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História Masterpiece - C.J Castle


Escrita por: kendoll

Notas do Autor


Boa leitura!!!!!!!

Capítulo 11 - C.J Castle


Fanfic / Fanfiction Masterpiece - C.J Castle

Narrado por Justin.

Eu tinha plena consciência de que eu não deveria continuar envolvendo Ella em meu trabalho depois do acontecido, mas era quase que errado não aceitar seu envolvimento quando era visível que ela se sentia extremamente culpada, deixei então que as coisas acontecessem mesmo sabendo que nada que ela fizesse poderia me ajudar. Estacionei a caminhonete laranja de Chaz na esquina da rua do Metric Hall como Ella tinha estranhamente pedido e aguardei até que visse seu pequeno corpo caminhando em minha direção. Assim que entrou, Ella sorriu para mim e eu não pude deixar de beijar suas doces bochechas. Ela sorriu, envergonhada.

— Por que me disse para parar aqui? — Pergunto.

— Preciso te contar uma coisa — Ela diz, séria. Desligo o motor, com medo de onde esta conversa possa parar. — Eu conversei com a minha professora hoje—

— Ótimo, ela te desculpou? Ela acreditou que não foi sua culpa?

— Sim e… Não, ela vai me dar mais uma chance, mas esse não é o assunto principal — Ela lambe os lábios e põe uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Eles não querem mais que a gente se veja.

Rio seco, fitando-a confuso.

— Como assim? O que eles tem a ver com isso?

— Você é um funcionário e eu sou uma aluna, ela disse que de acordo com as regras o nosso relacionamento é proibido.

— Isso é ridículo, isso é… Você tem idade o suficiente para decidir o que quer da sua vida, eles estão tratando isso como se você tivesse 11 anos.

— Eles vão te demitir se não pararmos — Comenta. — Te demitir ou me expulsar.

— O quê? Isso é totalmente… Argh —Soco o volante, apertando-o em minhas mãos com força. — Eles podem mesmo fazer isso?

— Infelizmente… Eu li as regras só para confirmar.

Eu suspiro profundamente, olhando a rua vazia e as árvores balançando conforme o vento sopra. Não sei exatamente o que pensar, a olho ainda em dúvida, totalmente frustrado.

— Eles não estão fazendo isso só por essa regra estúpida… — Balanço a cabeça. — Estão fazendo porque pra eles é errado um coitado como eu sair como alguém como… — Eu paro, tornando o carro silencioso o ambiente mais desconfortável do mundo. Ella esta me fitando com os olhos assustados.

— Continue — Ella pede.

Eu vacilo, não consigo olha-la.

— Você sabe que… Ella, eu…

— Eu estou fodendo com a sua vida — Ela diz, de um jeito tão engraçado e inesperado que nós dois acabamos caindo na risada por alguns segundos.

— Quais escolhas nós temos?

— Não posso ser expulsa, não quero que você seja demitido e não quero parar de ver você — Ela abaixa a cabeça, suspirando fundo. — Mas… Eu sinceramente vou entender se você… Se você quiser—

— Não, não quero — Eu afirmo, com toda certeza do mundo. — Não quero deixar você, sem chance.

— Awn que coisa romântica! — A voz alta do banco de trás nos assusta e bruscamente viramos juntos para enxergar o corpo de Jaxon escondido no terceiro banco.

— Jaxon, o que caralhos você está fazendo aqui?

Ele se endireita no banco e estrala as costas, resmungando baixo.

— Escutei você falando com Chaz, já que você não me chamou para ajudar decidi vir de voluntário — Ele sorri falsamente. — Oi, Ella.

Ella sorri.

— Olá Jaxon Bieber.

— Caia fora daqui.

— Sem chances, eu não sei voltar.

— Não me interessa —Dou os ombros. — Não pedi para você vir.

— Justin, deixe ele ficar — Ella pede — Tudo bem por mim conviver com mais um pouco de testosterona. Vamos resolver o problema que causei ontem e depois resolveremos o outro problema, tudo bem? — Afirmo com a cabeça e ligo o motor.

