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História Masquerade - Enlaçados


Escrita por: itsbrunnalys

Notas do Autor


Rêlou! Itis mi Brunna!
Tuto pom?

Ai ai, estou tão feliz com vocês gente. Venho recebendo mensagens de carinho e apoio para mim e a história, e isso me alegra muito, sempre que vai se aproximando cada sexta-feira ja fico na expectativa para logo chegar sábado e atualizar.🥰
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Pode ser que o que vou falar é até mais clichê do que o lance do "uma cama para dois rivais" kk, mas sério, vocês são os melhores leitores e leitoras que já tive!😍❤ (principalmente por apoiar minhas loucuras aqui e na outra plataforma onde também posto. Isso mesmo, adoro vocês todos, aqui e lá e vice versa!💕)
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Bueno, vamos ao cap!
Let's go peoples!

Divirtam-se.😘

Capítulo 35 - Enlaçados


Fanfic / Fanfiction Masquerade - Enlaçados

Ambos não conseguiram cair em si em ver que agora estavam ali na presença um do outro. Pareciam que ambos estavam em uma espécie de ilusão cruel onde revelavam seus verdadeiros desejos, como numa armadilha de Nevolosos.

Mas nada era um ilusão. Assim como a felicidade imensa de ambos.

— E-eu não acredito que te encontrei! Por deuses... Você... está mais pálido que o normal! Você não está nada bem! O que está acontecendo? — questionou Jaskier, pondo suas mãos no rosto do maior, tocando-o para ter certeza de que era mesmo ele ali embaixo de si.

— Pessoal, sei que todos estamos emocionados, mas precisamos encontrar logo um abrigo para passar a noite. Estou sentindo que haverá uma tempestade de neve daquelas. — disse Vesemir, fazendo uma careta ao ver o céu escurecendo — Temos que deixar as comemorações para depois. Vamos, temos pessoas para tratar. — aconselhou, já que via a preocupação de Eskel pela silvana também.

O velho bruxo tinha razão, apesar dos ânimos altos por conta do encontro e tudo mais, eles não podiam ficar por muito tempo ali.

Mas claro, algo interrompeu sua advertência.

Um chorinho abafado e manhoso vindo de uma caixa que vinha nas costas de Cöen que havia conseguido chegar ali a poucos segundos por não ter conseguido alcançar Julian, capturou a atenção de todos, principalmente do bruxo de de cabelos brancos.

— Isso é... — antes que Geralt completasse sua fala, Jaskier disse, em meio a sua grande emoção que não conseguiu conter, e logo seus olhos desaguaram de vez ao mesmo tempo em que sorrriu.

— É a nossa filha, Geralt!

— Filha...? — questionou, se sentando depois que o moreno saiu de cima de si.

— Sim Geralt! Sua filha... Nossa menina. Verdadeiramente. Disso eu tenho certeza. Geralt, por favor, acredite em mim. E me perdoe, sei que o que fiz não é certo... Mas eu estava tão desesperado naquele que... — disse em disparada, preocupado demais por pensar que o bruxo pudesse desconfiar que a criança fosse do outro, o agora rei Aurel.

E entendendo a aflição de seu ômega, o interrompeu com mais um beijo, calando-o e fazendo o mesmo chorar ainda mais.

— Geralt...?

— Eu sei Jaskier. — disse, deixando mais uma vez o bardo com olhar e feições confusas e emocionadas.

E antes que falasse outra vez, foi interrompido:

— Pessoal, temos que ir já! Não estou brincando. Ainda mais agora que há uma criança, e presumo pelo choro estridente e forte, uma criança ainda muito nova. — disse Vesemir novamente, com mais preocupação.

Os servos do mago olhavam para tudo ainda ajoelhados, como se esperassem alguma ordem.

— O que estão esperando? — reclamou Lambert ao ver aquele grupo empacado e ignorando qualquer conselho ou aviso do bruxo mais velho.

— Não digno... Alfas sujos. Comum. Não ser... nós. — disse a feiticeira, conseguindo desfazer de sua mordaça.

Geralt entendeu o que ela quis dizer e mirou seus olhos em Jaskier, que pareceu ter também entendido a suposição do bruxo.

— É sério isso? Eu já ia perguntar... Quem são vocês? — questinou o bardo, fungando profundamente enquanto enxugava seus olhos para poder conter sua grande emoção de ter reencontrado seu grande amor.

— Servos do Alfa Rubi. E vossos irmãos de sofrimento deste mundo que nos colocou como as presas da cadeia alimentar de falsos poderosos. — disse o líder daquele grupo.

— Alfa Rubi? Mas que mer... Tá, hm... Tá, ok. Vamos indo então. — respondeu o bardo, não entendendo nada. Também não estava nem um pouco interessado em entender, queria somente seu alfa, queria matar as saudades, queria dizer tantas coisas à ele...

Mas o momento não era propício, tinha que engolir seu choro e tinham mesmo que seguir o conselho do ancião dos bruxos e ir logo acharem um lugar para descansar.

◆◆◆◆

Foi uma longa caminhada, passaram até por um pântano congelado em que havia alguns filhotes de kikimoras mortos e petrificados em gelo. Era um cenário horrível, não deixava ninguém tranquilo, pois se havia aquelas criaturas ali, poderia haver mais escondidas, ou talvez pudessem estar protegendo o que restou de seus ovos.

Quando a geada começava a dar seus primeiros sinais, conseguiram chegar a um vilarejo de apenas dez famílias, todos fazendeiros, suas casas eram medianas, mas confortáveis para se esquentar frente a uma lareira.

Assim como agora a caravana se encontrava, dentro de um casebre que uma das famílias aceitou receber depois dos servos de Fercart lhes oferecer uma boa quantia em ouro para lhes servirem como criados.

