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História Maze - Chapter 10


Escrita por: BNiehues

Notas do Autor


Esse capitulo foi particularmente difícil, ok eu digo isso para todos, mas me deem um desconto hahah
A fanfic está chegando ao fim, o próximo é também o último, espero que tenham gostado.
E aqui a música que me inspirou: Noel Gallagher - Live Forever Acoustic
Ele começa no primeiro episódio da terceira temporada.

Capítulo 11 - Chapter 10


Cosima abriu a porta do loft do Felix, sorrindo abertamente e a abraçando em seguida.

 

“Estou feliz que tenha voltado”

 

“Só tenho um minuto, então...” Ela pareceu desapontada.

 

“Só um minuto?”

 

“Não está usando o seu dreno, você está bem?” Delphine esticou a mão para sentir a temperatura dela.

 

“Yeah, não, não se preocupe comigo, o que houve?” Cosima afastou sua mão.

 

“Estou procurando a Sarah, ela está aqui? Ela não me atende”

 

“Não.”

 

“Peço desculpas, este problema com a Rachel é crítico, então preciso da ajuda dela.” Cosima estava claramente incomodada com o fato de Delphine não a olhar nos olhos, como se não fossem intimas.

 

“Apenas fale comigo?”

 

“Vou assumir algumas das tarefas da Rachel. Então não vou trabalhar com você e com o Scott. Por um tempo.”

 

“Você é a nova Rachel. Que ótimo.” Ela não parecia ter achado nada ótimo.

 

“Cosima, estou mantendo minha promessa de amar igualmente todas as suas irmãs. Mas para fazer isso, não posso fazer ISSO. Você entende?” Essa foi provavelmente a coisa mais difícil que ela já teve que fazer, apesar de ter se preparado muito para isso. Cosima pareceu confusa a princípio, e quando o entendimento foi chegando ela pareceu desmoronar, os olhos enchendo de lágrimas.

 

“Ok... eu entendo. Seu minuto acabou, você deveria ir.”

 

“Todas nós temos de cumprir um papel. Eu, Sarah, Alison. Mas o seu é se curar. A si mesma e a todas às suas irmãs.”

 

“Eu te amo.” Ela soou tão frágil, o lábio inferior tremendo, a voz fraca. Uma suplica. Delphine só queria abraça-la apertado, sentir o seu cheiro de que sentirá tanta falta, dizer a ela que iria ficar tudo bem, que nunca a deixaria sozinha.

 

“Scott virá para te examinar.”

 

“Certo.”

 

E Cosima entrou, fechando a porta e a deixando no corredor, chorando, quebrada.

 

 

 

 

Delphine chegou no lugar combinado com Sarah pelo telefone, era apenas uma ponte e a morena estava sentada no chão, com as pernas penduradas para fora. Ela pensou no preço do seu terninho feito sob medida, para se sentar com ele no chão. Mas quando a morena a olhou a desfiando a fazer uma reclamação, ela se sentou imediatamente.

 

“Pelo que lembro você costumava fumar” Sarah esticou uma carteira de cigarros.

 

“Eu ainda fumo, quando ninguém está vendo. ”

 

“Você faz muitas coisas erradas quando ninguém está vendo, Cormier.”

 

“Você não faz ideia” Disse ela acendendo o cigarro e tragando com experiência.

 

“Na verdade eu faço, não sei até que ponto vocês da Dyad andaram fuçando a minha vida, mas eu não fui exatamente uma santa.”

 

“Sério, Sarah Manning? Se você não dissesse eu nunca teria adivinhado com essa sua cara de inocente” Delphine debochou.

 

“Vá se foder” a morena sorriu torto. Servindo o whisky barato em um copo plástico e entregando a loira.

 

Elas beberam em silêncio por um tempo, admirando a vista da ponte. Os sons da cidade enchendo o espaço entre elas, os carros no trânsito, pessoas seguindo seus caminhos, indo para suas casas depois de um dia cheio, ou saindo para aproveitar a noite agradável.

 

“Nós somos as pessoas mais improváveis de estarem juntas, no lugar mais improvável, dividindo uma garrafa de whisky e uma carteira de cigarros.”