Saber que Ella não estava disposta a desistir de nós nesse momento só me trazia mais certeza de que era com ela que eu deveria estar, era ela que meu coração esperava ver, por ela que ele queria bater todos os dias. Foi totalmente estranho o jeito que o ódio me dominou quando a vi passando perigo no dia de minha luta, como quis estourar aquele homem com minhas próprias mãos. Foi mais estranho ainda eu não me importar tanto com a multa, com a minha derrota, com o modo como eu saberia que seria tratado depois, porque nada daquilo importava se algo acontecesse com Ella e seria de minha total culpa se eu não fizesse nada.

Como as lutas nunca eram no mesmo lugar, tive que decorar um novo endereço que segundo Chaz, era do real chefe das lutas clandestinas da cidade. Eu esperava sair de lá com um acordo, era a única chance de não sair no prejuízo, mas sinceramente, minha positividade naquele momento não existia mais.

Chegamos no endereço vinte minutos depois, a rua era muito sofisticada e totalmente diferente de qualquer lugar em que eu já estive, não me lembro de conhecer essa parte da cidade. Estávamos em frente a um prédio incrivelmente alto e luxuoso, os carros estacionados na rua faziam a caminhonete de Chaz parecer um tipo pequeno de caminhão de lixo. Fiquei um tempo dentro do carro, considerando tudo o que poderia dar errado, pensando no que poderia acontecer se Ella entrasse comigo, talvez com um movimento errado eu poderia acabar destruindo tudo. Talvez não tenha sido uma boa ideia em concordar que Ella viesse e talvez a vinda de Jaxon não tenha sido totalmente desnecessária. Olho para a garota ao meu lado.

— Você vai ficar dentro do carro — Disse, em um tom autoritário.

Ela me olha, surpresa.

— Não, eu não vou — Protesta. — Disse que viria para te ajudar.

— Mas eu mudei de ideia, talvez não seja bom você entrar — Olho meu irmão e em seguida volto a encara-la. — Jaxon vai ficar aqui com você, vai estar mais segura.

— Justin...

— Sem mais discussões — A respondi, batendo a porta do carro em seguida.

Mas ela não desistiria tão fácil, logo escutei seus passos saltitantes atrás de mim e uma batida de porta que provavelmente era de Jaxon. Ela me alcançou e eu achei aquilo tão inacreditavelmente estúpido que nem ousei a me mover para olha-la. Eu queria sua segurança, mas não poderia trancafia-la contra sua vontade dentro do carro — por mais que parte de mim achasse que esse era o certo — então, estava em suas mãos agora sua própria segurança.

Adentramos ao gigantesco prédio e Ella entrelaçou seus dedos ao meu, o que instantaneamente me causou um pequeno choque, mas eu continuei caminhando como se nada tivesse acontecido.

— Com licença, — Disse firme, para a loira da recepção. — Estou procurando por C.J Castle.

— O Senhor tem hora marcada? — Pergunta, com uma voz parecida com a das moças do telemarketing.

— Não, mas é um assunto urgente e de seu interesse. Diga que é sobre a última luta do Space Central.

Ela assente silenciosamente e põe um telefone no ouvido, sua voz é baixa e eu não consigo entender o que ela está dizendo, mas dois minutos depois ela se levanta e dá a volta no balcão para nos guiar.

— Vocês tiveram sorte, ele está disponível para recebe-los agora — Ela diz, com uma voz contente e eu retribuo com um pequeno sorriso.

Não faço ideia de quantos andares nós subimos, mas parece que ficamos dentro do elevador uma eternidade. O suspiro de Ella ao meu lado é a única coisa que me conforta, mas fora isso há preocupação e medo exalando por todo meu corpo como se fosse meu perfume natural. Quando as portas se abrem a mulher é a primeira a sair desfilando em nossa frente, passamos por aproximadamente cinco salas com portas escuras até chegar a uma porta diferente de todas as outras, ela é transparente e mostra que o homem que está dentro daquela enorme sala não é alguém como os donos de lutas clandestinas normais, aqueles sujos e ignorantes que fumam charutos baratos.