— Ela está sob controle. — disse Eskel ao chegar na sala com um semblante mais tranquilo — Lya está dormindo agora.

— E quanto à feiticeira? — perguntou Vesemir, bebendo um gole de vinho de maçã.

— Está sob os cuidados de dois nossos. — respondeu o líder do grupo de Fercart, num tom que dizia que não importasse o que fosse, eles não a soltariam de suas amarras.

Quando Yennefer tinha voltado a superfície, e quando acordou do nada depois de chegarem ali no vilarejo, a primeira coisa que tentou fazer foi se soltar com alguma magia, mas os servos caçadores do mago eram precavidos, haviam colocado uma mordaça encantada para que a mesma não pudesse clamar por alguma artimanha mágica.

— Estão servidos? — disse a dona da casa, uma recém viúva, alfa, que cuidava de suas seis crianças.

Segundo sua história, levaram e mataram seu marido depois de uma dívida... Impostos atrasados.

Todos na sala se encaminharam para a sala de jantar. Não era ornamentada em nada, só tinha uma mesa grande e oito cadeiras.

E claro, não tinha lugar para todos, o que significava que parte jantaria ali na sala, sentados no chão perto da lareira.

Todos pegaram sua parte da janta, menos Jaskier, e claro que isso não passou despercebido dos olhos do bruxo, que perguntou para a dona onde o ômega se encontrava.

— Não vai... comer alguma coisa? — perguntou Geralt ao encontrar e entrar no quarto da dona da casa, e ver que o moreno estava sentado no tapete, com as costas apoiadas na cabeceira da cama. E quando viu o bruxo ali na porta, assustou-se, e logo virou-se de costas para o mesmo, pelo motivo de envergonhar-se por estar amamentando sua cria.

— N-não. Não agora... — suspirou Jaskier, balançando a cabeça em negativa — Porque não me espera lá fora? Daqui à vinte minutos já saio.

O bruxo sorriu de lado e encaminhou-se em direção ao bardo.

— Porque está tentando esconder isso?

— Esconder? Esconder o quê? — disse, se fazendo de desentendido, e enconlhendo-se quando o bruxo se aproximou mais.

O motivo de seu envergonhamento era porque ainda não tinha jeito para cuidar de um bebê, então não queria que Geralt o visse tão desajeitado, queria mostrar que era digno de ter um filho seu.

— Ela é linda... — disse o bruxo mirando seu olhar para a bebê, e sentindo seu coração aquecer por ver tamanha fofura e fragilidade — Já tem um nome? — perguntou, sem muito jeito também de chegar no ômega.

Afinal... Eles tinham muito o que conversar e acertar. Poderiam estar explodindo por dentro de amor e felicidade, mas os dois sabiam que tinham que colocar tudo em pratos limpos.

Jaskier levantou a cabeça e fixou seu olhar nos olhos do bruxo, que direcionou seu olhar de encontro aos dele, e só de ver o brilho deles, o bardo sabia que o maior pensava em algo muito caloroso. Mas não era aquela malícia luxuriosa, era mais para um orgulho cheio de afeto.

— Não. Eu... Eu não tenho idéia nenhuma. Mas é também... — respirou fundo, se acalmando um pouco das borboletas em seu estômago por ver o bruxo tão perto — Porque eu decidi que quando eu te lencontrasse, poderíamos escolher juntos. — disse, dando um pequeno sorriso sem graça.

O alfa também respirou fundo, achando gracioso aquele jeito, e foi se sentar ao seu lado, deixando o menor mais nervoso pela aproximação.

Geralt tinha consciência de que devia um pedido de desculpas.

— Jaskier, senti sua falta. — disse, sem muitos protocolos.

— Eu também. — rebateu de modo curto, pois sabia que se continuasse iria chorar, e não queria fazer isso em sua frente e nem daquela maneira.

— Sinto muito por tudo. Por tudo mesmo. — Geralt suspirou outra vez, mas agora de modo cansado, sentindo o peso por se culpar de tudo o que pode ter acontecido ao seu ômega depois que ele partiu e o deixou naquela caverna em Cidaris.

— Está pedindo meu perdão? — perguntou o moreno, arqueando uma sobrancelha — Isso é um fato muito curioso, e raro, não combina pra você, bruxo. Parece até que está fazendo isso como despedida. Ah sim... já ouvi esse tom antes... — soltou Jaskier num tom muito magoado, fechou os olhos e os apertou, querendo espantar aquelas lembranças dolorosas daquela última noite deles.

Mas também havia um pouco de raiva. Parece que agora que estava ali diante do bruxo, sua consciência lhe lhe fazia sentir que havia uma pendência da qual tinha que cobrar para poder seguir em frente. Era um sentimento muito confuso, pois estava também extremamente feliz por dentro.

— De certa forma... É.

Jaskier abriu os olhos espantando, e franziu o cenho tentando entender o que o alfa quis dizer com aquilo.

— Está me dizendo que vai me deixar novamente? — perguntou, numa mistura de indignação e tristeza, mas também medo da resposta do maior.

— Isso quer dizer que está me deixando voltar pra você?

— Eu nunca te deixei, Geralt. Foi você quem foi embora, quem não quis ficar. — rebateu magoado.

— Eu tinha que ir. Droga, Jaskier, eu não podia ficar. Não podia ser egoísta em não pensar na segurança de nosso filho.

Aquela última parte pegou o bardo de surpresa...

E um monte de coisas começaram a sugir em sua mente... Era o entendimento de tudo, de toda vez que se sentia estranho naquela viagem de busca pela desmarcação.

— Espera... Então eu já estava...? E você sabia...?! Como você pôde?! Porque fez isso?!! — questionou, muito bravo — Oh deuses... Você foi embora mesmo sabendo que eu já esperava um filho seu?!

