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História Masterpiece - Goodbye


Escrita por: kendoll

Notas do Autor


Esse não é o final, ok? Boa leitura.

Capítulo 23 - Goodbye


Fanfic / Fanfiction Masterpiece - Goodbye

– Ficar parada consiste em não fazer nenhum movimento, é difícil para você entender isso? – Aubrey, loira, lábios com gloss, perguntou enquanto terminava os últimos traços de sua pintura.

Não era um dia importante só para Ella, Aubrey passara semanas pensando sobre o que pintaria para a exposição do semestre final e só conseguiu pensar que o rosto de adormecido de sua melhor amiga era algo que poderia ser muito admirado. O professor havia pedido algo que inspirasse seus alunos, algo que os encorajasse a enfrentar seus próprios medos, alguma coisa que fosse importante em suas vidas. Sua melhor amiga nunca passou por sua cabeça, mas até que fazia um pouco de sentido agora. Aubrey sempre admirou sua amiga por ser tão esforçada quanto a seus sonhos, mesmo que fossem o oposto uma da outra, elas se encaixavam perfeitamente bem. Aubrey de certa forma se sentia responsável por Ella conseguir enfrentar seus próprios medos – como ela fez indo a uma festa e conhecendo pessoas novas, como Justin – Ella era importante na vida de Aubrey e ela a inspirava.

A loira levanta-se da cadeira e dá dois passos para trás, tentando conseguir uma visão perfeita de seu quadro.

– Perfeito – Ela murmura, satisfeita. – Venha, agora você pode ver.

Ella pula da cama e corre na mesma direção de onde sua amiga está parada, com os braços cruzados contra os seios.

– Eu estou chorando? – Pergunta. Ella não estava chorando e não estava usando rímel, ela só usara rímel uma vez na vida.

– Sim, está igual o dia em que você chegou toda desarrumada na sua apresentação.

– Tem certeza que eu estava assim?

– Absoluta.

Silêncio.

Ella não era uma boa apreciadora de Arte, ela sempre via Aubrey estudando e admirando obras abstratas, algumas telas com rostos distorcidos ou com alguma parte do corpo grande demais. Tudo era uma confusão colorida que ela só tolerava porque Aubrey era sua melhor amiga e porque as cores chamavam muito sua atenção.

– Está muito dramático e bonito, você é muito boa com isso. Obrigada por me usar como inspiração – Ella sorri, beijando as bochechas de sua amiga.

– Tudo bem, você me agradecerá ainda mais quando ver essa pintura em um quadro de um Museu.

– Ok, Da Vinci, preciso me arrumar.

Hoje seria um dia especial porque era hoje que Ella se apresentaria para os jurados da Bolshoi Academy. Secretamente Aubrey se sentia triste por isso, porque ela sabia que isso as afastaria de um modo ou de outro, mas preferia se mostrar feliz como a fã número um de sua amiga. Ella estava radiante e seus ombros sempre tremiam quando ela se imaginava no palco porque aquilo parecia ser surreal demais, tudo se parecia como um sonho perfeito e distante de ser real.

Do outro lado da cidade, Justin sentia-se sufocado com tudo o que estava acontecendo. Ele precisava desistir da luta porque aquilo estava colocando sua vida em risco, precisava se preocupar com seu irmão saindo com seu novo amigo e precisava também se preocupar com o “Você precisa estar preparado para dar adeus a ela”. Ele não tinha um discurso de despedida preparado e esperava não precisar dele, Ella era a única coisa de que Justin certamente não abriria mão.

– No que você está pensando? – Jaxon perguntou, assistindo a amargura silenciosa de seu irmão. – Espero que não seja no que aconteceu ontem.

– Minha vida não gira em torno de vigiar você e seu relacionamento gay, se é isso que você está pensando – O irmão riu, sabendo que não poderia confronta-lo com nada. Jaxon sentou-se na cama, ao lado de seu irmão mais velho. Justin soltou um suspiro triste. – Só estou tentando achar uma saída para as coisas.

– Talvez eu possa ajudar.

Justin sabia que não, ao menos que Jaxon tivesse uma máquina do tempo ou alguma poção que o tornasse invencível.

– Eu perdi a luta em Los Angeles.

Jaxon olhou para Justin com um misto de surpresa e confusão em sua expressão. Jaxon sabia que seu irmão tinha treinado arduamente antes de viajar e também sabia que Justin era o melhor, ele tinha certeza de que nada poderia derrubar seu irmão.

