriu carinhosamente para a mulher ao seu lado.- Minha noiva.

Sai de seu aperto e abracei a pequena mulher, de cabelos cacheados longos e pele morena.

-É um prazer conhece-la. -Sorri.

-Igualmente. Gael, fala muito de você.

-Gael é um puxa saco. -Fingi confidenciar a ela, que riu.

-Venha, Pee. Não quero que a má influencia dessa pequena monstrinha passe para sua aurea angelical. -Desdenhou Gael.

Rimos, e após um breve abraço eles seguiram para o salão.

Eu por minha vez, não tive muita sorte. Cumprimentei conhecido após conhecido. Meus pés doíam e minha paciência ja havia acabado, quando vi Selena entrando.

-Olá, querida. -Cumprimentou-me com beijos na face.

-Olá, Selena. Como vai?

-Bem. Mal posso esperar para ver oque você fez. Então vou indo. Tenho que cumprimentar Maria.

E com isso ela me deixou ali.

🎭 🎭 🎭


Fazia horas que eu andava e sorria por todo o salão. Respondia vez ou outra perguntas como: "Quando será o casamento?" , "Cade seu noivo?" Ou "Você dará conta, criança?".

Minha vontade era sair dali o mais rápido possível.

-Sorria. -Sussurrou uma voz áspera perto de meu ouvido.

Arfei.

-Oh, Deus!

O homem mascarado sorriu. E foi assim que o reconheci.

-Bennett?!

-Olá, boneca. -Me cumprimentou sorrindo

Se estou surpresa por ve-lo? Sim.

Soube por Selena, que Salvatore e Bennett, estavam em viagem para a América Latina. E que por isso, não viriam ao baile.

Mais se Bennet está aqui, quer dizer que...

-Helena.

A voz rouca e inconfundível de Salvatore surgiu por trás de mim. Oque me fez virar para encara-lo. E me arrependi no mesmo instante.

Ele está deslumbrante em seu terno negro sobre medida. Sua máscara cobre apenas os olhos e um lado de sua face. Seus cabelos como sempre, estão uma bagunça.

- Oque... Você está fazendo aqui?

-Acho que fui convidado, "querida". -Falou com uma sobrancelha arqueada.

-Digo... Você não estava viajando?

-Sim, mais retornei. -Falou como o óbvio.

-Claro. -Virei para Bennet.- Se me der licença, preciso falar com meus convidados.

-Até logo.

Os deixei, e fui em direção ao toalete. No intuito de me refrescar um pouco.

-Essa dança é minha.

Os braços fortes de Gael me envolveram e me guiaram para a pista de dança. Ele não me del nem tempo de concordar. Apenas me arrastou.

-Então aquele é o famoso Salvatore?

Claro que ele falaria disso.

-Sim. Belami, meu noivo, e seu irmão Bennet.

Gael me girou ao seu redor, e me inclinou para trás.

-Como você está? -Perguntou me olhando atentamente.

-Conformada?

-Não. Tudo menos isso. Vejo em seus olhos. -Declarou.

Uma mão nos parou. E eu já sabia a quem pertence.

-Posso? -Perguntou Salvatore.

-Claro. -Concordou Gael. -Nos falamos depois, Hellee.

-Tudo bem. -Confirmei de leve.

Gael foi em direção a sua esposa, que estava em uma mesa conversando com a bisa Inrriqueta.

Salvatore me envolveu em seus braços.

-Vejo que não tem problemas com homens. -Ele me olhou nos olhos, enquanto cada palavra saia de seus lábios. -Apenas espero não ter que criar nenhum bastardinho.

-Como ousa? -O empurrei para longe.

Sem esperar uma explicação sai do salão, sobe olhares curiosos.

Quando sai para o corredor, segurei meu vestido e corri para o escritório de vovó. Necessitando de um pouco de tempo.

Abri a porta do escritório e segui para o banheiro. Molhei minha mão e a passei em meu pescoço. Inspirei e expirei.

Meu reflexo no espelho não é um dos melhores. Minha face está branca, como se eu fosse desmaiar a qualquer instante.