O bruxo já esperava por aquela reação, então tratou logo de interromper o bardo antes que tudo piorasse.

— Como eu poderia saber que você não o tiraria? Você dizia toda vez na minha cara que não me queria. Um filho então seria um fim. Você poderia fazer uma loucura! Poderia tirá-lo!

— Sim! Eu poderia mesmo fazer uma loucura, mas não fiz! É certo que eu não o queria no início, mas isso não significa que eu tivesse que sacrificar uma criança! Se falasse comigo desde o princípio eu...

— Eu não poderia arriscar. Mesmo depois que você se declarou para mim. Pois eu sabia que agora, numa situação diferente, você cometeria a loucura de fugir comigo.

— Nisso você está certo! Eu fugiria e não haveria reino ou guerra que fosse me impedir! Mas eu não queria que lhe prejudicassem por pensar que tivesse me sequestrado... E ainda tinha o fato de temer que você não acreditaria em mim que esta menina fosse sua filha...

Os dois se entreolham, entendendo que tudo tinha sido uma serie de desencontro de informações e suposições erradas sobre um e outro.

— Jaskier, eu sempre deixei claro que o queria. Como eu podia então rejeitá-lo? Mesmo que estivesse esperando uma cria de outro, eu o aceitaria.

— Mas isso tudo não muda o fato de ter me deixado! Você tinha uma escolha, e parece ter decidido pela mais fácil.

— Fácil? — agora era o bruxo quem tinha se indignado pela acusação do outro — Porra Jaskier, você está escutando o quê está dizendo! Tudo que fiz, nada foi uma escolha fácil! Eu não podia fazer isso. Como eu poderia pensar em mim sendo um bruxo e vendo o futuro brilhante que você tinha? E também pensar no que eu não era capaz de oferecer? E ainda não sou. O que você queria? Que eu escolheesse roubar você para depois sofrer comigo por conta das nescessidades que iria passar junto de nosso filho? — Geralt olhou para criança nos braços do ômega e balançou a cabeça — Eu não podia privá-la de ter uma boa vida. E muito menos você.

— Geralt, pare! — disse, olhando fixamente para o maior — Eu não suporto mais ouvir alguém me dizendo o que é bom para mim! Passei a minha vida toda acreditando, e acatando tudo o que me falavam pra isso ou aquilo porque seria bom pra minha segurança ou saúde, e advinha? Eu sofri mais que um condenado! Passei por merdas que você não imagina!

— Jaskier, eu sei, você não entende que foi...

— Que foi nescessário? Então quer dizer que foi nessessario eu ter que ir pra cama todas as noites com aquele desgraçado porque eu teria que logo dar um herdeiro à ele? Ah sim, eu entendo, muito bem! Entendo que não vou deixar mais isso acontecer na minha vida! Não vou deixar mais que as pessoas escolham ou decidam por mim! Principalmente você!

De repente a bebê começou a chorar por conta do tom alterado do bardo.

— Merda... — Jaskier xingou, irritado por ter feito sua filha acordar. Todo seu progresso para fazê-la dormir tinha ido por água abaixo — Sabe, Geralt, eu sou louco por você, mas estou muito magoado e bravo. Agora percebo isso. Durante o percurso para te encontrar eu não estava pensando direito ou percebendo isso. Mas agora, olhando nos seus olhos... Me dá vontade de socá-lo! — disse se levantando dali para embalar a bebê, para fazê-la dormir novamente — Por favor, saia.

— Jaskier, você tem que me ouvir. Eu tenho que te contar algo antes que...

— Geralt, saia! Não estou apto para ouvir mais nada agora! — disse, se virando de costas para continuar a embalar sua filha.

E mais que isso... Lágrimas já desciam de seus olhos, seu coração doído ao se lembrar de todas as coisas ruins que passou desde que o bruxo lhe deixou para trás.

Geralt cerrou os punhos, bravo consigo mesmo. Pensando que não soube como iniciar a conversa, e até se culpou por mais essa, em não ter a sensibilidade de não ter que começar por aquilo. Talvez as desculpas tivessem que vir em algum outro momento.

Com a recusa do bardo em agora até lhe dirigir o olhar, Geralt não teve outra opção senão ter que sair do quarto.

Assim que saiu, deu cara com três bruxos ali no corredor. Tentou passar por eles, mas foi bloqueado.

— Vocês não tem mais o que fazer? — disse Geralt muito irritado.

— Não me culpe, estou aqui por causa de Anomalya. — justificou Eskel, escorado na porta do quarto onde estava a silvana — Jogue sua frustração nesses dois velhas lavadeiras fofoqueiras. Eles sim estão aqui à horas lhe bisbilhotando.

— Muito obrigado Eskel, me lembre depois de estapeá-lo por isso. — disse Lambert.

— Me chame pra esse evento também. — disse Coën, cruzando os braços — Mas deixando a vingança de lado... — se virou para o bruxo de cabelos brancos e pôs uma mão em seu ombro — Geralt, precisamos conversar.

O alfa bufou em cansaço.

O que ele poderia fazer? Sabia que se não deixasse seus amigos falarem o que queriam, não iriam deixá-lo dormir. Mas nem pra isso ele tinha vontade agora.

Se encaminhando para o outro quarto, um que ficava abaixo do quarto onde o bardo estava, Geralt e os três bruxos se reuniram para uma longa prosa.

Mas claro, para começar, o alfa de cabelos brancos contou tudo o que estava ocorrendo, já que eles três esperavam que o ômega fosse agarrá-lo na primeira oportunidade em que estivessem sozinhos.

— Foi uma grande merda mesmo... — comentou Lambert.