– Então, quer dizer que você perdeu a chance que o tal do Clark te deu?

– Sim – O mais velho respondeu, balançando a cabeça amargamente. – Fui parar no hospital porque fiquei desacordado. O médico me disse que estou meio fraco e posso não estar forte o suficiente para não encarar outras lutas, pra piorar Ella surtou comigo porque ficou preocupada.

– Por que você não me contou isso antes?

– Não é a melhor coisa pra falar, entende? Eu perdi uma luta e descobri que uma próxima pode ser o meu fim. O que eu vou fazer da minha vida agora? Lutei tanto para conseguir chegar até aqui e agora parece que tudo foi em vão. E sabe outra coisa que aparentemente estou perdendo? Ella. Hoje é o dia da apresentação dela e o seu namorado já me mandou ficar preparado para me despedir dela!

Jaxon riu um pouco quando seu irmão se referiu a Jack como seu “namorado”. Ele ainda não considerava o garoto como seu namorado, os dois eram parecidos e adoravam fingir que eram héteros. Na noite passada foram em uma boate local e flertaram com todas as garotas bonitas que viam pela frente, não importava se estavam com namorados ou com um grupo de amigas, muitas delas acabaram sendo suas vítimas. E no final da noite tudo o que restou foram dois garotos bêbados se agarrando no minúsculo apartamento de Jack Foster, que mais se parecia com um banheiro. Jaxon não se importou com o tamanho, com o cheiro doce do lugar, com sapatilhas de balé penduradas em um prego, mas por um momento ele se sentiu como se estivesse namorando com Ella Johnson. Talvez eles fossem namorados um dia, provavelmente seriam.

 – Você é engraçado Justin – Jaxon sorriu. – É a pessoa mais corajosa que eu conheço, é o cara que eu mais admiro no mundo, às vezes eu sinto que você é como um pai para mim como Jeremy nunca foi. Mas eu me esqueço que você não é tão mais velho que eu, que você também tem suas confusões assim como eu tenho as minhas. Somos irmãos, entende o que isso significa? Você já esteve sozinho, mas agora tem mim, e eu quero que você conte comigo quando a situação estiver uma merda porque quero poder contar com você também.

Os dois irmãos trocaram silenciosos olhares seguidos de sorrisos pequenos, como se Justin estivesse agradecendo a Jaxon pelas belas palavras que o irmão dissera. Não precisavam de muito para se comunicar, sempre foi assim.

– Não sei o que você deve fazer em relação a Ella.

– Acho que não tenho outra opção a não ser deixa-la ir, ela estava disposta a fazer o mesmo se tudo desse certo para mim – O coração de Justin se apertou no mesmo segundo em que um nó se formava em sua garganta.

Jaxon olhou o relógio e de repente teve uma ideia.

– Talvez tenha outra opção para o seu problema – O mais novo sorriu.

 

***

Seis pessoas se apresentaram antes da apresentação que os quatro amigos esperavam. A cada apresentação que acabava era um nervosismo para saber qual nome seria chamado. A primeira garota errou no primeiro salto e ficou encarando os jurados, a segunda fez sua apresentação perfeitamente bem, mas certamente tirariam seus pontos por sua calcinha aparecer trezentas vezes em cada salto. As outras ninguém lembrava, mas todas ali tinham muito talento. Havia muito mais plateia do que todos imaginavam, era uma audição em um teatro, no mesmo em que seria a apresentação de Ella a meses atrás.

“Próxima apresentação, Ella Johnson” uma voz disse.

Todos ficaram em silencio enquanto as cortinas ainda não se abriam. Lá atrás estavam alguns músicos e uma bailarina completamente calma, respirando fundo enquanto cantarolava baixinho uma música de sua banda preferida. Ela tinha ensaiado para isso por muito tempo e pela primeira vez ela teve a sensação de que tudo daria certo.

– Seus pais estão chegando em cinco minutos.

– Aubrey, eu te disse para não contar nada a eles Ella olhou para sua amiga, como se não estivesse acreditando.

– E eu não contei, esqueceu que agora eu não sou a única que teve o privilégio de conhecer seus pais?

Ella olhou para seu namorado, que percebeu o olhar da garota assim que virou as costas.

– Desculpe, mas sei que eles querem ver sua apresentação tanto quanto todos nós. Sua mãe ficará orgulhosa, não é justo deixa-la fora dessa.

