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História Maybe In Another Life - Hard Times


Escrita por: annafnds

Notas do Autor


Oi meus amores, estou de volta, semana passada foi muito corrida pra mim por isso fiquei sem postar, mas para compensar vocês, posto um capítulo ainda essa semana <3
Boa leitura!!!!

Capítulo 11 - Hard Times


- O que vai fazer amanhã? – Charlie escorou na janela do carro. 

- Provavelmente nada – Dei de ombros. 

- Eu te ligo então – Ele piscou apenas com um olho. 

- Eu falei que isso ia dar certo – Hannah balbuciou bêbada no banco de trás. 

- Você prevê o futuro agora – Revirei os olhos e coloquei o cinto de segurança. 

- Sempre previ – Ela bufou. 

O caminho inteiro fui pensando se havia feito a escolha certa, será que eu realmente estava preparada pra me deixar levar? 

(...) 

Acordei com meu celular vibrando em baixo do travesseiro. Suspirei fundo enquanto passava a mão pela minha cama procurando por ele. 

Apenas aceitei a ligação e coloquei o celular na orelha. 

LIGAÇÃO ON 

- Alô?! - Estava nítido que eu tinha acabado de acordar apenas pelo tom da minha voz. 

- Bom dia raio de sol – Charlie riu pelo nariz. 

- O que você quer? - Perguntei manhosa. 

- Vou te levar pra tomar café da manhã - Eu podia escutar um barulho de fundo, provavelmente Charlie estava na rua. 

- Mas eu nem acordei ainda – Tentei abrir os olhos, porém não obtive sucesso. 

- Claro que acordou, ou por algum acaso você é sonambula? - Ele debochou. 

- Eu quero dormir mais – Bufei alto. 

- Você vai fazer eu subir aí pra te tirar da cama? - Charlie riu fraco. 

- O quê? - No mesmo momento meus olhos abriram e eu fiquei confusa. 

- Estou aqui em baixo te esperando, se troca logo. 

LIGAÇÃO OFF 

Nem deu tempo de falar nada, ele havia desligado na minha cara. 

Fui até a janela do meu quarto, olhei para baixo e Charlie estava lá escorado em sua moto. Abri a porta do meu quarto e Hannah estava dormindo no sofá, provavelmente Carol estava em seu quarto. 

Caminhei até o banheiro e tomei um banho rápido para tirar a “nhaca” de festa da noite passada. Coloquei uma saia jeans, uma blusa branca de manguinhas bufantes, no pé vesti um coturno preto de salto médio. 

Peguei as chaves do meu carro e desci até a garagem, entrei no meu carro e dei partida, enquanto saía do estacionamento pude avistar Charlie olhando seu relógio. Dei um leve toque na buzina e ele olhou assustado. 

- Entra aí! - Falei em um tom mais alto para que ele pudesse me escutar. 

Charlie deu um leve trote, abriu a porta do passageiro e se sentou no banco. 

- Você está linda – Ele se inclinou, apoiou a mão em minha nuca e depositou um selinho rápido em minha bochecha. 

- Obrigada – Sorri sem graça – Onde vamos?  

Eu estava eufórica. 

- Surpresa – Ele arqueou as sobrancelhas – Pode dirigir em direção a Times Square, que vou te falando o caminho. 

- Oh god – Ri nervosa - Você gosta de ser misterioso, não é?!   

Olhei para Charlie por um momento e ele tinha um sorriso sínico nos lábios. 

- Foi por isso que eu conquistei seu coração de pedra? - Charlie apoiou a sua mão em minha coxa e eu me arrepiei no mesmo momento. 

- Não responde minha pergunta com outra pergunta, Gillespie – Semicerrei os olhos e ele riu. 

- Não sou de me abrir com as pessoas – Charlie deu de ombros – Sempre quando conto minha realidade as pessoas se afastam. 

- E qual é sua realidade? - Perguntei curiosa. 

Charlie pareceu pensar bem antes de falar qualquer coisa. 

- Eu sou um cara simples, humilde – Charlie suspirou – Sempre tive o sonho de ter a banda, mas meus pais sempre precisaram de ajuda com as contas de casa, por isso nunca investi cem por cento do meu tempo nisso – Ele parecia tirar um peso enorme de suas costas – Por isso a banda nunca deu certo, porque eu nunca tive tempo pra isso, agora eu trabalhando nessa área, fica muito mais fácil, principalmente com a sua ajuda – Charlie sorriu sem mostrar os dentes – E as pessoas costumam ir embora quando percebem que eu não tenho muita coisa pra oferecer. 

Eu engoli seco pensando no que ele vivia, porque na verdade já senti a mesma coisa, sei bem como é horrível não se sentir parte de nada. E como sempre... as pessoas não se fechavam por nada, sempre havia uma razão, e eu precisava ser franca com Charlie. 