— Acho que você deve esperar um outro momento mais certo. Todos nós estamos com a cabeça quente e traseiros quase congelando. É claro que o nível de estresse está alto no momento. — disse Eskel.

— Eu não acho que esperar seja o mais indicado. Já que ele está prestes a morrer se não for marcado. Geralt, você deve ser logo bem claro à ele. Dizer rápidamente que se não for mordido por ele você vai dessa pra melhor. — disse Cöen.

— E piorar as coisas? O que você acha que esse bardo vai pensar? É logico que a primeira coisa que vai se passar na cabeca dele é de que Geralt só quer ser marcado novamente porque não quer morrer. — rebateu Eskel, cruzando os braços, indicando sua discordância do amigo.

— Exato. Isso só vai foder a situação mais do que já está fodida. — disse Lambert, e Geralt balançou a cabeça em negativa, respirando cansado — Ele vai se sentir usado.

— Eu ainda acho que falar a verdade é o melhor caminho. O que nosso amigo tem a perder? Além do mais, eu percebo que esse ômega é caído totalmente de amores por você, Geralt. Só está magoado pelo que você fez à ele, deixando-o nas mãos de um princípe e um casamento arranjado. Até eu ficaria puto da vida com isso. — disse Coën.

— Acho que... Ele tem razão. — se pronunciou outra vez Lambert — O que você tem a perder?

— Tudo. — murmurou Geralt.

— Bom acho que o primeiro passo a dar tem que ser você. Mostre à ele que você não quer mais desistir dele. E claro, enche a barriga dele de comida primeiro, pois pessoas com fome não se importam com nada além de saciar a dor em seus estômagos. Dê à ele de comer, para depois você...

Todos olharam para o bruxo mais novo.

— Pode ser grosseiro, mas está completamente certo. Dê a janta, para depois ter sua "sobremesa". — sorriu Lambert, olhando para o teto, indicando o quarto do bardo, depois tirou suas botas, se preparando para dormir no chão, onde teve que se ajeitar por falta de camas — Boa noite à todos. E Geralt, vê se não faz tanto barulho. E muito menos solte tantos feromônios com ele.

— Este segundo é praticamente impossível. Não ouça ele, vá em frente Geralt, faça tudo o que estiver ao seu alcance. O que importa é vermos você bem e vivo. — disse Eskel, dando um tapinha no ombro do outro bruxo.

◆◆◆◆

Então este era o plano.

Levar o jantar até o bardo e quem sabe, por sorte, fazê-lo ouvir o que tinha a dizer, o que era a parte mais importante.

E com muito mais sorte, talvez uma longa noite de reconciliação.

Jaskier estava saindo de sua tina de banho quando ouviu batidas em sua porta.

Inspirou o ar, e soube na hora quem era.

Resolveu ignorar, e se pôs a enxugar-se e vestir as novas roupas que a dona da casa lhe deu, já que sua antigas estavam completamente sujas de sangue de caçadores Nilfgaardianos.

— Jaskier, eu sei que está acordado.

Sem respostas.

E mesmo assim continuou.

— Eu lhe trouxe a janta. Você precisa comer. Não pode ficar sem nada no estômago, ou então começará a secar o alimento da nossa... filha. — era uma mentira mais deslavada que tinha se passado por sua mente, mas era melhor do que nada. Claro, ele tinha sim muita preocupação pela sua cria, mas o foco no momento era o seu amado.

Jaskier nunca tinha ouvido falar sobre um caso em que um ômega pudesse parar de produzir leite por não comer nada. Bom, é claro que uma fome excessiva podia afetar o funcionamente das glândulas mamárias, mas ficar sem fazer uma refeição e acontecer isso, era um exagero.

Mas por via das dúvidas, resolveu escutar o conselho do alfa lá fora.

— Obrigado. — disse Jaskier, assim que abriu a porta e pegou o prato das mãos do bruxo, e quando já ia fechar, Geralt pôs o pé, impedindo que fosse bloqueado — Você está no caminho.

— Não saírei até que me ouça. — disse, irredutível e determinado.

Jaskier franziu de leve o cenho, respirou fundo em cansaço, jogou os cabelos molhados pro lado e deu passagem para o bruxo entrar.

O olhar do alfa varreu pelo quarto, e estranhou o fato da bebê não estar ali.

— Está com Yennefer. Finalmente aqueles esquisitos seguidores daquele mago a soltaram para poder se alimentar e fazer suas higienes. E depois pedi para eles soltarem-na, e nisso, ela insistiu em querer cuidar dela. Disse que eu precisava descansar e aprender mais a como cuidar de recém nascidos. Então se quiser ir lá vê-la...

— Sim, eu a verei. Mas antes, precisamos conversar.

— Nós já conversamos mais cedo. — disse, sentando-se na beira da cama e já começando a comer a porção de pato assado, ervilhas e batata amassada que a dona da casa havia guardado para ele, porque soube que o mesmo não tinha descido para o jantar.

— Não tudo. — Geralt se aproximou e se sentou ao lado, mas não muito perto — Primeiro, me perdoe por tudo. E segundo...

— Isso está muito bom mesmo. Acho que vou pedir mais depois. — Jaskier interrompeu de repente, querendo desconversar e tentar irritar o bruxo para que ele fosse embora dali.

Mas mal sabia ele que Geralt, não importasse o que fosse, iria continuar ali, até que tudo se resolvesse.

Iria mesmo por em prática o conselho de seus amigos, e demostrar que não desistiria mais por nada de seu ômega.

— Estou morrendo. — disse, enfim, sem nenhuma preparação, fazendo Jaskier arregalar os olhos e engasgar-se.

— O quê? Morrendo? Como assim? Porquê? — questionou, deixando a face de indiferença cair.

— Porque a sua marcação não está mais em mim. E por conta dessa quebra, uma parte de minha alma se foi, e em breve, nada mais restará.