– Ele tem razão.

– Verdade, por que não convida sua família também? Pattie vai adorar sair da Califórnia para me ver numa apresentação na qual eu posso nem ser aprovada.

– Quanto pessimismo! – Aubrey olhou para Ella, assim que os três pararam em frente a porta dos bastidores. – Todos aqui sabemos que você é a melhor, se eles não te aceitarem, eu e Justin vamos chutar a bunda deles.

– Vamos mesmo – Justin concordou, dando os ombros. – Essa é a sua chance, mostre para eles que você é a melhor.

– Não vou dançar para eles, essa noite vou dançar para você.

Quando as cortinas se abaixaram e revelaram o corpo de Ella no centro da luz do palco, sua mãe sentiu seu coração saltar para fora do peito, sentiu algo como seus pés estivessem formigando para correr em direção a sua pequena bailarina. Clark segurou forte a mão de sua esposa, lembrando-se da primeira vez que tinha segurado a mão de sua filha desse jeito. Era o primeiro dia de Ella na escola de Ballet, ela tinha medo de cair, tinha medo de que não fosse boa o suficiente, tinha medo de desapontar seus pais. Clark não quis solta-la nunca, ele quis dar meia volta com sua pequena menina nos braços e brincar com ela de boneca, mas ele sabia que aquele não era o certo a se fazer, então naquele dia ele calçou sapatilhas de Ballet para dançar junto com sua filha.

Quando Ella tirou o capuz que cobria sua cabeça e revelou seus longos cabelos, Jack lembrou-se de quando a Senhorita Bellmore a repreendeu em uma das aulas, dizendo que ela deveria sempre estar com o cabelo preso porque ele atrapalharia sua apresentação. Ella respondeu a professora indo para a aula todos os dias com os cabelos soltos, e em cada apresentação com os cabelos soltos era como se ela dissesse que nada poderia atrapalha-la.

Quando Ella fez sutis movimentos em referência a luta, Jaxon lembrou-se da primeira vez que viu o irmão lutar, de como seus olhos ficavam assustadores enquanto ele encarava um adversário e como ficavam mansos agora enquanto ele assistia a dança de Ella. Jaxon se lembrou de como eram tristes os olhos de seu irmão, ele viu isso hoje mais cedo enquanto eles ainda conversavam sobre alguns problemas e Justin desabafava sobre Ella. Enquanto Jaxon olhou a garota e depois Jack, ele esperava que um dia Justin percebesse que os olhos de Jaxon também mudaram.

Enquanto ficava suavemente na ponta dos pés, Aubrey se lembrou que foi assim que elas se conheceram. Aubrey achava engraçado o amor de Ella com o Ballet, achava esquisita uma garota que não gostava de ir a festas, uma garota que gostava de estudar, mas nem de longe era tratada como “Nerd Esquisita”. Aubrey se lembrou da festa de um de seus amigos do colegial, quando Kyle e Ella terminaram. Kyle era popular e tinha cabelos muito bonitos, ele amava Ella como as escritoras descrevem o amor perfeito em seus livros, mas Ella amava a dança mais do que amava Kyle e isso acabou sendo um problema. Ella ficou na ponta dos pés, assistindo Kyle ir embora desolado e foi então que Aubrey apareceu e a abraçou.

Quando a apresentação acabou, Justin levantou-se de sua cadeira para aplaudi-la de pé. Ele sentiu a mesma coisa que sempre sentia quando assistia escondido Ella dançar sozinha no auditório, ele se apaixonou novamente.

Justin esquivou-se de todos os corpos no final de todas as apresentações e correu para o estacionamento. Enquanto todos estavam a caminho dos bastidores, prontos para encher Ella de elogios, Justin estava sentando entre dois carros, sujando sua calça social, mas pouco se importando com isso. Ele tirou do bolso do paletó, uma foto que os dois tinham tirado há semanas atrás. Seu dedo acariciou o rosto de Ella e quando seus olhos se fecharam, foi como se ele sentisse as bochechas de sua namorada entre seus dedos. Ele estava sendo um idiota medroso? Estava, mas quem não seria? Justin estava aterrorizado em pensar no resultado, em pensar no que Jack o dissera, em pensar que ele não poderia mais lutar. E se nada desse certo? E se tudo desse certo para Ella e ela o deixasse? E se ele realmente tivesse que deixa-la ir?