 

“O lugar foi ideia sua.”

 

“Ok, mas isso não exclui o resto do que eu falei.”

 

“Eu acho que nós não nos conheceríamos de nenhuma outra forma, realmente, nós somos de lugares diferentes da sociedade. Mas, caso nos conhecêssemos, você ainda seria uma pessoa interessante.”

 

“Você me acha uma pessoa interessante?” ela zombou.

 

“Oui, não posso dizer esse tipo de coisa?”

 

“Você pode dizer o que quiser, essa é uma noite livre, vá em frente.”

 

A cabeça de Sarah estava navegando em águas fundas de mais por conta da bebida, ela já estava bebendo a algum tempo antes de Delphine chegar, a proximidade entre elas começando a ficar insuportável, mas ela precisava estender essa noite para algo além do sexo, pelo menos por um tempo. Ela precisava ter o tanto que conseguisse de Delphine, o máximo de palavras carregadas com o sotaque francês agradável, o máximo da companhia casual e da conversa leve, tão impossível para as duas.

 

“Eu admiro a sua força, Sarah. O modo como você enfrenta o mundo.”

 

“Minha força?” ela riu “Eu devo ser a pessoa mais fodida que você conhece.”

 

“O que te torna fodida são aspectos da sociedade, de uma perspectiva diferente, você deve ser a pessoa mais... que palavras vocês usariam? Convicta?”

 

“Convicta?”

 

“Você tem princípios, e você os segue.”

 

“Todo mundo segue alguma coisa.”

 

“Você se subestima.”

 

Sarah riu com vontade, metade por causa do álcool fazendo efeito e metade pelo teor estranho da conversa, fazendo a loira olhar para ela com uma sobrancelha levantada, a repreendendo.

 

“Ok, ok, um brinde a mim, então” disse ainda debochando e levantando o copo de plástico para o brinde. “E sobre você, não é uma pessoa convicta?” Assinalou a palavra ‘convicta’ com uma voz exageradamente honrosa.

 

“É complicado” Delphine jogou a chepa do seu cigarro fora, exalando a fumaça lentamente.

 

“Talvez se você parasse de ficar trocando de lado, fosse mais simples.” Ela sugeriu maldosamente.

 

A francesa soltou o ar rispidamente, e o clima ficou tenso, fazendo com que ela se arrependesse imediatamente do comentário. “Você não conhece meus motivos.” Delphine disse com a voz rígida.

 

“Wow, você tem razão, não conheço você, foi mal.” Ela pensou numa forma de consertar a situação enquanto o silêncio se prolongava “Então me conte algo sobre você, algo que ninguém saiba.”

 

Delphine ficou em silêncio por tanto tempo que Sarah achou que não responderia, alcançando mais um cigarro.

 

“Quando eu estava no colegial, eu tentei acabar com a minha vida. Na época eu não soube fazer do jeito certo, me encontraram semiconsciente." Ela tragou seu cigarro antes de continuar "Eu nunca tentei isso de novo, mas eu também nunca tive uma razão pra viver... Até conhecer Cosima”

 

 “Você realmente ama Cosima, não é?”

 

Delphine deu um suspiro longo antes de responder “Oui, muito.” Então ela olhou nos seus olhos “E você ama o Paul?”

 

“Não, Deus...” Sarah riu, bebendo do seu copo.

 

“O que? Sarah Manning é muito badass para o amor?”

 

“Não é isso, é só que...” ela escolheu as palavras “Não conheço Paul muito bem, amor não é algo tão simples, yah?”

 

“O que você sente por ele então?”

 

“Menos do que eu sinto por você.” Delphine a olhou com a boca entreaberta. As palavras haviam fugido.

 

Definitivamente não era a intenção dela fazer esse tipo de declaração, ela nunca havia admitido isso nem para si mesma. Sarah levantou as sobrancelhas e ofereceu um sorriso derrotado. Era hora de encerrar essa parte da noite antes que dissesse mais bobagens.

 

“Então, não vai me convidar pra ir pro seu apartamento?”



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