O bardo sentiu um imenso nó na garganta aparecer. E sua fome desapareceu na hora.

— E... Não existe nada que possa ser feito?

— Existe. Mas isso depende de você. — respondeu o bruxo, pegando o prato das mãos do bardo e pondo em cima do criado mudo, já que o mesmo quase o deixava cair por talvez ter se esquecido que tinha um objeto em suas mãos.

— De mim?

— Fui eu a ser marcado. O que significa que é a sua mordida é a que prevalece, mesmo que eu tenha também te marcado depois. Jaskier, por ser quem você é, todo o poder está em suas mãos.

O moreno pensou por alguns segundos, até seu cenho franzir por supor algo não agradável.

— Isso quer dizer que está aqui só por isso? Quer que eu lhe marque para que não morra?

Dito e certo, como os outros bruxos lhe alertaram que seria.

— Você sabe que não estou aqui só por isso, Jaskier. E entendo se decidir não fazer, mas saiba que não estou só querendo te usar, eu também quero você e quero que nós...

Antes que continuasse ou terminasse sua explicação, Geralt foi jogado contra a cama, e surpreendido pelo moreno que subiu em seu corpo, montando-o, e pondo uma mão no colchão em cada lado da cabeça do alfa.

— Então não seja por isso.

E sem aviso prévio, Jaskier mordeu o bruxo na curva do pescoço sem qualquer menor preparação.

Não foi uma mordida qualquer, foi uma muito dolorosa.

Mas incrívelmente, aquilo deixou o corpo todo do alfa aceso, tanto que não resistiu em soltar um gemido bastante rosnado, e sentindo suas partes baixas pulsarem, aquecendo-se, chegando a sentir também uma vibração tomar conta de sua consciência por um momento, se perdendo numa imensidão de prazer.

— Hm... — o bardo sorriu ao se levantar, mas ainda sentado no bruxo, e ver que o mesmo tinha ficado muito ofegante, um pouco corado — Alguém aqui não resistiu... — disse, deslizando sua mão para o cós da calça do maior, abrindo os botões e por para fora o membro, já todo molhado pela própria semente. E claro, não resistiu em agarrá-lo com uma mão, começando a provocá-lo com pequenos movimentos pra cima e pra baixo.

Em uma só mordida, uma poderosa mordida de um ômega lúpus, Geralt tinha chegado ao ápice.

O bruxo pela primeira vez na vida tinha ficado verdadeiramente chocado em como tudo aconteceu tão rápido.

Em uma hora estava receoso, tentando escolher as palavras certas para poder convencer o bardo sobre seus sentimentos, e na outra, havia tido um orgasmo tão avassalador que mal pode se conter. E ficou assustado por isso.

Então era isso que todos os ômegas sentiam quando eram marcados por seus alfas?

— Olhe pra mim, Geralt. — ordenou o moreno, se aproximando novamente, ficando perto do rosto do outro — Você não vai morrer. Lembra do que falei antes sobre não deixar mais que as pessoas decidam por mim? Não vou deixar você sair da minha vida assim. Sim, ainda estou magoado, mas não a ponto de querer que você morra. Descupe estragar seus planos. — disse, lambendo lentamente o canto dos lábios por estarem escorrendo o sangue do alfa depois da mordida que ele deu.

Geralt olhava hipnotizado para o moreno, não conseguindo se conter em se de soltar outros gemidos roucos pela provocação que o ômega continuava lhe fazer ali embaixo.

— Eu nunca quis te deixar Jaskier. Nunca. E me sinto um merda por ter permitido as coisas chegarem a esse ponto. Acredite, eu sempre te quis. Desde o primeiro momento em que te vi naquele porão. — confessou, sentindo um grande calor em seu peito, sentindo-se vivo, como se tudo a partir daquele momento fizesse sentido e fosse melhorar e ser possível de acontecer.

— Vamos conversar sobre isso depois. Por agora, o que mais quero nessa vida é ter você. Droga... Estou bravo, mas estou cansado também de esperar! — disse, juntando a sua testa ao do maior, e lhe roubando um selar leve mas prolongado.

Geralt cedeu sem hesitar. Sentir aquela boca novamente e agora de maneira certa depois de tanto tempo foi como se ele tivesse morrido e estivesse agora voltado a vida, principalmente por saber agora que não precisaria mais sofrer por um sentimento não correspondido como tinha sido no começo.

Suas línguas se encontravam, dançavam em harmonia, passando calor e o sabor que cada um tinha e que juntos formavam uma só mistura perfeita. Além dos feromônios, mais por parte do bardo, já que os seus eram os dominantes, estava deixando todos seus feromônios preencherem aquele quarto.

Tudo porquê o ômega estava o induzindo à isso.

E à algo mais...

— Jaskier... Não faça isso... É perigoso... — disse o bruxo, sentindo sua boca secar quando uma onda densa de mais feromônios caiu sobre si.

— Confie em mim. O perigo aqui sou eu, não você. — sorriu, descendo novamente para a marca da mordida, e lambendo toda a área ao redor que estava ensaguentada — Você é meu novamente. Completamente meu. E ninguém mais nesse mundo vai tirá-lo de mim mais, nunca mais Geralt.

E quando o ômega deu um último beijo naquela área e voltou para a boca para mais um outro beijo longo e profundo, Geralt se surpreendeu novamente.

Uma iris do bardo estava brilhando em lilás, enquanto outra, se mantinha azul.

Era isso mesmo o que o bruxo estava pensando?

Isso seria possível?

Então... Será que era por isso que Jaskier tinha tomado essa atitude tão repentina de atacá-lo?

Não sabia como, e também não iria perguntar naquele instante. A única coisa de que sabia era que ia fazer de tudo para satisfazer ambos os lados o máximo que pudesse.