A loira entra e anuncia nossa presença com um sorriso pequeno paciente nos lábios. Quando o homem se vira para nos encarar, sua surpresa paira de um jeito tenso sobre os olhos de Ella e a mesma abre a boca no mesmo instante.

Pai?

Narrado por Ella.

Fico completamente em choque quando a figura que se vira para nós encarar é o meu próprio pai, e ele também me olha como se eu fosse a única pessoa com quem ele não esperava se encontrar.

— Ella... — Ele murmura, com o rosto esbranquiçado como quem estivesse vendo um espírito. — Christine, você já pode ir — Ele diz a mulher loira, sem olha-la nos olhos e ela logo o obedece. Meu pai se levanta.

— Pai, o que o senhor está fazendo aqui?

— O que você está fazendo aqui? — Ele tenta virar o jogo, tentando fracassadamente sair daquela situação.

— Pai, pelo amor de Deus me explique o que está acontecendo aqui! Vim preparada para me encontrar como algo do tipo “Chefão da máfia das lutas clandestinas” e encontro meu pai?!

— Isso é melhor que novela mexicana — Jaxon murmura e imediatamente escuto seu grunhido baixo. Não paro para olha-lo.

— Antes será que eu posso perguntar o porquê minha filha está procurando um Chefão-da-máfia-das-lutas-clandestinas?

Antes que eu responda, sinto o olhar de meu pai atravessar o corpo de Justin. Vejo-o com um braço levantado.

— Acho que isso é por minha causa.

— Claro que é — Eu digo, voltando a olhar para meu pai. — O senhor sabe que eu estudo Ballet.

— Não sabia que você tinha um namorado...

— Não fuja do assunto.

Meu pai encolhe os ombros, com as duas mãos enfiadas em uma calça social azul escura.

Tudo ao meu redor se parece inacreditável, o homem que está me fitando agora não se parece nada com a figura paterna que eu tinha. Jamais vi meu pai vestir ternos, a não ser que seja em ocasiões como funerais ou casamentos e para isso ele tinha só um terno — que nem de longe se parecia como esse. Ele sempre vestia jeans e suéter, ele tinha vários deles de diversas cores e estampas que minha mãe adorava comprar e ele nunca reclamava de usar. Os sapatos eram sempre simples, não brilhantes como estes sociais. Os cabelos... Ah, ele odiava passar gel, e agora seu cabelo brilhava mesmo sem ajuda de alguma luz. Me dou conta de que não conheço aquele homem, porque o meu pai era engenheiro e não envolvido com lutas clandestinas.

Seu corpo cai enquanto ele suspira.

— Quando você tinha cinco anos e sua mãe sofreu aquele acidente, as coisas começaram a ficar financeiramente insuportáveis — Fechou seus olhos, parecendo se lembrar de alguma coisa e abrindo-os novamente — Sua mãe se recusava a te tirar das aulas de Ballet e você sabe como naquele tempo aquelas aulas eram caras demais, toda nossa pouca renda estava descendo pelas suas aulas de e viagens para apresentações e eu não conseguia muito emprego como um engenheiro. Eu fracassei miseravelmente nessa profissão, pelo menos nessa época — Ri sem vida. — Então um amigo meu, Eric, me disse que o filho dele era um ótimo lutador e precisava de alguém que agenciasse ele. Eu já tive muita experiência nesse ramo quando era mais jovem, sempre fui um grande fã das lutas e me aventurei a ser seu agente. E então... Foi então que tudo isso começou.

Eu balancei minha cabeça levemente.

— Por que escondeu isso?