Como ele ousa me insultar assim?

Nunca nem namorei! Por Deus!

O barulho da porta do escritório sendo fechada me chamou a atenção. Sai do banheiro e vi Salvatore de pé, com as mãos no bolso, como se nada tivesse acontecido.

-Oque você faz aqui? -Perguntei com raiva, em minha voz.

Salvatore caminhou até mim. E de maneira defensiva, dei passos vacilantes para trás. Minhas costas bateu na parede, em um claro sinal de que meu tempo tinha acabado.

Salvatore parou com seus lábios próximos ao meu ouvido. Seu corpo prensava o meu contra a parede. Sua ereção pressionou meu ventre.

-Vim pegar oque é meu.

Inutilmente tentei afasta-lo.

-Não ouse!

Distribuindo beijos por minha clavícula e pescoço, ele fingiu não me ouvir. Arrepios de excitação percorria meu corpo, me traindo.

Medo e luxuria duelam para ver quem ganha.

E algo me diz que a luxuria esta ganhando.

A um momento eu queria ve-lo longe... E agora eu o quero.

-Vou marca-la. -Seus lábios encostaram nos meus em um beijo feroz.- Você me pertence, Helena. E lhe deixarei bem claro.

Sua língua abriu espaço entre meus lábios. Suas mãos traçaram caminhos de fogos enquanto erguia meu vestido, deixando minha bunda exposta. Ele apertou forte minhas nádegas, oque me fez gemer. Ele me ergueu de maneira que envolvi minhas pernas ao seu redor.

-Nem um homem a tocará. -Sussurrou sobre meus lábios.

Deixando meus lábios, ele atacou meus seios sobre o tecido fino do vestido. O senti me por sentada na mesa.

-Mãos na mesa. -Falou se afastando, para me dar espaço.

Obediente, desci da mesa e virei de costas para ele, espalmei minhas mãos na mesa de carvalho.

Poderei me arrepender amanhã. Mais nesse momento eu apenas o quero.

-Gosto de seu vestido. -Seus dedos passou de leve sobre minha coluna. -E não quero estraga-lo.

Senti o zíper descer e o vestido, tomara que caia, caiu aos meus pés. O som do zíper da calça de Salvatore, fez um arrepio percorrer meu corpo. E com um puxão violento, Salvatore rasgou minha calcinha.

Seus dedos acariciaram minhas dobras. Humidade se reuniu no meu sexo. Os dedos de Salvatore faziam algo mágico, e um gemido deixou meus lábios.

-Vou Fode-la. Duro. E não quero que um único som saia de sua boca. Se não os convidados ouvirão. -Com uma de suas mãos ele juntou meu cabelo e o puxou.- Entendeu?

-S-sim.

-Ótimo. -Salvatore passou de leve a ponta de seu penis em minha entrada. -Segure-se na mesa. Vai doer no início, então relaxe e logo passará.

Concordei com a cabeça.

Salvatore me acariciava de forma deliciosa. Me sinto molhada. Me sinto quente. Ele pressionou o penis na minha entrada e pôs apenas a ponta em meu interior.

Um fina dor, começou a surgir em minha parte mais íntima. Salvatore grunhiu baixo antes de entrar todo em um único golpe.

O grito de dor atravessou minha garganta, antes de ele me calar com um beijo voraz. Seu beijo não é gentil. É bruto.

Tomando meus lábios para si. Me reivindicando como sua.

Mas ele não esperou muito para eu me adaptar, em algum momento ele começou a se mover lentamente. E uma leve ardência se fez presente.

Logo já estava estocando. Forte e duro. E o que antes era dor para mim, agora é prazer. Muito prazer.

Seus lábios se separaram dos meus. Ele apenas pôs uma de suas mãos em minha nuca e outra apertava minha cintura de encontro a sua.

Algo foi sendo construído em meu ventre. Um agonia louca. Viciante. Excitante.

-Belami! -Gemi seu nome.

-Quieta! -Grunhiu.

Minhas mãos começaram a deslizar pela superfície da mesa. O som de nossos corpos em uma mesma dança, me deixava mais ansiosa por ele. Meu corpo nu e suado já está exausto.