— Ah, meu bruxo... Não me provoque dessa maneira... — sussurou com os lábios perto dos lábios do maior, que tinha descido suas mãos paras as nádegas do ômega e apertado ambas com uma força um pouco acima da moderada.

— Essa é a minha intenção. — disse, girando os corpos de repente e deixando o bardo por baixo, o mesmo deu mais um daqueles sorrisos que fazia Geralt ficar louco — Saiba que não vou me conter.

— Faça o que quiser... Até o final. Sempre. — disse o bardo, abrindo os primeiros botões de sua camisa, tirando um por um por lentamente, para atiçar mais o alfa.

Geralt estava se sentindo tão acalentado que não conseguiu esperar, abaixou bruscamente a peça de baixo da roupa do bardo e o virou de bruços rudemente.

— Creio que não podemos fazer tanto barulho... — disse no ouvido do bardo, que arrepiou-se todo.

— Então trabalhe para que isso não aconteça, pois assim como você, não vou me conter... Ahm... Ah... Geralt... — gemeu ao ter seu membro envolto pela mão áspera do bruxo após ele ter puxando seu quadril um pouco para cima, deixando espaço suficiente para que pudesse alcançá-lo ali embaixo.

O bardo já se aprensentava firme, e atrás, estava pingando, louco para ter aquele alfa lhe preenchendo até que não conseguisse respirar.

A mão de Geralt subia e descia com facilidade, a lubrificação ajudava, e cada movimento sentia o corpo do menor aquecer e o membro pulsar.

— Gostaria de brincar mais com você, mas não consigo esperar por mais tempo... — disse bruxo, parando de provocar o bardo e aproximar seu quadril do outro, que soltou um pequeno gemido ao sentir o membro do maior deslizar pelo vão de suas nádegas.

— Algo me diz que isso vai precisar de muitas rodadas...

— Meses. Temos que compensar... Tudo... Hm... Tudo..... — gemeu, dando uma mordida na curva do pescoço do ômega ao mesmo tempo em que forçou sua entrada, encaixando-se lentamente de uma só vez, fazendo o corpo do bardo ir pra frente no impulso.

— Aghmm!! — o bardo gemeu sofridamente, contido, sentindo seu corpo mergulhar em um oceano de prazer indescritível quando o bruxo lhe acertou naquele ponto.

E só não soltou um grito mais alto porque o bruxo logo lhe tapou a boca...

Geralt sentiu todo seu membro ser apertado pelo interior do moreno, que ficou parado por alguns segundos, ofegante, pois apesar de muito prazeroso, era difícil se adptar ao alfa e sua... grandeza.

Quando olhou para trás, viu o olhar do bruxo fixo em cima de si, o dourado das íris quase não apareciam por conta das pupilas estarem dilatadas, era como se o bruxo tivesse se deixado levar por seus desejos sem mais alguma demora ou "protocolos".

— Hmmm.... Hmmm.... Hmm.... — o ômega gemia a cada movimento de ir e vir brusco que o alfa fazia para dentro de seu corpo, por um segundo teve o pensamento de que todo esse tempo não havia conhecido realmente o bruxo... E estava adorando essa versão mais rude do que era.

O quarto estava já todo impregnado com os feromônios de ambos os amantes, e era tão forte que fazia o local ficar abafado pelo calor que os dois corpos emanavam.

— Geralt... Ah... Ah... Ah...! Isso... meu... bruxo... — sussurrou, deitando seu rosto no colchão, para ficar mais confortável e resistir mais à aquelas fortes investidas.

Eram lentas, mas perigosamente certeiras. O membro pulsante do alfa acertava sempre aquele ponto específico dentro de si, e isso o fazia não conseguia fazer nada além de manter suas pernas abertas e apertar o lençol da cama em suas mãos para poder se manter no lugar. E também para delirar naquele prazer de cada encaixe completo que o bruxo fazia.

— Geralt.... Eu não vou conseguir aguentar por mais tempo... Está vindo... está... vindo... Ah... Está... Ahh.... Aah...! — quando Geralt sentiu o interior do bardo começar a dar os primeiros sinais de uma convulsão interna, acelerou.

Uma, duas, três… Foram tantas investidas duras que Jaskier perdeu a conta.

— Geralt... Ahn... Aah... Geralt... — Jaskier gemia sem descanso, seu corpo correspondia a todos toques por onde as mãos do bruxo passava, ou quando apertava seu quadril, ou quando lhe puxava para ir de encontro ao membro que lhe arremetia sem piedade.

— Aa-ahh!! Geralt! — gemeu, seu corpo convulsionando quando o bruxo lhe acertou com força naquele ponto.

— Jaskier... — gemeu num grunhido rouco, se derramando também dentro do bardo e junto de seus vários espasmos das paredes internas altamente úmidas e quentes.

E mesmo assim, continuou a invadir, pois sentiu que o bardo ainda podia mais.

— Geralt...?! Aamh! — Jaskier gemeu dessa vez mais alto, sua garganta secando quando novamente, quando ainda estava se recuperando do primeiro ápice, sentiu seu corpo vibrar novamente para outro.

— Vem pra mim Jaskier... Vem... pra mim... Hmm... — gemendo outra vez num grunhir intenso, o bruxo se desfez outra vez em seguida também quando o bardo lhe apertou forte internamente no último espasmo, derramando-se todo e de novo dentro daquele ômega, sem qualquer receio de que fosse ter alguma consequência.

Deu mais três estocadas, até sentir a última gota de sua semente se ir juntamente com a avalanche de seu ápice, e só então deixou seu corpo cair sobre o do bardo.

E depois da explosão de ambos, sobrou-se as respirações intensas.