— Sua mãe jamais aceitaria, você sabe como ela é nesses assuntos, além de ser totalmente contra a violência física — Por um momento o compreendo, lembrando das diversas vezes que os dois já brigaram só por meu pai comentar sobre isso na mesa durante o jantar. — E além disso, as coisas só continuaram extremamente bem. Consegui bancar seus estudos e até hoje estou te ajudando com a Juilliard e sua mãe também é muito beneficiada.

— Eu pensei que você estava trabalhando duro, colhendo os frutos do que plantou honestamente como você sempre me ensinou a fazer — Por um momento me arrependo do que tinha dito, porque Justin estava do meu lado e isso era o que ele amava fazer.

— E eu estava trabalhando duro! — Ele se defende. — As coisas não são fáceis nesse ramo também, o garoto ai sabe disso.

Justin não diz nada e eu o agradeço por isso.

— Mas você mentiu, Pai — Eu o respondo. — E você sabe que pelo menos para mim você poderia contar, eu não sou como a mamãe.

— Eu preferi não arriscar, querida me desculpe.

Meus olhos se abaixaram para fitar meus pés e sinto a mão de Justin apertar levemente a minha, como um pequeno lembrete de que ele ainda estava ali para me confortar. Sorrio internamente com aquilo e levanto meus olhos para olhar meu pai.

— Viemos aqui para falar sobre a última luta.

Meu pai arruma sua postura e percebo que o terno lhe cai perfeitamente bem.

— Você deve ser Justin Bieber — Ele encara Justin e o mesmo balança a cabeça positivamente. — Ouvi falar muito sobre você, e quem é o outro garoto.

— Jaxon Bieber — O mesmo se apresenta, com o tom animado e confiante. — Mas só estou aqui para acompanhar meu irmão e a namorada dele.

— Então... Você está namorando mesmo a minha filha?

Me encolhi pelo modo que seu tom saiu e me limitei a olhar apenas para meus pés.

— Não oficialmente, senhor — Justin diz, e isso secretamente me dá alegria. — Mas eu gosto muito da sua filha, se me permite dizer.

— Acho que estou começando a acreditar nisso, me disseram que você interrompeu sua luta para salvar uma garota e.... Suponho que essa garota seja Ella — Acho que Justin confirma, porque logo meu pai continua. — Por acaso essa ideia de leva-la junto foi sua?

Justin está prestes a falar, mas eu o corto rapidamente.

— Foi uma estupida ideia minha, Justin me pediu para não ir.

— Eu sabia, — Ele sorri, com certa vitória em seus olhos — Isso faz seu tipo de teimosia.

Inevitavelmente eu também sorrio, mas muito pouco.

— E acho que você também sabe que sua teimosia me fez perder milhões de dólares, e aposto que fez Justin perder também — Ele continua. — Aquela luta era a mais importante, tinham várias pessoas importantes que praticamente jogaram maletas de dinheiros para apostar em Justin e contra ele. Aquela luta poderia ser só o começo para as mais lucrativas.

Encolho os ombros e olho para Justin, sinto uma imensa culpa tomar conta de mim.

— Eu sei, e eu sinto muito por isso — Eu suspiro. — Ouvi dizer que tem uma multa para quem abandona a luta e por isso que nós viemos aqui—

— Suponho que sua teimosia a tenha trazido aqui novamente.

Reviro os olhos.

— Sim...

— Nós só viemos aqui para tentar fazer um acordo — Justin diz. — Não tenho dinheiro para pagar uma multa, mal tenho dinheiro para me sustentar. Eu sei que foi estúpida a atitude de abandonar a luta, mas eu não deixaria nada de mal acontecer com a Ella.

— Muito bonito da sua parte.

— Será que você pode ajudá-lo? — Eu pergunto.

Meu pai da os ombros, sorrindo levemente de canto.

— Nada mais justo depois dele ter salvado a vida da minha filha — Ele me olha e em seguida vira seus olhos para Justin. — Considere sua multa paga e esse assunto esquecido, você pode voltar as lutas tranquilamente.