Justin queria que Ella se lembrasse do dia em que estavam na cachoeira, do dia em que ele confessou estar apaixonado por ela e ele pediu que ela não o deixasse e ela disse que nem em um milhão de anos ela faria isso. Nem em um milhão de anos ele queria deixar que ela fosse embora ou aceitar que isso poderia acontecer.

– Justin!

– Hey, aqui – Respondeu Justin, com receio.

Ella correu assim que o viu o garoto se levantar.

– O que está fazendo aqui sozinho? Você está bem?

– Huh, estou – Justin abaixou a cabeça, ainda se sentindo triste. – Só vim tomar um ar, não me dou bem com lugares fechados e muitas pessoas.

– Eu sinto muito, não sabia disso. Quer um copo d’água?

– Não, não se preocupe – Ella sorriu baixo, enquanto os braços de Justin a puxavam para um abraço. – Você estava incrível naquele palco, foi tudo muito bonito.

– Que bom que você gostou, eu fiz para você.

– Você fez minha vida parecer bem mais bonita do que realmente é – Ella pegou sua mão, olhando em seus olhos.

– Você tem uma visão muito distorcida das coisas – A menina sorri largo, sujando a bochecha do loiro com um pouco de batom que ainda estava em seus lábios. Ela não limpou porque achou bonito. – Meus pais estão dispostos a pagar um jantar para todos nós, o que você acha? Eu e você, Jack e Jaxon e Aubrey.

– Então quer dizer que Aubrey será a única solteira entre nós? Esse convite se tornou irrecusável.

– Justin! – Ela levemente bate em seu peitoral, enquanto os dois caminham para a entrada do lugar. – Eu quero paz essa noite, pelo amor de deus nem pense em provocar Aubrey.

– Péssima hora pra dizer isso quando Jack também está convidado.

Todos se encontram na saída do estacionamento, quando Ella se depara com sua mãe na cadeira de rodas descendo a rampa do estacionamento com a angelical ajuda de Jack Foster. Eles descem em alta velocidade, sua mãe e Jack estão rindo, mas Clark e Aubrey não estão nada contentes.

Ella é quem escolhe o destino e todos param em uma lanchonete com o letreiro mal iluminado, a rua toda não é a mais elegante de Nova York, mas Ella parece muito satisfeita quando vê a entrada. Ela ainda se lembra de como se sentia quando parou ali pela primeira vez, queria desesperadamente ir embora e amaldiçoar a amiga por tira-la de casa por um estúpido encontro duplo. Aubrey lança um olhar contente para a amiga assim que as duas entram no lugar, elas escolhem a mesma mesa e se sentam nos mesmos lugares.

Eles passam longas horas lá, Ella e sua mãe cantam uma música no karaokê, a mesma música que cantavam juntas quando ela ainda era uma criança. Ella também arrasta Justin para os dois cantarem Heart Out e depois eles começam a cantar músicas dos anos oitenta. Jack também se atreve a participar da brincadeira e chama Aubrey para cantar uma música da Katy Perry com ele. Ela acha a coisa mais gay do mundo, mas vai mesmo assim, sabendo que essa seria a primeira e única atitude legal que Jack tomaria em relação a ela.

 

***

Os dois entraram no quarto e o único som até ai ouvido foi o da porta se fechando atrás deles. Lá embaixo estavam todos os seus amigos jogando conversa fora. Ella sentou-se na ponta da cama, esperando que Justin se sentasse ao seu lado.

– Por que nós estamos aqui mesmo? – Justin perguntou, aproximando-se.

– Porque sei que alguma coisa está te incomodando desde quando saímos do estacionamento, se quer me contar alguma coisa a hora é agora.

Justin sabia que não poderia esconder seus pensamentos por muito tempo, não quando o resultado já tinha sido liberado e ele poderia confirmar sua tristeza a qualquer momento. Por outro lado, Justin já sabia que aquela discussão acarretaria em um drama desnecessário e previsível. Justin não quer que Ella desista e ela ficara dividida entre desistir e continuar com ele, mas ele não quer ser um empecilho para ela – assim como ela não queria ser para ele. Ele já tinha sua resposta e mesmo que a questão tivesse a ver com ela, ela não precisava necessariamente saber da resposta.

– Vou para a Califórnia morar com a minha mãe.

– Que? – Ella franziu o cenho. – Morar na Califórnia? Quando você decidiu isso?