Gemidos baixos deixou meus lábios, antes que eu pudesse me controlar. E a sensação de algo crescendo em meu ventre e a doce agonia aumentou.

-Porra! -Gemeu ele em resposta.- Goze, Helena.

-Belami! -Gritei em desespero.

Um espasmo passou por mim. Senti meu corpo mais cansado que um dia esteve.

Ele por sua vez aumentou a velocidade e a força na qual me penetrava. E após mais algumas estocadas, senti um líquido quente me preencher.

Ele me reivindicou como sua.

Isso prova que eu o pertenço.

Eu sou dele.

Agora mais que antes.



🎭 🎭 🎭

Salvatore permaneceu com o rosto em minha nuca, enquanto recuperava o folego.

-Ajeite-se, para que possamos retornar ao salão. -Falou entre meus cabelos, antes de se retirar de mim.

Envergonhada, apenas concordo com a cabeça.

Abaixo-me e recolho o vestido, quando vou a procura de minha calcinha acho apenas farrapos.

-Fique sem. Ninguém vai perceber. -Falou ele de pé.

Levantei, mais fiz careta ao sentir minhas partes íntimas doloridas. De cabeça baixa fui para o banheiro.

Olhando meu reflexo, agora eu pareço mais... corada. Meus olhos brilham, como quando eu era feliz.

Peguei um pedaço de papel e limpei os vestígios de minha virgindade perdida.

Deus, oque eu fiz?

Eu não podia... Não assim. Não agora.

O casamento é em alguns dias ainda. E se descobrirem?

Minhas mãos começaram a tremer com o medo de ser descoberta.

Deslizei para dentro do vestido. Mais não consegui fecha-lo.

-Salvatore?

-Diga.

-Poderia fechar meu vestido...eu...não alcanço.

Ele não disse nada, apenas abriu a porta e me virou de costas para sí. Pelo espelho, vi nosso reflexo. E olhando por fora, seremos um belo casal.

Seus olhos encontraram os meus. Ele me olhou atentamente.

-Hoje foi sua primeira e última vez. -Um sorriso maldoso surgiu em seus lábios . -Toda vez que andar, por toda essa semana, lembrar que eu, apenas eu, estive em você.-Salvatore se afastou e abriu a porta do banheiro. -Vamos. Não quero que adiantem esse maldito casamento só porque você é uma vagabunda que abriu as pernas para mim antes do casamento.

Minha visão embasou, com as lágrimas não derramadas.

Como ele pode falar assim comigo? Depois de tudo oque acabou de acontecer?

Sem dizer uma palavra, passei por ele e sai do escritório. Preciso de distância.

Ao sair pela porta, esbarrei em Filiph, que estava parado de frete para ela.

Seu olhar desviou para a forma masculina que estava logo atrás de mim. E quando a compreensão do que estava acontecendo refletiu em seu rosto, senti meu estômago embrulhar.

-Sabia que a vadiazinha, tava abrindo as pernas para alguém. -Filiph se virou para o salão, e começou a caminha. -Acho que alguém será mandada para o prostibulo da família, hoje ainda.

Permaneci congelada no mesmo lugar. Já Salvatore, passou como um raio por mim. Tudo aconteceu muito rápido. Em um momento ele estava perto de mim, no outro tinha Filiph imprensado contra parede.

-Nunca mais, fale assim de minha noiva. Ela abre as malditas pernas para mim, quando e onde eu quiser. -Rugiu Salvatore. -Entendido?

-Sim.

-Ótimo. Agora, saia da minha frente antes que eu mande você para um prostibulo.

Filiph cambaleou pelo corredor. Sem me direcionar um único olhar. Senti meu corpo tremer.

-O-obrigado. -Agradeci baixo.

-Não foi por você. Se um merda acha que pode falar assim, os outros também acharam que pode.

Olhei para ele. Mais Salvatore ja estava no fim do corredor. Indo rumo ao salão.

E mais uma vez me vi sozinha e com medo do que o futuro reserva para mim. Agora não tenho escolha. Terei que me casar.


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