— Muito obrigada, senhor — Meu pai se aproxima em passos lentos e aperta a mão de Justin com firmeza, eu sorrio ao ver Justin feliz e me sinto um pouco melhor.

— Pode me chamar de Clark — Sorri, quando solta a mão de Justin seus olhos retornam para mim e eu imediatamente fico mais séria. — Será que você pode me desculpar?

— Acho que podemos trabalhar nisso... Eu, você e a mamãe.

— Só se você prometer que vai aparecer para um almoço e não se meter em confusões.

Rio levemente e olho para Justin.

— Eu prometo.

 

Narrado por Justin.

Nos despedimos do homem de terno e retornamos silenciosamente pelo mesmo caminho que havíamos tomado junto com a mesma recepcionista loira, ela agora parece um pouco mais séria e rígida. Quando deixamos o prédio para trás, não posso deixar de sentir um grande peso saindo de minhas costas. Encosto-me no couro duro do banco da caminhonete e pela primeira vez sinto uma sensação de alívio e conforto ao sentar-me ali. Ella ri com a minha situação e eu sorrio para ela.

— Eu estava borrando nas calças, eu confesso — Jaxon comenta e nós todos rimos. — Fala sério, C.J Castle... Eu esperava ver um negão de um metro e oitenta todo mal encarado nos botando pra correr no primeiro segundo.

— Acho que eu também esperava isso, ou um cara gordo e nojento com um charuto aceso e não... E não o meu pai — Ela balança a cabeça, sorrindo um pouco.

— Deve ter sido uma surpresa e tanto, nem imagino como você deve estar — Pego sua mão, acariciando-a.

— É muito para assimilar, principalmente porque eu jamais poderia esperar por isso.

Eu concordo silenciosamente.

— De onde veio o C.J Castle? — Pergunta Jaxon. — É tipo um codinome secreto?

— Clark Johnson... Castle eu não faço a mínima ideia de onde venha.

— Ouvi dizer que tem uma série com esse nome.

— Isso! — Ela conclui. — É a série preferida do meu pai, depois de Dr. House — Pelo seu sorriso bobo, ela parece estar revivendo alguma memória. Não a interrompo, gosto de vê-la distraída, ela não sabe como fica bonita desse jeito.

— Quanta criatividade.

— Bom... Acho que agora podemos voltar para casa — Eu digo e todos nós apertamos os cintos.

Seguimos do mesmo jeito que fomos, todos ficamos quietos até chegarmos a nossos destinos. Deixo Ella longe do Metric Hall e sigo meu caminho com Jaxon ao meu lado e ele mexe em algumas estações até parar em uma em que a música da Madonna está tocando. Meu irmão me olha como quem pedisse permissão para entrar em pânico ou fazer alguma coisa e eu simplesmente dou os ombros. Felizmente ele não entra em pânico, mas começa a cantar e fazer algumas coreografias pequenas no ritmo da música. Isso me faz rir um pouco e pensar em como meu irmão deveria estar se sentindo, me faz pensar também que eu era uma pessoa sortuda porque meu irmão confiava em mim e não há nada que eu preze mais que a confiança de alguém em mim.

Estaciono o carro na mesma vaga de sempre e nós dois subimos juntos. Uma voz estranha está gritando no quarto e eu imediatamente me enfureço quando percebo que é uma voz feminina e nossa política diz que não podemos trazer garotas em casa — e isso foi uma coisa que nós três concordamos. Bato fortemente a porta quando entro e o barulho para, alguns minutos depois enquanto eu e Jax estamos jogados nos sofás da sala, o corpo de uma garota passa rapidamente por nós e ela sai do apartamento, mas é impossível não perceber que aquele perfume e aquelas botas de salto eram de Aubrey. Chaz aparece um pouco depois, com uma toalha enrolada no quadril.

Meu amigo põe uma mão na parede e apoia o peso de seu corpo sobre ela.

— Nós transamos — Ele suspira como se estivesse aliviado e extremamente contente.