Mas tudo indicava que aquilo não ia terminar ali...

— Geralt... Isso foi tão... E-eu nunca imaginei que eu pudesse...

— Monte em mim agora, Jaskier. — disse o bruxo, saindo do ômega e deitando-se no colchão ao lado do moreno que ainda se recuperava.

— Oh deuses... Ainda está vivo? — disse, olhando desejoso para o membro do alfa, que ainda se mantinha firme, ou, tinha ficado novamente — Uau... Eu imaginava que estivesse sentindo minha falta... Mas não imaginava o quanto... — sorriu, mordendo o lábios em meio a sua respiração ofegante —Que inveja... Bruxos e sua resistência... — se arrastou para cima do corpo do bruxo e se pôs montado com uma perna de cada lado dos quadril do seu alfa — Por sorte sua, também me sinto ainda bem disposto... — sorriu, lambendo os lábios.

Geralt também sorriu, porque sabia o motivo de sua "disposição".

Claro, com um integrante a mais presente era covardia...

O bardo desceu sua mão para o membro do maior, e o pegou, começando a provocar o encaixando entre o vão de suas nádegas novamente.

— Veja como você me deixa... Veja o que deixou pra trás depois que foi embora... — disse, se esfregando contra o membro do maior e mostrando o quanto estava molhado, mas agora, tanto pelo sua lubrificação quanto pela semente do bruxo.

— Eu nunca mais irei te deixar. Nenhum de vocês dois... — soltou Geralt, não resistindo em mencionar esse pequeno segredo daquele momento, fazendo o moreno arquear uma sobrancelha em estranhamento.

— Esqueça o outro. Você é só meu agora. — disse, muito enciumado, sem perceber ter falado com uma duplicação na voz.

O bruxo sorriu mais relaxado e achando graça daquilo.

— Sim, vou esquecer. Sou todo seu. — disse em sentindo ambíguo, e desceu suas duas mãos para a cintura do outro, que arrepio-se todo e soltou um suspiro por sentir o contraste de sua pele macia com aquelas mãos ásperas e grossas — Mas agora chega de conversar, temos negócios para tratar, e longas dívidas a serem pagas.

— Está certo. Você me deve, e muito. — disse, pegando novamente o membro do bruxo, mas agora ao envés de provocar, o forçava contra sua entrada.

— Porra Jaskier...

Era um paraíso estar novamente dentro daquele ômega. Geralt se perguntava como tinha conseguido ficar por tanto tempo sem aquele corpo que o satisfazia inteiramente. Tudo lhe atraía, o aroma, os feromônios, os olhos e seus diferentes olhares, a boca, a maneira um tanto delicada como se movimenta ao andar... Ou também aqueles ataques imprevisíveis do outro lado do ômega, de sua sinceridade e falta de horário para os seus desejos mais primitivos...

Nenhum detalhe era perdido daqueles dois.

Quando o bardo começou a se movimentar, Geralt soltou baixos gemidos roucos. Ter seu membro todo envolvido e até a base toda vez que aquele corpo menor descia era de um prazer sem tamanho.

— Seu... Ahm... Geralt... Seu pau está... Ah... Por deuses... Ahmm! — parou por um momento de se movimentar ao sentir o membro do alfa se enrijecer e inchar mais, e mesmo que sentisse que era um pouco demais para estar dentro de si, adorava pensar estar sendo alargado daquela maneira, como se estivesse o forçando a ultrapassar seus próprios limites.

E claro, aquilo também significava um alerta de perigo.

Que o bardo sem medo nenhum iria arriscar até o fim.

— Consegue se mexer? — perguntou o bruxo, vendo o rosto corado e as feições sofridas do bardo, que estava agora com as mãos apoiadas em seu tórax.

— C-consigo... — sua respiração era pesada, e toda vez que o seu alfa fazia um movimento brusco, ele soltava um suspiro de prazer e dor.

— Vou te ajudar... — Geralt se sentou, pôs suas mãos nos quadris do moreno e começou a movê-lo lentamente para cima e pra baixo.

— Isso é tão... Profundo... Por favor devagar... — sorriu, aproximando sua testa ao do maior — Mas me foda até que eu implore para parar... Por favor... Não importa o que eu fale, não pare... — disse, tomando os lábios do bruxo, que devolveu o ataque com mais intensidade.

Como sabia que o bardo não ia se mexer mais que aqueles movimentos, resolveu tomar as rédeas e cumprir o desejo perigoso do ômega.

Empurrando-o contra o colchão e ficando entre suas coxas, Geralt se manteve sentado. Abriu mais as pernas do ômega até deixá-lo totalmente exposto. Agarrou suas coxas empurrando para baixo, deixando-o bem exposto, e então, iníciou suas investidas.

— Geralt...! Ah... Aahnm...! — gemeu, não aguentando não soltar um grito ao sentir seu interior sendo forçado a uma outra adaptação de tamanho e invasão.

O bruxo estocava forte, indo e voltando sempre com rudeza. E temia que estava chegando ao ponto de que não pensaria mais em ser delicado nem se quisesse, pois seu corpo pedia por invadir mais e mais aquele botão avermelhado e que tinha agora uma circunferência extremamente esticada e molhada, que sofria as consequências dos encaixes violentos.

— Geralt... Geralt! Aa-ah...! — gemeu, quando o bruxo desceu por um instante e sentiu uma nova mordida no ombro, perto da curva do pescoço.

Havia ficado dessa vez uma marca mais profunda dos dentes do maior, e o bardo sabia que no outro dia isso iria doer muito... Porque sentiu que não tinha sido uma mordida normal...

Geralt não sabia se iria funcionar sua marcação, já que ele não era a parte dominante entre os dois, só era um alfa comum diante de um ômega de linhagem rara, pura e poderosa. Eram como um plebeu e um nobre. Dois rebeldes que desafiavam aquela sociedade.