- Eu sinto muito por isso – Suspirei fundo e segurei sua mão. 

- Vira a próxima a direta – Charlie apontou para uma loja que tinha a tenda vermelha - É na esquina. 

Estacionei o carro e assim que vi o lugar eu abri um sorriso instantaneamente. 

- Carlo’s Bakery? - Meus olhos podiam facilmente estar brilhando agora – Como você...? 

- Um passarinho me contou que você gosta muito desse programa – Ele deu de ombros e desceu do carro. 

Retirei meu cinto de segurança enquanto olhava tudo boquiaberta. Sempre quis vir a esse lugar para experimentar as delícias, mas os preços são absurdos. 

Desci do carro e olhei atentamente as pessoas entrando na loja, já podia sentir o cheiro de uma boa padaria. 

Charlie esticou a sua mão e eu a segurei enquanto entrávamos na loja. 

- O que vai querer? - Charlie perguntou enquanto eu olhava os doces na vitrine. 

Todos pareciam deliciosos, mas o croissant de nozes me chamou atenção. 

- Vou querer um croissant de nozes e um café expresso por favor – Pedi a atendente que me lançou um sorriso gentil. 

- Vou querer o mesmo – Charlie assentiu com a cabeça e a atendente entregou para ele uma comanda. 

Caminhamos até a mesa e suspirei fundo, eu estava morrendo de fome. 

- Você não mudou sua opinião sobre mim, certo? - Charlie parecia aflito. 

- Que você continua sendo charmoso e chato? Não - Neguei com a cabeça e Charlie gargalhou. 

- Eu só tinha medo de mostrar minhas cicatrizes – Pela primeira vez pude vê-lo inseguro. 

A garçonete trouxe nossos pedidos e agradecemos.  

Eu não sabia se deveria expor as minhas cicatrizes, e se ele pudesse usar isso contra mim de alguma forma? 

Observava a comida enquanto refletia sobre isso.  

Eu mesma decidi que precisava levar a vida de outro jeito, sem medo. 

- Como compartilhou um lado seu que eu não conhecia – Charlie me fitou enquanto bebia um gole de seu café - Me vejo na obrigação de te mostrar um lado meu – Pigarreei, ele apoiou sua mão na minha e assentiu com a cabeça - O motivo de eu não querer me envolver com alguém não era sobre eu estar focada no trabalho. 

- Eu desconfiava disso – Charlie tinha o olhar preocupado – Tem algo a ver com seu ex, não tem? 

Assenti com a cabeça e suspirei fundo. 

- Eu estava certa de que havia encontrado o amor da minha vida, mesmo pessoas falando que namoro de faculdade não dura – Dei um gole no café e Charlie parecia atento – Michael era o príncipe dos sonhos, até começar os ciúmes, ele era violento e manipulador, quando surtava me trancava dentro da sua casa e não me deixava sair, ou se não me enforcava, me apertava – Suspirei fundo – Até então eu pensava que era apenas amor, eu achava que ele me amava demais, só que quando eu o peguei no quarto com outra, minha ficha caiu e eu vi que era obsessão, não era amor e sim doença, tenho vergonha de admitir tudo o que passei, por isso sempre digo para as pessoas que o único motivo foi a traição, mas isso foi o menor dos problemas. 

- Eu sinto muito, de verdade – Ele realmente parecia sentir muito, seus olhos brilhavam e seu semblante era de preocupação. 

- Então por isso eu não me assustei com a sua história, eu sei bem como é esconder suas cicatrizes – Ri fraco e Charlie retribuiu. 

- Se eu soubesse dessa história antes, tinha acabado com aquela cara – Charlie cerrou os punhos. 

- Ele não vale a pena – Neguei com a cabeça. 

- Esse croissant está divino – Charlie falou de boca cheia. 

Mordi um pedaço e assim que meu paladar sentiu o gosto daquela obra de arte meus olhos arregalaram. 

- Meu Deus, isso é muito bom – Fechei os olhos e lambi os lábios vagarosamente. 

- Madelyn, não brinca com minha imaginação - Charlie riu e pude notar suas bochechas coradas. 

- Você tem a mente muito poluída - Gargalhei. 

- E você é linda – Ele deslizou seu polegar no dorso de minha não. 

Ficamos ali alguns segundos observando e admirando os traços uns dos outros. 

- Posso dizer o mesmo de você - Sorri sem graça. 

Charlie despertava um lado meu que eu não sabia que existia, era aquele lado que me fazia ter vontade de viver, vontade de me entregar. 

Talvez pudesse ser por isso que a presença dele fazia meu corpo entrar em êxtase. 

(...) 

- Obrigado por fazer da minha manhã mais divertida – Charlie envolveu os braços em volta da minha cintura. 