Eu reviro os olhos e Jaxon faz o mesmo. Caminho até a geladeira para pegar um pouco de leite.

— Como foi? — Pergunta, eu lhe lanço um olhar sério. — Deu errado? Porra, deu errado, não é? Eu sabia, Essa garota está arruinando a sua vida enquanto a dela continua um mar de rosas.

Jaxon ri.

— Essa garota praticamente salvou a pele dele!

Chaz me olha confuso.

— Pode me explicar essa merda?!

Tomo um gole de leite antes de começar a falar.

— O pai dela é o chefão e por eu salvar Ella, ele perdoou a minha dívida e disse que eu poderia voltar a lutar como se nada tivesse acontecido.

— O quê?! — Ele balbucia, boquiaberto. — Você quer dizer que o pai da bailarina é tipo o chefão das lutas clandestinas dessa porra de cidade?

— Exatamente.

Eu e meu irmão gargalhamos alto enquanto Chaz ainda tenta digerir a situação, na verdade acho que todos nós tentamos e eu imagino como Ella deve estar se sentindo agora. Coincidentemente ela me manda uma mensagem no mesmo momento se desculpando novamente e eu respondo dizendo que está tudo bem, e finalmente está realmente tudo bem.

 

Narrado por Ella.

Não estranho quando não vejo Aubrey quando chego ao nosso quarto, as coisas continuam arrumadas, mas não há nenhuma pista de onde ela tenha ido. Penso que ela pode ter feito as pazes com Adam ou quem sabe ter saído para conhecer alguém. Suspiro com meus pensamentos e pego meu celular para novamente pedir desculpas a Justin em uma mensagem de texto que não poderia expressas o quanto eu realmente sentia muito, não só pelo o que o fiz passar durante a luta, mas pelo que ainda estava por vir. Ainda não tinha me esquecido da minha conversa com minha professora mais cedo, várias preocupações ocupavam minha mente com bilhares de hipóteses boas e ruins — e admito que a maioria delas eram ruins.

Tomo um banho demorado logo em seguida, se as preocupações e medos saíssem no medo, seria aterrorizante ver quantos deles estavam no piso naquele momento, morrendo lentamente enquanto a água quente os matava um por um e eu com certeza estaria me sentindo bem. Enquanto a água ainda me banha, lembro-me de meu pai, me lembro de seu terno azul escuro e do gel tomando conta do seu cabelo. Lembro-me dele me rodopiando no ar, com os jeans sujos porque brincamos na terra o dia todo... E instantaneamente flashes sobre o acidente da minha mãe caem estrondosamente como raios furiosos contra a minha cabeça. Imediatamente desligo o chuveiro e tomo o máximo de ar que eu posso.

Os noticiários comentando, meu pai aterrorizado e eu completamente perdida no mar de pessoas.

Seco meu corpo e me enrolo na toalha.

Minha mãe desacordada e os olhos do meu pai, presos a uma porta do hospital, eles não o deixaram entrar.

Visto um moletom e travo uma batalha contra meus pensamentos para que por um segundo ou pare de pensar. Vejo um pôster de Aubrey pendurado na parede e penso em unicórnios e arco-íris.

O que me distrai são as batidas fortes que saem da porta, eu me alerto e me animo pensando em Justin e em mil formas de beija-lo. Porém quem está atrás da porta é Jack e pelo modo feroz que ele se aproxima de mim e morde seus lábios, ele também pensa em mil formas de me beijar. Meu corpo fica rígido quando suas mãos agarram ferozmente meu corpo, ele para de morder o lábio e profere palavras que não fazem sentido algum para mim.

Acho que gosto de você — Ele diz, com a música de fundo sendo seu coração, batendo cada vez mais forte.


Notas Finais


Palavras não descrevem o quanto eu amo os comentários de vocês, novamente muito obrigada! Espero que tenham entendido tudo nesse capítulo, logo a família do Justin também será o centro das atenções. Qualquer duvida entrem em contato ask.fm/justtinos ou @assbieberhole! Xx.


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