Geralt ia e voltava, sempre dando estocadas mais fortes que as anteriores, via o bardo franzir o cenho, talvez pela dor, mas seu corpo respondia ficando mais quente e mais molhado lá embaixo, soltando também mais feromônios que o embebiam num mar viciante que parecia nunca ser suficiente.

— Geralt... Estou vindo outra vez... — sussurou, segurando e apertando o lençol acima de sua cabeça.

O bruxo estava tão fissurado pelos ataques à aquele crisântemo, em preencher com tudo que tinha, que quase não prestava atenção mais na voz do moreno...

Seu corpo e aquela parte selvagem de si estava prestes a sair...

Como um lobo partindo pra cima de sua presa, o bruxo se abaixou de novo até o moreno, apoiou suas mãos uma em cada lado da cabeça do bardo ali no colchão, e acelerou seu movimentos, soltando urros incontroláveis e enlouquecidos a cada ir e voltar.

— Geralt! É muito forte! Aah! Ah! Isso é muito... Isso é... Ah... Por favor... Me dê um segundo.... Aaahhmm! G-Geralt... A-ah... — gemeu, sentindo outra vez seu interior doer por um outro inchar do membro do seu alfa.

Sem dar ouvidos, o bruxo acelerou sua invasão. As estocadas se tornaram tão fortes que a cama começou a fazer barulho contra a parede.

— Por deuses... Geralt...! Ahhmmm!! — gemeu mais alto, nem se lembrando mais de se conter.

— Jaskier... Hmm... Hgm... — grunhiu, sentindo seu corpo prestes a convulsionar.

E sendo pego de surpresa, o bardo tremeu ao sentir seu interior ser alargado de forma tão cruel, mas seu corpo respondia o contrário... Cada vez que sentia que seu corpo chegava ao seu limite para aguentar seu alfa, mais se sentia úmido e entregue, com a sensação de estar completamente preenchido com algo que parecia chegar e cutucar seu estômago.

— Jaskier... — gemeu o alfa, não suportando mais segurar — Jaskier... Hnmg...!

E um nó foi feito.

E dois corpos chegaram violentamente ao seu ápice, preenchendo aquele quarto com seus roucos gemidos apaixonados.

— Jaskier... — o bruxo sentiu seu corpo todo convulsionar, era sua vez agora de sentir dor pelo seu membro estar tão apertado dentro do bardo que quase beirava ao insuportável — Julian...

Ele via. Ainda ambos estavam ali, presentes naquela doce, mas ao mesmo tempo rude e dolorosa entrega. Era um alfa para dois ômegas, e isso com certeza seria mais difícil, já que tudo seria em dobro, todos os prazeres... E claro, todas as dores.

Mesmo com o segundo ápice ter vindo para os dois amantes, quer dizer, para os três ao mesmo tempo, mesmo assim não foi possível para ambos relaxarem. Aquele nó estava sendo muito intenso, e qualquer ação era uma fina dor na intimidade de ambos os corpos.

— Está me vendo...? — perguntou o bardo, novamente com aquela voz duplicada.

Geralt fez que sim com a cabeça, respirando pesado.

Jaskier e Julian sorriram e morderam os lábios, ofegando acelerados, sentindo um grande calor em seu corpo, sentindo o quão suados estavam, assim como o corpo do bruxo.

— Estamos... Encrencados de novo? — perguntou o bruxo, sua voz saindo bastante grave e baixa.

— Não tenha pressa... Podemos saber depois. — respondeu, enquanto acariciava os lábios do bruxo, olhando para eles com malícia — Ainda me deve esta boca... — seu olhar abaixou e levantou rápidamente para uma direção abaixo de seu umbigo, fazendo o o bruxo soltar um breve e curto riso.

— Ainda nem terminamos, e já está planejando mais de mim? Já disse que vamos compensar tudo isso. — disse, e logo gemeu ao sentir um pulsar em seu membro quando sentiu um pequeno desinchar, liberando mais de sua semente para dentro do bardo, que suspirou e murmurou algo incompreensível e manhoso por sentir um jato muito quente e forte lhe invadir profundamente.

— Creio que não teremos tanto tempo para compensar se uma outra surpresa vier... A-ahmm deuses…! — disse se agarrando-se no pescoço do bruxo quando o mesmo se mexeu para provocá-lo, pois tinha percebido que o ômega ficava mais atiçado mesmo que doesse aquela união lá embaixo. E o mesmo era para ele.

E ambos sorriram um para o outro, sacando a malícia desse gesto.

— Acho que será o primeiro alfa a tirar vantagem disso... O que me faz ficar mais louco por você.

E como se suas mentes estivessem conectadas, ambos tomaram a iniciativa de um beijo longo, intenso, sugando a boca um do outro como se estivessem ainda famintos...

Aquela noite seria pequena para aqueles dois amantes cheio de amor e vontade de apagar o passado e o tempo perdido.


Notas Finais


Gostaram do cap de hoje?

Vocês perceberam uma coisa?
Sim?
Se você pensou sobre: "Mas se não é Julian pra botar ordem nessa bagunça desses dois, estão tudo lascasdo!".
Então você acertou. Kkk

Pois é, ele teve que ocultamente dar um empurrãozinho nesse bardo para as coisas voltarem aos trilhos com o bruxo. De novo.😅💕
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Espero que tenham gostado do cap de hoje, sorry pelos erritos se houver (sabem como é né, sempre tem umzinho fí da mãe que me escapa kk)

Agora só sábado que vem, e até lá lhes desejo um bom domingo e uma excelente semana cheia de positividade e produtividade!

Um grande abraço apertado e beijitos à todos.😘
Inté lá!👋😇


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