- De nada, valeu a pena acordar mais cedo – Dei de ombros e ri. 

- Posso te acordar mais vezes assim então? - Charlie intercalava olhares entre mim e minha boca. 

- De vez em quando – Semicerrei os olhos e ele riu. 

Nos aproximamos e demos um selinho demorado. 

- Até amanhã Madyzinha - Charlie falou enquanto sorria. 

- Até amanhã Gillespie – Mandei beijos no ar, dei meia volta e entrei no meu prédio. 

Assim que passei pela porta do meu apartamento, avistei Hannah e Carol que estavam pulando e dançando na sala. 

- O que é isso? - Perguntei sem entender. 

- NOSSA MADELYN DESENCALHOU – Hannah bateu palmas entusiasmada. 

- Desencalhei? - Semicerrei o cenho. 

- Vai me dizer que não está namorando?! – Carol revirou os olhos. 

- Eu não - Ri pelo nariz – Apenas estou me dando a chance de sentir algo de novo, eu ainda estou solteiríssima. 

- Vamos ver até quando isso vai durar – Hannah revirou os olhos. 

(...) 

- Bom dia – Sorri para os meninos que já estavam sentados em suas mesas. 

- Bom dia Mady – Ladon acenou e sorriu. 

- Bom dia – Charlie se esticou e me deu um beijo na bochecha. 

Hmmm – Landon arqueou as sobrancelhas e reprimiu os lábios - Vejo que esse final de semana ocorreu tudo bem – Ele riu pelo nariz. 

- Até demais – Charlie riu. 

- Não entendi, mas tudo bem – Ri e liguei meu computador. 

- Madelyn? - Lydia bateu na porta – Posso falar com você um minutinho? 

Assenti com a cabeça, me levantei da cadeira e fui até ela. 

- Tenho más notícias - Ela suspirou fundo. 

- O que aconteceu? - Meu coração já havia gelado. 

- Infelizmente você não vai poder mais usar as salas – Lydia parecia triste – Queria muito poder te ajudar mais, mas o Brad contratou um segurança para ficar de olho nas câmera vinte e quatro horas por dia. 

- Tudo bem Lydia – Sorri fraco. 

- Eu sei do seu potencial, queria que explorasse mais seu dom e praticasse, mas agora não tem muito o que eu possa fazer – Ela reprimiu os lábios. 

- Você me ajudou muito, isso que importa – Acariciei seu ombro – E eu agradeço por isso. 

- Quando eu conseguir pensar em alguma coisa eu te falo – Ela piscou em minha direção, se virou e seguiu até a sala de reuniões. 

Eu realmente estava ferrada agora, ainda tinha meus equipamentos, mas como era tudo mais simples demandava tempo, sem contar que a qualidade não era a mesma. 

- O que ela queria? - Charlie perguntou. 

- Ela falou que não podemos mais usar a sala – Revirei os olhos. 

- O que? - Landon suspirou fundo – Eu estava adorando as músicas que vocês estavam fazendo. 

- Ainda bem que conseguimos fazer Unsaid Emily na semana passada – Charlie escorou na mesa. 

- Mas ainda temos meus equipamentos, não fica a mesma coisa, mas quebra um galho – Suspirei fundo. 

- Vamos dar um jeito nisso – Charlie tentou me reconfortar. 

(...) 

- Boa tarde – Justin entrou no estúdio acompanhado de Lydia. 

- Boa tarde – Eu, Charlie e Landon dissemos em uníssono. 

- Hoje vamos gravar os vocais de habitual – Lydia se sentou em sua cadeira – A demo da melodia já está sintetizada, depois finalizamos ela, pronto Bieber?

- Pronto. 

Justin entrou na cabine e colocou os fones de ouvido. Ele começou a cantar a introdução da música e realmente Justin era muito talentoso. 

- Wow – Falei baixinho e Lydia assentiu com a cabeça. 

- Ele é muito bom – Ela sorriu enquanto sintetizava algumas notas. 

- Posso? - Levantei a mão e Lydia assentiu com a cabeça - Justin, desce um tom – Falei no microfone e ele assentiu com a cabeça. 

Ele fez como eu indiquei, e assim que ele viu o resultado fez um joinha com a mão, sorriu em minha direção e continuou cantando. 

- Posso de novo? - Perguntei e Lydia pausou a música - Vamos tentar assim “Can't nobody keep me like you“ com dois tons acima. 

Can't nobody keep me like you – Justin cantou. 

- Isso – Sorri e bati palmas. 

- Eu nem sei o que estou fazendo aqui mais – Lydia riu. 

- Se você não sabe, imagina a gente – Charlie deu de ombros e Landon assentiu com a cabeça. 

(...)


Notas Finais


O que acharam? Vocês shippam "Charlyn"?
XOXO!


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