– Foi tudo hoje, Jaxon me deu essa ideia enquanto eu pensava no que faria agora que não vou mais lutar.

– E você me da essa notícia desse jeito?

Justin riu seco, com um nó formando-se em sua garganta.

– Eu pensei em trazer uns balões e fogos de artifícios, mas era tarde demais – Ele tenta uma piada, mas Ella não move os lábios nem para fazer um biquinho que sempre faz quando fica nervosa. Ela está neutra e isso o assusta. – Só estou tentando ser engraçado, o clima não está ficando muito agradável.

– É claro que não está! O que você esperava que eu dissesse?

– Só espero que você me entenda.

– Pois eu não estou te entendendo, Justin.

Seus olhos começavam a ficar marejados, mas ela não queria chorar. Cada vez que sua garganta doía, ela apenas engolia em seco e os mares de maus sentimentos que se jogavam contra ela, iam embora de repente.

– Ella, eu te amo...

– Cala a boca – Justin encolheu os ombros. – Não pode simplesmente dizer que vai embora e agora que me ama.

– Eu preciso ir embora – Levantou da cama, caminhando calmamente até a porta.

– Tudo bem Justin, vá embora se é isso mesmo que você quer fazer.

E ele foi, e doeu muito mais do que ela esperava quando a porta bateu.

Ella não teve tempo para começar a chorar ou correr atrás dele, assim que seu celular tocou, ela rapidamente atendeu no segundo toque.

– O que foi?

– Ella Johnson? – Era uma voz muito suave para ser de alguma amiga, soava como a das mulheres de telemarketing.

– Sou eu, quem está falando?

– Meu nome é Krysten Simpson, sou da secretaria da Academia Bolshoi. Alguns de nossos professores estão em Nova York para as audições e consta nos registros de hoje que você foi a primeira selecionada para a Academia Bolshoi em Moscou.

– M-Moscou? – Ela gaguejou. – Mas eu pensei que a vaga fosse em Nova York.

– As vagas de Nova York já foram preenchidas, mas se seu problema é com os custos não se preocupe. Nós estamos dispostos a arcar com tudo, sua passagem será reservada e você terá um dormitório.

Ella notou que Aubrey também estava no quarto e lançou a amiga um olhar apavorado, a garota se aproximou um pouco preocupada.

– Você pode me ligar depois? Preciso desligar – Ela disse então desligou, jogando o celular nas mãos da amiga e correndo em direção a porta. Trancada. – Você trancou essa merda? Preciso abrir essa porta.

– Por que? Quem era no telefone?

– Acho que mudei de ideia, abra a porta.

 – O que?!

– Eu não quero que Justin vá embora, eu não quero vê-lo indo embora.... Abra a porta.

– Mas, Ella...

– Abra a porta, Aubrey – Começa a gritar, assistindo Justin conversando com Jack. Ele está prestes a abrir a porta, ela precisa chegar a tempo. – Aubrey, ABRA A PORTA! – Seus punhos batem fortemente na porta e ela começa a chorar desesperadamente. – Pelo amor de Deus, abra essa porta. Não posso deixar ele ir, você tinha razão.

– Por mais que eu ame ouvir que eu tinha razão.... Ella, acalme-se – Sua amiga segura suas mãos, olhando-a pacientemente. – Não posso abrir a porta.

– Por que? – Indaga, confusa.

– Justin me pediu isso, ele disse que não deixaria você desistir da Bolshoi.

– Meu Deus....

– Ele me prometeu que vai voltar.... Ella, isso não é um adeus.

– Aubrey eles estão me mandando pra Moscou!

Aubrey faz uma pausa, boquiaberta.

– Moscou?

– Sim, não eram vagas aqui em Nova York – Sua atenção volta a janela e ela vê Justin despedindo-se de Jack, é surpreendente como eles passaram do ódio a amizade. Jack se afasta e Justin a olha, ela põe as mãos sobre o vidro como se pudesse toca-lo. Ele sussurra um eu te amo, mas ela não consegue ouvir. – Isso é um adeus.


Notas Finais


Eu demorei bastante porque não sabia como começar isso, pensei que seria mais interessante se eu narrasse desse jeito. Isso não é um ponto final, ok? O Epílogo sai ainda essa semana e será narrado pela Ella, não me odeiem ainda <3 Depois dessa fanfic eu vou começar outra, se vocês quiserem ler vou deixar o link aqui https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-freya-mavor-cool-kids-3520510


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